
Por Carlos Soares, CNPI
A espera do término do encontro do Comitê de Política Monetária (Copom) na noite desta quarta-feira (19), os juros futuros encerraram a última sessão em baixa ao longo da curva.
Por unanimidade, o colegiado decidiu manter a taxa Selic em 6,5% ao ano e destacou, em seu comunicado após o encontro, que os riscos de uma alta da inflação decorrente da "deterioração do cenário externo para economias emergentes", contemplados em seu cenário básico, "se elevaram" desde o último encontro.
Também foi destacado que o elevado nível de ociosidade da economia, leia-se alto desemprego e fraco desempenho das empresas no país, pode seguir mantendo os preços comedidos permitindo a manutenção de uma "política monetária estimulativa", ou seja, de manutenção da taxa de juros.
Para que ocorra uma queda adicional da taxa de juros estrutural somada a uma "recuperação sustentável da economia", o Comitê enfatizou a necessidade da "continuidade dos processos de reformas e ajustes necessários na economia brasileira" como forma de preservar a inflação controlada no médio e longo prazo.
Já para esta quinta-feira (20) poderemos ter alguma correção nos juros futuros por conta do Copom e a agenda econômica nos reserva a divulgação dos dados norte-americanos de atividade industrial apurados pelo Fed da Filadelfia e pedidos por seguro-desemprego, às 9h30, além das vendas de casas usadas do mês de agosto, às 11h00.
Em meio ao cenário de incertezas eleitorais no nosso país e com um quadro externo pressionado pelo acirramento das tensões comerciais e pelo processo de alta das taxas de juros nas nações desenvolvidas, especialmente nos EUA, recomendo cautela em relação aos títulos prefixados e indexados ao IPCA.
Para o investidor pouco familiarizado com as oscilações do mercado financeiro, chamo a atenção para o fato de que estas modalidades podem gerar perdas, principalmente em momentos de maior turbulência como o que temos enfrentado nos últimos meses, caso opte resgatar seu dinheiro antes do vencimento que variam de 2021 até 2050.
Como forma de preservação do capital investido, tenho sugerido aos investidores assinantes do Mapa do Tesouro manter um mix distribuído entre as diferentes alternativas disponíveis no Tesouro Direto, mas dando um peso mais importante na modalidade pós fixada enquanto aguardamos uma definição mais clara do cenário a partir do próximo ano, lembrando que o risco do investidor ter prejuízo nesta modalidade é praticamente nula.
Diante disso, faço meu convite para conhecer minhas recomendações de Tesouro Direto em: Mapa do Tesouro: Recomendações de Tesouro Direto - por apenas R$ 7,00/mês.
Bom dia e bons negócios!
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