Por Carlos Soares Rodrigues,
Em mais um dia marcado pela volatilidade, o mercado de títulos
públicos encerrou a semana com forte alta nas taxas praticadas no Tesouro Direto.
Impactadas novamente por uma pesquisa eleitoral, as taxas
das NTN-Bs mais longas, vencimentos 2035, sem principal, e 2050, registraram os
maiores níveis das últimas semanas e fecharam, respectivamente, em 5,89% e 5,90%.
Com isso, os Preços Unitários (PUs) destes títulos ficaram cotados em R$ 2.544,17
e R$ 2.513,05 – queda de -3,2% e -3,83% em relação ao fechamento de ontem.
O resultado da pesquisa CNI/Ibope, juntamente com as demais
pesquisas divulgadas ao longo desta semana, confirmou a recuperação da
candidata governista à corrida presidencial. Além do crescimento das intenções
de votos no primeiro turno, a pesquisa apontou um empate técnico com sua principal rival no segundo turno. Resultado para o mercado financeiro:
pessimismo e movimento de fuga de capitais.
O pessimismo não ficou apenas restrito ao mercado de renda fixa: também houve forte queda da bolsa (-2,42%) e a maior alta do dólar desde o mês de março (R$
2,327).
Outro fator que contribuiu para entornar o caldo no dia de
hoje veio do front externo com as expectativas em torno de um possível aumento
no aperto monetário nos Estados Unidos. Os indicadores econômicos divulgados
recentemente abriram espaço para que o Federal Reserve (Fed), o banco central
americano, antecipe a alta de sua taxa de juros - atualmente estimada para ocorrer em meados do segundo semestre do ano que vem. Diante disso, como noticiado, foi
verificada uma corrida para os títulos norte americanos de 10 anos, os mais
negociados no mundo e que seguem a variação dessa taxa de juros.
Como venho dizendo nos últimos dias, estamos num momento de boas oportunidades de compra destes papéis; pois, a cada variação brusca nas taxas, como a verificada no dia de hoje, os preços ficam muito atraentes para a compra e permitirão bons ganhos nos próximos anos.
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