terça-feira, 28 de junho de 2016

Econocratum: Brazilian Confidence Indicators - June 2016

Econocratum: Brazilian Confidence Indicators - June 2016: By Carlos Soares Rodrigues After year of economy deterioration, brazilian confidence indicators show us a picture about the recov...

Brazilian Confidence Indicators - June 2016



By Carlos Soares Rodrigues

After year of economy deterioration, brazilian confidence indicators show us a picture about the recovery in activities.

Brazilian Consumer Confidence Index 
Confidence Consumer Index (non-seasonal) achieved 71.3 in june 2016, the highest level in 12 months. This result is mainly because the increase of consumers expectations for next months - it's the second month consecutive that this indicator improves.

The current situation indicator remain in the lowest historical levels. According Viviane Seda Bittencourt, Survey Consumers Coordinator, this weaknesses in current situation is because debts level represents a significant share in families income. In addition, it's important to remember that food prices increased strong because the weather conditions in previous months.



Brazilian Retail Confidence Index
Brazilian Retail Confidence Index (non-seasonal) totalized 70.9 in may 2016, the highest level since june 2015. This result is, mainly, because the better expectations for next three months that achieved 80.3, the highest level since may 2015.

Current situation showed a better situation, but weak if we analyse the moving average trend for three months. However, according FGV, the perception about current demand volume advanced 4.2 bps MoM. Antecent consumers indicators (consumer confidence) give us a picture that the recovery in retail sales are close.


Industry Survey
Industry Survey (non-seasonal) achieved 83.4 in june 2016, the better level since february 2015. This is increase is a result of the growing expectations for next months in three months consecutive.

Consumer and retail confidence signalize for a recovery in industry indicators, mainly in current situations.

The capacity utilization factor remain in historical lowest levels, but in quarter level it was the first increase since 2nd quarter 2013, when Brazil suffered the biggest government interventionism in decades in financial and utilities sectors.


Perspectives
The headwind in Brazil are the economy recovery in the following quarters after political definition and structural reforms, for else retirement and fiscal reforms. Investments can flows to Brazil and fiscal situation increase. So that we have good perspective about Brazilian economy, mainly, the next quarters from August when the Roussef's president future will be decide.




sábado, 30 de abril de 2016

Resultado Primário do Governo Central - Comentários - Mar.16


Por Carlos Soares Rodrigues

Em março de 2016, o governo central (governo federal) totalizou um déficit, em valores correntes, de R$ 7,94 bilhões - ante um superávit de R$ 1,50 bilhão, em março de 2015 -, somando um déficit de R$ 138,31 bilhões no acumulado em 12 meses, - frente a um déficit de R$ 25,84 bilhões no mesmo período de 2015.



Análise dos Resultados

O pior resultado fiscal do governo central em quase duas décadas se deve primordialmente a estagnação das receitas, desde as eleições presidenciais em 2014, decorrente do ambiente econômico adverso, aliado ao contínuo aumento das despesas intensificado no final de 2015, já no início do processo de impeachment da presidente da república.


Receitas

A receita total do governo central somou R$ 98,2 bilhões no mês de mar.16 (+0,93% YoY) e R$ 1,26 trilhão no acumulado em 12 meses encerrado em mar.16 (+2,6% YoY). O resultado se deve, principalmente, a alta de 1,07% da receita administrada pela Receita Federal, responsável por mais de 60,0% das receitas do governo, que em termos reais apresentou uma queda de 7,6% em relação ao mesmo mês do ano anterior. O fraco desempenho registrado, tanto mensal, quanto no acumulado em 12 meses, reflete a piora do cenário econômico cujos efeitos se fazem sentir na queda da arrecadação com Imposto de Renda (jurídica e física), IOF e IPI. Já a alta do dólar e o baixo consumo/queda na renda tem desestimulado o movimento de importações o que justifica a forte queda na arrecadação com Imposto de Importação.

Os problemas enfrentados pelas estatais, principalmente, após as investigações da Lava Jato e perda do grau de investimento do país (e delas inclusive) fizeram com que estas Cias passassem a apresentar um forte contingenciamento de recursos para o financiamento de suas atividades, elevando seus custos com dívida e prejudicando seus resultados. Com a queda nos lucros, prejuízos na maioria delas, os dividendos e participações recebidos pelo governo central passaram de R$ 14,9 bilhões no acumulado em 12 meses até março.15 para R$ 10,6 bilhões no mesmo período de 2016.

Outro item que apresentou forte recuo no acumulado em 12 meses foi CotaParte de Compensações Financeiras, onde inclui os recursos com petróleo, que diante da forte queda do preço da commodity, em meados de dezembro de 2015, fez com que a rubrica totalizasse R$ 27,2 bilhões, contra R$ 36,4 bilhões no mesmo período de 2015.



Despesas

A despesa total do governo central atingiu R$ 92,7 bilhões em mar.2016 (+14,06% YoY) e somou R$ 1,2 trilhão no acumulado em 12 meses (+13,8% YoY). A alta nos gastos reflete, principalmente, o reajuste real dos gastos com Benefícios Previdenciários que contemplaram a alta da inflação no último ano (+10,87% do IPCA em 2015, contra um aumento de 11,1% nos gastos nesta rubrica em 12 meses). 


Outras despesas obrigatórias também apresentaram um importante acréscimo passando de R$ 159 bilhões no acumulado até mar.15 para R$ 249 bilhões até mar.16 (+56,4%), principalmente, decorrente dos maiores gastos com subsídios, subvenções e Proagro.

Com relação aos gastos com subsídios e subvenções vale um comentário. Segundo estudo realizado pelos economistas do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), Sergio Gobetti e Rodrigo Orair, mencionado no artigo "Anatomia do Desastre Fiscal", assinado por Fernando Dantas (jornal O Estado de São Paulo, 29 de abril de 2016, página B4), os gastos com desonerações e subsídios causam impactos pífios em termos de benefícios para a economia como um todo. De acordo com o estudo, “no segundo mandato de Lula o ‘espaço fiscal’ foi usado para aumentar o investimento público, que subiu 21,4%”. Já no mandato de Dilma Rousseff, o investimento público caiu 1,1%, “os subsídios subiram 23,8%, e as desonerações contribuíram para a forte desaceleração da receita”. Como resultado, pode-se verificar que o PIB cresceu em média 4,6% nos últimos quatro anos de governo Lula (na minha opinião, também beneficiado pelo boom das commodities) “e apenas 2,2% nos quatro primeiros de Dilma”. O estudo conclui que é melhor investir do que desonerar e subsidiar, algo que como podemos notar no quadro abaixo não tem sido revertido nos últimos meses.




Conclusão

Diante da iminência de uma possível troca de governo, espera-se que sejam medidos esforços por parte do novo governo para a aprovação de reformas necessárias para a equalização das contas públicas. 


Dentre as prováveis reformas, a mais emergencial e amplamente noticiada tem sido a previdenciária cujos efeitos poderão se refletir, a médio/longo prazo, na queda dos gastos com Benefícios Previdenciários. A aprovação desta e de outras reformas, como a trabalhista e fiscal, propiciará um ambiente de negócios mais favorável para o país permitindo a retomada dos investimentos. 

Num primeiro momento vislumbro um fluxo de investimento estrangeiro para as áreas de infraestrutura através de concessões no setor elétrico e de transportes, onde os resultados poderão ser sentidos no aumento das receitas da rubrica Concessões e Permissões. Em seguida, conforme o ambiente vá se tornando mais propício aos negócios e com a ajuda dos investimentos nestas novas concessões, poderemos sentir alguma melhora nas receitas administradas pela Receita Federal, fortemente correlacionada com o nível de atividade econômica. 

Além disso, vale registrar que a melhora nos preços das commodities no mercado internacional contribuirão para a arrecadação nos próximos meses. 

Por outro lado, caso os Estados e municípios consigam reverter a cobrança dos juros de suas dívidas de composto para simples, pouco provável no meu cenário, o cenário fiscal brasileiro poderá sofrer uma forte reviravolta e deteriorar-se ainda mais. 





quinta-feira, 28 de abril de 2016

Zona do Euro - Confiança de Empresas e Consumidores - Abr.16


Por Carlos Soares Rodrigues

Divulgado nesta manhã o Índice de Confiança de Empresas e Consumidores da Zona do Euro apurado pela Comissão Européia do mês de abril. O resultado totalizou 103,9 pontos, superando as expectativas (103,4 pontos) e ficando acima do resultado registrado em abr.15 (103,7 pontos).

De acordo com a Comissão Européia as expectativas de inflação entre as empresas e consumidores também subiram o que poderá contribuir para afastar o risco deflacionário no velho continente.

Medidas de estímulos monetários ampliadas desde meados de março através da adoção de taxa de juros ("overnigth") negativa e compras mensais de ativos financeiros no mercado na ordem de 80 bilhões de euros começam a surtir efeito nas expectativas dos agentes econômicos.

O forte fluxo de imigrantes ocorrido no decorrer do último ano também contribui para o incremento do mercado consumidor, embora traga consigo alguma tensão, principalmente, no aspecto de segurança após os ataques terroristas em Paris e Bruxelas.

De qualquer forma o cenário que se configura é de franca recuperação no continente europeu com potencial benefício ao Brasil por se tratar de nosso principal parceiro comercial. A fragilidade de nossa economia tem permitido um forte ajuste das contas externas decorrente, preponderantemente, da queda acentuada das importações e gastos com viagens no exterior. Portanto, a retomada da economia européia poderá contribuir para um aumento mais substancial em nosso saldo em transações correntes através do incremento de nossas exportações.

Diante da continuidade dos programas de estímulos adotados e da clara tendência de recuperação das expectativas de empresas e consumidores, ceteris paribus, vislumbro um cenário de retomada no nível de atividade econômica européia no horizonte relevante.




segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

RESUMO DIÁRIO – 04.01.2016



Por Carlos Soares Rodrigues,

Na primeira sessão do ano o que pode se ver foi um pânico global em torno do resultado desanimador do setor industrial chinês. A divulgação do PMI Industrial Caixin, uma espécie de indicador de confiança dos empresários, apontou um declínio na produção do país, reacendendo as preocupações em torno de um “hard landing” (pouso forçado) da atividade econômica chinesa. No mês de dezembro o indicador atingiu 48,2 pontos, abaixo de 50,0 pontos representa retração na atividade industrial, e ficou aquém dos 49,0 pontos estimados pelo mercado.

Diante disso, verificou-se um movimento “sell off” (vendas) global, derrubando os principais mercados ao redor do mundo: Shangai, que chegou a disparar o “circuit break”, encerrou em baixa de -6,86%; DAX recuou -4,28%; Eurostoxx apresentou queda de -3,28%; S&P 500 -1,53% e o Ibovespa encerrou no menor nível desde 2009 aos 42.141 pontos (-2,79%).

Apesar do pessimismo global, o governo do gigante asiático vem, repetidas vezes, reafirmando que seu modelo econômico tem se pautado no crescimento interno, de seu mercado consumidor. Acredito que os indicadores de vendas do varejo e desempenho do mercado imobiliário seriam os mais adequados para medirmos a real eficácia das medidas de estímulos que vem sendo adotadas nos últimos anos.

Conforme podemos notar nos gráficos a seguir, estes indicadores vem sinalizando alguma melhora nos últimos meses. Segundo especialistas, poderemos sentir de fato a retomada na atividade econômica chinesa, neste novo modelo, a partir de meados de junho. Até lá resta-nos ficar atentos ao comportamento destes indicadores e remar ao sabor do humor dos investidores.