
Por Carlos Soares, CNPI
Nitidamente mostrando um tom de cautela por parte dos investidores a espera da pesquisa Datafolha, divulgada após o fechamento, os juros futuros registraram um nítido movimento de "steepening" - inclinação da curva quando os juros mais longos sobem mais do que as taxas mais curtas.
Apenas um parenteses quanto ao movimento verificado na curva de juros nesta segunda-feira (10): normalmente os fatores que levam a alta dos juros mais longos são as incertezas por parte dos investidores em relação ao país ou uma expectativa de crescimento econômico que leve o Banco Central elevar a taxa de juros em algum momento no futuro para manter a inflação sob controle.
Mas na sessão de ontem podemos afirmar que se trata do quadro político-eleitoral que ainda segue incerto, mas com o mercado apostando que o trágico evento de quinta-feira (06) possa fortalecer as candidaturas de direita vistas como mais comprometidas em combater o desequilíbrio das contas públicas.
Reforçando estas apostas tivemos a divulgação da pesquisa FSB/BTG mostrando que o candidato Jair Bolsonaro (PSL) ampliou sua vantagem na liderança passando de 26 por cento na semana passada para 30 por cento no último levantamento.
Por outro lado, tanto a pesquisa Ibope/Estado/TV Globo quanto Datafolha divulgadas na noite de ontem mostraram um quadro praticamente estável, dentro da margem de erro, entre os principais candidatos à Presidência da República, tendo o candidato Bolsonaro permanecendo na liderança.
Além do fraco desempenho do candidato Geraldo Alckmin (PSDB) em todas as pesquisas de intenções de votos, uma nova fase da Operação Lava Jato deflagrada a pouco atingiu integrantes de seu partido e culminou com a prisão do ex-governador do Paraná, Beto Richa. Resta saber o quanto impactará em sua campanha os desdobramentos das investigações sobre seu partido, mas pode reforçar a mudança da preferência do mercado sobre os postulantes ao Palácio do Planalto.
Caso o nome do deputado siga se consolidando na liderança das pesquisas é bem possível que o mercado passe a apoiá-lo de uma vez, especialmente com a possibilidade de que a Reforma da Previdência seja votada ainda neste ano como sinalizado pela equipe econômica e noticiado pelo jornal Valor Econômico nesta segunda-feira.
Mas, as chances de que um nome com perfil mais heterodoxo ganhar força, ou seja, um nome mais propenso a aumentar os gastos e elevar a dívida pública, como tem sido sinalizado nas propostas do candidato Ciro Gomes (PDT), pode trazer um tom mais defensivo por parte dos investidores e levar a mais volatilidade aos ativos locais nos próximos dias.
Lá fora, o noticiário político/comercial segue intenso com as ameaças de Donald Trump impor novas tarifas sobre os produtos chineses. Já na agenda econômica o destaque fica para a divulgação do Estudo mensal sobre Ofertas de Emprego e Rotatividade no Trabalho (JOLTs, na sigla em inglês) que deve mostrar que houve cerca de 6,646 milhões de vagas de empregos nos EUA no mês de julho, reforçando que o mercado de trabalho norte-americano segue robusto.
Sem vislumbrar grandes alterações no cenário externo e local para os próximos dias permaneço recomendando uma parcela mais significativa em títulos pós fixados em minhas recomendações de Tesouro Direto. Saliento que o cenário de maior volatilidade que temos observado nos últimos dias tem criado oportunidades importantes em outras modalidades e que estão sendo aproveitadas pelos clientes do Mapa do Tesouro.
Saiba mais em: Mapa do Tesouro: Recomendações de Tesouro Direto
Bom dia e bons negócios!
Apenas um parenteses quanto ao movimento verificado na curva de juros nesta segunda-feira (10): normalmente os fatores que levam a alta dos juros mais longos são as incertezas por parte dos investidores em relação ao país ou uma expectativa de crescimento econômico que leve o Banco Central elevar a taxa de juros em algum momento no futuro para manter a inflação sob controle.
Mas na sessão de ontem podemos afirmar que se trata do quadro político-eleitoral que ainda segue incerto, mas com o mercado apostando que o trágico evento de quinta-feira (06) possa fortalecer as candidaturas de direita vistas como mais comprometidas em combater o desequilíbrio das contas públicas.
Reforçando estas apostas tivemos a divulgação da pesquisa FSB/BTG mostrando que o candidato Jair Bolsonaro (PSL) ampliou sua vantagem na liderança passando de 26 por cento na semana passada para 30 por cento no último levantamento.
Por outro lado, tanto a pesquisa Ibope/Estado/TV Globo quanto Datafolha divulgadas na noite de ontem mostraram um quadro praticamente estável, dentro da margem de erro, entre os principais candidatos à Presidência da República, tendo o candidato Bolsonaro permanecendo na liderança.
Além do fraco desempenho do candidato Geraldo Alckmin (PSDB) em todas as pesquisas de intenções de votos, uma nova fase da Operação Lava Jato deflagrada a pouco atingiu integrantes de seu partido e culminou com a prisão do ex-governador do Paraná, Beto Richa. Resta saber o quanto impactará em sua campanha os desdobramentos das investigações sobre seu partido, mas pode reforçar a mudança da preferência do mercado sobre os postulantes ao Palácio do Planalto.
Caso o nome do deputado siga se consolidando na liderança das pesquisas é bem possível que o mercado passe a apoiá-lo de uma vez, especialmente com a possibilidade de que a Reforma da Previdência seja votada ainda neste ano como sinalizado pela equipe econômica e noticiado pelo jornal Valor Econômico nesta segunda-feira.
Mas, as chances de que um nome com perfil mais heterodoxo ganhar força, ou seja, um nome mais propenso a aumentar os gastos e elevar a dívida pública, como tem sido sinalizado nas propostas do candidato Ciro Gomes (PDT), pode trazer um tom mais defensivo por parte dos investidores e levar a mais volatilidade aos ativos locais nos próximos dias.
Lá fora, o noticiário político/comercial segue intenso com as ameaças de Donald Trump impor novas tarifas sobre os produtos chineses. Já na agenda econômica o destaque fica para a divulgação do Estudo mensal sobre Ofertas de Emprego e Rotatividade no Trabalho (JOLTs, na sigla em inglês) que deve mostrar que houve cerca de 6,646 milhões de vagas de empregos nos EUA no mês de julho, reforçando que o mercado de trabalho norte-americano segue robusto.
Sem vislumbrar grandes alterações no cenário externo e local para os próximos dias permaneço recomendando uma parcela mais significativa em títulos pós fixados em minhas recomendações de Tesouro Direto. Saliento que o cenário de maior volatilidade que temos observado nos últimos dias tem criado oportunidades importantes em outras modalidades e que estão sendo aproveitadas pelos clientes do Mapa do Tesouro.
Saiba mais em: Mapa do Tesouro: Recomendações de Tesouro Direto
Bom dia e bons negócios!
Nenhum comentário:
Postar um comentário