O Econocratum nasceu da vontade de olhar o mercado financeiro além dos números, conectando análise econômica com reflexão crítica. Aqui compartilho insights sobre investimentos, política econômica e o papel do capital na sociedade, sempre buscando traduzir o complexo de forma acessível. Mais do que acompanhar indicadores, a proposta é entender causas, impactos e contradições. Se você busca conteúdo que une técnica, questionamento e contexto, este espaço é pra você.
quinta-feira, 23 de agosto de 2012
Economia e mercado de taxa de juros – 23/08/2012
Por Carlos Soares Rodrigues,
SÃO PAULO - 23 de agosto: A espera do anuncio de medidas de estímulos a economia chinesa, européia e norte americana, os juros futuros sinalizam para uma ligeira alta no dia de hoje.
A ata do Fed, divulgada ontem, apontou que alguns membros do conselho estão julgando que estímulos adicionais “deveriam ser assegurados muito em breve”.
Juntamente com essa declaração, indicadores divulgados hoje pela manhã reforçaram as especulações em torno do anúncio das medidas de ajuda econômica. Saíram dados de seguro-desemprego apurado até 11 de agosto (3.317 ante estimativa de 3.300), vendas de moradias novas em julho (3,6% ante estimativa 4,3%) e preços de imóveis referentes ao 2º trimestre de 2012 (1,8 por cento ante estimativa 2,6 por cento).
Na China, foi divulgado o PMI HSBC industrial de agosto que ficou em 47,8 – abaixo dos 49,3 de julho, o que reforçou as expectativas em torno de um pacote chinês de ajuda a economia local. Além disso tivemos as declarações do presidente do Banco Central, PBoC, Zhou Xiaochuan, que disse que os ajustes nos juros e nos compulsórios ainda são possíveis.
Na Europa, o indicador PMI da região também sinalizou contração na indústria e nos serviços.
Por aqui, tivemos a divulgação do IPC-S da quadrissemana encerrada no dia 22/08 que registrou alta de 0,34 por cento e veio ligeiramente abaixo dos 0,36 por cento estimados pelo mercado.
A exemplo do IPCA-15, divulgado ontem, o destaque de baixa ficou para o grupo Alimentação que sofreu desaceleração em virtude do comportamento dos preços das hortaliças e legumes. O grupo Transportes, como no resultado de ontem, também esboça uma recuperação com os preços dos veículos novos e usados voltando a subir.
Pelo segundo mês seguido o IBGE não divulgou a taxa nacional de desemprego no país. Ficaram fora da apuração de julho as cidades do Rio de Janeiro (pela segunda vez) e Salvador.
Diante dos sinais de medidas de ajuda econômica e com a nossa economia esboçando recuperação, os juros poderão continuar seu movimento de alta até o final do dia.
quarta-feira, 22 de agosto de 2012
Economia e mercado de taxa de juros – 22/08/2012
Por Carlos Soares Rodrigues,
SÃO PAULO - 22 de agosto: Com os preços dos alimentos dando sinais de que irão pressionar menos o IPCA, os juros futuros recuam nos prazos mais curtos. Contudo, como o cenário inflacionário futuro continua incerto as taxas se mantém pressionadas nos vértices mais longos no dia de hoje.
Devido ao aumento do item Transportes, o IPCA-15 registrou alta de 0,39 por cento no mês de agosto. Na outra ponta, o grupo Alimentação recuou, segundo o IBGE, devido a queda nos preços do feijão-carioca, batata inglesa e das carnes. Estes produtos, ao contrário dos derivados de soja e milho, não vêm sofrendo com as quebras nos EUA e, por isso, continuam mantendo seus preços comedidos.
Já no exterior, foi divulgado o saldo da balança comercial japonesa que mostrou queda de 12 por cento nas exportações para a China no mês de julho.
Dados do setor imobiliário norte americano também não agradaram no dia de hoje. As revendas de imóveis registraram alta de 2,3 por cento no mês de julho e foi abaixo dos 3,2 por cento estimados pela agência de notícias Bloomberg.
Receios de que a economia mundial ainda demorará para retomar seu crescimento contribui para a queda das taxas curtas no dia de hoje.
terça-feira, 21 de agosto de 2012
Economia e mercado de taxa de juros – 21/08/2012
Por Carlos Soares Rodrigues,
SÃO PAULO - 21 de agosto: Com agenda fraca os juros operam beirando a estabilidade.
As atenções dos investidores estarão voltadas para a visita do premiê de Luxemburgo e líder do grupo dos ministros das finanças europeus, Jean-Claude Juncker, a Grécia no dia de amanhã.
Ainda na Europa, as atenções também se voltam para o encontro de Angela Merkel com François Hollande marcado para ocorrer em Berlim no dia 23.
Durante estes encontros, sempre espera-se que ocorram acordos para solucionar o imbróglio das finanças dos países em dificuldade no continente e, com isso, retomar a confiança dos investidores perante os ativos de maiores riscos.
Retomada na confiança e busca por ativos de maiores riscos levam a uma alta nos preços das commodities e das ações ao redor do mundo. Essa alta nas ações gera, psicologicamente, um efeito riqueza e traz consigo o aumento na propensão a consumir na economia que, acompanhada pelo aumento das matérias-primas - via repasse da elevação dos preços das commodities, faz com que a ameaça inflacionária retorne e pressione as taxas de juros futuras.
Diante das expectativas de que tenhamos a aprovação de novas medidas de ajuda aos países europeus e com as commodities sendo pressionadas também pelos problemas climáticos, vejo que no dia de hoje teremos mais um dia propício de alta nas taxas futuras de juros.
segunda-feira, 20 de agosto de 2012
Economia e mercado de taxa de juros – 20/08/2012
Por Carlos Soares Rodrigues,
SÃO PAULO - 20 de agosto: Apesar das reduções nas projeções do PIB, a piora nas expectativas de inflação no Boletim Focus e a divulgação da segunda prévia do IGP-M puxam para cima as taxas futuras de juros no pregão da BM&F Bovespa.
Para 2012, as projeções de crescimento do PIB passaram de 1,81 por cento para 1,75 por cento e do IPCA, de 5,11 por cento para 5,15 por cento.
A segunda prévia do IGP-M registrou alta de 1,38 por cento no mês de agosto, acima dos 1,11 por cento registrados no mês anterior. Contribuiu para o aumento a elevação do IPA que foi pressionado pela alta dos preços do milho, aves e suínos – fortemente impactados pela quebra nas safras daqui do Brasil e nos EUA.
Por outro lado, segurando o IPC tivemos as quedas dos veículos novos e usados, feijão-carioca, etanol e seguro facultativo para veículo.
Segundo o jornal Folha de São Paulo, em matéria publicada no caderno Classificados Veículos, as dificuldades no acesso ao crédito para os consumidores e a queda nos preços dos veículos novos após a redução do IPI, são os fatores que têm contribuído para a queda nas vendas e nos preços dos veículos usados.
De qualquer forma, a tendência das taxas de juros continua sendo de alta, pois, além da pressão inflacionária, temos também a possibilidade do anúncio de medidas de socorro às economias em dificuldade. Essas medidas poderão puxar os preços das commodities e dar mais gás ao movimento de correção na Selic nos próximos meses.
sexta-feira, 17 de agosto de 2012
Economia e mercado de taxa de juros – 17/08/2012
Por Carlos Soares Rodrigues,
SÃO PAULO - 17 de agosto: Dados de vendas no varejo e de emprego apontaram para a retomada da atividade econômica brasileira e, com isso, trouxeram receios em torno da alta na inflação e necessidade de elevar a meta Selic.
Vendas no varejo e a geração de empregos formais vieram acima das previsões do mercado e, de acordo com a agência de notícias Bloomberg, fizeram com que os juros futuros apresentassem a maior alta desde maio. Esse movimento reflete os receios do mercado em relação a ameaça inflacionária no país.
O IBC-BR, divulgado a pouco, também deu evidencias de que a economia brasileira continua a apresentar sinais de recuperação. De acordo com o gráfico abaixo, a média dos últimos 12 meses demonstra que a recuperação vem ocorrendo desde meados de março deste ano.
No front externo tivemos as declarações de Angela Merkel que sinalizou apoio ao BCE para impor as condicionalidades aos países endividados. Merkel frisou que os interesses da autoridade monetária européia coincidem com os interesses alemães e, assim, dá esperanças de que um possível acordo venha a trazer mais tranqüilidade ao mercado financeiro e de commodities. Alta nas commodities traz pressão sobre os juros, pois com a elevação das cotações a inflação também fica pressionada.
Dados de confiança e indicadores de antecedentes nos EUA também vieram bons na manhã de hoje. O Índice de Confiança ao Consumidor medido pela Universidade de Michigan ficou em 73,6 e veio acima das projeções que eram de 72,2. Já o indicador de antecedentes registrou alta de 0,4 por cento – acima dos 0,2 por cento estimados pelo mercado. Ambos indicam para uma melhora na economia norte-americana e, a exemplo dos efeitos das declarações de Merkel, poderão contribuir para a alta nos juros ao longo do dia de hoje.
quinta-feira, 16 de agosto de 2012
Economia e mercado de taxa de juros – 16/08/2012
Por Carlos Soares Rodrigues,
SÃO PAULO - 16 de agosto: Segundo a agência de notícias Bloomberg, resultados fracos nos balanços das empresas fizeram com que os juros futuros recuassem na sessão de ontem.
Com as empresas apresentando resultados ruins, temos como reflexo o desaquecimento da economia brasileira e o arrefecimento do consumo brasileiro. Consumo fraco abre espaço para queda de juros, pois com menos demanda os preços tendem a perder o ímpeto altista.
Indicadores de vendas no varejo, geração de empregos do Caged e inflação são os destaques na agenda econômica brasileira. Números de seguro-desemprego, moradias e atividade são os destaques na agenda econômica externa.
Divulgado a pouco pelo IBGE, as vendas do varejo apresentaram alta de 1,5 por cento no mês de junho. O estimado pelo mercado era de uma queda de 0,3 por cento e, com isso, os juros reagem na manhã de hoje na expectativa de que a economia brasileira esteja retomando seu crescimento.
Favorecido pela desaceleração do grupo Alimentos, o IPC-S registrou alta de 0,39 por cento e veio abaixo do esperado pelo mercado, cujas expectativas giravam em torno da alta de 0,43 por cento.
Mais cedo também tivemos a divulgação do IGP-10 de agosto que apresentou alta de 1,59 por cento - em linha com as estimativas de 1,58 por cento.
Nos EUA tivemos a divulgação dos pedidos de seguros-desemprego que registraram alta de 366 mil até 11 de agosto (estimado: 365 mil); dos inícios de moradias que ficaram em 746 mil em julho (estimado: 756); das permissões de construções em julho que registraram 812 mil (estimado: 769 mil) e do Índice da Filadélfia de agosto que apresentou queda de 7 por cento (estimado: -5,00 por cento).
Apesar de alguns indicadores norte-americanos não terem muito animadores, com exceção das permissões de construções, as declarações do primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, que disse ver espaço para adotar medidas de estímulos a segunda maior economia do planeta também contribui para o dia de alta nas taxas de juros no dia de hoje.
terça-feira, 14 de agosto de 2012
Economia e mercado de taxa de juros – 14/08/2012
Por Carlos Soares Rodrigues,
SÃO PAULO - 14 de agosto: A redução nas estimativas de crescimento econômico levou a uma queda nas taxas de juros na sessão de ontem.
Apesar do aumento nas expectativas para o IPCA, o mercado entendeu que com um crescimento menor do PIB os preços não pressionarão tanto os juros nos próximos meses e abre espaço para maiores cortes na Selic.
Receios em torno da recuperação da economia mundial continuam pesando no mercado e, agora, os juros operam em baixa na maioria dos vencimentos.
Vendas no varejo, PPI e estoques nos EUA e PIB europeu são os destaques da agenda econômica para hoje.
segunda-feira, 13 de agosto de 2012
Economia e mercado de taxa de juros – 13/08/2012
Por Carlos Soares Rodrigues,
SÃO PAULO - 13 de agosto: Os juros futuros fecharam em alta na última sexta-feira diante da escalada dos preços das commodities no mercado internacional. Com a elevação nas cotações dos artigos agrícolas traz preocupações em torno da ameaça inflacionária.
Divulgado a pouco, o Boletim Focus apresentou aumento nas projeções para o IPCA que passou de 5,58 por cento para 5,61 por cento no acumulado em 12 meses. Já as projeções para o PIB de 2012 as estimativas passaram de uma alta de 1,85 por cento para alta de 1,81 por cento.
No exterior tivemos a divulgação dos PIBs do Japão e Grécia. A economia asiática apresentou alta de 1,4 por cento no 2º trimestre – ante estimativa de 2,3 por cento. O país europeu registrou no mesmo período queda de 6,2 por cento.
Espera-se que tenhamos o anúncio de medidas de estímulos econômicos por parte das autoridades européias, norte-americanas e chinesas. Caso essas medidas sejam anunciadas a tendência e de que tenhamos um movimento de alta nas taxas de juros.
Por enquanto o mercado reage ao desaquecimento econômico japonês e os juros futuros operam em baixa.
quinta-feira, 9 de agosto de 2012
Economia e mercado de taxa de juros – 09/08/2012
Por Carlos Soares Rodrigues,
SÃO PAULO - 09 de agosto: Conforme antecipado no último post, os contratos de juros futuros subiram na sessão de ontem diante dos resultados de inflação divulgados pelo IBGE e pela FGV.
Por enquanto os juros operam em baixa diante de temores de uma maior desaceleração da economia chinesa.
A produção da economia asiática apresentou alta de 10,3 por cento no mês de junho – ante estimativas de 10,4 por cento. A inflação ao consumidor chinês também registrou recuo e apresentou alta de 1,8 por cento em julho, contra os 2,2 por cento registrados no mês anterior.
A queda na produção, juntamente com o recuo na inflação, representa uma diminuição na demanda agregada da 2ª maior economia do mundo e tem como reflexo o desaquecimento das exportações brasileiras que, por sinal, também afetarão o nosso crescimento.
Com crescimento menor, nossa demanda agregada também se reduz e pressiona menos a inflação aqui no país, dando espaço para maiores cortes na meta Selic.
Seguro-desemprego, balança comercial e estoques do atacado nos EUA são os destaques da agenda econômica para o dia de hoje.
quarta-feira, 8 de agosto de 2012
Economia e mercado de taxa de juros – 08/08/2012
Por Carlos Soares Rodrigues,
SÃO PAULO - 08 de agosto: Mesmo com a queda na produção alemã, os juros futuros estão em alta com a divulgação dos resultados ruins de inflação pela FGV e pelo IBGE.
Pressionado pelos grupos Alimentação e Transporte, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo, IPCA, de julho apresentou alta de 0,43 por cento e, no acumulado dos últimos 12 meses, o indicador registra alta de 5,20 por cento – acima da meta de 4,50 por cento estabelecida pelo governo.
Já o IPC-S voltou a subir no último levantamento devido a alta nos preços das hortaliças. Com isso, o grupo Alimentação poderá continuar impactando os próximos resultados do IPCA.
Já na primeira prévia do IGP-M de agosto, tivemos a única boa notícia que é o pequeno recuo no Índice de Preço ao Consumidor. Os preços de automóveis e gasolina ajudaram na queda do IPC-S. Contudo, soja, milho e derivados continuam pressionando os preços no atacado e, em breve, poderão contaminar os preços ao consumidor.
Estoques de petróleo nos EUA e inflação na China também ditarão os rumos dos negócios no dia de hoje.
terça-feira, 7 de agosto de 2012
Economia e mercado de taxa de juros – 07/08/2012
Por Carlos Soares Rodrigues,
SÃO PAULO - 07 de agosto: Dados de inflação se sobrepuseram a redução nas projeções do crescimento da economia brasileira divulgadas no relatório Focus e fizeram com que os juros futuros tivessem um dia de alta na sessão de ontem.
Pressionado pelos preços agrícolas, os preços no atacado puxaram o IGP-DI de julho. Quebras nas safras aqui no Brasil e nos EUA elevaram os preços do milho e da soja e levaram o indicador de preços a uma alta de 1,52 por cento – resultado acima dos 1,46 por cento estimados pelo mercado.
Para a agenda de hoje teremos indicadores de capacidade utilizada da indústria brasileira e de crédito nos EUA.
Caso estes indicadores venham acima das projeções e caso tenhamos alguma ação por parte do Banco Central Europeu no sentido de socorrer os países em dificuldade, poderemos ter um dia de alta no mercado futuro de taxa de juros no dia de hoje.
segunda-feira, 6 de agosto de 2012
Economia e mercado de taxa de juros – 06/08/2012
Por Carlos Soares Rodrigues,
SÃO PAULO - 06 de agosto: Dados positivos do mercado de trabalho norte-americano animaram os investidores na sexta e fizeram com que os juros futuros reagissem na última sessão.
A geração de vagas foi bem acima do previsto pelo mercado e contribuiu para a melhora do otimismo dos investidores em relação a uma possível retomada no crescimento econômico.
Contudo, por aqui o otimismo não é o mesmo e, de acordo com o boletim Focus, os analistas de mercado projetam agora um crescimento de 1,85 por cento do PIB brasileiro para 2012 e de 4,00 por cento para 2013.
Já os indicadores de inflação apontam para maiores altas nos juros daqui em diante com as expectativas girando em torno de 5 por cento para 2012 e 5,58 em 12 meses.
Divulgado a pouco, o IGP-DI de julho também veio acima das projeções do mercado e registrou alta de 1,52 por cento – ante expectativa de 1,46 por cento.
Para hoje espera-se um dia de alta nas taxas de juros como resposta a piora no cenário inflacionário. Com os preços pressionando para cima o Banco Central será obrigado e elevar a meta da Selic em breve.
sexta-feira, 3 de agosto de 2012
Economia e mercado de taxa de juros – 03/08/2012
Por Carlos Soares Rodrigues,
SÃO PAULO - 03 de agosto: As declarações do presidente do Banco Central Europeu, Mario Draghi, após o encontro da entidade, frustraram as expectativas do mercado que aguardava o anuncio de um pacote de ajuda aos países em dificuldade no bloco.
Com isso, temendo um cenário recessivo que possa pressionar menos a inflação, os juros futuros apresentaram um dia de queda na sessão de ontem.
Dados de emprego e da atividade industrial norte americana poderão dar continuidade ao movimento de baixa no dia de hoje, caso venham ruins.
Por enquanto as bolsas lá fora respondem positivamente acreditando que o relatório de emprego nos EUA venha positivo.
quinta-feira, 2 de agosto de 2012
Economia e mercado de taxa de juros – 02/08/2012
Por Carlos Soares Rodrigues,
SÃO PAULO - 02 de agosto: Os juros encerraram o dia de ontem em baixa impactados pelos dados da produção industrial brasileira e também pelo resultado de inflação que indicou desaceleração dos preços aqui no país.
Conforme dito no último post, a produção brasileira registrou alta de 0,2 por cento no mês de junho e veio abaixo dos 0,8 por cento projetados pelo mercado. Mas, além deste resultado, contribuiu também para a queda dos juros a divulgação do IPC-S pela Fundação Getúlio Vargas.
A desaceleração do grupo Alimentação, em especial dos preços das carnes bovinas, fez com que o indicador registrasse alta de 0,22 por cento, abaixo dos 0,28 por cento estimados pelos analistas consultados pela agencia de notícias Bloomberg.
Apesar das quebras nas safras de soja e milho, os preços das carnes bovinas continuarão a segurar a inflação nos próximos meses devido ao excesso de gado para abate; pois, com uma oferta maior os produtores terão menos espaço para elevar os preços.
Para hoje está previsto, na agenda brasileira, o leilão do Tesouro e a divulgação do balanço da Gerdau. Já no exterior, teremos pedidos à indústria e seguro desemprego nos EUA, o PMI de serviços na China e a reunião do Banco Central Europeu.
Caso estes indicadores venham bons, teremos uma melhora no otimismo em relação aos rumos da economia mundial e, com isso, um cenário propício para novas altas nas taxas de juros.
quarta-feira, 1 de agosto de 2012
Economia e mercado de taxa de juros – 01/08/2012
Por Carlos Soares Rodrigues,
SÃO PAULO - 01 de agosto: Os juros fecharam em alta, mas beirando a estabilidade, na sessão de ontem, com a espera dos resultados da produção industrial brasileira, que por sinal foi divulgada a pouco, e diante das expectativas em torno das reuniões do Federal Reserve e do Banco Central Europeu.
O resultado do superávit primário, que veio abaixo das estimativas apuradas pela Bloomberg, não chegaram a trazer maiores oscilações nos juros futuros. O resultado do setor público foi de R$ 2,8 bilhões no mês de junho – ante estimativas de R$ 6,8 bilhões.
Um superávit menor significa que o governo tem realizado maiores gastos e incrementado ainda mais a demanda agregada do país e, com isso, causando uma pressão adicional sobre os preços nos próximos meses.
A produção industrial brasileira registrou alta mensal de 0,2 por cento no mês de junho. O resultado significou a primeira alta após três meses consecutivos e, de acordo com o gráfico abaixo, indica que a industria começa, com exceção de Bens Duráveis, a dar sinais de recuperação, em resposta aos estímulos do governo nos últimos meses.
De qualquer forma a produção industrial veio abaixo do esperado onde as estimativas giravam em torno de uma alta 0,8 por cento. Com isso, as taxas recuam no dia de hoje diante da expectativa de que o Banco Central realize maiores cortes na meta Selic como forma de reativar a atividade industrial no país.
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