sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Economia e mercado de taxa de juros – 17/08/2012


Por Carlos Soares Rodrigues,

SÃO PAULO - 17 de agosto: Dados de vendas no varejo e de emprego apontaram para a retomada da atividade econômica brasileira e, com isso, trouxeram receios em torno da alta na inflação e necessidade de elevar a meta Selic.

Vendas no varejo e a geração de empregos formais vieram acima das previsões do mercado e, de acordo com a agência de notícias Bloomberg, fizeram com que os juros futuros apresentassem a maior alta desde maio. Esse movimento reflete os receios do mercado em relação a ameaça inflacionária no país.

O IBC-BR, divulgado a pouco, também deu evidencias de que a economia brasileira continua a apresentar sinais de recuperação. De acordo com o gráfico abaixo, a média dos últimos 12 meses demonstra que a recuperação vem ocorrendo desde meados de março deste ano.


No front externo tivemos as declarações de Angela Merkel que sinalizou apoio ao BCE para impor as condicionalidades aos países endividados. Merkel frisou que os interesses da autoridade monetária européia coincidem com os interesses alemães e, assim, dá esperanças de que um possível acordo venha a trazer mais tranqüilidade ao mercado financeiro e de commodities. Alta nas commodities traz pressão sobre os juros, pois com a elevação das cotações a inflação também fica pressionada.

Dados de confiança e indicadores de antecedentes nos EUA também vieram bons na manhã de hoje. O Índice de Confiança ao Consumidor medido pela Universidade de Michigan ficou em 73,6 e veio acima das projeções que eram de 72,2. Já o indicador de antecedentes registrou alta de 0,4 por cento – acima dos 0,2 por cento estimados pelo mercado. Ambos indicam para uma melhora na economia norte-americana e, a exemplo dos efeitos das declarações de Merkel, poderão contribuir para a alta nos juros ao longo do dia de hoje.


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