segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Mercado de Taxas de Juros: 26/08/2011

As expectativas em torno da aprovação do QE3 foram frustradas após o término da reunião, em Jackson Hole, dos principais dirigentes de política monetária do mundo. O mercado apostava na aprovação do pacote para dar mais fôlego a atividade econômica mundial. Contudo, o comunicado de Ben Bernanke, ao final do encontro, jogou um balde de água fria nas expectativas dos investidores. Com isso, configurou-se um cenário de queda nas taxas de juros diante do aumento no receio de que teremos um cenário de recessão na economia mundial.


A meu ver a decisão do Federal Reserve (FED), o banco central norte americano, foi acertada, pois pela lógica, com a injeção desses recursos na economia, iríamos verificar um aumento nos preços dos ativos, como ações de bolsas ao redor do globo, com o intuito de elevar a percepção de riqueza do consumidor norte americano e, pelo efeito psicológico, levá-lo a retomada do consumo. Por outro lado, além das ações, os preços das matérias-primas, alimentos e combustíveis, leia-se commodities, também iriam se valorizar, cortando assim todo o ganho da renda propiciado pelo aumento ações por conta da elevação da inflação. Com isso, no próximo ano nos depararíamos diante de uma situação muito mais complicada da que nos encontramos no momento atual, pois as famílias continuariam sem consumir, por conta da alta dos preços dos alimentos e combustíveis, e os governos, sem uma fonte adicional de receita de impostos decorrente da baixa atividade, se encontrariam com um endividamento ainda maior ao verificado atualmente.

Referência bibliográfica

BANCO CENTRAL DO BRASIL. Nota Técnica sobre a Circular nº 2.972, de 23 de março de 2000.

BOLSA DE MERCADORIAS E FUTUROS. Taxas Referenciais BM&F. Disponível em: http://www2.bmf.com.br/pages/portal/portal/boletim1/TxRef1.asp


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