quarta-feira, 1 de agosto de 2018

Morning Call - 01/08/2018

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Por Carlos Soares, CNPI

As taxas de juros futuras negociadas na Bolsa encerraram em alta nos contratos com vencimentos mais distantes (vértices longos da curva, no jargão do mercado) seguindo de perto a variação do dólar.

Além do vencimento dos contratos futuros, pode-se observar que o movimento de alta da divisa norte-americana ocorreu em relação a praticamente todas as moedas emergentes (imagem abaixo) num claro compasso de espera pela reunião do Fomc, que deve manter inalterada a taxa de juros nos EUA, e do comunicado que será divulgado após o encontro hoje, a partir das 15:00. O documento será de suma importância pois poderá sinalizar os próximos passos na condução da política monetária dos EUA - a sinalização de duas altas na taxa de juros neste ano pode desencadear uma correção para baixo dos ativos globais, pressionando o dólar e os juros futuros mais longos.


Hoje também teremos, por aqui, o Copom que não deve trazer grandes surpresas quanto a sinalização de manutenção da taxa Selic para os próximos meses. Por ora se observa que o balanço de riscos, como a autoridade monetária brasileira costuma divulgar em seus comunicados, apresentou melhora principalmente em relação a inflação. Os efeitos da greve dos caminhoneiros se dissiparam e a ociosidade da economia segue elevada com o mercado de trabalho formal ainda patinando, conforme apresentado pelo IBGE nesta terça-feira.

Diante disso, vislumbrando ainda que teremos nesta semana os dados de emprego nos EUA, além da disputa eleitoral que ganhará força a partir deste mês, e sem perspectivas de novas quedas na Selic, sigo recomendando cautela em relação aos títulos mais sensíveis a curva de juros que são negociados no Tesouro Direto, quais sejam, todas as modalidades de Tesouro IPCA e Tesouro Prefixado.

Bom dia e bons negócios















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