O Econocratum nasceu da vontade de olhar o mercado financeiro além dos números, conectando análise econômica com reflexão crítica. Aqui compartilho insights sobre investimentos, política econômica e o papel do capital na sociedade, sempre buscando traduzir o complexo de forma acessível. Mais do que acompanhar indicadores, a proposta é entender causas, impactos e contradições. Se você busca conteúdo que une técnica, questionamento e contexto, este espaço é pra você.
sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012
A Tecnologia no Lugar do Emprego Humano: Criação ou Destruição de Riqueza?
Por Carlos Soares Rodrigues,
“Aumentos na disponibilidade de recursos produtivos – o trabalho e o capital usados no produto de bens e serviços -, ..., ajudam para o aumento do PNB real.” (DORNBUSCH&FISCHER)
Em matéria publicada no jornal Folha de São Paulo, assinada pelo jornalista Felipe Gutierrez, no caderno Carreiras e Empregos, no dia 30 de outubro de 2011, temos a seguinte constatação: “ máquinas podem roubar empregos que exigem mais qualificação” e que estes avanços veem ocorrendo em intervalos cada vez menores.
Ainda segundo a matéria “há exemplos como o de softwares para o mercado financeiro” que veem substituindo a função de operadores da bolsa.
O aumento tecnológico, em substituição ao trabalho humano, pode contribuir para o crescimento do produto, leia-se da economia e riqueza de um país. Contudo, resta saber se de fato esse aumento no produto ser reverte ou não, de fato, em aumento na riqueza da população como um todo ou se ficará concentrado nas mãos de poucos?
Delfim Neto em sua célebre frase nos tempos de ministro dizia que “era preciso deixar o bolo crescer para depois distribuir”.
Certamente que um avanço tecnológico costuma destruir postos de trabalho, até então ocupados pelo capital humano, e cria um contingente de desempregados para esta função. Porém, esse contingente será forçado a se adaptar a nova realidade e a buscar por mais capacitação.
De fato avanço tecnológico é fruto dos esforços de pessoas empreendedoras que buscaram inovar seus negócios no intuito de oferecer produtos e serviços de qualidade com custo menor para seu consumidor final – categoria que, diga-se de passagem, eu e vocês nos incluímos.
Neste sentido o aumento no produto, ou da riqueza de um país, através do avanço tecnológico, não tende a ficar concentrado nas mãos de poucos, pois, ao passo que, bens e serviços vão ficando mais acessíveis e de melhor qualidade, todos nós acabamos usufruindo de um mesmo padrão de consumo, senão superior, sem a necessidade de se gastar mais por isso.
Mas como ficam as pessoas que perderam seu emprego? O que elas ganham com isso?
Como dito, essas pessoas serão forçadas a buscar maior capacitação diante da nova realidade. Isso os tornará profissionais mais qualificados e capazes de produzir mais riqueza com menos necessidade de capital, leia-se, maquinário. Mais qualificadas, as pessoas a tendência é que passem a ser melhor remuneradas e também consigam usufruir de um melhor padrão de vida.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
-
Melhora de margens agrada, mas top line e crédito ficam no radar A Lojas Renner, Maior varejista de modas do país, apresentou mais uma v...
-
Tesouro Direto < Mapa do Tesouro Semana de 18 a 25 de maio de 2018 Por Carlos Soares, CNPI Em meio ao ambiente de incertez...
-
Por Carlos Soares Rodrigues, O mercado de taxa de juros recua diante da divulgação do tão aguardado Orçamento de 2012 e também pelo bom...
Nenhum comentário:
Postar um comentário