Por Carlos Soares Rodrigues,
O mercado de juros futuros, nos vértices mais longos
(jan-2021), encerrou a sessão desta sexta-feira com um pequeno recuo – passando
de 13,03% no ajuste de ontem para 13,00%, refletindo a fala do diretor de
Política Econômica do Banco Central, Luiz Awazu Pereira da Silva que deu um tom
mais agressivo em relação a política monetária no curto prazo.
A revisão da meta de superávit fiscal já começou a surtir
efeito nesta sexta-feira: a agência de risco Austin Ratings foi a primeira a
revisar da nota de risco soberano do país colocando-a para grau especulativo.
Caso as demais agências rebaixem a nota soberana para o mesmo patamar, teremos uma
debandada dos investidores estrangeiros no nosso mercado o que resultará numa
forte alta do dólar, com consequência direta na inflação e, portanto, na alta
das taxas de juros.
Por enquanto, seja por conta das declarações de Awazu,
sinalizando um maior controle inflacionário no longo prazo, seja decorrente de
um breve movimento de realização, as taxas apresentaram um leve recuo no dia de
hoje.
Mesmo com o recuo nos juros futuros, os títulos de Tesouro
IPCA+ com Juros Semestrais 2050 (NTNB) encerraram cotados, a R$ 2.573,55 na
compra (link
– acessado em 24/07/2015 às 17:45), representando uma queda de -0,58% em
relação ao fechamento de ontem.
Para segunda-feira, além do noticiário político e das expectativas
em torno da nota soberana do país, teremos também a divulgação do Relatório
Focus. Na minha avaliação dado o grau de incerteza que paira o mercado em
relação aos rumos da política fiscal as taxas continuarão pressionando os
rendimentos das NTN-Bs nesta segunda-feira.
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