terça-feira, 10 de abril de 2012

Mercados de taxa de juros – 10/04/2012


Por Carlos Soares Rodrigues,

Pessimismo com o cenário externo contrabalança com os dados de atividade da economia brasileira e declarações do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, no dia de hoje e levam as taxas de juros a operarem próximas da estabilidade.

O saldo comercial positivo da economia chinesa (US$ 5,35 bilhões) em março não agradou o mercado ao sinalizar um possível desaquecimento da economia asiática. O resultado se deveu ao crescimento abaixo do esperado das importações e reforçam as preocupações em torno do ímpeto da economia do país.

Para ajudar a engrossar o caldo lá fora o presidente Ben S. Bernanke disse ontem que a economia norte americana ainda está “longe de se recuperar totalmente”.

Pessimismo lá fora pressiona menos os preços aqui dentro ao derrubar os preços das commodities e elevar os estoques das empresa, e com isso abre espaço para maiores cortes nas taxas de juros.

Contudo, aqui dentro, tivemos as declarações do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, reiterando que a Selic não ficará abaixo de 8,75 por cento o que impede as apostas de cortes maiores daqui para frente.

Divulgada a pouco, pela Confederação Nacional da Indústria, a Capacidade Instalada ficou em 82,1 por cento em fevereiro e veio acima das expectativas dos analistas consultados pela Bloomberg (81,8 por cento). Quanto maior for este nível menos espaço a indústria terá para atender uma eventual alta na demanda e isso pode gerar uma pressão inflacionária no médio/longo prazo.

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