segunda-feira, 13 de julho de 2015

TESOURO DIRETO: COMENTÁRIO MERCADO DE TESOURO IPCA + COM JUROS SEMESTRAIS 2050 (NTNB) – Jul 13, 2015






Por Carlos Soares Rodrigues,

Finalmente o imbróglio grego chegou ao fim com o anuncio do terceiro pacote de ajuda a economia helênica. Além disso, o mercado acionário chinês não trouxe grandes emoções na sessão de hoje e as projeções de inflação aqui no Brasil cederam um pouco no último levantamento do Banco Central. Diante destes fatores as taxas futuras de juros encerraram a sessão desta segunda-feira praticamente inalteradas.

Em troca da aprovação de novas medidas de austeridade fiscal pelo seu Parlamento, na próxima quarta-feira, o governo grego obteve um acordo para a liberação de 85 bilhões de euros. O acordo trouxe uma melhora no humor dos investidores e contribuiu para que as taxas futuras de juros, vencimento 2021, encerrassem praticamente estáveis nesta segunda-feira (12,61% ante os 12,62% de sexta-feira).

Após as intervenções do governo chinês, o mercado acionário do gigante asiático voltou a apresentar mais uma sessão de alta (+1,3% Hang Seng, e +2,38% Shangai) mitigando as preocupações em torno da saúde econômica do país.

Por aqui tivemos a divulgação do Relatório Focus que apontou para uma pequena melhora nas expectativas do IPCA para 2016 cuja mediana passou de 5,45% para 5,44%, afastando a pressão altista nas taxas de juros verificada nos últimos dias.

Diante disso, os títulos de Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 2050 (NTNB) encerraram cotados, nesta segunda-feira, a R$ 2.663,25 na compra (link – acessado em 13/07/2015 às 18:15), ficando estável em relação ao preço de referencia divulgado pela Anbima (link – acesso feito dia 13/07/2015 às 18:13), -0,01%.

Entrou no radar dos investidores, nestes últimos dias, a possibilidade de revisão da meta de superávit primário por parte do governo, hoje em 1,1% do PIB, para 0,4%, segundo proposto pelo senador do PMDB-RR, Romero Jucá. Em tese, uma meta menos apertada significaria menores gastos o que alimentaria a inflação. Contudo, diante do recrudescimento da queda de atividade no país, a redução do aperto fiscal pode dar algum respiro ao governo e à atividade econômica brasileira. De qualquer forma, segundo especialista, seria necessária uma economia de 2,0% do PIB para estabilizar a dívida pública, mas, como temos visto, temos um longo caminho pela frente para retomarmos a normalidade do país.

Para esta terça-feira, na minha avaliação, o único indicador de relevância previsto é a Pesquisa Mensal do Comércio de maio que será divulgada pelo IBGE por volta das 9:00. As projeções do mercado, segundo o site br.investing.com, apontam para uma queda de -0,3% em relação a Abr/15 e de -3,7% em relação a Mai/14 das vendas do comércio varejista brasileiro.

Acredito que este resultado do comércio continuará confirmando a perda de ímpeto da economia brasileira cujas consequências se refletirão diretamente no emprego e queda nos índices de preços. Conforme os preços comecem a apresentar algum arrefecimento, as taxas de juros futuras começarão a recuar trazendo melhores retornos para os títulos públicos. Portanto, para esta terça-feira, espero que tenhamos um dia de baixa nas taxas futuras de juros e alta nos rendimentos das NTN-Bs em relação ao fechamento de hoje.

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