segunda-feira, 13 de outubro de 2014

TESOURO DIRETO: MERCADO DE NTN-B – Oct 13th, 2014


Por Carlos Soares Rodrigues,

O avanço do candidato de oposição nas pesquisas eleitorais levou a uma sessão de ganhos nesta segunda-feira. Com isso as taxas da NTN-Bs, observadas neste blog, recuaram fortemente na sessão de hoje.

Os juros das NTN-Bs 2035, sem principal, e 2050 encerraram o dia em 5,52% e 5,53%. Os respectivos preços unitários destes títulos ficaram cotados a R$ 2.680,63 e R$ 2.680,13, apresentando alta de +2,12% e +2,88% em relação a sessão anterior – valores informados no site do Tesouro Direto (link) dia 13-10-2014 às 18:35.

A divulgação da pesquisa realizada pelo Instituto Sensus apontando o candidato da oposição com 58,8% das intenções de votos para o segundo turno, ante os 41,2% da atual presidente, desencadeou uma onda de otimismo no mercado doméstico como um todo – consequência disso: forte queda nas taxas de juros das NTN-Bs.

Para a noite de hoje teremos, logo mais, a pesquisa Vox Populi, a pedido da TV Record, que caso aponte para uma melhora do candidato peessedebista, levará a mais uma sessão de ganhos nesta terça-feira. Para os próximos dias são esperados os resultados das pesquisas Datafolha e Ibope a partir de quarta-feira (15).

Diante disso, minha sugestão permanece de manter estes títulos em carteira, pois caso se confirme a vitória do candidato de oposição nas eleições do dia 26, o investidor poderá auferir os ganhos das posições montadas nos últimos dias. Vale lembrar que a posição nestes títulos vislumbra um horizonte de médio e longo prazo, lembrando que as minhas opiniões, expressas neste blog, são baseadas em julgamentos, estimativas e conhecimento acadêmico - que não impedem possíveis alterações ao longo do tempo do meu cenário base.


Para o pequeno investidor sugiro compras mensais destes papéis e aguardar dois anos para começar a auferir ganhos, mas até então o investidor receberá os cupons semestrais que poderão ser reinvestidos ou gastos da maneira que melhor lhe convir. De qualquer forma, não descarto a possibilidade de novas compras ao longo dos próximos meses, mas isso dependerá do comportamento dos indicadores econômicos domésticos (no momento apontando para uma recessão e permitindo maior recuo nas taxas) e, principalmente, na definição do próximo presidente da república.

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