sexta-feira, 5 de outubro de 2018

Morning Call - 05/10/2018

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Por Carlos Soares, CNPI


Na última sessão antes das disputas do primeiro turno, nosso mercado deve operar em tom de cautela de olho nas pesquisas e que podem ofuscar os números de emprego nos EUA e de inflação por aqui.

Mesmo com a melhora nas intenções de voto para o candidato Jair Bolsonaro (PSL), considerado mais comprometido com o ajuste das contas públicas dentre os favoritos, os investidores devem seguir na defensiva a espera dos resultados nas urnas neste domingo para assumir maiores posições a partir da próxima semana.

Até mesmo a possibilidade de uma vitória do candidato ainda no primeiro turno chegou a ser cogitada por parte do mercado, mas acredito que a disputa siga acirrada até o dia 28 de outubro, quando teremos a definição do futuro governante do país.

Enquanto isso só podemos esperar mais volatilidade dos ativos locais que começam a ficar pressionados pelo exterior conforme observado nesta quinta-feira (04).

Lá fora os mercados reagiram a forte alta dos juros de 10 anos dos títulos norte-americanos (Treasuries) com os investidores reavaliando as declarações de Jerome Powell na véspera e pontuando os riscos inflacionários resultantes dos estímulos fiscais adotados pela gestão Trump.

Trata-se de um cenário já pontuado neste espaço quando alertei sobre a possibilidade de termos alguma reversão nas expectativas de alta da taxa de juros nos EUA por conta de algum repique inflacionário.

O risco de superaquecimento da economia, já em pleno emprego, com estas medidas aliado ao aumento nos custos de insumos importados decorrentes das disputas comerciais são os ingredientes perfeitos para pressionar a inflação nos EUA.

Os dados do mercado de trabalho norte-americano previstos para hoje, às 9h30, serão vistos com atenção, especialmente dos ganhos médios por hora trabalhada que balizam as expectativas de custos na maior economia do planeta. Pelas expectativas do mercado, espera-se um avanço de 2,8% nos ganhos em relação a setembro de 2017.

Caso o indicador venha acima do previsto podemos esperar mais correções sobre os mercados globais, especialmente nos emergentes, repetindo o que já foi observado em meados de fevereiro pelo mesmo motivo.

Por aqui, podendo ficar em segundo plano por conta das eleições, teremos a divulgação do IPCA de setembro do qual se espera um avanço de 0,41% em relação a agosto.

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Bom dia e bons negócios!

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