
Por Carlos Soares, CNPI
O mercado de juros futuros apresentou um comportamento distinto ao longo da curva (leia-se entre os diferentes prazos de vencimento) com as taxas recuando ("fechando", no jargão do mercado) nos vencimentos mais próximos (na "ponta mais curta"), até 2023, e subindo a partir daí (nos "vértices mais longos", usando a terminologia técnica).
O movimento coincide com a divulgação da prévia mais fraca, ainda que esperada, da atividade econômica do nosso país no mês de maio. Segundo divulgado pelo Banco Central, o IBC-Br - considerado uma proxy do Produto Interno Bruto (PIB), registrou queda de -3,34% em relação ao mês de abril, basicamente por conta dos efeitos da paralisação dos caminhoneiros ocorrida em maio. Com um nível de atividade mais fraco os agentes de mercado acabam vislumbrando de taxa de juros baixas por um período mais prolongado para estimular a economia - ao menos é a leitura que se pode ter no curto prazo. Com o recuo das taxas de juros futuras, acabam se beneficiando os títulos públicos prefixados e indexados a inflação com prazo de vencimento mais curtos, preponderantemente até o ano de 2023, por conta da valorização no preço de venda, caso o investidor opte por resgatá-los antecipadamente.
Por outro lado as taxas mais longas acabaram seguindo de perto o cenário externo na última sessão. Os juros (yields) dos títulos norte-americanos registraram alta impulsionados pelos dados de vendas do varejo de junho divulgados na manhã desta segunda-feira (16) que, como bem ressaltado pela agência de notícias Reuters, apresentou o quinto mês consecutivo de crescimento e amenizou temporariamente as preocupações em torno das disputas comerciais entre os EUA e China. Juntamente com a alta dos Treasuries vale destacar que as incertezas relacionadas ao quadro fiscal brasileiro para os próximos anos e o cenário político/eleitoral também contribuem para o tom de cautela nos vencimentos mais longos.
Nesta terça-feira a agenda econômica traz como destaque o depoimento do presidente do Federal Reserve (Fed, o Banco Central dos EUA), Jerome Powell, às 11h00, que poderá sinalizar os próximos passos para o ritmo de alta da taxa de juros norte-americana.
Bom dia e bons negócios!
O movimento coincide com a divulgação da prévia mais fraca, ainda que esperada, da atividade econômica do nosso país no mês de maio. Segundo divulgado pelo Banco Central, o IBC-Br - considerado uma proxy do Produto Interno Bruto (PIB), registrou queda de -3,34% em relação ao mês de abril, basicamente por conta dos efeitos da paralisação dos caminhoneiros ocorrida em maio. Com um nível de atividade mais fraco os agentes de mercado acabam vislumbrando de taxa de juros baixas por um período mais prolongado para estimular a economia - ao menos é a leitura que se pode ter no curto prazo. Com o recuo das taxas de juros futuras, acabam se beneficiando os títulos públicos prefixados e indexados a inflação com prazo de vencimento mais curtos, preponderantemente até o ano de 2023, por conta da valorização no preço de venda, caso o investidor opte por resgatá-los antecipadamente.
Por outro lado as taxas mais longas acabaram seguindo de perto o cenário externo na última sessão. Os juros (yields) dos títulos norte-americanos registraram alta impulsionados pelos dados de vendas do varejo de junho divulgados na manhã desta segunda-feira (16) que, como bem ressaltado pela agência de notícias Reuters, apresentou o quinto mês consecutivo de crescimento e amenizou temporariamente as preocupações em torno das disputas comerciais entre os EUA e China. Juntamente com a alta dos Treasuries vale destacar que as incertezas relacionadas ao quadro fiscal brasileiro para os próximos anos e o cenário político/eleitoral também contribuem para o tom de cautela nos vencimentos mais longos.
Nesta terça-feira a agenda econômica traz como destaque o depoimento do presidente do Federal Reserve (Fed, o Banco Central dos EUA), Jerome Powell, às 11h00, que poderá sinalizar os próximos passos para o ritmo de alta da taxa de juros norte-americana.
Bom dia e bons negócios!
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