Mercado de Taxas de Juros: 22/07/2011

Comunicado do Comitê de Política Monetária do Banco Central após a reunião que definiu o aumento nas taxas de juros levou os vértices curtos a uma alta na última semana. De acordo com a Bloomberg os “investidores questionam a possibilidade de o Banco Central interromper a alta na taxa básica de juros nas próximas reuniões do Comitê de Política Monetária”, pois o mercado ainda tem receios de que a autoridade monetária irá conter a inflação.

Contudo com as expectativas de melhora no cenário externo, os vértices longos apresentaram elevação em relação aos patamares verificados na semana do dia 15.

Os destaques no acumulado dos últimos 30 dias ficaram para os papéis atrelados a inflação com vencimentos inferiores a 05 anos (IMA-B5), pré-fixados com vencimento em até 01 ano (IRF-M1) e pós fixados atrelados a taxa de juros (IMA-S) ao apresentarem, respectivamente, retorno de 1,25%, 1,22% e 1,19%. O destaque negativo ficou para os papéis atrelados a inflação com prazos superiores a 05 anos (IMA-B5+) que vêm apresentando um retorno negativo de -1,61%.

Individualmente, podemos verificar abaixo a performance mensal dos títulos públicos negociados no mercado secundário.

Com exceção para o ano de 2011, as expectativas de mercado para a inflação se deterioraram na última semana. Para os próximos 12 meses as expectativas passaram de 5,37 para 5,40%. Já para 2012 as expectativas foram de 5,20 para 5,28%.

A ata do Copom a ser divulgada na próxima quinta-feira poderá dar mais volatilidade ao mercado de taxa de juros. Já com o comunicado expedido pós-reunião, o mercado reajustou suas apostas para uma alta nas taxas no curto prazo.

Porém, de acordo com a Bloomberg “a inflação desacelerou mais do que o esperado até meados de julho” o que aumentou as chances do Banco Central manter os juros inalterados já na próxima reunião.

Portanto a expectativa para esta semana é de que tenhamos um novo aumento nos vértices da estrutura a termo, mas que poderá estabilizar já nas próximas semanas.

Referência bibliográfica
BANCO CENTRAL DO BRASIL. Nota Técnica sobre a Circular nº 2.972, de 23 de março de 2000.

__________________. Focus – Relatório de Mercado.
Disponível em: http://www4.bcb.gov.br/pec/GCI/PORT/readout/readout.asp


BOLSA DE MERCADORIAS E FUTUROS. Taxas Referenciais BM&F. Disponível em: BM&F

Frisch, Felipe. Juros: DI cai com Focus e receios sobre piora de crise da Europa. Bloomberg: 18/07/2011

___________. Juros: DI oscila entre desemprego no Brasil e resultados nos EUA. Bloomberg: 19/07/2011

___________. Juros: DI sobe com cenário externo e ainda preocupado com IPCA. Bloomberg: 20/07/2011

___________. Juros: DIs curtos sobem com dúvidas sobre controle da inflação. Bloomberg: 20/07/2011

___________. Juros: Contrato curto cai e longo sobe com comunicado do Copom. Bloomberg: 21/07/2011

Marotto, Telma; Frisch, Felipe. Mercado hoje: Títulos americanos caem com impasse sobre dívida. Bloomberg: 25/07/2011

___________. Mercado hoje: Otimismo com Europa e balanços de EUA puxam bolsas. Bloomberg: 19/07/2011

___________. Mercado hoje: Receio de piora da crise europeia derruba bolsas. Bloomberg: 18/07/2011

___________. Mercado hoje: Euro sobe com possível solução de crise. Bloomberg: 19/07/2011

___________. Mercado hoje: Bolsas sobem com avanços dos EUA sobre dívida. Bloomberg: 20/07/2011

___________. Mercado hoje: Ibovespa e DI sobem com avanços de dívida dos EUA. Bloomberg: 20/07/2011

___________. Mercado hoje: Bolsas sobem com expectativa de acordo para Grécia. Bloomberg: 21/07/2011

___________. Mercado hoje: Bolsa sobe com Grécia e DI curto por inflação. Bloomberg: 22/07/2011

___________. Mercado hoje: Bolsas sobem após novo pacote de socorro à Grécia. Bloomberg: 22/07/2011

___________. Mercado hoje: Bolsas caem antes de encontro de líderes europeus. Bloomberg: 21/07/2011

Ragir, Alexander. Inflação desacelerando reduz pressão para aumento de juros. Bloomberg: 20/07/2011

Análise de Conjuntura: Emprego no Brasil – Junho/2011

A taxa de desemprego no mês de junho foi de 6,2% e representou uma redução de 0,2 pontos base em relação ao mês de maio - 0,8 pontos base inferior ao verificado em maio de 2010. A exemplo do que vem ocorrendo no decorrer de 2011, o resultado representou a menor taxa para o mês desde o início da série histórica.

Nas seis regiões pesquisadas a taxa de desocupação apresentou decréscimo em relação ao mês de maio, ou seja, em todas as regiões pesquisadas a taxa de desempregou diminuiu. A cidade que apresentou a menor taxa de desocupação foi Belo Horizonte com 4,6%. Já o maior percentual de desocupados foi verificado na região metropolitana de Salvador que apresentou uma taxa de desocupação de 10,2%.

No confronto anual o grupamento de atividade que apresentou a maior variação foi o de serviços prestados à empresas, aluguéis, atividades imobiliárias e intermediação financeira ao registrar uma alta de 6,4% em relação a junho de 2010.

Historicamente a taxa de desocupação tende a cair ainda mais a partir do mês de junho e atingir seu menor valor em meados de dezembro. Portanto, a expectativa é de que nos próximos meses poderemos verificar resultados ainda melhores e posso apostar que chegaremos a um nível de desemprego na casa dos 5% até o final do ano.

Fontes de referência

IBGE. Indicadores IBGE: Pesquisa Mensal de Emprego - Junho 2011. Rio de Janeiro: Pesquisa Mensal de Emprego, jul. de 2011.

______. Dados PME. Rio de Janeiro: Pesquisa Mensal de Emprego, jul. de 2011.

Análise do IPCA do mês de junho de 2011

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de maio desacelerou em relação ao mês de abril ao apresentar uma alta de 0,15% - ante 0,47% do mês anterior. Apesar da desaceleração e, ao contrário da tendência verificada no mês anterior, a taxa veio significativamente acima da apurada em junho de 2010 (0,00%).

Destaques de alta

Os destaques de alta do IPCA no mês de junho foram os itens habitação, vestuário, despesas, saúde e cuidados pessoais.

Apesar da desaceleração verificada no mês (de 0,97% para 0,58%) o item habitação respondeu por 0,8 p.p. do IPCA. Abaixo os principais componentes que influenciaram o comportamento dos preços de habitação:

•Taxa de água e esgoto (de 2,32% em maio para 0,08%) decorrente dos reajustes ocorridos nas cidades de Salvador e Goiânia;
•Aluguel residencial (de 0,95% para 0,84%);
•Condomínio (de 1,01% para 0,92%) e
•Energia elétrica (de 0,87% para 0,45%).

Já o item vestuário passou de 1,19% em maio para 1,25% em junho e teve como destaque a alta de 1,54% das roupas masculinas. Respondeu por 0,8 p.p. do IPCA.

O grupo despesas pessoais apresentou desaceleração ao passar de uma alta de 0,72% no mês de maio para 0,67% em junho. Os salários dos empregados domésticos contribuíram para a alta do grupo mesmo apresentando desaceleração em relação ao mês anterior (de 1,14% para 0,33%).

Saúde e cuidados pessoais também desaceleraram, passando de 0,73% para 0,67% no mês de junho, mas a alta de 0,47% dos remédios (1,20% em maio) fez com que o item pressionasse o indicador do mês.

Juntos despesas pessoais, saúde e cuidados pessoais responderam por 0,14 p.p. do IPCA do mês.

Destaques de baixa

Já os destaques de baixa ficaram com os itens transportes, alimentação e bebidas.

Com uma queda de 0,61% o item transportes respondeu por -0,12 p.p. do IPCA. A desaceleração dos preços dos combustíveis compensou a alta das passagens aéreas e tarifas de ônibus urbano nas cidades do Rio de Janeiro, Belém e Goiânia. Automóveis usados também apresentaram aumento nos preços (de -1,26% para 0,43%), mas não foi suficiente para pressionar a inflação do grupo.

Alimentação e bebidas apresentaram uma queda de 0,26% e responderam por -0,06 p.p. do IPCA. As principais reduções ficaram para os preços da batata-inglesa (de 6,02% em maio para -11,38% em junho) e cenoura (de -9,30% para -16,31%).

Conclusão

Acredito que para os próximos meses tenhamos um cenário mais benigno para o IPCA. A alta verificada no mês corrente, cerca de 0,16 p.p., se deveu a aumentos pontuais como reajustes de preços de aluguéis e serviços (água, esgoto e energia elétrica) e alta nos preços de vestuários masculinos decorrente do início do inverno.

Não fossem estes itens o IPCA do mês de junho teria vindo com deflação de 0,01%.

A alta desses itens será diluída ao longo dos próximos meses e, confirmada a tendência, teremos um IPCA mais próximo da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (4,5%).
Fontes de referência

ABITT. Site: http://www.abit.org.br/site/navegacao.asp?id_menu=21&IDIOMA=PT

BANCO CENTRAL DO BRASIL. Focus – Relatório de Mercado.
Disponível em: http://www4.bcb.gov.br/pec/GCI/PORT/readout/readout.asp

BLANCHARD, Olivier. Macroeconomia. São Paulo: Pearson Education, 2004, 3ª edição.

CARVALHO, Fernando J. Cardim de; [et al.] Economia monetária e financeira: teoria e prática. Rio de Janeiro: Elsevier, 2000 – 9ª reimpressão.

CONAB.

DORNBUSCH, Rudiger, FISCHER, Stanley. Macroeconomia. São Paulo: Makron, McGraw-Hill, 1991.

IBGE. Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - IPCA e Índice Nacional de Preços ao Consumidor – INPC. Disponível em: http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/precos/inpc_ipca/defaultinpc.shtm

KEYNES, John Maynard. A teoria geral do emprego, do juro e da moeda. Tradução de Mário R. da Cruz; revisão técnica de Claudio Roberto Contador. – São Paulo: Atlas, 1982.

MANKIW, Gregory. Macroeconomia. 5ª edição. Rio de Janeiro: LTC, 2004.

Mercado de Taxas de Juros: 15/07/2011

Receios em torno da inflação fizeram com que os juros de curto e longo prazo se elevassem na última semana. Embora a variação tenha sido pequena o movimento de alta persistiu após os eventos ocorridos no decorrer da semana que se passou.

No front interno tivemos a piora nas expectativas de inflação divulgadas pelo Boletim Focus e a declaração do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, afirmando que o IPCA de 2011 ficará ligeiramente abaixo dos 6%, ou seja, acima da meta oficial de 4,5% e pouco abaixo do teto máximo que é de 6,5%. Além disso, tivemos também a alta do IPC-S de São Paulo que apresentou uma elevação de 0,19% até o dia 07 de julho. Por outro lado, tivemos a divulgação do IGP-10 de julho que apresentou deflação de 0,12% em julho – contra queda de 0,22% no mês de junho.

Estes indicadores fizeram com que os investidores ampliassem as apostas em um aperto monetário até o mês de agosto.

Já no front externo tivemos especulações em torno do Federal Reserve (FED) ampliar a liquidez do mercado com um possível QE3 e os resultados da economia chinesa que apresentaram a alta anual de 9,5% do PIB no segundo trimestre e crescimento (anual) de 15,1% da produção industrial no mês de junho.

Com isso parte da alta dos vértices longos pode ser atribuída a possibilidade de aumentos nos preços das commodities no longo prazo diante dos sinais de aumento na demanda atribuídos a estes fatores citados acima.

O aumento nas apostas de alta na taxa Selic beneficiou o retorno dos papéis atrelados a taxa de juros. IMA-S e o CDI apresentaram um retorno mensal de 0,96% no período encerrado no dia 15 de julho.

Por outro lado, o aumento nas expectativas futuras de inflação elevaram os prêmios exigidos pelos papéis atrelados ao IPCA com vencimentos superiores a 5 anos (IMA-B5+) e levou a queda de 1,77% entre os dias 15 de junho e 15 de julho.

Abaixo a performance individual dos papéis públicos negociados no mercado secundário. Convém destacar que os papéis atrelados a inflação e pré-fixados de longo prazo foram os que mais sofreram na última semana.

As expectativas de inflação para os próximos 12 meses sofreram uma piora na última semana ao passar de 5,29 para 5,37% em relação ao apurado na semana do dia 08. Já para 2011 e 2012 as expectativas permaneceram inalteradas ficando, respectivamente, em 6,31 e 5,20%.

A semana se inicia com os receios do agravamento da crise internacional que, de acordo com a Bloomberg, anularam o impacto da elevação das projeções do IPCA para os próximos 12 meses pelo Boletim Focus.

Líderes europeus se reunirão nesta semana para discutir uma solução para a crise da região que teve no último dia 15 de julho oito bancos reprovados no teste de estresse promovido pela autoridade monetária local.

Com isso poderemos ter um cenário de queda nas taxas de juros nesta semana que, mesmo assim, não tenderá a prejudicar a boa performance das LFTs verificada no decorrer das últimas semanas.


Referência bibliográfica
BANCO CENTRAL DO BRASIL. Nota Técnica sobre a Circular nº 2.972, de 23 de março de 2000.

__________________. Focus – Relatório de Mercado.
Disponível em: http://www4.bcb.gov.br/pec/GCI/PORT/readout/readout.asp

BOLSA DE MERCADORIAS E FUTUROS. Taxas Referenciais BM&F. Disponível em: http://www2.bmf.com.br/pages/portal/portal/boletim1/TxRef1.asp

Marotto, Telma; Frisch, Felipe. Mercado hoje: Bolsas e euro caem com receios de piora da crise. Bloomberg: 18/07/2011

Leonel, Josué. Juros: DI reage a receio de desaceleração externa por Europa. Bloomberg: 12/07/2011.

___________. Mercado hoje: Bolsas ensaiam reação; DI amplia aposta em aperto. Bloomberg: 12/07/2011

___________. Mercado hoje: Dólar cai, bolsas e commodities sobem com China. Bloomberg: 13/07/2011

___________. Juros: DI sobe com mercado apostando em alta da Selic até agosto. Bloomberg: 11/07/2011

___________. Mercado hoje: Bernanke e China puxam bolsa; dólar cai e DI sobe. Bloomberg: 13/07/2011

___________. Juros: DI janeiro 2012 estável com perspectiva de ‘QE3’ do Fed. Bloomberg: 14/07/2011

___________. Juros: DI sobe com aposta de que inflação continuará elevada. Bloomberg: 15/07/2011

Leonel, Josué; Frisch, Felipe. Mercado hoje: Dólar sobe e bolsas caem com Europa antes de dados. Bloomberg: 12/07/2011

__________. Mercado hoje: Bolsas caem e ouro sobe após Moody’s alertar EUA. Bloomberg: 14/07/2011

__________. Mercado hoje: Bolsas e commodities caem com Bernanke e Moody’s. Bloomberg: 14/07/2011

__________. Mercado hoje: Teste de bancos europeus e indicadores dão o tom. Bloomberg: 15/07/2011

__________. Mercado hoje: Bolsas sobem nos EUA, dólar cai e DI avança. Bloomberg: 15/07/2011

__________. Juros: DI cai com Focus e receios sobre piora de crise da Europa. Bloomberg: 18/07/2011

Mercado de Taxas de Juros: 08/07/2011

Preocupações em torno da inflação puxaram as taxas de juros na última semana. O IPCA do mês de junho apresentou uma alta de 0,15%, contra uma expectativa de 0,05% de acordo com o Boletim Focus.

Diante da piora no resultado de inflação todos os vértices subiram na última semana, mas a maior deterioração dos juros foi verificada nos vértices mais longos, conforme o gráfico abaixo:

Com o cenário de alta nas taxas de juros os papéis atrelados a Selic, LFT, foram os que mais vêem se destacando no acumulado mensal.

Abaixo a performance mensal dos papéis negociados no mercado secundário até o dia 08 de julho:

As expectativas de inflação, de acordo com o Boletim Focus, pioraram na última semana. Para os próximos 12 meses as expectativas passaram de 5,19% para 5,29%. Já para 2012 as expectativas foram de 5,10% para 5,20%. Para o 2011 as expectativas passaram de 6,15% para 6,31%.

Preocupações de que o contágio da crise fiscal européia atinja agora a Itália poderão levar a queda das taxas de juros no decorrer desta semana. Somando a isso o mercado poderá digerir melhor os fracos resultados do mercado de trabalho norte americano divulgados na última semana que apontam para uma economia ainda cambaleante.

Fonte de referência

BANCO CENTRAL DO BRASIL. Nota Técnica sobre a Circular nº 2.972, de 23 de março de 2000.

__________________. Focus – Relatório de Mercado.
Disponível em: http://www4.bcb.gov.br/pec/GCI/PORT/readout/readout.asp

BOLSA DE MERCADORIAS E FUTUROS. Taxas Referenciais BM&F. Disponível em: http://www2.bmf.com.br/pages/portal/portal/boletim1/TxRef1.asp

Leonel, Josué. Juros: DI recua após Focus baixar IPCA de 2012 pela 2ª vez. Bloomberg: 04/07/2011.

___________. Juros: DI sobe após inflação desacelerar menos que esperado. Bloomberg: 07/07/2011

___________. Juros: DI sobe com receio sobre inflação suplantando dado EUA. Bloomberg: 08/07/2011

___________. Juros: Futuros caem com receio sobre Europa compensando Focus. Bloomberg: 11/07/2011


Leonel, Josué; Frisch, Felipe. Mercado hoje: Focus e feriado EUA abrem semana de IPCA e payroll. Bloomberg: 04/07/2011

__________. Mercado hoje: DI cai com Focus; dólar no menor nível em 12 anos. Bloomberg: 04/07/2011

__________. Mercado hoje: Dólar reage após 6 baixas; juro de treasuries cai. Bloomberg: 05/07/2011

__________. Mercado hoje: Receio com economia global e dívida derruba bolsa. Bloomberg: 06/07/2011

__________. Mercado hoje: Dólar sobe com receios sobre Europa e bolsas caem. Bloomberg: 08/07/2011

__________. Mercado hoje: Bolsas caem e dólar sobe com Itália, EUA e China. Bloomberg: 11/07/2011

__________. Mercado hoje: Desemprego nos EUA derruba bolsa; dólar e DI sobem. Bloomberg: 08/07/2011

Riscala, Rosa; Ciscato, Mariana. Commodities reagem à China. Grécia mantém risco de contágio. São Paulo: AE Broadcast, Bom dia Mercado, 14/06/2011.

Mercado de Taxas de Juros: 01/07/2011

Aumento da área de cultivo de cereais nos EUA e a desaceleração da atividade industrial na China derrubaram os preços das commodities na última semana levando a queda nos vértices longos da Estrutura a Termo e acabou por ofuscar a sinalização de novas altas nos juros após a divulgação do Relatório Trimestral de Inflação pelo Banco Central.

Os títulos atrelados a inflação com vencimento superior a 05 anos sofreram o impacto da redução nas expectativas de taxas de juros no longo prazo e despencaram na última semana.

O gráfico a seguir demonstra a performance individual dos papéis negociados no mercado secundário:

Quanto as expectativas de inflação, verificamos uma nova piora para os próximos 12 meses que passou de 5,15% para 5,19%. Já para 2012 as expectativas continuaram reduzindo, passando de 5,15% para 5,10%. Para o 2011 as expectativas mantiveram-se praticamente inalteradas, passando de 6,26% para 6,15%.

Indicadores recentes apontam para uma desaceleração dos preços na economia brasileira. Dado da produção nacional apresentou, na última semana, um bom ritmo de crescimento ao registrar um aumento de 1,3% no mês de maio. Somando a valorização do real em relação ao dólar, esse incremento na produção poderá favorecer o incremento na oferta nacional e conter a ameaça inflacionária.

Por enquanto, as expectativas são favoráveis para as LTN e LFT.

Fonte de referência

BANCO CENTRAL DO BRASIL. Nota Técnica sobre a Circular nº 2.972, de 23 de março de 2000.

__________________. Focus – Relatório de Mercado.
Disponível em: http://www4.bcb.gov.br/pec/GCI/PORT/readout/readout.asp

BOLSA DE MERCADORIAS E FUTUROS. Taxas Referenciais BM&F. Disponível em: http://www2.bmf.com.br/pages/portal/portal/boletim1/TxRef1.asp

Leonel, Josué; Coppola, Gabrielle. Juros: DI sobe com pressão de alta de commodities sobre inflação. Bloomberg: 28/06/2011.

Leonel, Josué. Juros: DI recua com dados de inflação e baixa das commodities. Bloomberg: 27/06/2011.

___________. Juros: DI sobe após relatório do BC elevar projeção de inflação. Bloomberg: 29/06/2011

___________. Juros: DI recua com baixa das commodities ofuscando indústria. Bloomberg: 01/07/2011
Leonel, Josué; Frisch, Felipe. Mercado Mercado hoje: DI cai e Ibovespa sobe com Focus; dólar recua. Bloomberg: 27/06/2011

__________. Mercado hoje: Juro de título e futuros caem antes de dado EUA. Bloomberg: 28/06/2011

__________. Mercado hoje: Bolsas sobem com votação na Grécia; dólar cai. Bloomberg: 29/06/2011

__________. Mercado hoje: Bolsa sobe com Grécia; aposta em juro puxa euro. Bloomberg: 30/06/2011

__________. Mercado hoje: DI sobe, Ibovespa cai com apostas em aperto maior. Bloomberg: 30/06/2011

__________. Mercado hoje: Petróleo cai com China antes de dados aqui e EUA. Bloomberg: 01/07/2011

__________. Mercado hoje: Dólar despenca e bolsa sobe com EUA e Grécia. Bloomberg: 01/07/2011

__________. Mercado hoje: Focus e feriado EUA abrem semana de IPCA e payroll. Bloomberg: 04/07/2011

Leonel, Josué; Hayashi, Ney. Mercado hoje: Dólar cai e DI avança com commodities e crédito. Bloomberg: 28/06/2011

__________. Mercado hoje: Grécia impulsiona bolsas e real; DI sobe com BC. Bloomberg: 29/06/2011.