
Por Carlos Soares, CNPI
Os mercados globais operam praticamente estáveis nesta manhã com as atenções se voltando para o encontro do Federal Reserve que deverá decidir pela manutenção da taxa de juros norte-americana.
Os investidores seguirão atentos ao comunicado que será divulgado após o encontro, às 15h00,que servirá como um balizador das apostas em torno do ritmo de normalização da política monetária - o mercado aposta em mais um aumento na reunião de dezembro e mais três ao longo de 2019.
No front local, as indefinições em relação ao texto da reforma da Previdência a ser encaminhado para votação (se é que será votado ainda neste) juntamente com o reajuste dos salários do Judiciário fez com que o mercado de juros encerrasse sem direção nesta quarta-feira.
O período de "lua-de-mel" com o mercado pode estar próximo de chegar ao fim ao passo que os agentes começam a questionar a capacidade do novo governo em conduzir a agenda de reformas de maneira célere.
Vejo como positiva alguma correção nos ativos locais por dois motivos: serve como alerta - diria até que uma espécie de "prova de fogo" - ao presidente eleito sobre a urgência na aprovação das medidas estruturantes e cria oportunidades para adquirir barganhas em um contexto de retomada da atividade econômica.
Em relação ao aumento dos proventos, estimativas apontam que o efeito cascata (equiparação dos salários entre os demais escalões do funcionalismo público) pode causar um rombo entre R$ 4 bilhões e R$ 6 bilhões nas contas públicas o que em tese deve levar o mercado a exigir um prêmio (juros) maior para financiar o governo, ou seja, para a aquisição de títulos públicos.
Não perca estas oportunidades e faça seu dinheiro render mais com a mesma segurança da poupança?
Bom dia e bons investimentos!
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