quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

A Criação do Funpresp e o seu Papel no Crescimento Econômico


Está para ser aprovado, pelo Congresso, o Fundo de Previdência Complementar do Serviço Público Federal (Funpresp). Em linhas gerais, a criação deste fundo mudará o regime de aposentadorias dos novos servidores públicos que passarão a ter o mesmo teto do INSS, hoje em R$ 3,9 mil. Juntamente com a criação do teto máximo do benefício aos servidores, também está para ser aprovada a alíquota máxima de 8,5 por cento de contribuição da União.

Na prática o Funpresp servirá para conter o rombo de R$ 60 bilhões na previdência dos servidores. Espera-se que, com a mudança, o déficit do regime público seja equacionado em meados de 2048.

Os recursos destinados para cobrir o rombo da previdência do funcionalismo público, por sua vez, poderão ser utilizados, por exemplo, em investimentos com educação, saúde, infra-estrutura.

À medida que os recursos do governo fiquem menos comprometidos com os gastos destinados ao déficit previdenciário, vai se abrindo espaços para maiores cortes nas taxas de juros.

Além disso, os recursos aplicados no Funpresp poderão, também, ser direcionados as obras de infra-estrutura através de participações em empreendimentos.

Uma vez que os investimentos em renda fixa passem a apresentar retornos menores com a queda nas taxas de juros, o fundo terá que buscar novas fontes para alocar seus recursos e, assim, ter sua cota de participação no crescimento econômico de nosso país.

Portanto, o sacrifício de poucos com a perda do privilégio de uma aposentadoria integral será em prol do coletivo, ou seja, de toda a nação.

Mercados de taxa de juros – 29/02/2012


Por Carlos Soares Rodrigues,

Os juros futuros reagem, na manhã de hoje, a injeção de recursos do Banco Central Europeu (BCE) e aos resultados de crédito e fiscal da economia brasileira.

O BCE informou que injetará cerca de 529,52 bilhões de euros a 800 instituições financeiras e que terão como prazo três anos para saldar o empréstimo. O aporte da autoridade européia veio acima das expectativas do mercado cujo valor girava em torno dos 450 bilhões de euros. Esse aumento na liquidez levará a um afluxo de recursos para nossa economia, fazendo com que o dólar se aprecie mais em relação a nossa moeda e poderá forçar o nosso banco central a reduzir ainda mais as taxas de juros. Uma redução nas taxas de juros podem desestimular os investidores estrangeiros a aplicarem seus recursos em aplicações de renda fixa e, assim, permitir que a valorização de nossa moeda não prejudique tanto nossas exportações.

No cenário interno a redução do volume de crédito e o bom superávit fiscal, ambos de janeiro, também contribuíram para a queda nas taxas de juros.

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Mercados de taxa de juros – 28/02/2012


Por Carlos Soares Rodrigues,

O retorno dos debates em torno de uma possível mudança nas regras da caderneta de poupança voltaram a agitar o mercado de taxa de juros no dia de hoje.

Em matéria publicada no jornal O Globo, a repórter Martha Beck escreveu, sem citar fontes, que o governo estuda uma proposta para mudar as regras de remuneração da caderneta de poupança que permita maiores cortes na Selic.

O mercado acredita que com a atual metodologia de calculo o Banco Central será obrigado a interromper os cortes da Selic quando a taxa atingir os 9 por cento. Acredita-se que abaixo desse patamar as aplicações em caderneta de poupança serão mais rentáveis às aplicações em fundos de renda fixa. Atualmente, estes fundos são grandes financiadores da dívida pública nacional, pois detêm um considerável volume de títulos públicos em seus portifólios.

Acredito que mesmo ocorrendo essa mudança nas regras da caderneta de poupança, os futuros cortes na Selic estarão condicionados, principalmente, ao comportamento da inflação nos próximos meses. Essa pressão poderá vir de uma possível recuperação da economia internacional e também de uma provável, e quase certa, alta dos produtos agrícolas devido às quebras ocorridas na safra neste início de ano.

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Mercados de taxa de juros – 22/02/2012


Por Carlos Soares Rodrigues,

A piora nas expectativas de inflação para 2013, apuradas pela pesquisa Focus, fez com que as taxas futuras de juros subissem pelo segundo dia seguido.

Segundo projeções dos economistas ouvidos pelo Banco Central, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, IPCA, será de 5,11 por cento em 2013. Na pesquisa anterior, a expectativa era de uma alta de 5,02 por cento para o próximo ano. Essa piora no resultado levou os investidores a apostarem que o Banco Central terá menos espaço para reduzir as taxas de juros e, diante disso, puxarem para cima todos os vértices da estrutura a termo.

Além disso, na mesma pesquisa, tivemos a divulgação do dado que o mercado acredita ser a taxa neutra de juros. Segundo os economistas, a taxa de juros que não traria riscos de inflação e permitiria um crescimento sustentável do país seria de 5,5 por cento – resultado acima dos atuais 4,3 por cento de juros reais de nossa economia.

Contudo, caso os preços voltem a se desacelerar nos próximos meses, a taxa de juros reais poderão convergir para a taxa neutra de juros e abrirá espaço para maiores cortes na Selic.

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Mercados de taxa de juros – 17/02/2012


Por Carlos Soares Rodrigues,

Os juros futuros registram na manhã de hoje a mínimas históricas nos contratos mais negociados após a divulgação dos dados de inflação pela FGV e pelo IBGE.

Apesar da alta do grupo Educação, o IPCA-15 de fevereiro registrou alta de 0,53 por cento e contribuiu para a queda das taxas de juros no dia de hoje. O grupo que mais contribuiu para a desaceleração dos preços neste mês foi o de Alimentação que depois de registrar alta de 1,25 por cento de alta em janeiro, registrou, em fevereiro, alta de apenas 0,29 por cento.

Mais cedo a Fundação Getúlio Vargas divulgou a segunda prévia de fevereiro do IGP-M que registrou deflação de 0,11 por cento. O resultado veio abaixo das expectativas dos analistas consultados pela Bloomberg que esperavam por uma deflação de apenas 0,02 por cento.


Também tivemos como destaque da agenda econômica local na manhã de hoje a divulgação do desemprego no país que registrou a marca de 5,5 por cento no mês de janeiro. O resultado é o menor para o mês e a tendência é de que com as medidas macroprudenciais possamos ter mais recuo da taxa para os próximos meses.

Ontem as taxas recuaram impactadas, principalmente, pelo bom resultado do IPC-S e do IPC-Fipe.

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Mercados de taxa de juros – 16/02/2012


Por Carlos Soares Rodrigues,

Os juros futuros registram na manhã de hoje mais um dia de baixa devido ao adiamento da ajuda à Grécia e após a divulgação de indicadores de preços e atividade da economia brasileira que desaceleraram em um ritmo acima do esperado.

O pacote de ajuda para a Grécia, previsto para ontem, foi adiado para 20 de fevereiro. Conforme já dito nos posts anteriores, o governo grego espera a liberação de € 130 bilhões para poder honrar o pagamento de uma parcela de sua dívida que vencerá em março.

O adiamento do pacote elevou o custo de captação dos bancos europeus e levou a agência de risco Moody’s informar que a nota de risco destas instituições poderão ser reduzidas.

No front interno tivemos a divulgação do IPC-S pela FGV, IPC Fipe de São Paulo e IBC-Br pelo Banco Central. Menos pressionado pelo grupo Educação o Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) apresentou alta de 0,30 por cento na quadrissemana encerrada no dia 15 de fevereiro. O resultado veio abaixo das expectativas apuradas pela Bloomberg que era de uma alta de 0,38 por cento.


Também abaixo das expectativas vieram o IPC da Fipe e o IBC-Br. O Índice de Preços ao Consumidor de São Paulo registrou alta de 0,24 por cento até o dia 14 de fevereiro, contra uma expectativa de 0,28 por cento. Já o IBC-Br do Banco Central, que mede o crescimento da economia brasileira, registrou, em dezembro, alta de 1,47 por cento – abaixo dos 1,60 estimados pela pesquisa Bloomberg.

Após o anúncio do corte de R$ 55 bilhões no Orçamento os juros futuros voltaram a registrar mais um dia de baixa. Entretanto, a inclinação voltou a aumentar devido a alta dos vértices mais longos da curva que provavelmente já reflete a desconfiança do mercado em relação às expectativas futuras de inflação no longo prazo.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Mercados de taxa de juros – 15/02/2012


Por Carlos Soares Rodrigues,

O mercado de taxa de juros recua diante da divulgação do tão aguardado Orçamento de 2012 e também pelo bom resultado do IGP-10 divulgado hoje cedo pela Fundação Getúlio Vargas.

Às 14:30 os ministros da Fazenda, Guido Mantega, e do Planejamento, Miriam Belchior, concederão entrevista para tratar da Programação Orçamentária e Financeira de 2012, ou seja, o Orçamento da União para este ano. Espera-se que os cortes venham na ordem de R$ 50 a R$ 70 bilhões, o que dará mais espaço para o Banco Central realizar novos cortes nas taxas de juros.

O Índice Geral de Preços – 10 de fevereiro divulgado hoje cedo pela Fundação Getúlio Vargas apresentou alta de 0,04 por cento e surpreendeu o mercado que esperava, de acordo com a pesquisa Bloomberg, por uma alta de 0,14 por cento.

Nos negócios de ontem, mesmo com o ministro Guido Mantega desmentindo, prevaleceram as apostas queda dos juros diante das especulações de que o governo tomará medidas para elevar a tributação sobre as operações de renda fixa.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Mercados de taxa de juros – 14/02/2012


Por Carlos Soares Rodrigues,

Rumores de que o governo estuda aumentar a tributação das aplicações de renda fixa derrubaram as taxas de juros na sessão de hoje.

Segundo reportagem do jornal O Estado de São Paulo, o objetivo da medida é o de incentivar as aplicações em papéis pré-fixados ou atrelados à inflação. Acredita-se que o governo espera tornar mais eficazes as possíveis nos juros no futuro para conter o aumento da inflação.

Resta saber se num cenário de queda de juro, como o governo lidará com o aumento no fluxo de aportes para a caderneta de poupança?

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Mercados de taxa de juros – 13/02/2012


Por Carlos Soares Rodrigues,

Melhora no cenário externo após a aprovação das medidas de austeridade fiscal na Grécia e continuidade das projeções de inflação acima da meta elevaram os juros futuros na sessão de hoje.

A aprovação das medidas de austeridade na Grécia permitirá ao país receber a ajuda de cerca de € 130 bilhões que darão folga para quitar os € 14,5 bilhões em títulos que vencerão em 20 de março. Com isso, diminui um pouco as preocupações dos investidores quanto a um contágio da crise para outros países, pois um eventual calote grego fecharia o mercado de financiamento de dívidas para países como Portugal, Itália e Espanha.

Diante da melhora no humor dos investidores a tendência é de que tenhamos uma recuperação nos preços das commodities e um fator de pressão para a alta da inflação aqui no Brasil.

Por falar de inflação o mercado continua apostando num IPCA acima da meta para 2012. De acordo com o último boletim Focus, o mercado espera que a inflação fique em 5,29 por cento em 2012 e 5,00 por cento em 2013 – contra uma meta de 4,50 por cento. Vale ressaltar que o teto máximo da meta do governo é até 6,50 por cento.

Acredito que com a melhora do cenário externo e com as quebras nas safras devido aos problemas climáticos enfrentados no início deste ano, possamos ter algum repique inflacionário nos próximos meses que poderá levar ao aumento nos vértices mais longos das curvas de juros futuros.

Na sessão de sexta, apesar da alta apresentada no início do pregão, as taxas de juros fecharam em baixa nos vértices longos impactadas pela deflação registrada na primeira prévia do Índice Geral de Preços - Mercado de fevereiro (IGP-M).


sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

A Tecnologia no Lugar do Emprego Humano: Criação ou Destruição de Riqueza?


Por Carlos Soares Rodrigues,

“Aumentos na disponibilidade de recursos produtivos – o trabalho e o capital usados no produto de bens e serviços -, ..., ajudam para o aumento do PNB real.” (DORNBUSCH&FISCHER)

Em matéria publicada no jornal Folha de São Paulo, assinada pelo jornalista Felipe Gutierrez, no caderno Carreiras e Empregos, no dia 30 de outubro de 2011, temos a seguinte constatação: “ máquinas podem roubar empregos que exigem mais qualificação” e que estes avanços veem ocorrendo em intervalos cada vez menores.

Ainda segundo a matéria “há exemplos como o de softwares para o mercado financeiro” que veem substituindo a função de operadores da bolsa.

O aumento tecnológico, em substituição ao trabalho humano, pode contribuir para o crescimento do produto, leia-se da economia e riqueza de um país. Contudo, resta saber se de fato esse aumento no produto ser reverte ou não, de fato, em aumento na riqueza da população como um todo ou se ficará concentrado nas mãos de poucos?

Delfim Neto em sua célebre frase nos tempos de ministro dizia que “era preciso deixar o bolo crescer para depois distribuir”.

Certamente que um avanço tecnológico costuma destruir postos de trabalho, até então ocupados pelo capital humano, e cria um contingente de desempregados para esta função. Porém, esse contingente será forçado a se adaptar a nova realidade e a buscar por mais capacitação.

De fato avanço tecnológico é fruto dos esforços de pessoas empreendedoras que buscaram inovar seus negócios no intuito de oferecer produtos e serviços de qualidade com custo menor para seu consumidor final – categoria que, diga-se de passagem, eu e vocês nos incluímos.

Neste sentido o aumento no produto, ou da riqueza de um país, através do avanço tecnológico, não tende a ficar concentrado nas mãos de poucos, pois, ao passo que, bens e serviços vão ficando mais acessíveis e de melhor qualidade, todos nós acabamos usufruindo de um mesmo padrão de consumo, senão superior, sem a necessidade de se gastar mais por isso.

Mas como ficam as pessoas que perderam seu emprego? O que elas ganham com isso?

Como dito, essas pessoas serão forçadas a buscar maior capacitação diante da nova realidade. Isso os tornará profissionais mais qualificados e capazes de produzir mais riqueza com menos necessidade de capital, leia-se, maquinário. Mais qualificadas, as pessoas a tendência é que passem a ser melhor remuneradas e também consigam usufruir de um melhor padrão de vida.

Mercados de taxa de juros – 10/02/2012


Por Carlos Soares Rodrigues,

Apesar das expectativas do mercado terem apontado para uma alta de 0,56 por cento o IPCA de janeiro não agradou e puxou para cima as taxas de juros futuros na sessão de hoje.


Puxado por transportes e alimentos o índice ficou 0,06 por cento acima do resultado de dezembro.


Contudo, dados recentes sinalizam que para os próximos meses o indicador tenderá para uma maior desaceleração. Acredito que o indicador termine o ano na faixa dos 5,90 por cento, ou seja, dentro da meta do governo.

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Mercados de taxa de juros – 09/02/2012


Por Carlos Soares Rodrigues,

IPC-Fipe comedido e especulações em torno de uma possível mudança nas regras da caderneta de poupança ditam os rumos dos negócios no mercado de taxa de juros no dia de hoje.

A inflação ao consumidor da cidade de São Paulo, medida pela FIPE, apresentou alta de 0,42 por cento até a quadrissemana encerrada no dia 07 de fevereiro. O resultado veio abaixo das expectativas apuradas pela Bloomberg que era de uma alta de 0,57 por cento. Contribuíram para a desaceleração do índice os grupos Alimentação e Transportes.

Rumores de que a presidente Dilma Roussef anuncie mudanças nas regras da caderneta de poupança também contribuíram para a queda nas taxas de juros futuros no dia de hoje. Acredita-se que pela vontade da presidente esta mudança ocorra ainda neste ano o que possibilitará maiores cortes na Selic e, caso aproveda, diminuirá a inclinação da curva de juros com a redução dos vértices mais longos da estrutura a termo.

O cenário que se configura, portanto, é de continuidade na queda das taxas de juros uma vez que o governo vem agindo no sentido de possibilitar que a autoridade monetária tenha mais liberdade para maiores cortes na Selic. Para muitos a atual regra de calculo de remuneração da caderneta de poupança é o grande empecilho que impede a taxa básica ficar, em termos anuais, abaixo de 8,5 por cento.

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Mercados de taxa de juros – 08/02/2012


Por Carlos Soares Rodrigues,

Inflação abaixo das expectativas e a sondagem do banco central brasileiro junto ao mercado a respeito da taxa neutra de juros e de desemprego contribuíram para a queda dos juros no dia de hoje.

O IPC-S recuou de 0,81 para 0,46 por cento no período até 07 de fevereiro; as estimativas da Bloomberg apontavam para uma alta de 0,65 por cento. O grupo Educação foi o que mais se destacou recuando de 4,9 para 2,72 por cento.


A sondagem do banco central brasileiro junto ao mercado quanto ao nível atual da taxa neutra de juros e da NAIRU também causou estranheza e levou os investidores a apostarem em maiores cortes das taxas de juros.

A taxa neutra seria a menor taxa de juros que não gere riscos de inflação para a economia. Já a NAIRU ou taxa de desemprego natural seria o menor nível de desemprego que a economia suporta sem que ocorram pressões inflacionárias.

Com as mudanças da economia brasileira ocorridas nos últimos anos acredito que tanto a taxa neutra de juros quanto a NAIRU (taxa de desemprego natural) encontra-se em níveis inferiores ao que acreditavam ser em décadas anteriores.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Mercados de taxa de juros – 07/01/2012


Por Carlos Soares Rodrigues,

Receios de uma possível desaceleração da economia global voltam a derrubar as taxas de juros na sessão de hoje.

Apesar dos esforços de Alemanha e França, a greve geral na Grécia juntamente com o impasse entre o governo Papademos com os lideres políticos continuam a azedar o humor do mercado.

Um eventual default na dívida grega poderá levará os investidores a uma fuga em massa para ativos mais seguros e prejudicando o crescimento da economia mundial. Com o cenário recessivo as taxas de juros tenderão a recuar devido a necessidade de reativar a economia e também pelo menor risco de alta da inflação.

Além disso, teremos também a fala do presidente do Banco Central norte-americano, Ben Bernanke, ao Senado onde comentará sobre as perspectivas da economia americana.

Caso o pronunciamento seja aquém das expectativas do mercado as taxas intensificarão o movimento de baixa das taxas de juros já verificado nos últimos dias.

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Juros: DI cai com exterior abrindo espaço para corte da Selic



Por Josué Leonel, Bloomberg,

6 de fevereiro (Bloomberg) -- Os juros nos mercados futuros recuam com receios renovados sobre as dificuldades da Grécia para chegar a um acordo com credores gerando especulações de que o Brasil poderá ter maior espaço para alivio monetário.

A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro de janeiro de 2013 caía 3 pontos-base, para 9,47 por cento, às 10:03, aproximando-se do menor nível de fechamento do contrato, atingido em 2 de fevereiro. O dólar sobe após quatro quedas seguidas diante do real. No exterior, as ações europeias, o petróleo e o cobre recuam hoje antes do prazo final para a Grécia fechar um acordo com seus credores.

“É um reflexo da crise lá fora. Esta história sobre a Grécia está voltando”, disse Ures Folchini, chefe de renda fixa do Banco WestLB do Brasil SA, em entrevista por telefone de São Paulo. “O BC tem espaço para derrubar os juros. O mundo permite isso”.

O Banco Central vê a taxa básica de juros em um dígito este ano, disse o diretor de regulação do sistema financeiro, assuntos internacionais e gestão do risco Corporativo da instituição, Luiz Awazu Pereira da Silva.

“Há espaço para uma política de afrouxamento monetário no Brasil”, sem comprometer o objetivo de trazer a inflação para o centro da meta de 4,5 por cento em 2012, disse o diretor em discurso em 4 de fevereiro no Encontro Nacional Fenaprevi, na Bahia, publicado no website do BC.

Os economistas do mercado elevaram a projeção para a Selic de 10,38 por cento para 10,75 por cento em 2013 e mantiveram em 9,50 por cento a previsão para a taxa em 2012, segundo a pesquisa Focus do BC divulgada hoje.

Os bancos públicos brasileiros estão fornecendo crédito a um ritmo quatro vezes mais rápido que instituições privadas, dificultando a tarefa do BC de reduzir juros e levar a inflação para a meta, mostra hoje a coluna de renda fixa da Bloomberg.

Os juros futuros subiram na maior parte dos contratos dia 3, após os dados da economia americana estimularem receios quanto ao controle da alta de preços mundiais.

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Mercados de taxa de juros – 03/01/2012


Por Carlos Soares Rodrigues,

O mercado futuro de taxas de juros recuou em praticamente todos os vértices na sessão de ontem, influenciado principalmente pelas declarações do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, de que o BC tem espaço para reduzir ainda mais a taxa de juros.


Nesta manhã as taxas continuam refletindo as declarações de Tombini feitos ontem em Mumbai, na Índia, enquanto aguardam a divulgação de indicadores da economia norte americana. Caso estes indicadores (payroll), que serão divulgados hoje pela manhã, venham favoráveis, as taxas poderão começar a ensaiar alguma reação; do contrário, o movimento de queda poderá se intensificar ainda mais ao longo do dia.

Outro fator que poderá favorecer na queda das taxas será a aprovação do Orçamento da união a ser divulgado até o final deste mês, cujos cortes estão estimados em R$ 60 bilhões.

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Mercados de taxa de juros - 01/02/2012


Por Carlos Soares Rodrigues,

O mercado futuro de taxas de juros apresentou mais um dia de queda na sessão de ontem influenciado, principalmente, pelo resultado semanal do Índice de Preços ao Consumidor. O resultado divulgado pela Fundação Getúlio Vargas, de 0,81%, veio abaixo das projeções feitas por economistas consultados pela Bloomberg (alta 0,87%).


O destaque da semana para o IPC-S ficou para o grupo Educação, Leitura e Recreação que respondeu por 0,42 pontos bases do índice cheio. Devido a sazonalidade, a alta deste item não traz grandes preocupações quanto ao comportamento dos preços.

Outro item que também se destacou foi o de Alimentação que, apesar dos problemas enfrentados na safra, vem se desacelerando nas últimas semanas.



Na sessão de hoje as taxas continuam o movimento de baixa com as curvas fechando em todos os vértices mais longos. Declarações do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, de que a autoridade monetária tem espaço para mais cortes na Selic derrubaram as taxas de juros futuros.

Indicadores importantes dos EUA a ser divulgados nesta sexta-feira poderão reverter um pouco o movimento de baixa apresentado nos últimos dias.