
Por Carlos Soares, CNPI
Mesmo com a melhora do humor no exterior o mercado de juros futuros negociados na B3, balizadores do mercado de renda fixa, inclusive do Tesouro Direto, registrou uma sessão de alta nesta quinta-feira (12) diante do quadro fiscal mais desafiador que se desenha para o próximo ano. A aprovação da Lei das Diretrizes Orçamentárias (LDO), que serve para determinar o quanto o governo deverá se planejar para gastar no próximo ano (o quanto pretende gastar será encaminhado em meados de agosto para a aprovação do Congresso), apresentou uma projeção de cortes dos gastos públicos aquém do esperado tornando ainda mais incerto o quadro de estabilidade do déficit públicos no decorrer dos próximos anos. Além de levar os investidores a atribuirem um prêmio maior (leia-se juros cobrados) à dívida soberana - títulos públicos ofertados pelo Tesouro Nacional para o financiamento dos gastos do governo, onde se incluem os títulos do Tesouro Direto - a deterioração das contas públicas também apresenta um componente inflacionário ao longo do tempo (como parte da demanda agregada) o que forçaria o Banco Central a elevar a taxa Selic - o que também justifica a alta dos juros futuros registrada na última sessão. Diante disso, os títulos prefixados e indexados a inflação disponibilizados no Tesouro Direto são os que mais sofrem dentro deste cenário, pois o preço obtido na compra ou venda é calculado a partir dos juros praticados no momento da negociação: quando os juros sobem a cotação cai ou vice versa.
Mantenho cautela em relação aos títulos indexados ao IPCA e prefixados negociados no Tesouro Direto, especialmente aqueles que com vencimento mais distante, que devem seguir sofrendo maiores variações nos preços por conta das incertezas domésticas seja pelo quadro fiscal incerto nos próximos anos ou pela corrida eleitoral se aproximando cada vez mais, bem como pelo cenário externo com as tensões comerciais envolvendo os EUA e China.
Bom dia e bons negócios!
Mantenho cautela em relação aos títulos indexados ao IPCA e prefixados negociados no Tesouro Direto, especialmente aqueles que com vencimento mais distante, que devem seguir sofrendo maiores variações nos preços por conta das incertezas domésticas seja pelo quadro fiscal incerto nos próximos anos ou pela corrida eleitoral se aproximando cada vez mais, bem como pelo cenário externo com as tensões comerciais envolvendo os EUA e China.
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