Por Carlos Soares Rodrigues,
Em linha com meu cenário traçado no post de ontem as taxas
reagiram diante dos dados de inflação no Brasil (IPC-S), emprego nos EUA (Vagas
de Trabalho no Setor Privado), o desenrolar do calote e aguardo do referendo
grego.
O IPC-S registrou alta de 0,82% no fechamento de junho e acumula alta de
9,15% nos últimos 12 meses – vale lembrar que o teto estabelecido para o índice
oficial de preços do país está em 6,5% para 2015. Já nos EUA foi informado a
divulgação de 237 mil novos postos de trabalho no setor privado, acima dos 218
mil postos esperados segundo consenso da Trading.Economics, reforçando as
expectativas em torno de uma alta nas taxas de juros por parte do Federal
Reserve (Banco Central Norte Americano).
No velho continente os mercados trabalham agora na
expectativa em torno do referendo grego que decidirá, neste domingo, dia 5, se
a população apoia ou não, segundo noticiado pelo Valor Econômico, “um novo
pacote de medidas de austeridades em troca de um novo programa de ajuda
financeira”.
Diante da alta dos juros futuros mais longos, os títulos de Tesouro
IPCA+ com Juros Semestrais 2050 (NTNB) encerraram cotados, nesta quarta-feira,
a R$ 2.686,67 na compra (link
– acessado em 01-7-15 às 19:15), representando uma queda de -0,78% em relação
ao fechamento desta terça-feira.
A Produção Industrial Mensal de maio poderia trazer, na minha avaliação, dado o resultado negativo que será divulgado amanhã, uma pressão de baixa nas taxas de juros.
Contudo, dados de emprego (Sondagem do
Mercado de Trabalho e Pedidos de Seguro Desemprego) e véspera de feriado nos
Estados Unidos (Dia da Independência, observado no dia 03 de julho) juntamente
com as incertezas em torno do referendo grego, que será realizado no próximo
domingo, irão prevalecer nas negociações de amanhã e poderão, ao meu ver, continuar puxando as taxas de juros longas para
cima levando a queda nos preços dos
títulos públicos nesta quinta-feira.
Nenhum comentário:
Postar um comentário