quinta-feira, 16 de julho de 2015

TESOURO DIRETO: COMENTÁRIO MERCADO DE TESOURO IPCA + COM JUROS SEMESTRAIS 2050 (NTNB) – Jul 16, 2015




Por Carlos Soares Rodrigues,

O cenário de alta nas taxas de juros futuras traçado no post de ontem se confirmou na sessão desta quinta-feira. Os dados de inflação divulgados pela manhã continuaram apontando para um cenário pressionado, ainda que em menor intensidade em relação às perspectivas para os próximos meses. No exterior tivemos a aprovação das medidas de austeridade do parlamento grego e a divulgação do número de pedidos de seguro desemprego nos EUA.

O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) referente a segunda quadrissemana de julho, divulgado pela FGV, registrou alta de +0,72% em relação a quadrissemana anterior, pressionado, principalmente, pelos aumentos na tarifa de energia elétrica e preços de legumes e hortaliças. Também divulgado pela FGV, o IGP-10 apresentou alta de +0,75% impactado, principalmente, pelo aumento nos preços das matérias-primas. De acordo com o superintendente adjunto de inflação do IBRE/FGV, Salomão Quadros, os preços destes itens tendem a se arrefecer nos próximos meses devido a projeção de safra recorde prevista para este ano no Brasil.

Segundo dados Departamento do Trabalho dos Estados Unidos, o número de trabalhadores que solicitaram o seguro-desemprego na economia yankee recuou de 296 mil na penúltima semana para 281 mil. De acordo com o jornal Valor Econômico, os dados abaixo de 300 mil representam uma solidez no mercado de trabalho norte-americano, o que, na minha avaliação, resultou num dia de alta nas taxas dos Treasuries – pressionando as taxas de juros por aqui também. A aprovação das medidas de austeridade pelo parlamento grego teve efeito secundário no mercado de juros no dia de hoje.

Mesmo assim os títulos de Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 2050 (NTNB) encerraram cotados, a R$ 2.677,72 na compra (link – acessado em 16/07/2015 às 18:15), representando uma alta de +0,31% em relação ao fechamento de ontem.

Para amanhã teremos a divulgação da inflação ao consumidor nos EUA que, na minha opinião, juntamente com o noticiário político e da visita da agência de risco, Moody’s, aqui no Brasil, poderá trazer a mais um dia de alta nas taxas de juros e queda nas cotações dos títulos do Tesouro Direto.

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