Que tal fazer seu dinheiro render mais do que a poupança investindo em algo considerado o investimento de menor risco do mercado brasileiro? E melhor ainda: com menos de R$ 100 reais você pode começar a investir.
Estou falando do investimento no Tesouro Direto, programa criado em 2002 com o objetivo de democratizar o acesso da população aos títulos públicos e que oferece diferentes tipos de rentabilidade (prefixada, ligada à variação da inflação ou mesmo à variação da taxa Selic), além de diferentes prazos de vencimentos e fluxos de pagamentos de juros – atendendo as necessidades de cada tipo de investidor.
Considerando apenas o Tesouro Selic, o título mais conservador dentre todos disponíveis no Tesouro Direto, e indicado para os investidores pouco familiarizados com as variações do mercado financeiro, podemos ter uma idéia da oportunidade que você pode estar desperdiçando.
Nos últimos 10 anos, um investidor que tenha colocado R$ 1 mil na caderneta de poupança contaria hoje com R$ 1.996,29. Com os mesmos R$ 1 mil investidos no Tesouro Selic o investidor teria hoje cerca de R$ 2.300 líquidos de impostos, ou seja, uma grande diferença considerando que se trata do investimento de menor risco no país.
Isso sem contar o bom desempenho apresentado nos últimos anos das demais modalidades como os títulos indexados a inflação. Entre outubro de 2015 – período marcado pelo abandono da meta de superávit fiscal do governo Dilma – e março de 2018 estes títulos renderam em média mais de 65%, o equivalente a um ganho médio de quase 20% ao ano.
Apesar das dificuldades de se acertar o momento exato de entrar ou de sair num determinado investimento, algumas sinalizações dadas por fatores conjunturais nos dão pistas de como nos posicionarmos.
Exemplo disso está descrito no meu posicionamento dado em entrevista concedida a Dukascopy, em meados de setembro de 2017, quando enxerguei espaço quedas adicionais da taxa Selic e que capturaram um bom rendimento nas modalidades sugeridas naquela ocasião:
Perspectivas para o Tesouro Direto
A pergunta que muitos devem estar se fazendo é o que esperar para os próximos meses, principalmente diante do cenário tão incerto como o que nos deparamos hoje?
Acredito que teremos algumas oportunidades bem interessantes no Tesouro Direto, especialmente se tivermos o avanço das reformas no próximo (ou neste) governo que devem reduzir significativamente as incertezas em relação ao nosso quadro fiscal.
Estas oportunidades têm sido sugeridas aos investidores que seguem o Mapa do Tesouro: Recomendações de Tesouro Direto.
CARLOS SOARES, CNPI
Economista e Analista de Investimentos
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