segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Crise à Grega

Prezado leitor,

Agradeço pelo acesso ao texto “Crise à Grega” e estendo meus cumprimentos a todos aqueles que colaboraram com as informações acerca da economia grega na internet. Parabenizo o economista Luiz Gonzaga de Mello Belluzzo pelo excelente texto “A Crise Financeira Além da Finança” publicado na Revista Tempo do Mundo edição do mês de abril de 2010. Agradeço também ao site do jornal O Globo pela publicação da notícia “Entenda a crise na Grécia” no dia 06/05/2010. Meus cumprimentos a todos os professores da Pontifícia Universidade Católica, responsáveis por toda minha formação acadêmica e, por fim, desejo-lhe uma boa e agradável leitura.

Segundo Keynes:

“o sistema bancário está sempre apto, em circunstâncias normais, a comprar (ou vender) títulos e obrigações em troca de moeda, oferecendo por eles um preço de mercado modestamente maior (ou menor); e quanto maior for a quantidade de recursos líquidos que os bancos desejam criar (ou cancelar) pela compra (ou venda) de títulos e dívidas, maior deverá ser a baixa (ou alta) na taxa de juros.” (Keynes, 1982, pág. 158)

Mas o que isso tem a ver com a crise enfrentada pelos países pejorativamente apelidados por PIIGS (acrônimo de Portugal, Irlanda, Itália, Grécia e Spain)?

Eis uma questão cuja resposta você, prezado leitor, obterá ao final deste breve artigo.

Uma crise a grega

Após anos enfrentando sucessivos déficits orçamentários, que nada mais é do que a diferença entre o que um país gasta e o que foi arrecadado, o governo grego, a exemplo de outros países da união européia, atingiu no ano de 2009 a surpreendente taxa de 13,6% de toda sua riqueza, - também chamada pelos economistas como PIB (Produto Interno Bruto).

Para cobrir o rombo em suas contas o governo grego vinha recorrendo a empréstimos via emissão de títulos públicos, que até a eclosão da dívida nos Estados Unidos vinham sendo realizados a taxas atrativas no mercado financeiro mundial.

Contudo com o estouro da crise em setembro de 2008 o crédito mundial secou com o temor de novas perdas após a quebra do Lemman Brothers. Deste modo o governo grego, conforme preconizado por Keynes, se viu diante de um cenário em que os bancos não estavam dispostos a conceder novos créditos através da compra de títulos forçando o aumento das taxas de juros pelos papéis da dívida soberana grega.

Com os juros exorbitantes exigidos pelos investidores internacionais, a Grécia teve que recorrer a ajuda dos demais países da zona do euro e do Fundo Monetário Internacional (FMI) em troca da promessa de realizar uma ampla reforma fiscal e orçamentária.

Com isso ressalto que, em virtude do descontrole nos gastos públicos e com os exorbitantes reajustes nos salários do funcionalismo público, o crescente e irresponsável endividamento público da Grécia, somado ao aumento da aversão ao risco dos investidores após o estouro da crise mundial, foram o estopim para a eclosão da crise grega.

Parabenizo a todos que de alguma forma contribuem com a discussão acadêmica em todos os meios de comunicação, agradeço a você leitor pela atenção e desejo-lhe muito sucesso em sua vida.

Cordialmente,
Econocratum

Referência bibliográfica

BELLUZZO, Luiz Gonzaga de Mello. A Crise Financeira Além da Finança. Revista tempo do mundo / Instituto de Pesquisa Econômica
Aplicada. – v. 1, n. 1, (dez. 2009). – Brasília : Ipea, 2009.

JORNAL O GLOBO. Entenda a Crise na Grécia. Publicada em 06/05/2010 às 17h55m

KEYNES, John Maynard. A teoria geral do emprego, do juro e da moeda. Tradução de Mário R. da Cruz; revisão técnica de Claudio Roberto Contador. – São Paulo: Atlas, 1982.

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