O Econocratum nasceu da vontade de olhar o mercado financeiro além dos números, conectando análise econômica com reflexão crítica. Aqui compartilho insights sobre investimentos, política econômica e o papel do capital na sociedade, sempre buscando traduzir o complexo de forma acessível. Mais do que acompanhar indicadores, a proposta é entender causas, impactos e contradições. Se você busca conteúdo que une técnica, questionamento e contexto, este espaço é pra você.
terça-feira, 19 de junho de 2018
Morning Call - 19/09/2018
Por Carlos Soares, CNPI
Os investidores globais seguem migrando dos ativos de risco, como Bolsa de Valores e títulos de emergentes, para a segurança dos bonds (títulos de dívida) de países desenvolvidos, diante da expectativa de intensificação da guerra comercial envolvendo os EUA e China. Além das incertezas que estas investidas promovidas pelas duas maiores nações do planeta estão trazendo para os mercados, uma guerra comercial deverá surtir efeitos sobre os preços dos produtos com o encarecimento dos suprimentos utilizados em várias cadeias produtivas ao redor do globo. Aumento nos custos fatalmente resultará em mais inflação e com isso se espera uma intensificação no ritmo de alta da taxa de juros nas principais economias o que retroalimenta a migração de capital de curto prazo dos países em desenvolvimento para as nações desenvolvidas em busca de maior rendimento e menor risco. Diante disso, o que podemos esperar por aqui é de que o Banco Central possa agir por meio da venda de dólares (swap cambial) na tentativa de atenuar a alta da divisa norte-americana. Outro ponto que merece ser monitorado será a postura da nossa autoridade monetária no tocante a política monetária: devemos ficar atentos quanto a possibilidade de que o Banco Central antecipe a elevação da taxa Selic, hoje esperada para 2019, diante da deterioração do cenário externo e com as incertezas políticas por aqui - que em nada contribuem para o atual momento vivido pela economia brasileira. Diante de um cenário de alta na taxa de juros por aqui, o investidor deve ficar atento inclusive aos investimentos em renda fixa: títulos prefixados e indexados a inflação devem sofrer caso seja necessário efetuar o resgate antecipado de suas aplicações. Já no mercado acionário, as alternativas no curto prazo seguem para ações “dolarizadas”, ou seja, ações de empresas exportadoras cujas receitas se beneficiam com a alta do dólar.
Apertem os cintos...pois vem mais emoção por aí!!
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