Por Carlos Soares Rodrigues,
Na ausência de indicadores de peso e com o feriado nos EUA
os juros futuros com vencimento em janeiro de 2021 ficaram praticamente
estáveis (12,58% ante os 12,59% de fechamento desta quinta-feira). A piora
esperada para o mercado de taxa de juros decorrente das apreensões em torno do
referendo grego e da ausência dos investidores estrangeiros acabou se concretizando
na bolsa (-1,10%) e no dólar (que subia mais de 1% até o fechamento deste post e que também foi influenciado pelo
anuncio da redução das intervenções do Bacen no mercado via swap cambial).
Diante da ligeira queda dos juros futuros mais longos, os
títulos de Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 2050 (NTNB) encerraram cotados,
nesta sexta-feira, a R$ 2.705,74 na compra (link
– acessado em 03-7-15 às 18:05), representando uma pequena alta de +0,10% em
relação ao fechamento desta quinta-feira.
Para segunda-feira teremos o Relatório Focus que poderá
trazer alguma melhora nas expectativas do mercado em relação a meta Selic e
inflação para 2016 – com potencial para levar a uma queda nas taxas de juros -,
e as expectativas em torno do resultado do referendo grego que poderá decidir se
a população aceita ou não às
propostas dos credores para um novo plano de resgate de sua economia – neste caso,
com potencial para elevar as taxas de juros independentemente do resultado, pois a
situação do país helênico ainda encontra-se longe de ser solucionada.
Tenho dúvidas com relação ao comportamento dos juros na
próxima sessão, mas minha avaliação para os próximos meses, dados os fracos
indicadores de atividade por aqui e, agora, com as recentes declarações do Bacen, continua sendo de baixa. No curto prazo, os reajustes dos preços administrados
(como energia elétrica, combustíveis, taxas de água e esgoto) poderão ainda trazer
alguma pressão nos preços, mas, reforço, a piora no nível de atividade, e queda no
consumo das famílias, tenderão a
desacelerá-los ao longo dos próximos trimestres.
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