quinta-feira, 1 de março de 2012

Mercados de taxa de juros – 01/03/2012


Por Carlos Soares Rodrigues,

A ampliação da cobrança de IOF sobre os empréstimos externos com prazo de até três anos mexeu com os humores do mercado e aumentou as expectativas de que o Comitê de Políticas Monetárias (Copom), para conter a queda do dólar frente ao real, possa adotar uma postura mais agressiva de cortes nas taxas de juros.

O resultado do IPC-S de fevereiro também colaborou para manter o ímpeto de baixa do mercado de juros. Segundo o levantamento realizado pela Fundação Getúlio Vargas, os grupos Educação e Alimentos continuaram desacelerando na última semana e permitiram que o indicador recuasse dos 0,27 por cento, na apuração do dia 22, para 0,24 por cento no último levantamento.


Em artigo publicado no dia de hoje no jornal Valor, o economista Caio Megale, da PUC-RJ, comenta que os preços dos bens comercializáveis internacionalmente, ou seja, aqueles em que poderemos importar caso não tenhamos produção suficiente para atender a demanda interna, contribuíram para manter a inflação dentro da meta do governo. Contudo, caso o governo consiga ser bem sucedido na guerra contra a valorização do real, poderemos ter um repique nos preços o que forçará o Banco Central interromper o processo de afrouxamento da política monetária.

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