sexta-feira, 11 de setembro de 2015

TESOURO DIRETO: COMENTÁRIO MERCADO DE TESOURO IPCA + COM JUROS SEMESTRAIS 2050 (NTNB) – Set 11, 2015



Por Carlos Soares Rodrigues,

Na expectativa do anúncio de medidas concretas para reverter a deterioração das contas públicas, o mercado de juros apresentou uma sessão de quedas nesta sexta-feira.

Diante disso, os títulos de Tesouro IPCA + com Juros Semestrais 2050 (NTNB) encerraram cotados, a R$ 2.234,87 na compra (link – atualizado em: 11-09-2015 18:24), representando uma alta de 0,92% em relação ao fechamento anterior.

Para a próxima semana teremos a decisão do Fomc (Banco Central dos EUA) que, nas expectativas do mercado, irá elevar as taxas dos Treasuries (taxa básica de juros). Com isso, outro ingrediente se acrescenta para intensificar o turbilhão vivido nos ares tupiniquim, exceto se o governo apresentar uma proposta de corte de gastos fidedigna para o reestabelecimento da confiança dos investidores e retomada do equilíbrio das contas públicas.

MINHA AVALIAÇÃO PARA OS PRÓXIMOS MESES

A perda do grau de investimentos e o latente desalinho do governo em reverter os quadros fiscais, político e econômico levaram-me a mudar de opinião. Não vejo perspectivas de melhora no nível de atividade econômica brasileira e, consequentemente, a restauração das contas públicas no próximo ano. Ao meu ver, apenas as vendas ao exterior se apresentam como sendo a única alternativa viável de retomada na demanda agregada, pois os gastos públicos e o consumo das famílias ainda enfrentarão um penoso caminho de desalavancagem (redução do endividamento). A iniciativa privada, diante da queda do consumo interno, possibilidade de alta dos impostos (para financiar o crescente déficit público) e impasses regulatórios (vide perda da credibilidade após as sucessivas intervenções nos últimos anos, propostas pouco atrativas e arriscadas das concessões). A alta nos custos de captação de recursos, com a perda do selo de bom pagador, afastará mais uma fonte de recursos tão necessária para os investimentos: fundos de investimentos e de pensão do exterior, cujas regras estabelecem restrições para o acesso a países classificados como junk (lixo). Portanto minhas expectativas são de que a necessidade de financiamento da dívida (alta de impostos) e encarecimento para se produzir (crédito, tributos e custo da matéria prima importada/dólar) resultarão numa pressão inflacionária e, consequentemente, na alta nas taxas de juros com impactos diretos nas Notas do Tesouro Nacional. Para o investidor menos avesso ao risco fica a recomendação em Tesouro Selic (antiga LFT).

RETORNO DOS TÍTULOS PÚBLICOS

Segue abaixo o retorno dos títulos fornecido pelo Tesouro Direto - também disponíveis no link (para melhor visualização clique sobre a imagem).


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