Por Carlos Soares Rodrigues,
O mercado de juros apresentou um comportamento misto neste dia marcado por importantes eventos no campo econômico, tanto no âmbito doméstico quanto internacional.
O tão aguardado rating soberano do Brasil foi divulgado nesta tarde pela Moody’s. A nota do país passou de ‘Baa2’ para ‘Baa3’ e teve sua perspectiva passada de “negativa” para “estável”, o que dá um alento para a manutenção do grau de investimentos até que se consiga (quiçá) retomar o equilíbrio nas contas públicas.
No front externo o Banco do Povo da China, banco central do gigante asiático, fixou sua nova taxa oficial de câmbio, passando-a ser cotada a 6,2298 iuanes por dólar – ante 6,1162 cotados no dia anterior. A medida provocou um sell-off (movimento de vendas) global resultando em desvalorização das principais moedas frente ao dólar e queda nas bolsas mundiais.
Os títulos de Tesouro IPCA + com Juros Semestrais 2050 (NTNB) encerraram cotados, a R$ 2.452,60 na venda (link – atualizado em: 11-08-2015 18:37:39).
Para esta quarta-feira, além do noticiário político local, teremos a divulgação de importantes indicadores econômicos no Brasil, China e EUA. Vendas no comercio varejista brasileiro poderão apresentar mais um resultante decepcionante no mês de junho cujo impacto seria de queda nas taxas futuras de juros. Contudo, indicadores de produção industrial e vendas no comercio varejista chinês, dados do setor imobiliário e de emprego nos EUA poderão pressionar ainda mais as taxas por aqui.
Diante disso, e contando com a instabilidade política que vimos enfrentando, espero que a possibilidade de melhora na economia norte americana e, consequentemente, alta nas taxas dos Treasuries juntamente com uma possível piora nos indicadores chineses irão pressionar o câmbio Real X Dólar nesta quarta-feira, podendo levar a uma sessão de alta nas taxas de juros e queda nos preços das NTN-Bs.
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