O Econocratum nasceu da vontade de olhar o mercado financeiro além dos números, conectando análise econômica com reflexão crítica. Aqui compartilho insights sobre investimentos, política econômica e o papel do capital na sociedade, sempre buscando traduzir o complexo de forma acessível. Mais do que acompanhar indicadores, a proposta é entender causas, impactos e contradições. Se você busca conteúdo que une técnica, questionamento e contexto, este espaço é pra você.
quinta-feira, 29 de março de 2012
Mercados de taxa de juros – 29/03/2012
Por Carlos Soares Rodrigues,
A divulgação do Relatório Trimestral de Inflação chegou a pressionar as taxas de juros futuros, mas o cenário externo pesou e as taxas voltaram a cair na tarde de hoje.
A agência de risco Standard&Poor’s afirmou na manhã de hoje que talvez a Grécia tenha que reestruturar sua divida novamente. Além disso, a divulgação de balanços na China desagradou o mercado ao indicar que a economia do país asiático já dá sinais de desaceleração.
O Banco Central, de acordo com o Relatório Trimestral de Inflação, acredita que o IPCA para 2012 ficará em 4,4 por cento. Incertezas quanto ao cumprimento desta previsão e de uma possível piora nas expectativas inflacionárias para 2013 poderão reverter o movimento de baixa já nos próximos dias.
quarta-feira, 28 de março de 2012
Mercados de taxa de juros – 28/03/2012
Por Carlos Soares Rodrigues,
Receios quanto ao crescimento chinês, queda no PIB do Reino Unido, alta nos estoques de petróleos e crescimento abaixo do esperado nos pedidos de bens duráveis nos EUA estão fazendo com que os juros futuros recuem no pregão de hoje.
Temores de uma possível desaceleração da economia mundial estão fazendo com que as expectativas de alta nos preços diminuam no dia de hoje e está levando consigo as taxas futuras de juros. Um cenário inflacionário menos pressionado e uma perspectiva de queda no nível de atividade abrem espaço para maiores cortes nas taxas de juros por parte da autoridade monetária – o que justifica o movimento no mercado até o momento.
Dados recentes divulgados pelo Banco Central apontam para um maior nível de endividamento dos brasileiros o que poderá prejudicar o nível de consumo em nosso país e também contribuir para futuros cortes nas taxas de juros.
Na sessão de ontem os juros recuaram diante de especulações de que, segundo a Bloomberg, o crescimento no crédito no Brasil será mais lento e que diante disso o Banco Central terá mais espaço para realizar maiores cortes na Selic.
segunda-feira, 26 de março de 2012
Mercados de taxa de juros – 26/03/2012
Por Carlos Soares Rodrigues,
Os juros futuros operam em alta após a divulgação de indicadores feita pelo Banco Central na manhã de hoje.
O índice de atividade brasileiro, IBC-Br, medido pelo Banco Central, registrou queda de 0,13 por cento no mês de janeiro. Já no comparativo anual o indicador apresentou alta de 1,44 por cento, acima das projeções do mercado cujo resultado estimado era de uma alta de 0,77 por cento segundo a agência de notícias Bloomberg.
Também vem ajudando para a alta das taxas de juros nesta manhã a piora nas expectativas do mercado em relação ao IPCA dos doze meses que registraram, na mediana, alta de 5,41 por cento, ante alta de 5,37 por cento na semana anterior.
sexta-feira, 23 de março de 2012
Mercados de taxa de juros – 23/03/2012
Por Carlos Soares Rodrigues,
Os juros recuam no mercado futuro influenciado pela divulgação de indicador desfavorável nos EUA e também com as perspectivas de um cenário mais benigno para a inflação no Brasil.
Às onze horas foi divulgado o número de vendas de novas moradias nos EUA que apontou para uma queda de 1,6 por cento – abaixo da alta de 1,3 por cento esperada pelos analistas consultados pela Bloomberg.
Mais cedo, aqui no Brasil, foi divulgado, pela FGV, o IPC-S referente a quadrissemana encerrada em 22 de março. O indicador apresentou alta de 0,51 por cento e veio em linha com as projeções do mercado ouvidos pela Bloomberg.
De acordo com matéria divulgado no jornal Valor, o governo acredita que a inflação irá atingir a meta de 4,5 por cento neste ano e que o crescimento econômico será de 3,5 por cento. Segundo Newton Rosa, economista-chefe da Sulamerica Investimentos, o cenário de baixa inflação e atividade moderada sinalizam para um quadro mais tranqüilo.
quinta-feira, 22 de março de 2012
Mercados de taxa de juros – 22/03/2012
Por Carlos Soares Rodrigues,
IPCA-15 e nível de atividade na China e Europa derrubam os juros no dia de hoje.
Menos pressionado pelo item Educação, o IPCA-15 divulgado na manhã de hoje apresentou alta de 0,25% no mês de março. O resultado veio abaixo das projeções feitas pelos analistas consultados pela Bloomberg (0,38%) e bem abaixo dos 0,53% apurados em março. De acordo com os resultados apurado os itens Transporte e Vestuário começaram a esboçar alguma reação no último levantamento.
Além disso, também colabora para a queda dos juros no dia de hoje os resultados de atividade divulgados na China e na Europa reforçaram os receios de desaquecimento da economia mundial.
terça-feira, 13 de março de 2012
Anúncio de Pagamento de Dividendos Eletropaulo (ELPL) - MAR/12
Foram divulgadas no início da noite de hoje os resultados financeiros da Eletropaulo Metropolitana Eletricidade de São Paulo S/A, referentes ao exercício social findo em 31 de dezembro de 2011. No comunicado a empresa divulgou a distribuição de juros e dividendos aos acionistas cujos valores serão repartidos da seguinte forma:
EPLP3: Juros sobre o Capital Próprio R$0,411678515
Dividendos: R$3,083413397
Total a ser pago em 15/05/2012: R$ 3,495091912 por ação
ELPL4: Juros sobre o Capital Próprio R$0,452846367
Dividendos: R$3,391754737
Total a ser pago em 15/05/2012: R$ 3,844601104 por ação
Os valores divulgados corroboram o status da empresa como sendo uma boa pagadora de dividendos aos seus acionistas e a tornam uma alternativa atrativa para se comprar em tempos de quedas bruscas na bolsa.
segunda-feira, 12 de março de 2012
Mercados de taxa de juros – 12/03/2012
Por Carlos Soares Rodrigues,
As taxas de juros operam em alta na manhã de hoje impactadas pela piora das expectativas de inflação para 2013 e pelo anúncio, por parte do governo, da cobrança de IOF sobre as captações das empresas no exterior com prazo de até 05 anos.
Os sucessivos cortes da Selic nos últimos encontros reacenderam as preocupações em torno da aceleração dos preços no próximo ano. As expectativas do mercado, apuradas no Boletim Focus, já sinalizam para um IPCA na casa dos 5,5 por cento, ante uma expectativa de 5,2 por cento.
A decisão de estender a cobrança de IOF sobre as captações de até cinco anos das empresas no exterior também colabora para a alta dos juros nesta manhã, pois leva a uma alta no dólar e, também, causa preocupação em relação a uma piora no cenário inflacionário.
Apesar do bom resultado do IPCA de fevereiro, divulgado na última sexta, dados do IPC-S referentes a primeira semana de março sugerem que os preços dos alimentos poderão pressionar a inflação nos próximos meses e, com isso, reforçar o movimento de alta nos juros iniciado nesta semana.
quinta-feira, 8 de março de 2012
Bolsa: Ibovespa sobe após corte maior que previsto da Selic
Por Ney Hayashi, Bloomberg
8 de março (Bloomberg) -- O Ibovespa opera em alta pelo segundo dia seguido, liderada pela valorização das ações de construtoras e de empresas ligadas ao consumo, que reagem à aceleração no ritmo de corte do juro pelo Banco Central.
O Ibovespa subia 1,7 por cento, para 67.152.92 pontos às 13:19. Sessenta e três ações operavam em alta, seis caíam e uma tinha estabilidade. A Cia Brasileira de Distribuição Grupo Pão de Açúcar e a Brookfield Incorporações estão entre as maiores altas do dia.
“Quanto mais baixos os juros, melhor para a bolsa, especialmente pensando no setor de consumo”, disse Marcio Cardoso, sócio da Título Corretora de Valores, em entrevista por telefone de São Paulo. “Tem muita liquidez represada no mundo. Se em algum momento a situação na Europa fica mais estável, esse dinheiro vai começar a sair em busca de ativos de maior risco, e aí vai ser uma festa aqui.”
O Comitê de Política Monetária, liderado pelo presidente do BC, Alexandre Tombini, cortou ontem a taxa Selic em 0,75 ponto percentual, para 9,75 por cento. A decisão surpreendeu 59 dos 62 analistas consultados pela Bloomberg, que esperavam um corte de meio ponto.
O Pão de Açúcar tinha alta de 6,7 por cento, cotado a R$ 85,75, enquanto Brookfield subia 5,9 por cento para R$ 7,18.
O Ibovespa acumula alta de 18 por cento este ano, estimulado pelos cortes de juros, sinais de recuperação nos Estados Unidos e maior otimismo com uma solução para a crise de dívida europeia.
segunda-feira, 5 de março de 2012
Mercados de taxa de juros – 05/03/2012
Por Carlos Soares Rodrigues,
Mesmo com a redução da previsão de crescimento da China, os juros futuros operam em alta devido a piora nas expectativas de inflação do mercado, segundo pesquisa semanal do Banco Central brasileiro.
Segundo a pesquisa Focus do Banco Central, divulgada na manhã de hoje, a inflação medida pelo IPCA para os próximos 12 meses será de 5,31 por cento, ante os 5,28 por cento do levantamento anterior, e para 2013 acredita-se que os preços encerrem em 5,20 por cento, ante os 5,11 por cento registrados na pesquisa anterior.
Por conta da piora no cenário de inflação traçado pelo mercado, espera-se que o Banco Central seja obrigado a elevar as taxas de juros com o intuito de conter a alta nos preços. Isso ofuscou a notícia do corte na previsão de crescimento da economia chinesa, que passou de 8 por cento para 7,5 por cento, cuja desaceleração, se confirmada, poderá derrubar os preços das commodities, diminuir a pressão sobre a alta na inflação e permitir continuidade nos cortes dos juros.
Como a pesquisa Focus foi apurada na semana passada e a informação das projeções de crescimento da China foi divulgada ontem, acredito que no decorrer desta semana as taxas continuem seguindo sua trajetória de queda, exceto se o Copom reduza a Selic numa intensidade menor que a esperada pelo mercado que hoje está em 0,75 p p.
quinta-feira, 1 de março de 2012
Mercados de taxa de juros – 01/03/2012
Por Carlos Soares Rodrigues,
A ampliação da cobrança de IOF sobre os empréstimos externos com prazo de até três anos mexeu com os humores do mercado e aumentou as expectativas de que o Comitê de Políticas Monetárias (Copom), para conter a queda do dólar frente ao real, possa adotar uma postura mais agressiva de cortes nas taxas de juros.
O resultado do IPC-S de fevereiro também colaborou para manter o ímpeto de baixa do mercado de juros. Segundo o levantamento realizado pela Fundação Getúlio Vargas, os grupos Educação e Alimentos continuaram desacelerando na última semana e permitiram que o indicador recuasse dos 0,27 por cento, na apuração do dia 22, para 0,24 por cento no último levantamento.
Em artigo publicado no dia de hoje no jornal Valor, o economista Caio Megale, da PUC-RJ, comenta que os preços dos bens comercializáveis internacionalmente, ou seja, aqueles em que poderemos importar caso não tenhamos produção suficiente para atender a demanda interna, contribuíram para manter a inflação dentro da meta do governo. Contudo, caso o governo consiga ser bem sucedido na guerra contra a valorização do real, poderemos ter um repique nos preços o que forçará o Banco Central interromper o processo de afrouxamento da política monetária.
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