As expectativas em torno da aprovação do QE3 foram frustradas após o término da reunião, em Jackson Hole, dos principais dirigentes de política monetária do mundo. O mercado apostava na aprovação do pacote para dar mais fôlego a atividade econômica mundial. Contudo, o comunicado de Ben Bernanke, ao final do encontro, jogou um balde de água fria nas expectativas dos investidores. Com isso, configurou-se um cenário de queda nas taxas de juros diante do aumento no receio de que teremos um cenário de recessão na economia mundial.
A meu ver a decisão do Federal Reserve (FED), o banco central norte americano, foi acertada, pois pela lógica, com a injeção desses recursos na economia, iríamos verificar um aumento nos preços dos ativos, como ações de bolsas ao redor do globo, com o intuito de elevar a percepção de riqueza do consumidor norte americano e, pelo efeito psicológico, levá-lo a retomada do consumo. Por outro lado, além das ações, os preços das matérias-primas, alimentos e combustíveis, leia-se commodities, também iriam se valorizar, cortando assim todo o ganho da renda propiciado pelo aumento ações por conta da elevação da inflação. Com isso, no próximo ano nos depararíamos diante de uma situação muito mais complicada da que nos encontramos no momento atual, pois as famílias continuariam sem consumir, por conta da alta dos preços dos alimentos e combustíveis, e os governos, sem uma fonte adicional de receita de impostos decorrente da baixa atividade, se encontrariam com um endividamento ainda maior ao verificado atualmente.
Referência bibliográfica
BANCO CENTRAL DO BRASIL. Nota Técnica sobre a Circular nº 2.972, de 23 de março de 2000.
BOLSA DE MERCADORIAS E FUTUROS. Taxas Referenciais BM&F. Disponível em: http://www2.bmf.com.br/pages/portal/portal/boletim1/TxRef1.asp
O Econocratum nasceu da vontade de olhar o mercado financeiro além dos números, conectando análise econômica com reflexão crítica. Aqui compartilho insights sobre investimentos, política econômica e o papel do capital na sociedade, sempre buscando traduzir o complexo de forma acessível. Mais do que acompanhar indicadores, a proposta é entender causas, impactos e contradições. Se você busca conteúdo que une técnica, questionamento e contexto, este espaço é pra você.
segunda-feira, 29 de agosto de 2011
quinta-feira, 25 de agosto de 2011
Análise de Conjuntura: Emprego no Brasil – Julho/2011
A taxa de desemprego no mês de julho ficou em 6,0%, a menor para o mês desde o início da série. O resultado representou uma redução de 0,2 pontos base em relação ao mês de junho e 0,9 pontos base inferior ao verificado em junho de 2010.
Das seis regiões pesquisadas, os destaques têm sido as cidades de Recife e Salvador. A taxa de desocupação apresentou, na base anual, um recuo de 3,7 pontos percentuais na capital pernambucana e de 2,5 pontos percentuais na capital baiana.
No confronto anual, o grupamento de atividade que apresentou a maior variação continuou sendo o de serviços prestados às empresas, aluguéis, atividades imobiliárias e intermediação financeira, que registrou uma alta de 7,3% em relação a julho de 2010.
Conforme previsto, desde o mês de junho, a taxa de desocupação continuou a cair e a tendência ainda é de que atinja seu menor valor em meados de dezembro. A expectativa ainda continua sendo, portanto, que nos próximos meses o nível de desemprego volte a atingir a casa dos 5% e bata nos menores patamares históricos.
Fontes de referência
IBGE. Indicadores IBGE: Pesquisa Mensal de Emprego - Julho 2011. Rio de Janeiro: Pesquisa Mensal de Emprego, ago. de 2011.
______. Dados PME. Rio de Janeiro: Pesquisa Mensal de Emprego, ago. de 2011.
Das seis regiões pesquisadas, os destaques têm sido as cidades de Recife e Salvador. A taxa de desocupação apresentou, na base anual, um recuo de 3,7 pontos percentuais na capital pernambucana e de 2,5 pontos percentuais na capital baiana.
No confronto anual, o grupamento de atividade que apresentou a maior variação continuou sendo o de serviços prestados às empresas, aluguéis, atividades imobiliárias e intermediação financeira, que registrou uma alta de 7,3% em relação a julho de 2010.
Conforme previsto, desde o mês de junho, a taxa de desocupação continuou a cair e a tendência ainda é de que atinja seu menor valor em meados de dezembro. A expectativa ainda continua sendo, portanto, que nos próximos meses o nível de desemprego volte a atingir a casa dos 5% e bata nos menores patamares históricos.
Fontes de referência
IBGE. Indicadores IBGE: Pesquisa Mensal de Emprego - Julho 2011. Rio de Janeiro: Pesquisa Mensal de Emprego, ago. de 2011.
______. Dados PME. Rio de Janeiro: Pesquisa Mensal de Emprego, ago. de 2011.
segunda-feira, 22 de agosto de 2011
Mercado de Taxas de Juros: 19/08/2011
Continuidade na deterioração das expectativas de retomada do crescimento mundial que, somadas a divulgação de dados domésticos apontando para um desaquecimento da economia brasileira, prosseguiram na derrubada das curvas de juros futuros.
Indicadores ruins da economia norte-americana como a queda no número de revenda de casas, o aumento nos pedidos de auxílio desemprego e o desastroso relatório de atividade na região da Filadélfia de agosto, aumentaram o pessimismo em torno da recuperação da economia mundial na última semana. Somado a isso também tivemos o rebaixamento da previsão de crescimento da economia global, feito pelo Morgan Stanley, e a divulgação do ínfimo crescimento do PIB alemão, que tornou ainda mais preocupante a capacidade dos países europeus cumprirem suas metas fiscais.
No front doméstico tivemos a divulgação do IBC-br pelo Banco Central e os dados de emprego do setor formal, dando indícios de que a economia brasileira começa a apresentar sinais de desaquecimento.
Refletindo o pessimismo mundial, os papéis de longo prazo, atrelados a inflação, se destacaram no mercado de renda fixa e vêm apresentando, no acumulado dos últimos 30 dias, um retorno médio de 3,97% - segundo a variação dos índices divulgados nos dias 19/07 e 19/08.
Podem explicar essa variação as perspectivas de que teremos novas medidas de estímulos econômicos nos próximos anos que visarão conter o cenário recessivo que vem se configurando nas últimas semanas. Diante desses estímulos poderemos ter a retomada do emprego e da demanda, que poderá gerar uma pressão inflacionária nos próximos anos e favorecendo, assim, as expectativas de retorno desses papéis.
Divulgado hoje pela manhã, o boletim Focus continuou apresentando queda nas expectativas de inflação para os próximos 12 meses e para 2012. Pressões oriundas da boa performance de nossa economia no decorrer do primeiro semestre, bem como o choque dos preços dos combustíveis nos últimos meses, foram precificados nas expectativas para o IPCA de 2011 que, por sua vez, voltou a apresentar alta no último levantamento.
As incertezas em torno do desenrolar da crise fiscal dos países europeus e dos EUA continuam. A única novidade que se configura no horizonte de curto prazo é a aprovação do QE3, que consiste na injeção de bilhões de dólares no mercado por parte do governo norte-americano, com o intuito de estimular o consumo do país e retomar seu crescimento econômico. Contudo, caso esses recursos não sejam em grande parte direcionados para o consumidor norte-americano, poderemos enfrentar uma nova onda especulativa, com os grandes bancos direcionando os recursos em contratos de commodities, inflando as bolsas ao redor do mundo e gerando inflação. Sem crédito ao consumo e com os preços em alta o cenário recessivo da economia mundial se completará e, terá como aditivo, o endividamento ainda maior da economia norte-americana.
Referência bibliográfica
BANCO CENTRAL DO BRASIL. Nota Técnica sobre a Circular nº 2.972, de 23 de março de 2000.
__________________. Focus – Relatório de Mercado.
Disponível em: http://www4.bcb.gov.br/pec/GCI/PORT/readout/readout.asp
BOLSA DE MERCADORIAS E FUTUROS. Taxas Referenciais BM&F. Disponível em: http://www2.bmf.com.br/pages/portal/portal/boletim1/TxRef1.asp
Frisch, Felipe; Leonel, Josué. Mercado hoje: Bolsas e euro caem com desaceleração na Alemanha. Bloomberg: 16/08/2011
___________. Mercado hoje: Ações ensaiam baixa com Europa; commodities sobem. Bloomberg: 17/08/2011
___________. Mercado hoje: Bolsas caem com receio sobre economia global. Bloomberg: 18/08/2011
___________. Mercado hoje: Bolsas sobem com expectativa em alívio do Fed. Bloomberg: 22/08/2011
Leonel, Josué. Juros: DI cai com desaceleração econômica atingindo Alemanha. Bloomberg: 16/08/2011
Gibel, Bryan; Bain, Ben. Taxa do DI desaba diante de preocupações com recessão global. Bloomberg: 22/08/2011
Indicadores ruins da economia norte-americana como a queda no número de revenda de casas, o aumento nos pedidos de auxílio desemprego e o desastroso relatório de atividade na região da Filadélfia de agosto, aumentaram o pessimismo em torno da recuperação da economia mundial na última semana. Somado a isso também tivemos o rebaixamento da previsão de crescimento da economia global, feito pelo Morgan Stanley, e a divulgação do ínfimo crescimento do PIB alemão, que tornou ainda mais preocupante a capacidade dos países europeus cumprirem suas metas fiscais.
No front doméstico tivemos a divulgação do IBC-br pelo Banco Central e os dados de emprego do setor formal, dando indícios de que a economia brasileira começa a apresentar sinais de desaquecimento.
Refletindo o pessimismo mundial, os papéis de longo prazo, atrelados a inflação, se destacaram no mercado de renda fixa e vêm apresentando, no acumulado dos últimos 30 dias, um retorno médio de 3,97% - segundo a variação dos índices divulgados nos dias 19/07 e 19/08.
Podem explicar essa variação as perspectivas de que teremos novas medidas de estímulos econômicos nos próximos anos que visarão conter o cenário recessivo que vem se configurando nas últimas semanas. Diante desses estímulos poderemos ter a retomada do emprego e da demanda, que poderá gerar uma pressão inflacionária nos próximos anos e favorecendo, assim, as expectativas de retorno desses papéis.
Divulgado hoje pela manhã, o boletim Focus continuou apresentando queda nas expectativas de inflação para os próximos 12 meses e para 2012. Pressões oriundas da boa performance de nossa economia no decorrer do primeiro semestre, bem como o choque dos preços dos combustíveis nos últimos meses, foram precificados nas expectativas para o IPCA de 2011 que, por sua vez, voltou a apresentar alta no último levantamento.
As incertezas em torno do desenrolar da crise fiscal dos países europeus e dos EUA continuam. A única novidade que se configura no horizonte de curto prazo é a aprovação do QE3, que consiste na injeção de bilhões de dólares no mercado por parte do governo norte-americano, com o intuito de estimular o consumo do país e retomar seu crescimento econômico. Contudo, caso esses recursos não sejam em grande parte direcionados para o consumidor norte-americano, poderemos enfrentar uma nova onda especulativa, com os grandes bancos direcionando os recursos em contratos de commodities, inflando as bolsas ao redor do mundo e gerando inflação. Sem crédito ao consumo e com os preços em alta o cenário recessivo da economia mundial se completará e, terá como aditivo, o endividamento ainda maior da economia norte-americana.
Referência bibliográfica
BANCO CENTRAL DO BRASIL. Nota Técnica sobre a Circular nº 2.972, de 23 de março de 2000.
__________________. Focus – Relatório de Mercado.
Disponível em: http://www4.bcb.gov.br/pec/GCI/PORT/readout/readout.asp
BOLSA DE MERCADORIAS E FUTUROS. Taxas Referenciais BM&F. Disponível em: http://www2.bmf.com.br/pages/portal/portal/boletim1/TxRef1.asp
Frisch, Felipe; Leonel, Josué. Mercado hoje: Bolsas e euro caem com desaceleração na Alemanha. Bloomberg: 16/08/2011
___________. Mercado hoje: Ações ensaiam baixa com Europa; commodities sobem. Bloomberg: 17/08/2011
___________. Mercado hoje: Bolsas caem com receio sobre economia global. Bloomberg: 18/08/2011
___________. Mercado hoje: Bolsas sobem com expectativa em alívio do Fed. Bloomberg: 22/08/2011
Leonel, Josué. Juros: DI cai com desaceleração econômica atingindo Alemanha. Bloomberg: 16/08/2011
Gibel, Bryan; Bain, Ben. Taxa do DI desaba diante de preocupações com recessão global. Bloomberg: 22/08/2011
segunda-feira, 15 de agosto de 2011
Mercado de Taxas de Juros: 15/08/2011
As expectativas de recessão da economia mundial se intensificaram na última semana e continuaram a derrubar as curvas de juros por aqui.
Na última terça-feira o Federal Reserve o banco central norte-americano, anunciou, após sua reunião de política monetária, que manterá as taxas de juros inalteradas por mais dois anos. Pesou na decisão o fato de que estamos diante de um sério risco de recessão da economia mundial com os países europeus e os EUA em dificuldades para manter a situação fiscal em ordem. Com a crise de 2008 voltando a dar sinais de que não passou, agora estes países enfrentam um sério aumento no endividamento com queda na receita tributária. Desemprego em alta e investimentos em baixa completam o cenário e formam a combinação perfeita para uma nova rodada de turbulência na economia mundial.
Nesse contexto as expectativas de taxas de juros intensificaram o movimento de queda apresentado na semana anterior – conforme gráfico a seguir:
Diante do cenário incerto os títulos pré-fixados apresentaram alta na última semana e, no acumulado dos últimos 30 dias, já apresentam um retorno mensal de 2,43% (IRF-M1+).
Abaixo a variação mensal dos preços dos títulos públicos (MtM) negociados no mercado secundário:
Confiança na economia em queda leva junto consigo as expectativas de inflação. A única exceção ficou para os próximos 12 meses cujas expectativas passaram para 5,44% (contra 5,42% da última semana). Já para 2011, o mercado espera uma alta 6,26% (contra 6,28% da semana anterior) e para 2012, 5,23% (ante 5,27%).
Os preços das commodities dão sinais de recuperação no mercado externo e isso poderá contaminar um pouco as expectativas de inflação e subir os vértices mais curtos da estrutura a termo. Contudo, a situação dos bancos europeus, principalmente na França, ainda preocupa, podendo corromper novamente os mercados e derrubar as expectativas de taxas de juros.
Diante desse cenário os papéis pré-fixados e os de curto prazo poderão ser uma boa alternativa de investimentos nos próximos dias.
Referência bibliográfica
BANCO CENTRAL DO BRASIL. Nota Técnica sobre a Circular nº 2.972, de 23 de março de 2000.
__________________. Focus – Relatório de Mercado.
Disponível em: http://www4.bcb.gov.br/pec/GCI/PORT/readout/readout.asp
BOLSA DE MERCADORIAS E FUTUROS. Taxas Referenciais BM&F. Disponível em: http://www2.bmf.com.br/pages/portal/portal/boletim1/TxRef1.asp
Campos, Eduardo. Juros derretem. Mas e o lado real da economia? São Paulo: Jornal Valor, artigo publicado em 15/08/2011.
Frisch, Felipe; Leonel, Josué. Mercado hoje: Bolsas e petróleo caem, futuros sobem antes de Fed. Bloomberg: 09/08/2011
___________. Mercado hoje: Bolsas e commodities sobem com juro baixo nos EUA. Bloomberg: 10/08/2011
___________. Mercado hoje: Bolsas e commodities ensaiam reação; dólar cai. Bloomberg: 11/08/2011
___________. Mercado hoje: Ações sobem após Europa barrar venda a descoberto. Bloomberg: 12/08/2011
___________. Mercado hoje: Sinais externos e do governo baixam DI; dólar cai. Bloomberg: 12/08/2011
___________. Mercado hoje: Bolsas ensaiam reação; iene recua e euro sobe. Bloomberg: 15/08/2011
Leonel, Josué. Juros: DI despenca com dado nos EUA e sinais de ‘solidez fiscal’. Bloomberg: 12/08/2011
___________. Juros: DI curto sobe e longo cai com Focus e mercado externo. Bloomberg: 15/08/2011
___________. Mercado hoje: Focus no Brasil e empresas nos EUA puxam bolsas. Bloomberg: 15/08/2011
Na última terça-feira o Federal Reserve o banco central norte-americano, anunciou, após sua reunião de política monetária, que manterá as taxas de juros inalteradas por mais dois anos. Pesou na decisão o fato de que estamos diante de um sério risco de recessão da economia mundial com os países europeus e os EUA em dificuldades para manter a situação fiscal em ordem. Com a crise de 2008 voltando a dar sinais de que não passou, agora estes países enfrentam um sério aumento no endividamento com queda na receita tributária. Desemprego em alta e investimentos em baixa completam o cenário e formam a combinação perfeita para uma nova rodada de turbulência na economia mundial.
Nesse contexto as expectativas de taxas de juros intensificaram o movimento de queda apresentado na semana anterior – conforme gráfico a seguir:
Diante do cenário incerto os títulos pré-fixados apresentaram alta na última semana e, no acumulado dos últimos 30 dias, já apresentam um retorno mensal de 2,43% (IRF-M1+).
Abaixo a variação mensal dos preços dos títulos públicos (MtM) negociados no mercado secundário:
Confiança na economia em queda leva junto consigo as expectativas de inflação. A única exceção ficou para os próximos 12 meses cujas expectativas passaram para 5,44% (contra 5,42% da última semana). Já para 2011, o mercado espera uma alta 6,26% (contra 6,28% da semana anterior) e para 2012, 5,23% (ante 5,27%).
Os preços das commodities dão sinais de recuperação no mercado externo e isso poderá contaminar um pouco as expectativas de inflação e subir os vértices mais curtos da estrutura a termo. Contudo, a situação dos bancos europeus, principalmente na França, ainda preocupa, podendo corromper novamente os mercados e derrubar as expectativas de taxas de juros.
Diante desse cenário os papéis pré-fixados e os de curto prazo poderão ser uma boa alternativa de investimentos nos próximos dias.
Referência bibliográfica
BANCO CENTRAL DO BRASIL. Nota Técnica sobre a Circular nº 2.972, de 23 de março de 2000.
__________________. Focus – Relatório de Mercado.
Disponível em: http://www4.bcb.gov.br/pec/GCI/PORT/readout/readout.asp
BOLSA DE MERCADORIAS E FUTUROS. Taxas Referenciais BM&F. Disponível em: http://www2.bmf.com.br/pages/portal/portal/boletim1/TxRef1.asp
Campos, Eduardo. Juros derretem. Mas e o lado real da economia? São Paulo: Jornal Valor, artigo publicado em 15/08/2011.
Frisch, Felipe; Leonel, Josué. Mercado hoje: Bolsas e petróleo caem, futuros sobem antes de Fed. Bloomberg: 09/08/2011
___________. Mercado hoje: Bolsas e commodities sobem com juro baixo nos EUA. Bloomberg: 10/08/2011
___________. Mercado hoje: Bolsas e commodities ensaiam reação; dólar cai. Bloomberg: 11/08/2011
___________. Mercado hoje: Ações sobem após Europa barrar venda a descoberto. Bloomberg: 12/08/2011
___________. Mercado hoje: Sinais externos e do governo baixam DI; dólar cai. Bloomberg: 12/08/2011
___________. Mercado hoje: Bolsas ensaiam reação; iene recua e euro sobe. Bloomberg: 15/08/2011
Leonel, Josué. Juros: DI despenca com dado nos EUA e sinais de ‘solidez fiscal’. Bloomberg: 12/08/2011
___________. Juros: DI curto sobe e longo cai com Focus e mercado externo. Bloomberg: 15/08/2011
___________. Mercado hoje: Focus no Brasil e empresas nos EUA puxam bolsas. Bloomberg: 15/08/2011
segunda-feira, 8 de agosto de 2011
Mercado de Taxas de Juros: 05/08/2011
A deterioração nas expectativas de recuperação da economia mundial levou a um pânico global e gerou uma queda generalizada em todos os vencimentos dos juros futuros.
As expectativas e posterior confirmação do corte na nota de crédito dos EUA levaram o mercado financeiro mundial a uma debandada e causando uma queda há muito não vista. Seguindo a deterioração do mercado mundial as taxas de juros sofreram uma queda significativa na última semana refletindo as perspectivas de desaquecimento da economia para os próximos meses.
Arrecadação em baixa e endividamento em alta tem levado a uma combinação fatal para a economia das nações desenvolvidas e vem sendo a causa principal da crise que vem se instalando novamente.
A possibilidade de uma recessão mundial derrubou os preços dos papéis atrelados a inflação de longo prazo (IMA-B5+) e diante das incertezas em torno do futuro da economia os papéis pré-fixados foram os que mais se beneficiaram na última semana e registraram uma alta acumulada de 1,68%.
No gráfico abaixo podemos verificar a deterioração dos Preços Unitários dos papéis atrelados a inflação de longo prazo.
Esse movimento de pânico se estendeu também nas expectativas de inflação na última semana. De acordo com o Boletim Focus as expectativas para 2011, próximos 12 meses e 2012 que passaram de, respectivamente, 6,31%, 5,40% e 5,30% na semana do dia 29 para 6,28%, 5,42% e 5,27% no último dia 05.
O movimento de deterioração nas perspectivas de crescimento da economia mundial poderá acentuar ainda mais a queda das commodities, fazendo com que as expectativas de inflação e de taxa de juros diminuam. Diante das incertezas o melhor a fazer é investir nos papéis pré-fixados de curto prazo – cujos resgates sejam inferiores a um ano.
Referência bibliográfica
BANCO CENTRAL DO BRASIL. Nota Técnica sobre a Circular nº 2.972, de 23 de março de 2000.
__________________. Focus – Relatório de Mercado.
Disponível em: http://www4.bcb.gov.br/pec/GCI/PORT/readout/readout.asp
BOLSA DE MERCADORIAS E FUTUROS. Taxas Referenciais BM&F. Disponível em: http://www2.bmf.com.br/pages/portal/portal/boletim1/TxRef1.asp
Bristow, Matthew. Mercado reduz projeções de inflação com desaceleração econômica. Bloomberg: 08/08/2011
Fuoco, Taís. Tendências: IPCA deve ter impacto favorável na curva de juros. Bloomberg: 05/08/2011
___________. Juros: Futuros recuam com IPCA de julho abaixo das estimativas. Bloomberg: 05/08/2011
Frisch, Felipe; Leonel, Josué. Mercado hoje: Bolsas caem e dólar sobe antes de dados nos EUA. Bloomberg: 02/08/2011
___________. Juros: DI recua após produção industrial abaixo do esperado. Bloomberg: 02/08/2011
___________. Mercado hoje: Dados do Brasil e dos EUA derrubam bolsa e juros. Bloomberg: 02/08/2011
___________. Mercado hoje: Ações caem e futuros sobem antes de dados EUA. Bloomberg: 03/08/2011
___________. Mercado hoje: Bolsa, juro e commodity caem com economia global. Bloomberg: 03/08/2011
___________. Mercado hoje: Japão intervém no iene; BCE e Tombini em foco. Bloomberg: 04/08/2011
___________. Mercado hoje: Bolsa e juro tombam, dólar sobe com fuga de risco. Bloomberg: 04/08/2011
___________. Mercado hoje: Bolsas caem antes de dados de emprego nos EUA. Bloomberg: 05/08/2011
___________. Mercado hoje: DI cai com IPCA; ações ensaiam alta nos EUA. Bloomberg: 05/08/2011
___________. Mercado hoje: Ouro sobe, dólar e bolsas caem após S&P cortar EUA. Bloomberg: 08/08/2011
___________. Mercado hoje: Juros e bolsas despencam após S&P rebaixar EUA. Bloomberg: 08/08/2011
Leonel, Josué. Juros: DI cai com EUA, Focus ampliando aposta em corte da Selic. Bloomberg: 08/08/2011
Leonel, Josué; Fuoco, Taís. Juros: DI cai com otimismo de Tombini e deterioração no exterior. Bloomberg: 04/08/2011
___________. Juros: DI cai com inflação a receio de desaceleração global. Bloomberg: 05/08/2011
Ye Xie e André Soliani. Operadores revertem aposta e veem 1ª queda da Selic em dois anos. Bloomberg: 05/08/2011
As expectativas e posterior confirmação do corte na nota de crédito dos EUA levaram o mercado financeiro mundial a uma debandada e causando uma queda há muito não vista. Seguindo a deterioração do mercado mundial as taxas de juros sofreram uma queda significativa na última semana refletindo as perspectivas de desaquecimento da economia para os próximos meses.
Arrecadação em baixa e endividamento em alta tem levado a uma combinação fatal para a economia das nações desenvolvidas e vem sendo a causa principal da crise que vem se instalando novamente.
A possibilidade de uma recessão mundial derrubou os preços dos papéis atrelados a inflação de longo prazo (IMA-B5+) e diante das incertezas em torno do futuro da economia os papéis pré-fixados foram os que mais se beneficiaram na última semana e registraram uma alta acumulada de 1,68%.
No gráfico abaixo podemos verificar a deterioração dos Preços Unitários dos papéis atrelados a inflação de longo prazo.
Esse movimento de pânico se estendeu também nas expectativas de inflação na última semana. De acordo com o Boletim Focus as expectativas para 2011, próximos 12 meses e 2012 que passaram de, respectivamente, 6,31%, 5,40% e 5,30% na semana do dia 29 para 6,28%, 5,42% e 5,27% no último dia 05.
O movimento de deterioração nas perspectivas de crescimento da economia mundial poderá acentuar ainda mais a queda das commodities, fazendo com que as expectativas de inflação e de taxa de juros diminuam. Diante das incertezas o melhor a fazer é investir nos papéis pré-fixados de curto prazo – cujos resgates sejam inferiores a um ano.
Referência bibliográfica
BANCO CENTRAL DO BRASIL. Nota Técnica sobre a Circular nº 2.972, de 23 de março de 2000.
__________________. Focus – Relatório de Mercado.
Disponível em: http://www4.bcb.gov.br/pec/GCI/PORT/readout/readout.asp
BOLSA DE MERCADORIAS E FUTUROS. Taxas Referenciais BM&F. Disponível em: http://www2.bmf.com.br/pages/portal/portal/boletim1/TxRef1.asp
Bristow, Matthew. Mercado reduz projeções de inflação com desaceleração econômica. Bloomberg: 08/08/2011
Fuoco, Taís. Tendências: IPCA deve ter impacto favorável na curva de juros. Bloomberg: 05/08/2011
___________. Juros: Futuros recuam com IPCA de julho abaixo das estimativas. Bloomberg: 05/08/2011
Frisch, Felipe; Leonel, Josué. Mercado hoje: Bolsas caem e dólar sobe antes de dados nos EUA. Bloomberg: 02/08/2011
___________. Juros: DI recua após produção industrial abaixo do esperado. Bloomberg: 02/08/2011
___________. Mercado hoje: Dados do Brasil e dos EUA derrubam bolsa e juros. Bloomberg: 02/08/2011
___________. Mercado hoje: Ações caem e futuros sobem antes de dados EUA. Bloomberg: 03/08/2011
___________. Mercado hoje: Bolsa, juro e commodity caem com economia global. Bloomberg: 03/08/2011
___________. Mercado hoje: Japão intervém no iene; BCE e Tombini em foco. Bloomberg: 04/08/2011
___________. Mercado hoje: Bolsa e juro tombam, dólar sobe com fuga de risco. Bloomberg: 04/08/2011
___________. Mercado hoje: Bolsas caem antes de dados de emprego nos EUA. Bloomberg: 05/08/2011
___________. Mercado hoje: DI cai com IPCA; ações ensaiam alta nos EUA. Bloomberg: 05/08/2011
___________. Mercado hoje: Ouro sobe, dólar e bolsas caem após S&P cortar EUA. Bloomberg: 08/08/2011
___________. Mercado hoje: Juros e bolsas despencam após S&P rebaixar EUA. Bloomberg: 08/08/2011
Leonel, Josué. Juros: DI cai com EUA, Focus ampliando aposta em corte da Selic. Bloomberg: 08/08/2011
Leonel, Josué; Fuoco, Taís. Juros: DI cai com otimismo de Tombini e deterioração no exterior. Bloomberg: 04/08/2011
___________. Juros: DI cai com inflação a receio de desaceleração global. Bloomberg: 05/08/2011
Ye Xie e André Soliani. Operadores revertem aposta e veem 1ª queda da Selic em dois anos. Bloomberg: 05/08/2011
sábado, 6 de agosto de 2011
Análise do IPCA do mês de julho de 2011
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de julho sofreu uma pequena aceleração em relação ao mês de junho e registrou uma alta de 0,16% - ante 0,15% do mês anterior. A aceleração também foi notável ao comparar o resultado com mesmo período de 2010 (0,01%). No acumulado em 12 meses a alta já chega a 6,87% - 0,37 p.p. acima do teto máximo estabelecido como meta pelo Banco Central que é de 6,50%.
Destaques de alta
Os destaques de alta do IPCA no mês de junho foram os itens transportes, despesas, saúde e cuidados pessoais.
Ao contrário do mês de junho o item transportes voltou a ser o grande vilão da alta no mês ao impactar em 0,09 p.p. sobre o IPCA de julho. Sua alta se deve a elevação dos preços dos combustíveis que passaram de uma queda de 4,25% no mês de junho para uma alta de 0,47% em julho. Contribuíram para a alta dos combustíveis o etanol que passou de uma forte queda de 8,84% no mês de junho para uma significativa alta de 4,01% em julho, e o litro da gasolina que registrou uma alta de 0,15% em julho - contra uma queda de 3,94% no mês anterior.
Segundo o IBGE:
“O grupo teve, ainda, a contribuição do aumento das tarifas dos ônibus interestaduais (de 0,55% em junho para 5,80% em julho) tendo em vista o reajuste médio de 5,00% vigente a partir do dia primeiro de julho. Houve influência, também, de aumentos nos itens conserto de automóveis (de 0,95% para 1,52%), pedágio (de 0,00% para 4,62%), além das passagens aéreas (de 12,83% para 3,20%), que, mesmo com desaceleração, permaneceram em alta”.
Despesas, Saúde e Cuidados Pessoais sofreram o impacto do aumento no pagamento dos salários dos empregados domésticos que sofreu a variação 1,26% no mês de julho e impactou em 0,05 p.p. sobre o IPCA – sendo o item que provocou o maior impacto individual no índice do mês.
Perderam intensidade de alta no grupo os serviços de cabeleireiro (de 1,09% em junho para -1,10% em julho) e os serviços bancários (de 4,40% para 0,03%).
Destaques de baixa
Já os destaques de baixa ficaram com os itens alimentação e bebidas, comunicação e artigos de residência.
O tomate (-15,32%) e as carnes (-1,12%) foram os itens que mais pressionaram para a queda do item alimentação no mês de julho (-0,34%).
Comunicação e artigos de residência não sofreram variação em relação ao mês de junho.
Conclusão
Com o agravamento da crise fiscal nos EUA e Europa os preços das commodities intensificaram o movimento de queda e isso poderá levar a uma desaceleração nos preços aqui no país.
A crise lá fora poderá também impactar na nossa economia através do esgotamento no crédito para nossas empresas o que poderá gerar um cenário recessivo – com aumento no desemprego e queda no consumo - no país e contribuir ainda mais para a queda da inflação nos próximos meses.
Portanto, ao contrário do cenário econômico, as perspectivas para os preços nos próximos meses são favoráveis.
Resta-nos agora torcer para que o governo brasileiro consiga agir a tempo para combater os efeitos dessa crise que, com certeza, afetará nosso país.
Fontes de referência
ABITT. Site: http://www.abit.org.br/site/navegacao.asp?id_menu=21&IDIOMA=PT
BANCO CENTRAL DO BRASIL. Focus – Relatório de Mercado.
Disponível em: http://www4.bcb.gov.br/pec/GCI/PORT/readout/readout.asp
BLANCHARD, Olivier. Macroeconomia. São Paulo: Pearson Education, 2004, 3ª edição.
CARVALHO, Fernando J. Cardim de; [et al.] Economia monetária e financeira: teoria e prática. Rio de Janeiro: Elsevier, 2000 – 9ª reimpressão.
CONAB.
DORNBUSCH, Rudiger, FISCHER, Stanley. Macroeconomia. São Paulo: Makron, McGraw-Hill, 1991.
IBGE. Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - IPCA e Índice Nacional de Preços ao Consumidor – INPC. Disponível em: http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/precos/inpc_ipca/defaultinpc.shtm
KEYNES, John Maynard. A teoria geral do emprego, do juro e da moeda. Tradução de Mário R. da Cruz; revisão técnica de Claudio Roberto Contador. – São Paulo: Atlas, 1982.
MANKIW, Gregory. Macroeconomia. 5ª edição. Rio de Janeiro: LTC, 2004.
Destaques de alta
Os destaques de alta do IPCA no mês de junho foram os itens transportes, despesas, saúde e cuidados pessoais.
Ao contrário do mês de junho o item transportes voltou a ser o grande vilão da alta no mês ao impactar em 0,09 p.p. sobre o IPCA de julho. Sua alta se deve a elevação dos preços dos combustíveis que passaram de uma queda de 4,25% no mês de junho para uma alta de 0,47% em julho. Contribuíram para a alta dos combustíveis o etanol que passou de uma forte queda de 8,84% no mês de junho para uma significativa alta de 4,01% em julho, e o litro da gasolina que registrou uma alta de 0,15% em julho - contra uma queda de 3,94% no mês anterior.
Segundo o IBGE:
“O grupo teve, ainda, a contribuição do aumento das tarifas dos ônibus interestaduais (de 0,55% em junho para 5,80% em julho) tendo em vista o reajuste médio de 5,00% vigente a partir do dia primeiro de julho. Houve influência, também, de aumentos nos itens conserto de automóveis (de 0,95% para 1,52%), pedágio (de 0,00% para 4,62%), além das passagens aéreas (de 12,83% para 3,20%), que, mesmo com desaceleração, permaneceram em alta”.
Despesas, Saúde e Cuidados Pessoais sofreram o impacto do aumento no pagamento dos salários dos empregados domésticos que sofreu a variação 1,26% no mês de julho e impactou em 0,05 p.p. sobre o IPCA – sendo o item que provocou o maior impacto individual no índice do mês.
Perderam intensidade de alta no grupo os serviços de cabeleireiro (de 1,09% em junho para -1,10% em julho) e os serviços bancários (de 4,40% para 0,03%).
Destaques de baixa
Já os destaques de baixa ficaram com os itens alimentação e bebidas, comunicação e artigos de residência.
O tomate (-15,32%) e as carnes (-1,12%) foram os itens que mais pressionaram para a queda do item alimentação no mês de julho (-0,34%).
Comunicação e artigos de residência não sofreram variação em relação ao mês de junho.
Conclusão
Com o agravamento da crise fiscal nos EUA e Europa os preços das commodities intensificaram o movimento de queda e isso poderá levar a uma desaceleração nos preços aqui no país.
A crise lá fora poderá também impactar na nossa economia através do esgotamento no crédito para nossas empresas o que poderá gerar um cenário recessivo – com aumento no desemprego e queda no consumo - no país e contribuir ainda mais para a queda da inflação nos próximos meses.
Portanto, ao contrário do cenário econômico, as perspectivas para os preços nos próximos meses são favoráveis.
Resta-nos agora torcer para que o governo brasileiro consiga agir a tempo para combater os efeitos dessa crise que, com certeza, afetará nosso país.
Fontes de referência
ABITT. Site: http://www.abit.org.br/site/navegacao.asp?id_menu=21&IDIOMA=PT
BANCO CENTRAL DO BRASIL. Focus – Relatório de Mercado.
Disponível em: http://www4.bcb.gov.br/pec/GCI/PORT/readout/readout.asp
BLANCHARD, Olivier. Macroeconomia. São Paulo: Pearson Education, 2004, 3ª edição.
CARVALHO, Fernando J. Cardim de; [et al.] Economia monetária e financeira: teoria e prática. Rio de Janeiro: Elsevier, 2000 – 9ª reimpressão.
CONAB.
DORNBUSCH, Rudiger, FISCHER, Stanley. Macroeconomia. São Paulo: Makron, McGraw-Hill, 1991.
IBGE. Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - IPCA e Índice Nacional de Preços ao Consumidor – INPC. Disponível em: http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/precos/inpc_ipca/defaultinpc.shtm
KEYNES, John Maynard. A teoria geral do emprego, do juro e da moeda. Tradução de Mário R. da Cruz; revisão técnica de Claudio Roberto Contador. – São Paulo: Atlas, 1982.
MANKIW, Gregory. Macroeconomia. 5ª edição. Rio de Janeiro: LTC, 2004.
segunda-feira, 1 de agosto de 2011
Mercado de Taxas de Juros: 29/07/2011
Índice de confiança do consumidor brasileiro, impasse no Congresso norte-americano para elevar o teto da dívida do país, Ata do Copom, PIB dos EUA – não faltaram eventos para agitar o mercado de renda fixa na última semana!
A estrutura a termo de taxa de juros brasileira apresentou um recuo nos vértices curtos por conta da sinalização do Banco Central brasileiro de que o fim do aperto monetário está próximo de terminar. Para ajudar também tivemos a divulgação do Produto Interno Bruto dos EUA, abaixo das expectativas do mercado, e o impasse no Congresso norte-americano para a aprovação do aumento no teto da dívida do país que reascendeu os receios de um novo desaquecimento na economia mundial.
A mesma Ata do Copom que levou a queda dos vértices curtos foi também responsável pela alta nos vértices longos. O motivo dessa alta foi a piora nas expectativas de inflação diante do risco embutido no fim do ciclo de aperto monetário. O mercado entende que ainda há espaço para maiores altas e que com a interrupção do aperto poderemos ter um novo repique nos preços internos.
Diante dessa piora nas expectativas de inflação de longo prazo podemos verificar no gráfico abaixo o desempenho dos principais indicadores de renda fixa na última semana. Os papéis atrelados ao IPCA com prazos de vencimentos superiores a 05 anos (IMA-B 5+) voltaram a reagir. Contudo, no acumulado dos últimos 30 dias o IMA-B5, que reflete a performance dos papéis atrelados a inflação com vencimentos inferiores a 05 anos, continua sendo o destaque ao registrar alta de 1,22%.
Abaixo a variação mensal dos Preços Unitários dos títulos públicos negociados no mercado secundário:
O Boletim Focus divulgado pelo Banco Central na manhã desta segunda-feira apontou para uma piora nas expectativas de inflação para 2012 que passaram de 5,28 para 5,30% na última semana. Para 2011 e próximos 12 meses as expectativas permaneceram as mesmas, respectivamente, 6,31 e 5,40%.
Dados de emprego, rendimento, indústria e crédito nos EUA juntamente com o Índice PMI da China trarão impacto direto nas expectativas do crescimento econômico mundial e ditarão o comportamento das taxas de juros nesta semana. Caso esses indicadores venham piores do que as estimativas do mercado as taxas sofrerão um repique de baixa.
Referência bibliográfica
BANCO CENTRAL DO BRASIL. Nota Técnica sobre a Circular nº 2.972, de 23 de março de 2000.
__________________. Focus – Relatório de Mercado.
Disponível em: http://www4.bcb.gov.br/pec/GCI/PORT/readout/readout.asp
BOLSA DE MERCADORIAS E FUTUROS. Taxas Referenciais BM&F. Disponível em: http://www2.bmf.com.br/pages/portal/portal/boletim1/TxRef1.asp
Frisch, Felipe. Juros: DI sobe com Focus e risco de ‘briga com inflação’ em 2012. Bloomberg: 25/07/2011
___________. Juros: DI cai por receio de recessão global com impasse nos EUA. Bloomberg: 26/07/2011
___________. Juros: DI sobe com risco de medida cambial impactar a inflação. Bloomberg: 27/07/2011
___________. Juros: DI cai após Ata do Copom sinalizar fim de ciclo de alta. Bloomberg: 28/07/2011
___________. Juros: DI curto recua com discurso do BC; Focus sustenta longo. Bloomberg: 01/08/2011
Fuoco, Taís. Gradual: Ata dá ‘sinal claro’ de que aperto chegou ao fim. Bloomberg: 28/07/2011
Frisch, Felipe; Leonel, Josué. Mercado hoje: Bolsas externas sobem com acordo da dívida nos EUA. Bloomberg: 01/08/2011
Marotto, Telma; Frisch, Felipe. Mercado hoje: Bolsas e dólar caem com receio por inflação e EUA. Bloomberg: 25/07/2011
___________. Mercado hoje: Títulos dos EUA e dólar caem com falta de acordo. Bloomberg: 25/07/2011
___________. Mercado hoje: Bolsas caem por receio de recessão global com EUA. Bloomberg: 26/07/2011
___________. Mercado hoje: Bolsas européias e dólar recuam sem acordo nos EUA. Bloomberg: 27/07/2011
___________. Mercado hoje: Ações na Ásia e Europa caem sem acordo nos EUA. Bloomberg: 28/07/2011
___________. Mercado hoje: Bolsas caem com votação da dívida dos EUA adiada. Bloomberg: 29/07/2011
A estrutura a termo de taxa de juros brasileira apresentou um recuo nos vértices curtos por conta da sinalização do Banco Central brasileiro de que o fim do aperto monetário está próximo de terminar. Para ajudar também tivemos a divulgação do Produto Interno Bruto dos EUA, abaixo das expectativas do mercado, e o impasse no Congresso norte-americano para a aprovação do aumento no teto da dívida do país que reascendeu os receios de um novo desaquecimento na economia mundial.
A mesma Ata do Copom que levou a queda dos vértices curtos foi também responsável pela alta nos vértices longos. O motivo dessa alta foi a piora nas expectativas de inflação diante do risco embutido no fim do ciclo de aperto monetário. O mercado entende que ainda há espaço para maiores altas e que com a interrupção do aperto poderemos ter um novo repique nos preços internos.
Diante dessa piora nas expectativas de inflação de longo prazo podemos verificar no gráfico abaixo o desempenho dos principais indicadores de renda fixa na última semana. Os papéis atrelados ao IPCA com prazos de vencimentos superiores a 05 anos (IMA-B 5+) voltaram a reagir. Contudo, no acumulado dos últimos 30 dias o IMA-B5, que reflete a performance dos papéis atrelados a inflação com vencimentos inferiores a 05 anos, continua sendo o destaque ao registrar alta de 1,22%.
Abaixo a variação mensal dos Preços Unitários dos títulos públicos negociados no mercado secundário:
O Boletim Focus divulgado pelo Banco Central na manhã desta segunda-feira apontou para uma piora nas expectativas de inflação para 2012 que passaram de 5,28 para 5,30% na última semana. Para 2011 e próximos 12 meses as expectativas permaneceram as mesmas, respectivamente, 6,31 e 5,40%.
Dados de emprego, rendimento, indústria e crédito nos EUA juntamente com o Índice PMI da China trarão impacto direto nas expectativas do crescimento econômico mundial e ditarão o comportamento das taxas de juros nesta semana. Caso esses indicadores venham piores do que as estimativas do mercado as taxas sofrerão um repique de baixa.
Referência bibliográfica
BANCO CENTRAL DO BRASIL. Nota Técnica sobre a Circular nº 2.972, de 23 de março de 2000.
__________________. Focus – Relatório de Mercado.
Disponível em: http://www4.bcb.gov.br/pec/GCI/PORT/readout/readout.asp
BOLSA DE MERCADORIAS E FUTUROS. Taxas Referenciais BM&F. Disponível em: http://www2.bmf.com.br/pages/portal/portal/boletim1/TxRef1.asp
Frisch, Felipe. Juros: DI sobe com Focus e risco de ‘briga com inflação’ em 2012. Bloomberg: 25/07/2011
___________. Juros: DI cai por receio de recessão global com impasse nos EUA. Bloomberg: 26/07/2011
___________. Juros: DI sobe com risco de medida cambial impactar a inflação. Bloomberg: 27/07/2011
___________. Juros: DI cai após Ata do Copom sinalizar fim de ciclo de alta. Bloomberg: 28/07/2011
___________. Juros: DI curto recua com discurso do BC; Focus sustenta longo. Bloomberg: 01/08/2011
Fuoco, Taís. Gradual: Ata dá ‘sinal claro’ de que aperto chegou ao fim. Bloomberg: 28/07/2011
Frisch, Felipe; Leonel, Josué. Mercado hoje: Bolsas externas sobem com acordo da dívida nos EUA. Bloomberg: 01/08/2011
Marotto, Telma; Frisch, Felipe. Mercado hoje: Bolsas e dólar caem com receio por inflação e EUA. Bloomberg: 25/07/2011
___________. Mercado hoje: Títulos dos EUA e dólar caem com falta de acordo. Bloomberg: 25/07/2011
___________. Mercado hoje: Bolsas caem por receio de recessão global com EUA. Bloomberg: 26/07/2011
___________. Mercado hoje: Bolsas européias e dólar recuam sem acordo nos EUA. Bloomberg: 27/07/2011
___________. Mercado hoje: Ações na Ásia e Europa caem sem acordo nos EUA. Bloomberg: 28/07/2011
___________. Mercado hoje: Bolsas caem com votação da dívida dos EUA adiada. Bloomberg: 29/07/2011
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