sexta-feira, 24 de agosto de 2018

Morning Call - 24/08/2018

Responsive image

Por Carlos Soares, CNPI

Já pressionado pelo exterior, os investidores também digeriram mal a notícia de que o julgamento do registro da candidatura do ex-presidente Lula pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) se dará apenas após o dia 04 de setembro, ou seja, quando já tiverem iniciadas as campanhas no rádio e na TV.

Um cenário eleitoral conturbado era cogitado desde meados de janeiro com especialistas da área jurídica alertando sobre a possibilidade de inúmeros recursos sendo movidos por parte da defesa do ex-presidente que poderiam tumultuar as disputas pelo Palácio do Planalto. Portanto, apertem os cintos que a volatilidade só está começando.

No ambiente macroeconômico tivemos a divulgação do IPCA-15 de agosto que registrou alta de +0,13% em relação ao mês de julho e levando o acumulado nos últimos 12 meses a uma alta de +4,30%, portanto ligeiramente abaixo do centro da meta oficial de 4,5% para este ano. Vale destacar que o indicador é considerado a prévia do resultado oficial que será conhecido apenas no dia 06 de setembro. O dado divulgado nesta quinta-feira (23), o mais baixo registrado para um mês de agosto desde 2010, reforça a avaliação de que os efeitos da paralisação dos caminhoneiros foram praticamente dissipados.

Lá fora, também confirmando minhas expectativas, tivemos mais uma vez as disputas comerciais envolvendo os EUA e a China azedando os mercados. Ambos os países acordaram em adotar tarifas de 25% sobre os produtos comercializados entre si e que somam US$ 16 bilhões, mas a elevação das tarifas não devem parar por aí o que pode trazer mais volatilidade aos mercados mundiais nos próximos dias.

Estas medidas devem se refletir na inflação norte-americana nos próximos meses o que pode forçar o Federal Reserve a intensificar o ritmo de alta dos juros nos EUA e pressionar ainda mais as moedas emergentes, inclusive o Real. Com a subida do dólar sobem também as taxas de juros futuros por aqui, levando os preços de mercado dos títulos públicos a recuarem no Tesouro Direto o que pode resultar em perdas ao investidor caso opte por resgatar antes da hora.

Diante disso, mantenho minhas recomendações de Tesouro Direto preponderantemente em pós fixados com alguma parcela em prefixada, conforme tenho orientado os assinantes do Mapa do Tesouro no decorrer dos últimos meses - para maiores detalhes acesse.

Bom dia e bons negócios!





Nenhum comentário:

Postar um comentário