Incertezas em torno da decisão do Copom em elevar a taxa Selic em 0,25% ou 0,5% levaram o mercado a exigir um prêmio maior nos vencimentos mais curtos na última semana.
As curvas de juros mantiveram o movimento apresentado na semana do dia 15. Os vértices mais curtos continuaram o movimento de alta enquanto que o prêmio de risco nos vencimentos mais longos, seguindo a tendência das últimas em três semanas, seguiu no ritmo de queda.
Conforme previsto na última análise, mas apresentando menos ímpeto em relação a semana anterior, os papéis pré fixados com vencimentos inferiores a 01 ano (IRF-M 1) foram os destaques na última semana. Estes papéis apresentaram uma alta de 0,15% - contra uma alta de 0,21% na semana do dia 15.
O destaque negativo pela 3ª semana consecutiva ficou para os papéis atrelados a inflação com vencimentos superiores a 5 anos (IMA-B 5+). Estes papéis apresentaram um retorno negativo de 0,03% - contra um retorno de 0,24% verificado na semana anterior.
No acumulado do mês de abril os papéis pré fixados com vencimentos superiores a 01 ano (IRF-M 1+) são os que vêem apresentando a melhor perfomance. Estes papéis já acumulam uma alta de 0,88% até o dia 20 de abril.
A pesquisa Focus divulgada hoje pela manhã mostrou que as expectativas de inflação para 2011 apontam para uma alta de 6,34% - apenas 0,16 pontos abaixo do limite máximo estabelecido como meta pelo Banco Central que é de 6,50%.
De acordo com o jornal Valor, em matéria assinada pela repórter Juliana Cardoso, o mercado já vem elevando suas expectativas de inflação pela 7ª semana consecutiva.
Já as expectativas para os próximos 12 meses e para 2012 permaneceram inalteradas em relação ao apurado na semana anterior.
É consenso no mercado de que a alta de 0,25 pontos percentuais da taxa Selic na última quarta-feira poderá levar a uma alta nos vértices mais longos. Essa alta veio abaixo das apostas da maioria do mercado que era de uma elevação 0,50%.
Portanto, estes ajustes poderão beneficiar os papéis pré fixados com vencimentos inferiores a 01 ano (IRF-M 1) - uma vez que o desempenho destes papéis é inversamente proporcional ao comportamento das taxas de juros.
Fontes de referência
BANCO CENTRAL DO BRASIL. Nota Técnica sobre a Circular nº 2.972, de 23 de março de 2000.
__________________. Focus – Relatório de Mercado.
Disponível em: http://www4.bcb.gov.br/pec/GCI/PORT/readout/readout.asp
BANCO ITAÚ. Mercado Hoje. Banco Itaú: Informativo diário de 20 de abr. 2011.
BOLSA DE MERCADORIAS E FUTUROS. Taxas Referenciais BM&F. Disponível em: http://www2.bmf.com.br/pages/portal/portal/boletim1/TxRef1.asp
BRADESCO. Economia em Dia. Disponível em: http://www.economiaemdia.com.br/
CARDOSO, Juliana. Focus: Projeção para IPCA em 2011 é ampliada pela 7ª semana seguida. Disponível em: http://www.valoronline.com.br/online/politica-monetaria/36/416667/focus-projecao-para-ipca-em-2011-e-ampliada-pela-7-semana-seguid
O Econocratum nasceu da vontade de olhar o mercado financeiro além dos números, conectando análise econômica com reflexão crítica. Aqui compartilho insights sobre investimentos, política econômica e o papel do capital na sociedade, sempre buscando traduzir o complexo de forma acessível. Mais do que acompanhar indicadores, a proposta é entender causas, impactos e contradições. Se você busca conteúdo que une técnica, questionamento e contexto, este espaço é pra você.
segunda-feira, 25 de abril de 2011
quinta-feira, 21 de abril de 2011
FINANÇAS PESSOAIS: Como investir R$ 200 por mês para um bebê ter uma boa poupança aos 18?
Por Mauro Calil:
BÚSSOLA RESPOSTA DO CONSULTOR FINANCEIRO MAURO CALIL, DA CALIL & CALIL - Comece tirando um CPF para o seu filho; basta ir a uma agência dos Correios ou ao Banco do Brasil com a certidão de nascimento, pagar uma pequena taxa e esperar até que o documento seja entregue em sua residência.
Como as crianças têm o que nos falta, que é tempo, sugiro uma forte parcela de ações nas aplicações financeiras para os pequenos. É provável que a Bolsa suba e caia inúmeras vezes em 18 anos. Em longo prazo, porém, costuma render mais.
Caso você entenda de ações, pode construir uma carteira de papéis que rendam bons dividendos -empresas de energia, telecomunicações e tabaco pagam mais dividendos porque não precisam de grandes investimentos.
Se preferir, você pode contratar um fundo de investimento que faça isso.
Outra alternativa são os planos de previdência privada, que são uma espécie de seguro. Esses fundos podem trazer em sua carteira investimentos em renda fixa (dívida pública ou privada) e renda variável (ações).
Preste muita atenção na política de investimento que está contratando e também nos custos envolvidos, como taxas de administração, performance e carregamento.
Se esses custos forem altos, podem corroer a rentabilidade e diminuir o saldo da poupança e do resgate.
Disponível em: http://rio-negocios.com/como-investir-r-200-por-mes-para-um-bebe-ter-uma-boa-poupanca-aos-18/ Acesso feito em: 17/04/2011 - 23h39
BÚSSOLA RESPOSTA DO CONSULTOR FINANCEIRO MAURO CALIL, DA CALIL & CALIL - Comece tirando um CPF para o seu filho; basta ir a uma agência dos Correios ou ao Banco do Brasil com a certidão de nascimento, pagar uma pequena taxa e esperar até que o documento seja entregue em sua residência.
Como as crianças têm o que nos falta, que é tempo, sugiro uma forte parcela de ações nas aplicações financeiras para os pequenos. É provável que a Bolsa suba e caia inúmeras vezes em 18 anos. Em longo prazo, porém, costuma render mais.
Caso você entenda de ações, pode construir uma carteira de papéis que rendam bons dividendos -empresas de energia, telecomunicações e tabaco pagam mais dividendos porque não precisam de grandes investimentos.
Se preferir, você pode contratar um fundo de investimento que faça isso.
Outra alternativa são os planos de previdência privada, que são uma espécie de seguro. Esses fundos podem trazer em sua carteira investimentos em renda fixa (dívida pública ou privada) e renda variável (ações).
Preste muita atenção na política de investimento que está contratando e também nos custos envolvidos, como taxas de administração, performance e carregamento.
Se esses custos forem altos, podem corroer a rentabilidade e diminuir o saldo da poupança e do resgate.
Disponível em: http://rio-negocios.com/como-investir-r-200-por-mes-para-um-bebe-ter-uma-boa-poupanca-aos-18/ Acesso feito em: 17/04/2011 - 23h39
terça-feira, 19 de abril de 2011
Análise de Conjuntura: Emprego no Brasil - Março/2011
Foi divulgada na manhã de hoje a taxa de desocupação de março no Brasil apurada pelo IBGE na Pesquisa Mensal de Emprego. A taxa de desemprego ficou em 6,5% no mês de março e, a exemplo do ocorrido no mês de fevereiro, foi a menor apurada para o mesmo período em toda a série histórica.
Como destaques positivos as atividades ligadas a Serviços Domésticos, Serviços Prestados às Empresas e Construção foram as que apresentaram os maiores crescimentos no número de pessoal ocupado em relação ao mês de fevereiro.
Mesmo com a redução de 32 mil postos de trabalho no Rio de Janeiro, as atividades de Serviços Domésticos avançaram 4,1% no número de pessoal ocupado. Na comparação anual a cidade do Rio de Janeiro também se destaca ao apresentar uma queda de 46 mil postos de trabalho nestas atividades.
Já as atividades ligadas aos Serviços Prestados às Empresas tiveram uma alta de 1,6% em relação a fevereiro. O destaque ficou com a cidade de Belo Horizonte que apresentou um aumento de 8,8% no número de pessoal ocupado em relação a março de 2010.
As atividades de Construção também apresentaram um bom desempenho ao avançar 1,4% em relação ao mês de fevereiro.
Já os destaques de baixa ficaram os setores ligados a Outros Serviços, Comércio e Indústria.
As atividades ligadas a Outros Serviços apresentaram uma queda de 1,0% em relação ao mês de fevereiro.
O emprego no comércio retrocedeu 0,6% no mês de março se comparado com o mês anterior. Com uma redução de 24 mil postos de trabalho, a cidade de Recife foi o destaque negativo neste segmento.
Em seguida as atividades ligadas a Indústria apresentaram uma queda mensal de 0,5% com o destaque na redução de 95 mil postos na cidade de São Paulo.
Diante dos resultados apresentados pelo IBGE pode-se concluir que comércio e indústria já começam a dar sinais de retração após as medidas adotadas pelo governo para conter o consumo.
Construção ainda reage mesmo após os cortes no orçamento que reduziu parte das verbas destinadas ao programa Minha Casa, Minha Vida.
Contudo, ao comparar os dados na base anual podemos verificar que os resultados são bem positivos. A taxa de desocupação de 6,5% recuou 1,1 pontos percentuais em comparação a março de 2010 quando foi de 7,6%; e o número de trabalhadores com carteira assinada no setor privado teve uma elevação de 739 mil postos de trabalhos.
Apesar da pequena desaceleração as perspectivas continuam favoráveis para os próximos meses.
Referência Bibliográfica
CARDOSO, Juliana. Taxa de desemprego em março é a menor para o mês na série do IBGE. São Paulo: Valor, matéria publicada em 19 de abr. 2011. Disponível em: http://www.valoronline.com.br/online/indicadores/10/415267/taxa-de-desemprego-em-marco-e-a-menor-para-o-mes-na-serie-do-ibge
IBGE. Indicadores IBGE: Pesquisa Mensal de Emprego - Março 2011. Rio de Janeiro: Pesquisa Mensal de Emprego, abr. de 2011. Disponível em: http://www.ibge.gov.br/home/presidencia/noticias/imprensa/ppts/0000000398.pdf
______. Dados PME. Disponível em: http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/trabalhoerendimento/pme_nova/default_variacao.shtm
SOARES, Pedro. Taxa de desemprego em março é a maior desde agosto, diz IBGE. São Paulo: Jornal Folha de São Paulo, matéria publicada em 19 de abr. 2011. Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/poder/904608-taxa-de-desemprego-em-marco-e-a-maior-desde-agosto-diz-ibge.shtml
Como destaques positivos as atividades ligadas a Serviços Domésticos, Serviços Prestados às Empresas e Construção foram as que apresentaram os maiores crescimentos no número de pessoal ocupado em relação ao mês de fevereiro.
Mesmo com a redução de 32 mil postos de trabalho no Rio de Janeiro, as atividades de Serviços Domésticos avançaram 4,1% no número de pessoal ocupado. Na comparação anual a cidade do Rio de Janeiro também se destaca ao apresentar uma queda de 46 mil postos de trabalho nestas atividades.
Já as atividades ligadas aos Serviços Prestados às Empresas tiveram uma alta de 1,6% em relação a fevereiro. O destaque ficou com a cidade de Belo Horizonte que apresentou um aumento de 8,8% no número de pessoal ocupado em relação a março de 2010.
As atividades de Construção também apresentaram um bom desempenho ao avançar 1,4% em relação ao mês de fevereiro.
Já os destaques de baixa ficaram os setores ligados a Outros Serviços, Comércio e Indústria.
As atividades ligadas a Outros Serviços apresentaram uma queda de 1,0% em relação ao mês de fevereiro.
O emprego no comércio retrocedeu 0,6% no mês de março se comparado com o mês anterior. Com uma redução de 24 mil postos de trabalho, a cidade de Recife foi o destaque negativo neste segmento.
Em seguida as atividades ligadas a Indústria apresentaram uma queda mensal de 0,5% com o destaque na redução de 95 mil postos na cidade de São Paulo.
Diante dos resultados apresentados pelo IBGE pode-se concluir que comércio e indústria já começam a dar sinais de retração após as medidas adotadas pelo governo para conter o consumo.
Construção ainda reage mesmo após os cortes no orçamento que reduziu parte das verbas destinadas ao programa Minha Casa, Minha Vida.
Contudo, ao comparar os dados na base anual podemos verificar que os resultados são bem positivos. A taxa de desocupação de 6,5% recuou 1,1 pontos percentuais em comparação a março de 2010 quando foi de 7,6%; e o número de trabalhadores com carteira assinada no setor privado teve uma elevação de 739 mil postos de trabalhos.
Apesar da pequena desaceleração as perspectivas continuam favoráveis para os próximos meses.
Referência Bibliográfica
CARDOSO, Juliana. Taxa de desemprego em março é a menor para o mês na série do IBGE. São Paulo: Valor, matéria publicada em 19 de abr. 2011. Disponível em: http://www.valoronline.com.br/online/indicadores/10/415267/taxa-de-desemprego-em-marco-e-a-menor-para-o-mes-na-serie-do-ibge
IBGE. Indicadores IBGE: Pesquisa Mensal de Emprego - Março 2011. Rio de Janeiro: Pesquisa Mensal de Emprego, abr. de 2011. Disponível em: http://www.ibge.gov.br/home/presidencia/noticias/imprensa/ppts/0000000398.pdf
______. Dados PME. Disponível em: http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/trabalhoerendimento/pme_nova/default_variacao.shtm
SOARES, Pedro. Taxa de desemprego em março é a maior desde agosto, diz IBGE. São Paulo: Jornal Folha de São Paulo, matéria publicada em 19 de abr. 2011. Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/poder/904608-taxa-de-desemprego-em-marco-e-a-maior-desde-agosto-diz-ibge.shtml
segunda-feira, 18 de abril de 2011
Mercado de Taxas de Juros: 15/04/2011
Declarações do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, em Washington, reforçaram as apostas de um aumento mais forte da Selic na próxima reunião.
De acordo com a consultoria LCA o mercado aposta numa alta de 50 pontos na taxa Selic na próxima reunião do COPOM que será encerrada na próxima quarta-feira.
Essa alta nos contratos futuros com prazos mais curtos tirou, de acordo com a Agência Estado, o prêmio dos vértices mais longos;
Ainda de acordo com a LCA o mercado avalia que a taxa básica irá recuar em 2012.
Essa queda nos juros mais longos fez com que os papéis pré fixados com vencimentos superiores a 01 ano (IRF-M 1+) tivessem uma boa performance na última semana ao render 0,37%.
Na outra ponta os papéis atrelados a inflação com vencimentos superiores a 5 anos (IMA-B 5+) apresentaram a maior queda na semana (de 0,56% para 0,16%).
O boletim Focus não apresentou grandes surpresas. As expectativas de mercado projetaram, para os próximos 12 meses, uma alta de 5,42% (contra uma alta de 5,41% na semana anterior); 6,29% para 2011 (6,26% na semana anterior) e para 2012 a projeção é de 5% (mesma taxa projetada na semana anterior).
Contudo, com o rebaixamento da avaliação dos Estados Unidos feita pela agência Standard&Poors, o aumento dos compulsórios na China e a reunião do Copom poderão serão ingredientes para que possamos ter uma semana, embora curta, mais movimentada em relação ao verificado na última semana.
A perspectiva é de que seja um bom momento para adquirir papéis pré-fixados com vencimentos inferiores a 01 ano (IRF-M 1+).
Referência bibliográfica
AGÊNCIA ESTADO BROADCAST. CENÁRIO-1: Aposta de alta de 0,50pp é resgatada com fala de Tombini. São Paulo: Ag. Estado Broadcast, 15 de abr. 2011.
BANCO CENTRAL DO BRASIL. Nota Técnica sobre a Circular nº 2.972, de 23 de março de 2000.
__________________. Focus – Relatório de Mercado.
Disponível em: http://www4.bcb.gov.br/pec/GCI/PORT/readout/readout.asp
BOLSA DE MERCADORIAS E FUTUROS. Taxas Referenciais BM&F. Disponível em: http://www2.bmf.com.br/pages/portal/portal/boletim1/TxRef1.asp
INFOMONEY. Juros futuros em alta com mercado em busca por referências. São Paulo: Equipe InfoMoney, 13 de abr. 2011. Disponível: http://www.infomoney.com.br/mercados/noticia/2084774-juros+futuros+alta+com+mercado+busca+por+referencias
LCA. Mercado permanece dividido nas apostas para o COPOM. Resenha LCA, 15 de abr. 2011.
De acordo com a consultoria LCA o mercado aposta numa alta de 50 pontos na taxa Selic na próxima reunião do COPOM que será encerrada na próxima quarta-feira.
Essa alta nos contratos futuros com prazos mais curtos tirou, de acordo com a Agência Estado, o prêmio dos vértices mais longos;
Ainda de acordo com a LCA o mercado avalia que a taxa básica irá recuar em 2012.
Essa queda nos juros mais longos fez com que os papéis pré fixados com vencimentos superiores a 01 ano (IRF-M 1+) tivessem uma boa performance na última semana ao render 0,37%.
Na outra ponta os papéis atrelados a inflação com vencimentos superiores a 5 anos (IMA-B 5+) apresentaram a maior queda na semana (de 0,56% para 0,16%).
O boletim Focus não apresentou grandes surpresas. As expectativas de mercado projetaram, para os próximos 12 meses, uma alta de 5,42% (contra uma alta de 5,41% na semana anterior); 6,29% para 2011 (6,26% na semana anterior) e para 2012 a projeção é de 5% (mesma taxa projetada na semana anterior).
Contudo, com o rebaixamento da avaliação dos Estados Unidos feita pela agência Standard&Poors, o aumento dos compulsórios na China e a reunião do Copom poderão serão ingredientes para que possamos ter uma semana, embora curta, mais movimentada em relação ao verificado na última semana.
A perspectiva é de que seja um bom momento para adquirir papéis pré-fixados com vencimentos inferiores a 01 ano (IRF-M 1+).
Referência bibliográfica
AGÊNCIA ESTADO BROADCAST. CENÁRIO-1: Aposta de alta de 0,50pp é resgatada com fala de Tombini. São Paulo: Ag. Estado Broadcast, 15 de abr. 2011.
BANCO CENTRAL DO BRASIL. Nota Técnica sobre a Circular nº 2.972, de 23 de março de 2000.
__________________. Focus – Relatório de Mercado.
Disponível em: http://www4.bcb.gov.br/pec/GCI/PORT/readout/readout.asp
BOLSA DE MERCADORIAS E FUTUROS. Taxas Referenciais BM&F. Disponível em: http://www2.bmf.com.br/pages/portal/portal/boletim1/TxRef1.asp
INFOMONEY. Juros futuros em alta com mercado em busca por referências. São Paulo: Equipe InfoMoney, 13 de abr. 2011. Disponível: http://www.infomoney.com.br/mercados/noticia/2084774-juros+futuros+alta+com+mercado+busca+por+referencias
LCA. Mercado permanece dividido nas apostas para o COPOM. Resenha LCA, 15 de abr. 2011.
segunda-feira, 11 de abril de 2011
Mercado de Taxas de Juros: 08/04/2011
Os dados de inflação balizaram o desempenho do mercado de renda fixa na última semana.
O resultado do IPCA levou o mercado, na última semana, a apostar na elevação das taxas de juros para conter a alta nos preços.
Conforme podemos verificar no gráfico a seguir todos os vértices sofreram elevação:
A elevação na taxa de juros futura prejudicou os preços dos papéis de renda fixa.
Conforme podemos verificar no gráfico a seguir o destaque negativo ficou com os papéis atrelados a inflação com vencimento superior a 5 anos (IMA-B5+) que passou de uma alta semanal de 0,66% na semana do dia 01 para uma queda semanal de 0,10% no dia 08.
Os papéis atrelados a taxas de juros mantiveram o mesmo desempenho nas duas últimas semanas (alta de 0,22%).
A última pesquisa Focus divulgada na manhã de hoje apresentou uma piora significativa nas expectativas de inflação para 2011 (alta de 6,26% contra 6,02% verificado na semana do dia 01).
As expectativas para o IPCA nos próximos 12 meses ficaram em 5,41% contra 5,35% da semana anterior.
A continuidade de alta nas expectativas de inflação poderá prejudicar o desempenho dos papéis pré-fixados e atrelados a inflação nesta semana.
Referência Bibliográfica
BANCO CENTRAL DO BRASIL. Nota Técnica sobre a Circular nº 2.972, de 23 de março de 2000.
__________________. Focus – Relatório de Mercado.
Disponível em: http://www4.bcb.gov.br/pec/GCI/PORT/readout/readout.asp
BLANCHARD, Olivier. Macroeconomia. São Paulo: Pearson Education, 2004, 3ª edição.
BOLSA DE MERCADORIAS E FUTUROS. Taxas Referenciais BM&F. Disponível em: http://www2.bmf.com.br/pages/portal/portal/boletim1/TxRef1.asp
BRADESCO. Economia em Dia. Disponível em: http://www.economiaemdia.com.br/
CARVALHO, Fernando J. Cardim de; [et al.] Economia monetária e financeira: teoria e prática. Rio de Janeiro: Elsevier, 2000 – 9ª reimpressão.
DORNBUSCH, Rudiger, FISCHER, Stanley. Macroeconomia. São Paulo: Makron, McGraw-Hill, 1991.
MANKIW, Gregory. Macroeconomia. Rio de Janeiro: LTC, 2004, 5ª edição.
O resultado do IPCA levou o mercado, na última semana, a apostar na elevação das taxas de juros para conter a alta nos preços.
Conforme podemos verificar no gráfico a seguir todos os vértices sofreram elevação:
A elevação na taxa de juros futura prejudicou os preços dos papéis de renda fixa.
Conforme podemos verificar no gráfico a seguir o destaque negativo ficou com os papéis atrelados a inflação com vencimento superior a 5 anos (IMA-B5+) que passou de uma alta semanal de 0,66% na semana do dia 01 para uma queda semanal de 0,10% no dia 08.
Os papéis atrelados a taxas de juros mantiveram o mesmo desempenho nas duas últimas semanas (alta de 0,22%).
A última pesquisa Focus divulgada na manhã de hoje apresentou uma piora significativa nas expectativas de inflação para 2011 (alta de 6,26% contra 6,02% verificado na semana do dia 01).
As expectativas para o IPCA nos próximos 12 meses ficaram em 5,41% contra 5,35% da semana anterior.
A continuidade de alta nas expectativas de inflação poderá prejudicar o desempenho dos papéis pré-fixados e atrelados a inflação nesta semana.
Referência Bibliográfica
BANCO CENTRAL DO BRASIL. Nota Técnica sobre a Circular nº 2.972, de 23 de março de 2000.
__________________. Focus – Relatório de Mercado.
Disponível em: http://www4.bcb.gov.br/pec/GCI/PORT/readout/readout.asp
BLANCHARD, Olivier. Macroeconomia. São Paulo: Pearson Education, 2004, 3ª edição.
BOLSA DE MERCADORIAS E FUTUROS. Taxas Referenciais BM&F. Disponível em: http://www2.bmf.com.br/pages/portal/portal/boletim1/TxRef1.asp
BRADESCO. Economia em Dia. Disponível em: http://www.economiaemdia.com.br/
CARVALHO, Fernando J. Cardim de; [et al.] Economia monetária e financeira: teoria e prática. Rio de Janeiro: Elsevier, 2000 – 9ª reimpressão.
DORNBUSCH, Rudiger, FISCHER, Stanley. Macroeconomia. São Paulo: Makron, McGraw-Hill, 1991.
MANKIW, Gregory. Macroeconomia. Rio de Janeiro: LTC, 2004, 5ª edição.
sexta-feira, 8 de abril de 2011
Análise do IPCA do mês de março de 2011
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) teve alta de 0,79% no mês de março – próximo ao apurado em fevereiro (0,8%). A alta foi puxada, principalmente, pelos itens de transportes e alimentação que fizeram com que o índice atingisse, no acumulado dos últimos 12 meses, uma elevação de 6,30% - apenas 0,20% abaixo do teto máximo estabelecido como meta oficial.
Contribuindo com 0,29 p.p. sobre o índice do mês o item transportes foi pressionado pelo aumento nos preços das passagens aéreas. Esse aumento pode ser explicado pela época considerada como alta temporada. Normalmente nesta época do ano as empresas aéreas elevam seus preços por conta da alta procura nos dias de carnaval. Outro componente que contribuiu para a alta do segmento foi o de combustíveis devido ao período de entressafra que vem prejudicando a oferta de etanol no mercado nacional.
O grupo alimentação também teve importante peso na alta do IPCA no mês de março sendo responsável por 0,18 p.p. do índice cheio. Os destaques no grupo no acumulado do ano foram o tomate (70,19%), polpa de açaí (44,91%) e cenoura (42,93%). Já os destaques de baixa ficaram por conta do feijão carioca (-22,64%) e alho (-5,23%).
Recentemente o Banco Central anunciou que o índice poderá chegar, no acumulado em 12 meses, a uma alta de até 6,5% a.a. no primeiro semestre de 2011 - o que torna essa alta um tanto previsível pela autoridade monetária nacional.
Para o próximo mês poderemos verificar uma pressão adicional no grupo alimentos com a alta no item pescados por conta das festividades de Páscoa.
Já o grupo transportes espera-se que tenhamos uma menor pressão sobre os preços com o fim da alta temporada e em virtude das medidas que o governo vem anunciando nos últimos dias para conter a alta do etanol – isso sem contar no início do período de colheita da cana-de-açúcar que elevará a oferta de etanol e será um item adicional para a queda nos preços do combustível no mês de abril.
Referência Bibliográfica
BANCO CENTRAL DO BRASIL. Focus – Relatório de Mercado.
Disponível em: http://www4.bcb.gov.br/pec/GCI/PORT/readout/readout.asp
BLANCHARD, Olivier. Macroeconomia. São Paulo: Pearson Education, 2004, 3ª edição.
CARVALHO, Fernando J. Cardim de; [et al.] Economia monetária e financeira: teoria e prática. Rio de Janeiro: Elsevier, 2000 – 9ª reimpressão.
COIMBRA, Leila; FERNANDES, Sofia; NERY, Natuza. Dilma intervém para conter alta no etanol. São Paulo: Jornal Folha de São Paulo, matéria publicada em 07 de abr. 2011, pág. B10.
DORNBUSCH, Rudiger, FISCHER, Stanley. Macroeconomia. São Paulo: Makron, McGraw-Hill, 1991.
FOLHA DE SÃO PAULO. Contra inflação, tributo pode cair se gasolina subir. São Paulo: Jornal Folha de São Paulo, matéria publicada em 07 de abr. 2011, pág. B10.
FREITAS, Tatiana. Petrobrás agora afirma que preço da gasolina pode subir. São Paulo: Jornal Folha de São Paulo, matéria publicada em 07 de abr. 2011, pág. B1.
IBGE. Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - IPCA e Índice Nacional de Preços ao Consumidor – INPC. Disponível em: http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/precos/inpc_ipca/defaultinpc.shtm
KEYNES, John Maynard. A teoria geral do emprego, do juro e da moeda. Tradução de Mário R. da Cruz; revisão técnica de Claudio Roberto Contador. – São Paulo: Atlas, 1982.
MANKIW, Gregory. Macroeconomia. 5ª edição. Rio de Janeiro: LTC, 2004.
NASTARI, Plinio. Serenidade e confiança são essenciais para o etanol agora. São Paulo: Jornal Folha de São Paulo, matéria publicada em 07 de abr. 2011, pág. B10.
REZENDE, Sidney. Dilma Rousseff anuncia ações para conter alta do preço do etanol. Disponível em: http://www.sidneyrezende.com/noticia/127302+dilma+rousseff+anuncia+acoes+para+conter+alta+do+preco+do+etanol
ZAFALON, Mauro. Crise política na Costa do Marfim afeta cacau. São Paulo: Jornal Folha de São Paulo, matéria publicada em 05 de abr. 2011, pág. B8.
Contribuindo com 0,29 p.p. sobre o índice do mês o item transportes foi pressionado pelo aumento nos preços das passagens aéreas. Esse aumento pode ser explicado pela época considerada como alta temporada. Normalmente nesta época do ano as empresas aéreas elevam seus preços por conta da alta procura nos dias de carnaval. Outro componente que contribuiu para a alta do segmento foi o de combustíveis devido ao período de entressafra que vem prejudicando a oferta de etanol no mercado nacional.
O grupo alimentação também teve importante peso na alta do IPCA no mês de março sendo responsável por 0,18 p.p. do índice cheio. Os destaques no grupo no acumulado do ano foram o tomate (70,19%), polpa de açaí (44,91%) e cenoura (42,93%). Já os destaques de baixa ficaram por conta do feijão carioca (-22,64%) e alho (-5,23%).
Recentemente o Banco Central anunciou que o índice poderá chegar, no acumulado em 12 meses, a uma alta de até 6,5% a.a. no primeiro semestre de 2011 - o que torna essa alta um tanto previsível pela autoridade monetária nacional.
Para o próximo mês poderemos verificar uma pressão adicional no grupo alimentos com a alta no item pescados por conta das festividades de Páscoa.
Já o grupo transportes espera-se que tenhamos uma menor pressão sobre os preços com o fim da alta temporada e em virtude das medidas que o governo vem anunciando nos últimos dias para conter a alta do etanol – isso sem contar no início do período de colheita da cana-de-açúcar que elevará a oferta de etanol e será um item adicional para a queda nos preços do combustível no mês de abril.
Referência Bibliográfica
BANCO CENTRAL DO BRASIL. Focus – Relatório de Mercado.
Disponível em: http://www4.bcb.gov.br/pec/GCI/PORT/readout/readout.asp
BLANCHARD, Olivier. Macroeconomia. São Paulo: Pearson Education, 2004, 3ª edição.
CARVALHO, Fernando J. Cardim de; [et al.] Economia monetária e financeira: teoria e prática. Rio de Janeiro: Elsevier, 2000 – 9ª reimpressão.
COIMBRA, Leila; FERNANDES, Sofia; NERY, Natuza. Dilma intervém para conter alta no etanol. São Paulo: Jornal Folha de São Paulo, matéria publicada em 07 de abr. 2011, pág. B10.
DORNBUSCH, Rudiger, FISCHER, Stanley. Macroeconomia. São Paulo: Makron, McGraw-Hill, 1991.
FOLHA DE SÃO PAULO. Contra inflação, tributo pode cair se gasolina subir. São Paulo: Jornal Folha de São Paulo, matéria publicada em 07 de abr. 2011, pág. B10.
FREITAS, Tatiana. Petrobrás agora afirma que preço da gasolina pode subir. São Paulo: Jornal Folha de São Paulo, matéria publicada em 07 de abr. 2011, pág. B1.
IBGE. Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - IPCA e Índice Nacional de Preços ao Consumidor – INPC. Disponível em: http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/precos/inpc_ipca/defaultinpc.shtm
KEYNES, John Maynard. A teoria geral do emprego, do juro e da moeda. Tradução de Mário R. da Cruz; revisão técnica de Claudio Roberto Contador. – São Paulo: Atlas, 1982.
MANKIW, Gregory. Macroeconomia. 5ª edição. Rio de Janeiro: LTC, 2004.
NASTARI, Plinio. Serenidade e confiança são essenciais para o etanol agora. São Paulo: Jornal Folha de São Paulo, matéria publicada em 07 de abr. 2011, pág. B10.
REZENDE, Sidney. Dilma Rousseff anuncia ações para conter alta do preço do etanol. Disponível em: http://www.sidneyrezende.com/noticia/127302+dilma+rousseff+anuncia+acoes+para+conter+alta+do+preco+do+etanol
ZAFALON, Mauro. Crise política na Costa do Marfim afeta cacau. São Paulo: Jornal Folha de São Paulo, matéria publicada em 05 de abr. 2011, pág. B8.
quarta-feira, 6 de abril de 2011
Ministro Mantega Anunciou a Pouco Medida Para Conter o Dólar
Agora a pouco o ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou o aumento no IOF (imposto sobre operações financeiras) para empresas e bancos que tomarem empréstimos no exterior com prazo inferior a 02 anos. A alíquota do imposto subiu para 6%.
Essa medida tem como propósito conter a valorização do real, via entrada de dólares, que vem prejudicando as vendas de nossos produtos no exterior e beneficiando a entrada dos produtos importados em nosso país - uma vez que com o dólar baixo os importados ficam mais baratos.
Abaixo a íntegra do texto divulgado pelo site Ministério da Fazenda:
06/04/2011
Câmbio
Medida afeta o câmbio e o crédito, diz Mantega
Ministro reafirma que governo não cogita taxar investimento direto
O ministro da Fazenda anunciou hoje uma nova medida que visa reduzir o ingresso de dólares de curto prazo no Brasil e evitar a valorização excessiva do real. Empresas e bancos que contratarem crédito no exterior com prazo de pagamento inferior a 720 dias (dois anos) pagarão 6% de IOF (Imposto sobre Operações Financeiras).
Na semana passada, o ministro anunciou o aumento de 5,38% para 6% na alíquota do IOF para empréstimos tomados no exterior com prazo de 360 dias. Antes, o IOF era 5,38% e incidia para empréstimos externos tomados por 90 dias.
“Essa medida é para desencorajar a tomada de crédito no exterior com prazos de pagamento mais curtos”, afirmou Mantega em entrevista coletiva nesta quarta-feira. As instituições que tomarem crédito externo com prazo de pagamento superior a dois anos não pagarão imposto.
O ministro disse hoje que a intenção do governo é desestimular, principalmente, as empresas e bancos que buscam recursos no exterior para aplicar no mercado financeiro e aproveitar a taxa de juros brasileira. “Quando você coloca uma taxa de 6% numa operação que rende 11,75% o rendimento é cortado pela metade”, argumentou.
Segundo Mantega, as empresas tomam empréstimo barato fora do Brasil e aplicam aqui a taxas mais altas, fazendo a chamada arbitragem. “Ou seja, ganham pela diferença entre a taxa que tomam lá fora e a taxa que aplicam ou emprestam aqui dentro”.
Mantega explicou que além de reduzir o fluxo de dólares que chega ao Brasil, o governo quer reduzir a oferta de crédito na economia. “O Banco Central tem tomado medidas para atenuar o aumento do crédito e essa porta de entrada (de crédito externo para aplicação no mercado financeiro) acaba neutralizando as medidas”.
O ministro avaliou que há uma excessiva liquidez de crédito no mercado internacional devido às políticas expansivas que vem sendo adotadas pelos Estados Unidos e pelos países europeus. “Tem muita liquidez devido às políticas monetárias americana e européia. Está sobrando crédito, e crédito barato”.
O ministro reafirmou que o governo não cogita taxar investimento estrangeiro direto (IED). “Porém se nós verificarmos que há arbitragem também no IED poderemos tomar alguma medida”.
Mantega disse que o governo tem um rol de medias para continuar atenuando o aumento da entrada de dólares no Brasil, mas ponderou que isso está sendo feito de forma a não interferir na economia.
“Se restringirmos muito a tomada de crédito no exterior poderemos comprometer investimento. As medidas não podem ser muito drásticas. Se a dose do remédio for muito alta, o efeito colateral é maior”, disse.
Combustível – Questionado por jornalistas sobre um possível aumento no preço da gasolina, Mantega negou. “Não há previsão de alta da gasolina”.
Em relação à elevação dos preços do etanol, explicou que a aumento atual se deve à entressafra da cana-de-açúcar e ao excesso de chuvas nas regiões produtoras.
Ele lembrou que a partir de abril começa a colheita na nova safra, com aumenta da oferta de etanol. “Em maio o preço do álcool começa a cair e a tendência é de regularização do preço.
Disponível em: www.fazenda.gov.br
Essa medida tem como propósito conter a valorização do real, via entrada de dólares, que vem prejudicando as vendas de nossos produtos no exterior e beneficiando a entrada dos produtos importados em nosso país - uma vez que com o dólar baixo os importados ficam mais baratos.
Abaixo a íntegra do texto divulgado pelo site Ministério da Fazenda:
06/04/2011
Câmbio
Medida afeta o câmbio e o crédito, diz Mantega
Ministro reafirma que governo não cogita taxar investimento direto
O ministro da Fazenda anunciou hoje uma nova medida que visa reduzir o ingresso de dólares de curto prazo no Brasil e evitar a valorização excessiva do real. Empresas e bancos que contratarem crédito no exterior com prazo de pagamento inferior a 720 dias (dois anos) pagarão 6% de IOF (Imposto sobre Operações Financeiras).
Na semana passada, o ministro anunciou o aumento de 5,38% para 6% na alíquota do IOF para empréstimos tomados no exterior com prazo de 360 dias. Antes, o IOF era 5,38% e incidia para empréstimos externos tomados por 90 dias.
“Essa medida é para desencorajar a tomada de crédito no exterior com prazos de pagamento mais curtos”, afirmou Mantega em entrevista coletiva nesta quarta-feira. As instituições que tomarem crédito externo com prazo de pagamento superior a dois anos não pagarão imposto.
O ministro disse hoje que a intenção do governo é desestimular, principalmente, as empresas e bancos que buscam recursos no exterior para aplicar no mercado financeiro e aproveitar a taxa de juros brasileira. “Quando você coloca uma taxa de 6% numa operação que rende 11,75% o rendimento é cortado pela metade”, argumentou.
Segundo Mantega, as empresas tomam empréstimo barato fora do Brasil e aplicam aqui a taxas mais altas, fazendo a chamada arbitragem. “Ou seja, ganham pela diferença entre a taxa que tomam lá fora e a taxa que aplicam ou emprestam aqui dentro”.
Mantega explicou que além de reduzir o fluxo de dólares que chega ao Brasil, o governo quer reduzir a oferta de crédito na economia. “O Banco Central tem tomado medidas para atenuar o aumento do crédito e essa porta de entrada (de crédito externo para aplicação no mercado financeiro) acaba neutralizando as medidas”.
O ministro avaliou que há uma excessiva liquidez de crédito no mercado internacional devido às políticas expansivas que vem sendo adotadas pelos Estados Unidos e pelos países europeus. “Tem muita liquidez devido às políticas monetárias americana e européia. Está sobrando crédito, e crédito barato”.
O ministro reafirmou que o governo não cogita taxar investimento estrangeiro direto (IED). “Porém se nós verificarmos que há arbitragem também no IED poderemos tomar alguma medida”.
Mantega disse que o governo tem um rol de medias para continuar atenuando o aumento da entrada de dólares no Brasil, mas ponderou que isso está sendo feito de forma a não interferir na economia.
“Se restringirmos muito a tomada de crédito no exterior poderemos comprometer investimento. As medidas não podem ser muito drásticas. Se a dose do remédio for muito alta, o efeito colateral é maior”, disse.
Combustível – Questionado por jornalistas sobre um possível aumento no preço da gasolina, Mantega negou. “Não há previsão de alta da gasolina”.
Em relação à elevação dos preços do etanol, explicou que a aumento atual se deve à entressafra da cana-de-açúcar e ao excesso de chuvas nas regiões produtoras.
Ele lembrou que a partir de abril começa a colheita na nova safra, com aumenta da oferta de etanol. “Em maio o preço do álcool começa a cair e a tendência é de regularização do preço.
Disponível em: www.fazenda.gov.br
segunda-feira, 4 de abril de 2011
Mercado de Taxas de Juros: 01/04/2011
O destaque da última semana ficou com a divulgação do Relatório Trimestral de Inflação pelo Banco Central.
No documento a autoridade monetária informou que a meta de inflação para 2011 já não é mais prioritária. Essa decisão foi determinante para o comportamento das taxas de juros na última semana.
Dando continuidade ao movimento de baixa verificado nas últimas semanas, as taxas de juros sofreram uma redução nos vértices mais longos na última semana e foi intensificada após a divulgação do Relatório Trimestral de Inflação divulgado pelo Banco Central na última quinta-feira.
Segundo o jornal O Estado de São Paulo ao desistir de baixar a inflação para meta no ano de 2011, o Banco Central levou o mercado a reduzir as apostas nos juros.
O mercado interpretou que ao desistir de buscar baixar a inflação para 4,5% neste ano o Banco Central não será pressionado a elevar ainda mais as taxas de juros.
Já nos vértices mais curtos os resultados da produção industrial e a divulgação do número de emplacamentos divulgados pela Fenabrave surpreenderam os investidores e fizeram com que os juros subissem na última sexta-feira.
Na última semana os papéis atrelados ao IPCA, IMA-B, continuaram apresentando um bom desempenho. No acumulado da semana os papéis com prazos inferiores a cinco anos, IMA-B 5, obtiveram um retorno de 0,58%. Já os papéis com prazos superiores a cinco anos, IMA-B 5+, apresentaram um retorno de 0,66%.
A pior performance ficou para os papéis atrelados a taxa de juros, IMA-S, que obtiveram um retorno de apenas 0,22% na última semana.
As expectativas de inflação para os próximos 12 meses reduziram de 5,45% para 5,35% na última semana.
Para 2011 o Boletim Focus apontou uma ligeira alta na última semana ao atingir 6,02% (contra 6,00% verificado na semana anterior).
Já para 2012 a alta foi mais significativa, passando de 4,91, na semana encerrada no dia 25 de março, para 5,00% na pesquisa realizada dia 01 de abril.
A alta na expectativa de inflação verificada na última pesquisa Focus poderá beneficiar o desempenho dos papéis indexados a taxa de juros, IMA-S, e dar continuidade na boa performance dos papéis indexados a inflação, IMA-B.
Referência Bibliográfica
BANCO CENTRAL DO BRASIL. Nota Técnica sobre a Circular nº 2.972, de 23 de março de 2000.
__________________. Focus – Relatório de Mercado.
Disponível em: http://www4.bcb.gov.br/pec/GCI/PORT/readout/readout.asp
__________________. Relatório Trimestral de Inflação. Disponível em: http://www.bcb.gov.br/htms/relinf/direita.asp?idioma=P&ano=2011&acaoAno=ABRIR&mes=03&acaoMes=ABRIR
BLANCHARD, Olivier. Macroeconomia. São Paulo: Pearson Education, 2004, 3ª edição.
BOLSA DE MERCADORIAS E FUTUROS. Taxas Referenciais BM&F. Disponível em: http://www2.bmf.com.br/pages/portal/portal/boletim1/TxRef1.asp
BRADESCO. Economia em Dia. Disponível em: http://www.economiaemdia.com.br/
CARVALHO, Fernando J. Cardim de; [et al.] Economia monetária e financeira: teoria e prática. Rio de Janeiro: Elsevier, 2000 – 9ª reimpressão.
DORNBUSCH, Rudiger, FISCHER, Stanley. Macroeconomia. São Paulo: Makron, McGraw-Hill, 1991.
GRANER, Fabio; FERNANDES, Adriana. BC Desiste de Baixar Inflação a 4,5% e Mercado Reduz Aposta nos Juros. São Paulo: jornal O Estado de São Paulo, matéria publicada em 31/03/2011 – pág. B1.
MANKIW, Gregory. Macroeconomia. Rio de Janeiro: LTC, 2004, 5ª edição.
No documento a autoridade monetária informou que a meta de inflação para 2011 já não é mais prioritária. Essa decisão foi determinante para o comportamento das taxas de juros na última semana.
Dando continuidade ao movimento de baixa verificado nas últimas semanas, as taxas de juros sofreram uma redução nos vértices mais longos na última semana e foi intensificada após a divulgação do Relatório Trimestral de Inflação divulgado pelo Banco Central na última quinta-feira.
Segundo o jornal O Estado de São Paulo ao desistir de baixar a inflação para meta no ano de 2011, o Banco Central levou o mercado a reduzir as apostas nos juros.
O mercado interpretou que ao desistir de buscar baixar a inflação para 4,5% neste ano o Banco Central não será pressionado a elevar ainda mais as taxas de juros.
Já nos vértices mais curtos os resultados da produção industrial e a divulgação do número de emplacamentos divulgados pela Fenabrave surpreenderam os investidores e fizeram com que os juros subissem na última sexta-feira.
Na última semana os papéis atrelados ao IPCA, IMA-B, continuaram apresentando um bom desempenho. No acumulado da semana os papéis com prazos inferiores a cinco anos, IMA-B 5, obtiveram um retorno de 0,58%. Já os papéis com prazos superiores a cinco anos, IMA-B 5+, apresentaram um retorno de 0,66%.
A pior performance ficou para os papéis atrelados a taxa de juros, IMA-S, que obtiveram um retorno de apenas 0,22% na última semana.
As expectativas de inflação para os próximos 12 meses reduziram de 5,45% para 5,35% na última semana.
Para 2011 o Boletim Focus apontou uma ligeira alta na última semana ao atingir 6,02% (contra 6,00% verificado na semana anterior).
Já para 2012 a alta foi mais significativa, passando de 4,91, na semana encerrada no dia 25 de março, para 5,00% na pesquisa realizada dia 01 de abril.
A alta na expectativa de inflação verificada na última pesquisa Focus poderá beneficiar o desempenho dos papéis indexados a taxa de juros, IMA-S, e dar continuidade na boa performance dos papéis indexados a inflação, IMA-B.
Referência Bibliográfica
BANCO CENTRAL DO BRASIL. Nota Técnica sobre a Circular nº 2.972, de 23 de março de 2000.
__________________. Focus – Relatório de Mercado.
Disponível em: http://www4.bcb.gov.br/pec/GCI/PORT/readout/readout.asp
__________________. Relatório Trimestral de Inflação. Disponível em: http://www.bcb.gov.br/htms/relinf/direita.asp?idioma=P&ano=2011&acaoAno=ABRIR&mes=03&acaoMes=ABRIR
BLANCHARD, Olivier. Macroeconomia. São Paulo: Pearson Education, 2004, 3ª edição.
BOLSA DE MERCADORIAS E FUTUROS. Taxas Referenciais BM&F. Disponível em: http://www2.bmf.com.br/pages/portal/portal/boletim1/TxRef1.asp
BRADESCO. Economia em Dia. Disponível em: http://www.economiaemdia.com.br/
CARVALHO, Fernando J. Cardim de; [et al.] Economia monetária e financeira: teoria e prática. Rio de Janeiro: Elsevier, 2000 – 9ª reimpressão.
DORNBUSCH, Rudiger, FISCHER, Stanley. Macroeconomia. São Paulo: Makron, McGraw-Hill, 1991.
GRANER, Fabio; FERNANDES, Adriana. BC Desiste de Baixar Inflação a 4,5% e Mercado Reduz Aposta nos Juros. São Paulo: jornal O Estado de São Paulo, matéria publicada em 31/03/2011 – pág. B1.
MANKIW, Gregory. Macroeconomia. Rio de Janeiro: LTC, 2004, 5ª edição.
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