Por Carlos Soares Rodrigues,
O avanço do candidato de oposição nas pesquisas eleitorais
levou a uma sessão de ganhos nesta segunda-feira. Com isso as taxas da NTN-Bs,
observadas neste blog, recuaram fortemente na sessão de hoje.
Os juros das NTN-Bs 2035, sem principal, e 2050 encerraram o
dia em 5,52% e 5,53%. Os respectivos preços unitários destes títulos ficaram
cotados a R$ 2.680,63 e R$ 2.680,13, apresentando alta de +2,12% e +2,88% em
relação a sessão anterior – valores informados no site do Tesouro Direto (link)
dia 13-10-2014 às 18:35.
A divulgação da pesquisa realizada pelo Instituto Sensus
apontando o candidato da oposição com 58,8% das intenções de votos para o
segundo turno, ante os 41,2% da atual presidente, desencadeou uma onda de
otimismo no mercado doméstico como um todo – consequência disso: forte queda
nas taxas de juros das NTN-Bs.
Para a noite de hoje teremos, logo mais, a pesquisa Vox
Populi, a pedido da TV Record, que caso aponte para uma melhora do candidato peessedebista,
levará a mais uma sessão de ganhos nesta terça-feira. Para os próximos dias são
esperados os resultados das pesquisas Datafolha e Ibope a partir de
quarta-feira (15).
Diante disso, minha sugestão permanece de manter estes
títulos em carteira, pois caso se confirme a vitória do candidato de oposição
nas eleições do dia 26, o investidor poderá auferir os ganhos das posições
montadas nos últimos dias. Vale lembrar que a posição nestes títulos vislumbra
um horizonte de médio e longo prazo, lembrando que as minhas opiniões,
expressas neste blog, são baseadas em julgamentos, estimativas e conhecimento acadêmico
- que não impedem possíveis alterações ao longo do tempo do meu cenário base.
Para o pequeno investidor sugiro compras mensais destes
papéis e aguardar dois anos para começar a auferir ganhos, mas até então o
investidor receberá os cupons semestrais que poderão ser reinvestidos ou gastos
da maneira que melhor lhe convir. De qualquer forma, não descarto a
possibilidade de novas compras ao longo dos próximos meses, mas isso dependerá
do comportamento dos indicadores econômicos domésticos (no momento apontando para uma recessão e permitindo maior recuo nas taxas) e, principalmente, na definição
do próximo presidente da república.
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