
Por Carlos Soares, CNPI
Conforme o esperado, as projeções de inflação do mercado divulgadas pelo Relatório Focus para 2018 recuaram de 4,15% na penúltima semana para 4,11% na última semana, diante da melhora na prévia do IPCA apresentada nesta sexta-feira.
No front externo chamou a atenção o comportamento dos bonds de 10 anos japoneses (o equivalente ao Tesouro Direto do Japão) que registraram forte alta (vide gráfico abaixo) diante de rumores de que seu Banco Central (BoJ) inicie a retirada dos estímulos monetários - movimento também repetido pelos Treasuries. Por outro lado, a autoridade monetária japonesa informou que poderá intervir no mercado através da compra ilimitada destes títulos caso os juros atinjam 0,110% a.a. (isso mesmo, o rendimento da renda fixa no Japão é de 0,11% ao ano!). Na prática uma alta na taxa de juros por lá também representa um risco aos emergentes, pois a injeção de recursos promovida pelo BoJ também contribuiu para a entrada de fluxo de estrangeiros nestes países, inclusive nós. Com a alta das taxas de juros nas economias desenvolvidas os títulos dos emergentes passam a ficar menos atrativos desencadeando o chamado flight to quality (vôo para a qualidade) que é a migração dos recursos de mercados mais arriscados, como o nosso, para os mercados tidos como mais seguros como os títulos de dívidas dos países desenvolvidos.

Com a agenda econômica esvaziada nesta terça-feira os destaques ficam para as tensões comerciais envolvendo os EUA e preocupações relacionadas a retirada dos estímulos monetários nas principais economias.
Apesar da melhora nas expectativas do quadro político/eleitoral, o momento segue de cautela, pois, a exemplo de toda disputa eleitoral, sabemos que o processo nunca se dá de maneira linear, ou seja, pode-se esperar trocas de acusações entre os candidatos, como observado em todas as eleições, que podem trazer volatilidade aos preços dos ativos locais. Lá fora, o quadro também não se mostra tão alentador em função da iminência de novas investidas da gestão Trump sobre o comércio mundial. Diante disso, recomendo cautela em relação aos títulos indexados ao IPCA e prefixados negociados no Tesouro Direto, os que apresentam as maiores variações nos preços, no momento.
Bom dia e bons negócios!
No front externo chamou a atenção o comportamento dos bonds de 10 anos japoneses (o equivalente ao Tesouro Direto do Japão) que registraram forte alta (vide gráfico abaixo) diante de rumores de que seu Banco Central (BoJ) inicie a retirada dos estímulos monetários - movimento também repetido pelos Treasuries. Por outro lado, a autoridade monetária japonesa informou que poderá intervir no mercado através da compra ilimitada destes títulos caso os juros atinjam 0,110% a.a. (isso mesmo, o rendimento da renda fixa no Japão é de 0,11% ao ano!). Na prática uma alta na taxa de juros por lá também representa um risco aos emergentes, pois a injeção de recursos promovida pelo BoJ também contribuiu para a entrada de fluxo de estrangeiros nestes países, inclusive nós. Com a alta das taxas de juros nas economias desenvolvidas os títulos dos emergentes passam a ficar menos atrativos desencadeando o chamado flight to quality (vôo para a qualidade) que é a migração dos recursos de mercados mais arriscados, como o nosso, para os mercados tidos como mais seguros como os títulos de dívidas dos países desenvolvidos.
Com a agenda econômica esvaziada nesta terça-feira os destaques ficam para as tensões comerciais envolvendo os EUA e preocupações relacionadas a retirada dos estímulos monetários nas principais economias.
Apesar da melhora nas expectativas do quadro político/eleitoral, o momento segue de cautela, pois, a exemplo de toda disputa eleitoral, sabemos que o processo nunca se dá de maneira linear, ou seja, pode-se esperar trocas de acusações entre os candidatos, como observado em todas as eleições, que podem trazer volatilidade aos preços dos ativos locais. Lá fora, o quadro também não se mostra tão alentador em função da iminência de novas investidas da gestão Trump sobre o comércio mundial. Diante disso, recomendo cautela em relação aos títulos indexados ao IPCA e prefixados negociados no Tesouro Direto, os que apresentam as maiores variações nos preços, no momento.
Bom dia e bons negócios!
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