Por Carlos Soares Rodrigues,
O mercado de juros futuros trabalhou dentro do cenário traçado
no último post diante da possibilidade do Eurogrupo aprovar as propostas de
aperto fiscal e reforma na previdência social. Menor aversão em relação a
eclosão de uma nova crise no continente europeu poderia levar a uma forte alta
do dólar, pressionando a já pressionada inflação brasileira e, como consequência,
as taxas de juros. Já os juros mais longos, com vencimento para janeiro de
2021, que interferem o retorno do Tesouro IPCA + com Juros Semestrais 2050
(NTN-B), registraram uma leve alta em relação ao fechamento de ontem. Analistas
atribuem o movimento de alta a divulgação de indicadores econômicos acima do
esperado nos EUA (vendas de casas novas +2,2% entre Mai/Abr em relação às
projeções de +1,5%).
Como resultado desta leve alta dos juros futuros com vencimentos mais longos, os títulos
de Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 2050 (NTNB) encerraram nesta terça-feira
cotados a R$ 2.760,89 na compra (link
– acessado em 23-6-15 às 18:09) – queda de -0,09% em relação ao fechamento de
ontem.
Meu cenário está mantido e prevê que a divulgação do
Relatório Trimestral de Inflação pressionará as taxas por conta da forte
piora do cenário inflacionário enfrentado pelo nosso país. Além disso, devemos
ficar atentos ao resultado do PIB dos EUA a ser divulgado às 9:30 pois,
qualquer indicativo de uma forte retomada da atividade da economia norte americana,
poderemos ter mais uma pressão altista nos juros domésticos diante de uma
provável alta do dólar (em busca de rendimentos crescentes no exterior).
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