Dados de emprego, produção industrial e de preços no Brasil já começam a mostrar que a economia brasileira dá sinais de desaceleração.
Em virtude dessa piora no cenário doméstico, e também ajudado pela queda do dólar, o mercado de taxa de juros recuou novamente na última semana, fazendo com que as taxas fechassem ainda mais em praticamente todos os vértices.
Conforme o post publicado no último dia 27, o mercado de trabalho já vem dando sinais de desaquecimento o que permitirá o arrefecimento dos preços via queda do consumo. Menor pressão nos preços, mais espaço para queda nas taxas de juros. Com a expectativa de queda no juros, as taxas das NTN-Bs também seguiram o mesmo movimento e fecharam ainda mais na última semana.
O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) de outubro, divulgado nesta sexta-feira, confirma o movimento de queda nos preços já sinalizado nas últimas semanas. Além disso, dados divulgados pela CNI também nos dão uma ideia de que, com excesso de estoques e aumento na capacidade instalada na indústria, haverá uma folga para atender um possível aumento na demanda com a retomada do nível atividade, sem que tenhamos pressões nos preços.
Podemos, portanto, verificar no gráfico abaixo que a inflação implícita manteve-se praticamente estável na última semana. Apenas os vértices mais curtos, influenciados pela melhora nas expectativas em torno do cenário externo, registraram um aumento pontual no período.
As expectativas de inflação apresentadas na pesquisa Focus, na última semana, continuaram desacelerando. Para os próximos 12 meses, as projeções ficaram em 5,62% (contra os 5,64% da pesquisa do dia 21). Para 2012, espera-se agora uma alta de 5,59% - ante os 5,60% da pesquisa anterior.
Já para 2011 as projeções continuaram em 6,50%, portanto, ainda dentro do limite superior da meta de inflação.
Com o feriado no meio da semana e uma agenda econômica doméstica fraca, o mercado será ditado pelo desenrolar da crise europeia, decisão do Fomc e por dados de emprego e produção nos EUA. O cenário é de continuidade de queda nos juros devido aos sinais cada vez mais evidentes de desaquecimento do nível de atividade no Brasil.
Referência bibliográfica
ANDIMA. Estrutura a Termo das Taxas de Juros Estimada. Disponível em: http://www.andima.com.br/est_termo/Curva_Zero.asp
BANCO CENTRAL DO BRASIL. Nota Técnica sobre a Circular nº 2.972, de 23 de março de 2000.
__________________. Focus – Relatório de Mercado.
Disponível em: http://www4.bcb.gov.br/pec/GCI/PORT/readout/readout.asp
BOLSA DE MERCADORIAS E FUTUROS. Taxas Referenciais BM&F. Disponível em: http://www2.bmf.com.br/pages/portal/portal/boletim1/TxRef1.asp
O Econocratum nasceu da vontade de olhar o mercado financeiro além dos números, conectando análise econômica com reflexão crítica. Aqui compartilho insights sobre investimentos, política econômica e o papel do capital na sociedade, sempre buscando traduzir o complexo de forma acessível. Mais do que acompanhar indicadores, a proposta é entender causas, impactos e contradições. Se você busca conteúdo que une técnica, questionamento e contexto, este espaço é pra você.
segunda-feira, 31 de outubro de 2011
quinta-feira, 27 de outubro de 2011
Análise de Conjuntura: Emprego no Brasil – Setembro/2011
A taxa de desemprego no mês de setembro ficou em 6,0%, a exemplo dos outros meses, é a menor para o mês desde o início da série. O resultado ficou estável pelo terceiro mês consecutivo, mas foi 0,2 ponto base inferior ao verificado em setembro de 2010.
Entretanto, podemos verificar que o mercado de trabalho já começa a sentir os efeitos da crise externa, pois, embora declinantes, as taxas começam a dar sinais de desaceleração no movimento de queda.
Das seis regiões pesquisadas, os destaques positivos foram as cidades de Recife, São Paulo e Porto Alegre. A taxa de desocupação nestas cidades apresentou, conforme tabela a seguir, respectivamente, um recuo de 0,30, 0,20 E 0,40 ponto percentual em relação ao mês de agosto.
Em relação ao contingente de pessoas ocupadas, o número de pessoas ocupadas em Serviços Prestados à Empresa, Aluguéis, Atividades Imobiliárias e Intermediação Financeira foi o que obteve o maior ganho de participação em relação ao ano anterior sobre a população total ocupada apurada pelo IBGE. Com uma alta de 0,52% o grupo passou a representar 16,12% do número total de pessoas ocupadas. Por outro lado, os Serviços Domésticos foi o grupo que mais perdeu espaço no último ano e, hoje, representa cerca de 6,84% - queda de 0,31% em relação a 2010.
O gráfico abaixo apresenta a evolução na participação de cada grupo de atividade sobre o número total de pessoas ocupadas no Brasil nos últimos 05 anos.
Os efeitos da crise externa e das medidas contracionistas iniciadas no final do ano passado já começam a surtir efeito sobre o mercado de trabalho. O recente aumento nos preços, queda no crédito e deterioração do cenário externo teve impacto no consumo e, como conseqüência, na produção industrial do país.
Dados recentes já demonstram um aumento nos estoques das fábricas e apontam a uma piora nas expectativas da indústria para os próximos meses. Setores, como o de indústria de máquinas, já sinalizam para um quadro de demissões já nos próximos meses.
Devido a sazonalidade, poderemos ter até o final do ano uma queda, ainda que discreta, na taxa de desemprego no país. Porém, a depender do desenrolar da crise européia e das ações do governo para reativar a atividade da economia; o cenário do emprego para o próximo ano, ao contrário do ocorrido neste ano, não é dos mais promissores.
Fontes de referência
IBGE. Indicadores IBGE: Pesquisa Mensal de Emprego - Setembro 2011. Rio de Janeiro: Pesquisa Mensal de Emprego, out. de 2011.
______. Dados PME. Rio de Janeiro: Pesquisa Mensal de Emprego, out. de 2011.
Entretanto, podemos verificar que o mercado de trabalho já começa a sentir os efeitos da crise externa, pois, embora declinantes, as taxas começam a dar sinais de desaceleração no movimento de queda.
Das seis regiões pesquisadas, os destaques positivos foram as cidades de Recife, São Paulo e Porto Alegre. A taxa de desocupação nestas cidades apresentou, conforme tabela a seguir, respectivamente, um recuo de 0,30, 0,20 E 0,40 ponto percentual em relação ao mês de agosto.
Em relação ao contingente de pessoas ocupadas, o número de pessoas ocupadas em Serviços Prestados à Empresa, Aluguéis, Atividades Imobiliárias e Intermediação Financeira foi o que obteve o maior ganho de participação em relação ao ano anterior sobre a população total ocupada apurada pelo IBGE. Com uma alta de 0,52% o grupo passou a representar 16,12% do número total de pessoas ocupadas. Por outro lado, os Serviços Domésticos foi o grupo que mais perdeu espaço no último ano e, hoje, representa cerca de 6,84% - queda de 0,31% em relação a 2010.
O gráfico abaixo apresenta a evolução na participação de cada grupo de atividade sobre o número total de pessoas ocupadas no Brasil nos últimos 05 anos.
Os efeitos da crise externa e das medidas contracionistas iniciadas no final do ano passado já começam a surtir efeito sobre o mercado de trabalho. O recente aumento nos preços, queda no crédito e deterioração do cenário externo teve impacto no consumo e, como conseqüência, na produção industrial do país.
Dados recentes já demonstram um aumento nos estoques das fábricas e apontam a uma piora nas expectativas da indústria para os próximos meses. Setores, como o de indústria de máquinas, já sinalizam para um quadro de demissões já nos próximos meses.
Devido a sazonalidade, poderemos ter até o final do ano uma queda, ainda que discreta, na taxa de desemprego no país. Porém, a depender do desenrolar da crise européia e das ações do governo para reativar a atividade da economia; o cenário do emprego para o próximo ano, ao contrário do ocorrido neste ano, não é dos mais promissores.
Fontes de referência
IBGE. Indicadores IBGE: Pesquisa Mensal de Emprego - Setembro 2011. Rio de Janeiro: Pesquisa Mensal de Emprego, out. de 2011.
______. Dados PME. Rio de Janeiro: Pesquisa Mensal de Emprego, out. de 2011.
segunda-feira, 24 de outubro de 2011
Mercado de Taxas de Juros: 21/10/2011
A semana que passou foi marcada pela reunião do Comitê de Política Monetária do Banco Central (COPOM) em que foi definida a meta de 11,50% da taxa Selic. Mesmo com o corte da Selic e com indicadores de inflação dando sinais de desaceleração, os vértices mais longos não deram sinais de fecharem e, em alguns vencimentos, chegaram até a abrir. O motivo da alta foi o comunicado hawkish do colegiado feito após a reunião de Política Monetária. A autoridade monetária demonstrou preocupações acerca do cumprimento da meta de inflação e sinalizou que irá conter o afrouxamento iniciado nos últimos meses.
Abrindo os juros, abrem as taxas das NTN-Bs. A última semana foi favorável para aquisição destes títulos, pois, com taxas maiores, menores os valores de compra (leia-se, Preços Unitários ou PU). Contudo, dados recentes de inflação divulgados na quinta-feira apontam para uma desaceleração dos preços em nossa economia, o que poderá fazer com que as taxas fechem ao longo desta semana.
A inflação implícita sofreu uma melhora significativa na última semana e - conforme dito acima - poderá levar a um movimento de queda nas taxas das NTN e das curvas de juros futuros.
As expectativas de inflação apresentadas na pesquisa Focus, na última semana, começaram a dar sinais de desaceleração. Para os próximos 12 meses, as projeções ficaram em 5,64% (contra os 5,68% da pesquisa do dia 14). Para 2012, o mercado reduziu pela primeira vez, após 08 semanas de alta, as expectativas para os preços. Espera-se agora uma alta de 5,60% - ante os 5,61% da pesquisa anterior. Destaque mesmo ficou para as expectativas de 2011 que ficaram em 6,50%, ou seja, dentro do limite superior da meta de inflação.
Dados de emprego, preços e ata do Copom no Brasil, desenrolar da crise na Europa e dados do setor imobiliário e PIB nos Estados Unidos ditarão os negócios na próxima semana. Acredito que, com exceção dos dados de inflação e Europa, os resultados não sejam tão animadores e possibilitem que as taxas de juros e das NTN fechem mais nesta semana -, a exemplo do que vem ocorrendo com a inflação implícita nas últimas semanas.
Referência bibliográfica
ANDIMA. Estrutura a Termo das Taxas de Juros Estimada. Disponível em: http://www.andima.com.br/est_termo/Curva_Zero.asp
BANCO CENTRAL DO BRASIL. Nota Técnica sobre a Circular nº 2.972, de 23 de março de 2000.
__________________. Focus – Relatório de Mercado.
Disponível em: http://www4.bcb.gov.br/pec/GCI/PORT/readout/readout.asp
BOLSA DE MERCADORIAS E FUTUROS. Taxas Referenciais BM&F. Disponível em: http://www2.bmf.com.br/pages/portal/portal/boletim1/TxRef1.asp
Abrindo os juros, abrem as taxas das NTN-Bs. A última semana foi favorável para aquisição destes títulos, pois, com taxas maiores, menores os valores de compra (leia-se, Preços Unitários ou PU). Contudo, dados recentes de inflação divulgados na quinta-feira apontam para uma desaceleração dos preços em nossa economia, o que poderá fazer com que as taxas fechem ao longo desta semana.
A inflação implícita sofreu uma melhora significativa na última semana e - conforme dito acima - poderá levar a um movimento de queda nas taxas das NTN e das curvas de juros futuros.
As expectativas de inflação apresentadas na pesquisa Focus, na última semana, começaram a dar sinais de desaceleração. Para os próximos 12 meses, as projeções ficaram em 5,64% (contra os 5,68% da pesquisa do dia 14). Para 2012, o mercado reduziu pela primeira vez, após 08 semanas de alta, as expectativas para os preços. Espera-se agora uma alta de 5,60% - ante os 5,61% da pesquisa anterior. Destaque mesmo ficou para as expectativas de 2011 que ficaram em 6,50%, ou seja, dentro do limite superior da meta de inflação.
Dados de emprego, preços e ata do Copom no Brasil, desenrolar da crise na Europa e dados do setor imobiliário e PIB nos Estados Unidos ditarão os negócios na próxima semana. Acredito que, com exceção dos dados de inflação e Europa, os resultados não sejam tão animadores e possibilitem que as taxas de juros e das NTN fechem mais nesta semana -, a exemplo do que vem ocorrendo com a inflação implícita nas últimas semanas.
Referência bibliográfica
ANDIMA. Estrutura a Termo das Taxas de Juros Estimada. Disponível em: http://www.andima.com.br/est_termo/Curva_Zero.asp
BANCO CENTRAL DO BRASIL. Nota Técnica sobre a Circular nº 2.972, de 23 de março de 2000.
__________________. Focus – Relatório de Mercado.
Disponível em: http://www4.bcb.gov.br/pec/GCI/PORT/readout/readout.asp
BOLSA DE MERCADORIAS E FUTUROS. Taxas Referenciais BM&F. Disponível em: http://www2.bmf.com.br/pages/portal/portal/boletim1/TxRef1.asp
segunda-feira, 17 de outubro de 2011
Mercado de Taxas de Juros: 14/10/2011
Na última semana, a situação externa deu sinais de melhora com os investidores apostando numa possível solução para a crise européia após o encontro dos ministros e presidentes dos bancos centrais do G-20, em Paris. Uma possível retomada da economia européia e mundial puxará, devido ao aumento da demanda, os preços das commodities e causará uma pressão sobre a inflação mundial. Diante disso, seguindo o movimento já iniciado na semana anterior, podemos verificar que a estrutura a termo de taxa de juros abriu ainda mais na última semana.
Os juros das NTN-Bs, nos vértices mais curtos, já começam a acompanhar o comportamento dos juros futuros. Contudo, nos vértices mais longos, a possibilidade de que o maior aperto monetário, apontado nos vértices curtos, virá conter a inflação fez com que as taxas fechassem ao longo da última semana, sinalizando, assim, para um possível afrouxamento na política monetária no longo prazo.
A inflação implícita teve uma pequena melhora na última semana e já começa a indicar que os preços virão convergir, novamente, para os limites da meta oficial (abaixo de 6,50%).
As expectativas de inflação apresentadas na pesquisa Focus pouco se alteraram na última semana. Para os próximos 12 meses, as expectativas continuaram mantendo, ainda que discretamente, a trajetória de queda e ficaram em 5,68% (contra 5,69% da pesquisa do dia 07). Contudo, para 2012, o mercado continua aumentando suas projeções para os preços e espera que feche o próximo em 5,61% (contra 5,59% verificados na pesquisa anterior).
Copom, dados de inflação do Brasil e o desenrolar da crise externa ditarão os juros futuros na próxima semana. Acredito que, diante dos resultados a serem divulgados, poderemos ter mais uma semana de alta nas taxas de juros futuros.
Referência bibliográfica
ANDIMA. Estrutura a Termo das Taxas de Juros Estimada. Disponível em: http://www.andima.com.br/est_termo/Curva_Zero.asp
BANCO CENTRAL DO BRASIL. Nota Técnica sobre a Circular nº 2.972, de 23 de março de 2000.
__________________. Focus – Relatório de Mercado.
Disponível em: http://www4.bcb.gov.br/pec/GCI/PORT/readout/readout.asp
BOLSA DE MERCADORIAS E FUTUROS. Taxas Referenciais BM&F. Disponível em: http://www2.bmf.com.br/pages/portal/portal/boletim1/TxRef1.asp
CUTAIT, Beatriz. Atrelados ao mercado americano, juros futuros fecham em alta. Jornal Valor, 14/10/2011.
Os juros das NTN-Bs, nos vértices mais curtos, já começam a acompanhar o comportamento dos juros futuros. Contudo, nos vértices mais longos, a possibilidade de que o maior aperto monetário, apontado nos vértices curtos, virá conter a inflação fez com que as taxas fechassem ao longo da última semana, sinalizando, assim, para um possível afrouxamento na política monetária no longo prazo.
A inflação implícita teve uma pequena melhora na última semana e já começa a indicar que os preços virão convergir, novamente, para os limites da meta oficial (abaixo de 6,50%).
As expectativas de inflação apresentadas na pesquisa Focus pouco se alteraram na última semana. Para os próximos 12 meses, as expectativas continuaram mantendo, ainda que discretamente, a trajetória de queda e ficaram em 5,68% (contra 5,69% da pesquisa do dia 07). Contudo, para 2012, o mercado continua aumentando suas projeções para os preços e espera que feche o próximo em 5,61% (contra 5,59% verificados na pesquisa anterior).
Copom, dados de inflação do Brasil e o desenrolar da crise externa ditarão os juros futuros na próxima semana. Acredito que, diante dos resultados a serem divulgados, poderemos ter mais uma semana de alta nas taxas de juros futuros.
Referência bibliográfica
ANDIMA. Estrutura a Termo das Taxas de Juros Estimada. Disponível em: http://www.andima.com.br/est_termo/Curva_Zero.asp
BANCO CENTRAL DO BRASIL. Nota Técnica sobre a Circular nº 2.972, de 23 de março de 2000.
__________________. Focus – Relatório de Mercado.
Disponível em: http://www4.bcb.gov.br/pec/GCI/PORT/readout/readout.asp
BOLSA DE MERCADORIAS E FUTUROS. Taxas Referenciais BM&F. Disponível em: http://www2.bmf.com.br/pages/portal/portal/boletim1/TxRef1.asp
CUTAIT, Beatriz. Atrelados ao mercado americano, juros futuros fecham em alta. Jornal Valor, 14/10/2011.
segunda-feira, 10 de outubro de 2011
Mercado de Taxas de Juros: 07/10/2011
Na última semana as taxas de juros começaram a dar um sinal de recuperação e, nos vértices mais curtos, as taxas já começam a abrir.
De importante, tivemos como destaque a divulgação do IPCA do mês de setembro, cujo resultado acumulado em 12 meses encontra-se bem acima do limite superior da meta do governo que dificilmente será cumprida neste ano. Diante disso, o mercado espera alguma pressão sobre os juros no curto prazo e elevou suas expectativas na última semana.
Os juros das NTN-Bs, por sua vez, não acompanharam as curvas de juros futuros e continuaram fechando ainda mais na última semana.
A divulgação do IPCA contaminou também a inflação implícita, porém as expectativas ainda permanecem próximas aos patamares verificados na semana do dia 23.
De novidade no Boletim Focus, apenas a piora nas expectativas para 2012 que ficaram em 5,59% (contra 5,53% no penúltimo levantamento).
A semana se inicia com os juros reagindo diante da melhora nas expectativas em torno da dívida européia. A solução da crise beneficiará os preços das commodities, piorando as expectativas de inflação e levando a alta nas taxas de juros futuros.
Referência bibliográfica
ANDIMA. Estrutura a Termo das Taxas de Juros Estimada. Disponível em: http://www.andima.com.br/est_termo/Curva_Zero.asp
BANCO CENTRAL DO BRASIL. Nota Técnica sobre a Circular nº 2.972, de 23 de março de 2000.
__________________. Focus – Relatório de Mercado.
Disponível em: http://www4.bcb.gov.br/pec/GCI/PORT/readout/readout.asp
BOLSA DE MERCADORIAS E FUTUROS. Taxas Referenciais BM&F. Disponível em: http://www2.bmf.com.br/pages/portal/portal/boletim1/TxRef1.asp
De importante, tivemos como destaque a divulgação do IPCA do mês de setembro, cujo resultado acumulado em 12 meses encontra-se bem acima do limite superior da meta do governo que dificilmente será cumprida neste ano. Diante disso, o mercado espera alguma pressão sobre os juros no curto prazo e elevou suas expectativas na última semana.
Os juros das NTN-Bs, por sua vez, não acompanharam as curvas de juros futuros e continuaram fechando ainda mais na última semana.
A divulgação do IPCA contaminou também a inflação implícita, porém as expectativas ainda permanecem próximas aos patamares verificados na semana do dia 23.
De novidade no Boletim Focus, apenas a piora nas expectativas para 2012 que ficaram em 5,59% (contra 5,53% no penúltimo levantamento).
A semana se inicia com os juros reagindo diante da melhora nas expectativas em torno da dívida européia. A solução da crise beneficiará os preços das commodities, piorando as expectativas de inflação e levando a alta nas taxas de juros futuros.
Referência bibliográfica
ANDIMA. Estrutura a Termo das Taxas de Juros Estimada. Disponível em: http://www.andima.com.br/est_termo/Curva_Zero.asp
BANCO CENTRAL DO BRASIL. Nota Técnica sobre a Circular nº 2.972, de 23 de março de 2000.
__________________. Focus – Relatório de Mercado.
Disponível em: http://www4.bcb.gov.br/pec/GCI/PORT/readout/readout.asp
BOLSA DE MERCADORIAS E FUTUROS. Taxas Referenciais BM&F. Disponível em: http://www2.bmf.com.br/pages/portal/portal/boletim1/TxRef1.asp
sexta-feira, 7 de outubro de 2011
Análise do IPCA do mês de setembro de 2011
No mês de setembro, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) manteve o movimento de aceleração e, na base mensal, registrou alta de 0,53% - ante 0,37% do mês de agosto. No acumulado em 12 meses, a situação é ainda mais preocupante com o indicador apresentando alta de 7,31% - a maior desde maio de 2005 (8,05%).
Destaques de alta
Pelo segundo mês consecutivo, o item Alimentos voltou a pressionar o IPCA ao registrar alta de 0,64% e causando impacto de 0,15 pontos percentual no indicador deste mês. Feijão carioca (6,14%), açúcar refinado (3,82%) e cristal (3,42%), frango (2,94%) e leite (2,47%) foram os grandes vilões do grupo no mês de setembro.
Entretanto, o item Transportes foi o que teve maior impacto na alta dos preços no mês com alta de 0,78% (-0,11% em agosto). Passagens aéreas (23,40%!!!), etanol (3,0%), gasolina (0,50%) e conserto de automóvel (1,23%) contribuíram para a piora dos preços de Transportes.
Em menor intensidade, os itens Despesas de Habitação (0,71%) e Não Alimentícios (0,50%) também impactaram no IPCA de setembro.
Destaques de baixa
De todos os itens que compõem o indicador, apenas Artigos de Residência (-0,36%) e Comunicação (-0,04%) recuaram em setembro.
Conclusão
Mesmo com o cenário externo recessivo tendo derrubado os preços das commodities, não se verificou queda nos preços. O preço feijão já reflete as quebras ocorridas no nordeste e no Paraná. Também podemos creditar parte da alta ao consumo interno que, ainda aquecido, vem permitindo repasses nos preços - exemplo disso, o aumento das passagens aéreas.
Dólar em alta e oferta de alimentos, ainda sem dar sinais de melhora, poderão continuar exercendo pressão sobre os preços nos próximos meses.
Fontes de referência
BANCO CENTRAL DO BRASIL. Focus – Relatório de Mercado.
Disponível em: http://www4.bcb.gov.br/pec/GCI/PORT/readout/readout.asp
BLANCHARD, Olivier. Macroeconomia. São Paulo: Pearson Education, 2004, 3ª edição.
CARVALHO, Fernando J. Cardim de; [et al.] Economia monetária e financeira: teoria e prática. Rio de Janeiro: Elsevier, 2000 – 9ª reimpressão.
CONAB.
DORNBUSCH, Rudiger, FISCHER, Stanley. Macroeconomia. São Paulo: Makron, McGraw-Hill, 1991.
IBGE. Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - IPCA e Índice Nacional de Preços ao Consumidor – INPC. Disponível em: http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/precos/inpc_ipca/defaultinpc.shtm
KEYNES, John Maynard. A teoria geral do emprego, do juro e da moeda. Tradução de Mário R. da Cruz; revisão técnica de Claudio Roberto Contador. – São Paulo: Atlas, 1982.
MANKIW, Gregory. Macroeconomia. 5ª edição. Rio de Janeiro: LTC, 2004.
Destaques de alta
Pelo segundo mês consecutivo, o item Alimentos voltou a pressionar o IPCA ao registrar alta de 0,64% e causando impacto de 0,15 pontos percentual no indicador deste mês. Feijão carioca (6,14%), açúcar refinado (3,82%) e cristal (3,42%), frango (2,94%) e leite (2,47%) foram os grandes vilões do grupo no mês de setembro.
Entretanto, o item Transportes foi o que teve maior impacto na alta dos preços no mês com alta de 0,78% (-0,11% em agosto). Passagens aéreas (23,40%!!!), etanol (3,0%), gasolina (0,50%) e conserto de automóvel (1,23%) contribuíram para a piora dos preços de Transportes.
Em menor intensidade, os itens Despesas de Habitação (0,71%) e Não Alimentícios (0,50%) também impactaram no IPCA de setembro.
Destaques de baixa
De todos os itens que compõem o indicador, apenas Artigos de Residência (-0,36%) e Comunicação (-0,04%) recuaram em setembro.
Conclusão
Mesmo com o cenário externo recessivo tendo derrubado os preços das commodities, não se verificou queda nos preços. O preço feijão já reflete as quebras ocorridas no nordeste e no Paraná. Também podemos creditar parte da alta ao consumo interno que, ainda aquecido, vem permitindo repasses nos preços - exemplo disso, o aumento das passagens aéreas.
Dólar em alta e oferta de alimentos, ainda sem dar sinais de melhora, poderão continuar exercendo pressão sobre os preços nos próximos meses.
Fontes de referência
BANCO CENTRAL DO BRASIL. Focus – Relatório de Mercado.
Disponível em: http://www4.bcb.gov.br/pec/GCI/PORT/readout/readout.asp
BLANCHARD, Olivier. Macroeconomia. São Paulo: Pearson Education, 2004, 3ª edição.
CARVALHO, Fernando J. Cardim de; [et al.] Economia monetária e financeira: teoria e prática. Rio de Janeiro: Elsevier, 2000 – 9ª reimpressão.
CONAB.
DORNBUSCH, Rudiger, FISCHER, Stanley. Macroeconomia. São Paulo: Makron, McGraw-Hill, 1991.
IBGE. Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - IPCA e Índice Nacional de Preços ao Consumidor – INPC. Disponível em: http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/precos/inpc_ipca/defaultinpc.shtm
KEYNES, John Maynard. A teoria geral do emprego, do juro e da moeda. Tradução de Mário R. da Cruz; revisão técnica de Claudio Roberto Contador. – São Paulo: Atlas, 1982.
MANKIW, Gregory. Macroeconomia. 5ª edição. Rio de Janeiro: LTC, 2004.
segunda-feira, 3 de outubro de 2011
Mercado de Taxas de Juros: 30/09/2011
O cenário econômico na última semana permaneceu indefinido e sugerindo, ainda, um quadro recessivo para a economia mundial. A economia brasileira já começa a dar sinais de contágio da crise externa e após os indicadores da indústria, divulgados pela FGV, apontarem para o recuo no mês setembro em relação a agosto e ao mesmo período de 2010.
Diante das perspectivas de queda do consumo e dos preços de insumos, juntamente com as apostas de um cenário inflacionário mais contido, as taxas de juros também apresentaram recuo na última semana.
Seguindo o caminho da curva de juros futuros e das expectativas de inflação as taxas das NTN-Bs também registraram queda na última semana.
O cenário recessivo derrubou também a inflação implícita embutida nos títulos públicos.
Já as expectativas de inflação apuradas pelo Boletim Focus pouco oscilaram na última pesquisa realizada dia 30 de setembro.
Para esta semana ainda perdura o cenário de quedas das taxas de juros por conta dos receios em torno da recuperação da economia mundial.
Referência bibliográfica
ANDIMA. Estrutura a Termo das Taxas de Juros Estimada. Disponível em: http://www.andima.com.br/est_termo/Curva_Zero.asp
BANCO CENTRAL DO BRASIL. Nota Técnica sobre a Circular nº 2.972, de 23 de março de 2000.
__________________. Focus – Relatório de Mercado.
Disponível em: http://www4.bcb.gov.br/pec/GCI/PORT/readout/readout.asp
BOLSA DE MERCADORIAS E FUTUROS. Taxas Referenciais BM&F. Disponível em: http://www2.bmf.com.br/pages/portal/portal/boletim1/TxRef1.asp
LEONEL, Josué; CUADROS, Alexander. Mercado hoje: Dólar sobe e bolsas caem com desaceleração global. Matéria publicada pela Bloomberg em: 30/09/2011.
Diante das perspectivas de queda do consumo e dos preços de insumos, juntamente com as apostas de um cenário inflacionário mais contido, as taxas de juros também apresentaram recuo na última semana.
Seguindo o caminho da curva de juros futuros e das expectativas de inflação as taxas das NTN-Bs também registraram queda na última semana.
O cenário recessivo derrubou também a inflação implícita embutida nos títulos públicos.
Já as expectativas de inflação apuradas pelo Boletim Focus pouco oscilaram na última pesquisa realizada dia 30 de setembro.
Para esta semana ainda perdura o cenário de quedas das taxas de juros por conta dos receios em torno da recuperação da economia mundial.
Referência bibliográfica
ANDIMA. Estrutura a Termo das Taxas de Juros Estimada. Disponível em: http://www.andima.com.br/est_termo/Curva_Zero.asp
BANCO CENTRAL DO BRASIL. Nota Técnica sobre a Circular nº 2.972, de 23 de março de 2000.
__________________. Focus – Relatório de Mercado.
Disponível em: http://www4.bcb.gov.br/pec/GCI/PORT/readout/readout.asp
BOLSA DE MERCADORIAS E FUTUROS. Taxas Referenciais BM&F. Disponível em: http://www2.bmf.com.br/pages/portal/portal/boletim1/TxRef1.asp
LEONEL, Josué; CUADROS, Alexander. Mercado hoje: Dólar sobe e bolsas caem com desaceleração global. Matéria publicada pela Bloomberg em: 30/09/2011.
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