Por Carlos Soares Rodrigues,
Em um dia carregado de indicadores relevantes para o mercado
futuro de juros, o noticiário político tomou conta do humor dos investidores
nesta sexta-feira.
Segundo noticiado, os rumores em relação a uma possível
saída do vice-presidente, Michel Temer, do cargo de coordenador político do
governo fizeram com que as taxas futuras apresentassem mais uma sessão de alta,
um dia após o pronunciamento do Partido dos Trabalhadores em cadeia nacional
que foi seguido pelos panelaços em todo território brasileiro. No entendimento
do mercado, a saída de Temer representaria uma piora, na já difícil,
articulação política do governo para a aprovação das medidas de ajuste fiscal
junto ao Congresso.
Os dados de emprego nos EUA ficaram em linha com o esperado
pelo mercado, ficando a taxa de desemprego mantida em 5,3% no mês de julho,
arrefecendo as apostas de uma antecipação no aumento dos juros na maior
economia do planeta que pressionaria ainda mais as taxas por aqui.
O IGP-DI, também do mês de julho, acelerou 0,58% em relação
ao mês anterior e ficou abaixo dos 0,64% esperados pelo consenso apurado pelo
site Investing.com. Já o IPCA registrou alta de 0,62% no mesmo período e,
conforme podemos verificar no gráfico abaixo, segue pressionado por
praticamente todos os grupos. No acumulado em 12 meses o resultado está em
9,56%, ante um teto de 6,5% perseguido pela autoridade monetária.
Os títulos de Tesouro IPCA + com
Juros Semestrais 2050 (NTNB) encerraram cotados, a R$ 2.453,44 na compra (link
– acessado em 07/08/2015 às 19:10), representando uma queda de -0,79% em
relação ao fechamento de ontem.
Para esta segunda-feira, além do noticiário político teremos
a divulgação do Relatório Focus. Não descarto a possibilidade de termos uma
sessão de trégua no mercado futuro de juros e títulos públicos nesta segunda-feira,
devolvendo parte das altas nas taxas nestes últimos dias, possibilitando alguma
recuperação nas cotações das NTN-Bs.
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