terça-feira, 31 de julho de 2018

Morning Call - 31/07/2018

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Por Carlos Soares, CNPI

Com uma agenda esvaziada, mas às vésperas de uma bateria de eventos econômicos por aqui e no exterior, inclusive se refletindo no reduzido volume de negócios na Bolsa, os juros futuros seguiram de perto a variação do dólar e encerraram a sessão desta segunda-feira em leve alta.

Este mesmo tom de cautela se refletiu no rendimento dos Treasuries de 10 anos (o equivalente ao Tesouro Direto dos EUA) que encerrou o dia também em ligeira alta, próximo do patamar psicológico de 3%, conforme podemos observar no gráfico abaixo:

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Nesta terça-feira a agenda econômica começa a ganhar força com a divulgação da taxa de desemprego no nosso país às 9:00 e, mais tarde, às 9:30, será conhecido o Núcleo do Índice de Preços PCE (core PCE), o dado de inflação predileto do Federal Reserve para a condução da política monetária nos EUA. As expectativas apontam para uma alta de 2,0% do núcleo de inflação norte-americano e, caso o indicador fique acima deste nível, não descarto alguma pressão negativa sobre os ativos globais, inclusive no nosso mercado.

Além da divulgação da taxa de desemprego do segundo trimestre (est. 12,6%), temos como destaque na agenda local o início do encontro do Comitê de Política Monetária (Copom) que se encerra na quarta-feira, após o fechamento, e deve decidir pela manutenção da taxa Selic em 6,5% ao ano.

A sessão desta terça-feira deve ser de cautela com o mercado podendo entrar em compasso de espera pelo comunicado que será dado pelo Federal Reserve que também se reúne amanhã. Restam dúvidas se teremos mais uma ou duas elevações na taxa de juros norte-americana e o teor desse comunicado, juntamente com os indicadores que serão conhecidos a partir de hoje, serão de suma importância para as apostas do mercado.

Resta-nos por ora apenas apertar os cintos, pois a partir de hoje a semana promete ser de fortes emoções!

Sigo recomendando cautela em relação aos títulos prefixados e indexados ao IPCA, pois são os que podem ser mais penalizados em momentos de maior volatilidade (oscilação de preços) caso necessite resgatá-los antecipadamente.

Bom dia e bons negócios!






segunda-feira, 30 de julho de 2018

Morning Call - 30/07/2018

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Por Carlos Soares, CNPI

Sem grandes percalços no quadro político/eleitoral e com o reforço da melhora do humor no exterior, os investidores voltaram às compras dos ativos locais levando a queda do dólar e dos juros futuros negociados na Bolsa.

Em pesquisa divulgada nesta sexta-feira, o mercado se deparou com um cenário de fortalecimento das candidaturas com viés mais reformista, notadamente do candidato tucano Geraldo Alckmin, o que cria uma expectativa em torno de uma agenda econômica que possa ajudar a conter a deterioração das contas públicas no próximo governo e reforça o apetite dos investidores pelo mercado brasileiro. Como resultado dessa melhora tivemos o recuo do dólar (gráfico abaixo) que também ajudou na alta dos preços dos títulos negociados no Tesouro direto por conta da queda das taxa de juros futuras.

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Lá fora o crescimento da economia norte-americana, mesmo vindo forte, ficou dentro do esperado com uma alta de 4,1% na primeira prévia do segundo trimestre - caso o resultado tivesse ficado acima poderíamos ter tido uma piora nos ânimos por causa dos riscos que traria em relação a inflação e alta dos juros nos EUA.

Por falar de inflação nos EUA teremos nesta terça-feira a divulgação do indicador de preços preferido do Federal Reserve: o core PCE. Segundo estimativas do mercado, o indicador deve ter apresentado uma alta de 2,0% em termos anuais no mês de junho - algo acima disso pode levar a alta do dólar pelos motivos motivos citados acima.

Por aqui, nos EUA e no Japão teremos os encontros de política monetária que devem decidir pela manutenção de suas de juros. Contudo, os investidores ficarão de olho na sinalização dada após o encontro sobre os próximos passos para a retirada ou não dos estímulos monetários (no caso do Japão e dos EUA) ou por quanto tempo será mantida a taxa Selic (Brasil). Os encontros se encerram na terça-feira (Japão) e na quarta-feira (Brasil e EUA).

Mais para o final desta semana as atenções se voltam para os dados de emprego nos EUA cujas expectativas apontam para a criação de 190 mil vagas no mês de julho. Um detalhe importante neste resultado que também será conhecido na sexta-feira (03) será a evolução dos ganhos médios por hora trabalhada que, segundo as projeções, pode ter registrado alta de 2,7% na comparação anual no mês de julho.

Diante da semana mais carregada de indicadores econômicos vislumbro um cenário de maior volatilidade (oscilação dos preços) para os próximos dias. Devemos observar nos próximos dias se as medidas adotadas pelo governo Trump ao longo deste ano, especialmente a sobretaxação de diversos produtos importados, começam ou não surtir efeito sobre o nível de preços da economia norte-americana. Quaisquer sinalizações apontando para uma alta na inflação pode disparar (ser o gatilho ou o trigger, no jargão do mercado financeiro) uma correção nos ativos globais e, por aqui, especialmente sobre o dólar, Bolsa, títulos indexados ao IPCA e prefixados no Tesouro Direto. Sendo assim, o cenário segue de cautela para os próximos dias e ficamos no aguardo da divulgação dos indicadores no decorrer desta semana.

Bom dia e bons negócios!






sexta-feira, 27 de julho de 2018

Morning Call - 27/07/2018

Mapa do Tesouro

Por Carlos Soares, CNPI

Como tenho vislumbrado no cenário econômico mundial nestes últimos dias "diante de uma postura errática de Donald Trump em relação ao comércio mundial, sigo vislumbrando um cenário de incertezas para os ativos de risco". Nesta quinta-feira foram estas incertezas que contribuíram para a alta do dólar não apenas no Brasil como também em outros países emergentes, como Africa do Sul e Turquia (vide gráfico abaixo). Segundo o noticiário internacional, o acordo firmado entre os EUA e a Europa na quarta-feira ajudou a diminuir as preocupações relacionadas às tensões comerciais entre as duas economias, mas reacendeu as preocupações acerca de novas investidas do governo Trump sobre a China. Ao esfriar os ânimos dos investidores em relação ao cenário benigno para China nos últimos dois dias (vide o Morning Call de ontem), a moeda norte-americana registrou uma sessão de alta nesta quinta-feira e contribuiu para a abertura (alta) das taxas de juros futuras negociadas na Bolsa. Resultado disso: recuo dos preços dos títulos do Tesouro Direto, em especial prefixados e indexados ao IPCA, tanto para a compra quanto para a venda antecipada.



Também chamou atenção nesta quinta-feira a divulgação dos pedidos iniciais por seguro-desemprego nos EUA que atingiram 217 mil novos pedidos na semana encerrada em 21 de julho, ante os 208 mil novos pedidos registrados na semana anterior (até o dia 14 de julho) que foi o mais baixo número de pedidos desde dezembro de 1969 (gráfico abaixo), o que reforça o aquecimento do mercado de trabalho norte-americano. Somado aos cortes de impostos promovidos no início deste ano e de uma possível alta nos preços das matérias-primas decorrentes da sobretaxação de diversos produtos promovida pela administração Trump nos últimos meses, não descarto a possibilidade de que tenhamos uma pressão na inflação dos EUA o que pode forçar o Federal Reserve a intensificar o ritmo de alta nas taxas de juros nos próximos anos. Como tenho demonstrado nos últimos posts: uma alta nos juros por lá representa um risco para nós.


Na agenda econômica desta sexta-feira (27) destaque para a primeira prévia do desempenho da economia norte-americana (PIB) do segundo trimestre de 2018 cujas expectativas apontam para um crescimento de 4,1%.

Bom dia e bons negócios!






quinta-feira, 26 de julho de 2018

Morning Call - 26/07/2018

Mapa do Tesouro

Por Carlos Soares, CNPI

Ainda repercutindo o pacote de estímulos chinês, os emergentes seguiram registrando mais um dia de ganhos na sessão desta quarta-feira (25). A combinação de cortes de impostos e investimentos em infraestrutura, na ordem de US$ 74 bilhões, foi adotada para lidar com as incertezas comerciais que ameaçam o crescimento econômico do gigante asiático. Além de ajudar a sustentar o crescimento econômico do país, o pacote anunciado pelo governo chinês cria a expectativa de que o consumo por matérias-primas continue firme e siga sustentando os preços destes insumos o que é benéfico para países que são grandes produtores como o Brasil e a África do Sul, por exemplo.

Resultado disso: a exemplo do ocorrido nesta terça-feira tivemos a queda do dólar em relação aos principais emergentes, como podemos notar no gráfico abaixo. Vale ressaltar que a queda do dólar ajuda a mitigar as preocupações em torno da inflação o que leva ao recuo nas taxas de juros futuras negociadas na Bolsa e contribui para a alta nos preços dos títulos indexados ao IPCA e prefixados negociados no Tesouro Direto.


No front local o mercado ainda comemora o apoio do Centrão a candidatura de Geraldo Alckmin por apresentar uma tendência mais reformista em relação às demais candidaturas. Embora possa fortalecer o candidato tucano, esta aliança ainda não deve se refletir nas próximas pesquisas de intenções de votos o que, na minha visão, pode gerar alguma realização nos próximos dias.

Além das medidas de estímulos da China, o cenário externo segue atento às tratativas de Donald Trump junto aos seus parceiros comerciais.


Com a proximidade do início das campanhas eleitorais por aqui, previstas para o final do próximo mês, e diante de uma postura errática de Donald Trump em relação ao comércio mundial, sigo vislumbrando um cenário de incertezas para os ativos de risco. Diante disso, quanto aos títulos negociados no Tesouro Direto, recomendo cautela em relação aos títulos indexados ao IPCA e prefixados.


Bom dia e bons negócios!






quarta-feira, 25 de julho de 2018

Morning Call - 25/07/2018

Mapa do Tesouro

Por Carlos Soares, CNPI

Mesmo com as tensões comerciais e o risco de alta nas taxas de juros das principais economias no radar dos investidores, o cenário externo trouxe alívio aos ativos locais. Desta vez a boa notícia veio da China com o gigante asiático sinalizando a possibilidade de anunciar novos estímulos para sua economia. Novos estímulos se traduzem em aumento/sustentação do consumo chinês o que sustenta também os preços das matérias-primas (commodities), beneficiando os países emergentes, como nós, grandes produtores de insumos. Resultado disso: queda do dólar (vide gráfico abaixo) e recuo nas taxas de juros futuras, neste caso beneficiando, na minha opinião, pontualmente os títulos indexados ao IPCA e prefixados negociados no Tesouro Direto.

Texto alternativo

O quadro político segue em compasso de espera devendo ganhar força a partir do próximo mês quando se aproxima o início das campanhas eleitorais. De novo apenas a sinalização feita pelo presidenciável Geraldo Alckimin de que, se eleito, não retornará com a contribuição sindical obrigatória abolida com a reforma trabalhista.

Diante de uma agenda econômica esvaziada, o mercado deve seguir sendo ditado pelo cenário externo que, como venho reforçado nos últimos dias, segue incerto diante da iminência de novos anúncios de sobretaxação de produtos importados pelos EUA que pode deflagrar uma guerra comercial entre as principais economias do planeta.

Sendo assim, sigo recomendando cautela em relação aos títulos indexados ao IPCA e prefixados negociados no Tesouro Direto, que são os que apresentam as maiores variações nos preços.


Bom dia e bons negócios!






terça-feira, 24 de julho de 2018

Morning Call - 24/07/2018

Mapa do Tesouro

Por Carlos Soares, CNPI

Conforme o esperado, as projeções de inflação do mercado divulgadas pelo Relatório Focus para 2018 recuaram de 4,15% na penúltima semana para 4,11% na última semana, diante da melhora na prévia do IPCA apresentada nesta sexta-feira.

No front externo chamou a atenção o comportamento dos bonds de 10 anos japoneses (o equivalente ao Tesouro Direto do Japão) que registraram forte alta (vide gráfico abaixo) diante de rumores de que seu Banco Central (BoJ) inicie a retirada dos estímulos monetários - movimento também repetido pelos Treasuries. Por outro lado, a autoridade monetária japonesa informou que poderá intervir no mercado através da compra ilimitada destes títulos caso os juros atinjam 0,110% a.a. (isso mesmo, o rendimento da renda fixa no Japão é de 0,11% ao ano!). Na prática uma alta na taxa de juros por lá também representa um risco aos emergentes, pois a injeção de recursos promovida pelo BoJ também contribuiu para a entrada de fluxo de estrangeiros nestes países, inclusive nós. Com a alta das taxas de juros nas economias desenvolvidas os títulos dos emergentes passam a ficar menos atrativos desencadeando o chamado flight to quality (vôo para a qualidade) que é a migração dos recursos de mercados mais arriscados, como o nosso, para os mercados tidos como mais seguros como os títulos de dívidas dos países desenvolvidos.

Texto alternativo


Com a agenda econômica esvaziada nesta terça-feira os destaques ficam para as tensões comerciais envolvendo os EUA e preocupações relacionadas a retirada dos estímulos monetários nas principais economias.


Apesar da melhora nas expectativas do quadro político/eleitoral, o momento segue de cautela, pois, a exemplo de toda disputa eleitoral, sabemos que o processo nunca se dá de maneira linear, ou seja, pode-se esperar trocas de acusações entre os candidatos, como observado em todas as eleições, que podem trazer volatilidade aos preços dos ativos locais. Lá fora, o quadro também não se mostra tão alentador em função da iminência de novas investidas da gestão Trump sobre o comércio mundial. Diante disso, recomendo cautela em relação aos títulos indexados ao IPCA e prefixados negociados no Tesouro Direto, os que apresentam as maiores variações nos preços, no momento.


Bom dia e bons negócios!






segunda-feira, 23 de julho de 2018

Morning Call - 23/07/2018

Mapa do Tesouro

Por Carlos Soares, CNPI

Novamente se descolando do exterior nosso mercado registrou mais uma sessão de ganhos com os investidores digerindo o apoio firmado pelo Centrão a candidatura de Geraldo Alckmin. Conforme mencionado no último Morning Call, a aliança dá forças a candidatura do peessedebista e reforça as expectativas de que a agenda de reformas possam avançar no próximo governo. Independentemente das preferências ideológicas ou políticas, a grande preocupação do mercado se volta para o delicado quadro das contas públicas e a volta de uma política heterodoxa (com tendência a elevar os gastos públicos) que tornaria a situação fiscal ainda mais desafiadora.


A divulgação do IPCA-15 abaixo das expectativas também contribuiu para a melhora dos ativos locais, especialmente de renda fixa, do mesmo modo vislumbrado no Morning Call desta sexta-feira, ao confirmar que os efeitos da paralisação dos caminhoneiros seguem se dissipando.


Na agenda econômica desta segunda-feira destaque para o Relatório Focus que, após a divulgação do IPCA-15, deve registrar alguma revisão para baixo nas expectativas de inflação para 2018.


Apesar da melhora nas expectativas do quadro político/eleitoral, o momento segue de cautela, pois, a exemplo de toda disputa eleitoral, sabemos que o processo nunca se dá de maneira linear, ou seja, pode-se esperar trocas de acusações entre os candidatos, como observado em todas as eleições, que podem trazer volatilidade aos preços dos ativos locais. Lá fora, o quadro também não se mostra tão alentador em função da iminência de novas investidas da gestão Trump sobre o comércio mundial. Diante disso, recomendo cautela em relação aos títulos indexados ao IPCA e prefixados negociados no Tesouro Direto, os que apresentam as maiores variações nos preços, no momento.


Bom dia e bons negócios!










sábado, 21 de julho de 2018

Saraiva: Upside a Vista?



Por Carlos Soares, CNPI


A Saraiva S.A. Livreiros e Editores, popularmente conhecida por livraria Saraiva, é um dos maiores varejistas de conteúdo com foco em educação e cultura do país. A companhia passa por um plano de transformação centrado na transformação digital de seus negócios com a criação de canais voltados para o crescente segmento E-Commerce (vendas online). Dentro dessa estratégica destaca-se o crescimento da participação do segmento online sobre sua receita que passou de R$ 175,5 milhões no 1T17 (cerca de 35% da receita líquida) para R$ 234,7 milhões no 1T18 (equivalente a 41%).


No que tange ao desempenho operacional a companhia apresentou importantes avanços no decorrer do último ano que resultou em ganhos de margens através de iniciativas como, segundo informado em seu release, “controle de despesas, rígido processo de seleção de projetos para investimento, e a equilibrada gestão do capital de giro”. Dentro destas iniciativas, destaque para as inaugurações de novas unidades alinhadas ao seu novo conceito de “loja ideal”, que traz um amplo sortimento de produtos e serviços (inclusive cafeterias), cujos investimentos tem sido, em média, 25% inferiores ao modelo anterior, além do encerramento de unidades que apresentem “baixa perspectiva de valor”.


A companhia tem buscado renegociar os prazos com seus fornecedores e bancos o que, conjuntamente com evolução do cenário competitivo, especialmente no meio eletrônico, traz desafios adicionais em seus resultados. Por outro lado, este mesmo cenário competitivo cria condições para que a companhia siga se reinventando buscando a captura de oportunidades tanto no ambiente E-Commerce quanto no desenvolvimento de suas “lojas-conceitos” aproveitando o peso de sua marca no comércio de conteúdo.


Resta-nos aguardar como evoluíram as iniciativas adotadas no decorrer do 2T18 cujos resultados devem ser conhecidos no dia 14 de agosto.

Artigo elaborado para o portal Distribuindo Valor






Em atendimento a Instrução CVM nº 598, de 03 de maio de 2018



DECLARAÇÃO DE ISENÇÃO DE RESPONSABILIDADE

  • As análises apresentadas foram elaboradas por Carlos Soares, analista de valores mobiliários devidamente autorizado pela Apimec Nacional a exercer tal função (“Analista”) de forma autônoma conforme a Instrução CVM nº 598, de 03 de maio de 2018 ;
  • O Analista declara que as recomendações do relatório de análise refletem única e exclusivamente as suas opiniões pessoais e que foram elaboradas de forma independente, refletindo puramente seu ponto de vista. O Analista é um profissional independente e suas opiniões pessoais podem ser divergentes da opinião de outros analistas;
  • O Analista não se responsabiliza por nenhuma das operações que forem ou vierem a ser realizadas pelos Investidores e se exime de toda e qualquer responsabilidade por qualquer lucro ou prejuízos direto ou indireto que decorram da utilização de qualquer informação relativa às análises divulgadas. Cabe aos Investidores, exclusivamente, a decisão de adquirir ou alienar valores mobiliários ou contratos negociados em mercado de bolsa ou balcão e o eventual lucro ou prejuízo financeiro decorrente de tal decisão;
  • O Analista informará abaixo, nos termos da Instrução CVM 598/18, quaisquer situações que possam afetar a imparcialidade do relatório ou que configure ou possa configurar conflito de interesses:

( ) O analista envolvido na elaboração do relatório possui vínculo com pessoa natural que trabalhe para o emissor objeto do relatório de análise, esclarecendo a natureza do vínculo


( x ) O analista envolvido na elaboração, seu cônjuge ou companheiro, está direta ou indiretamente, em nome próprio ou de terceiros, titular de valores mobiliários objeto do relatório de análise: CRFB3, DTEX3, RAPT4, Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 2020, Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 2035, Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 2050, Tesouro Prefixado com Juros Semestrais 2025, Tesouro Prefixado com Juros Semestrais 2027 e Tesouro Selic 2023.


( ) O analista envolvido na elaboração, seu cônjuge ou companheiro, está direta ou indiretamente envolvido na aquisição, alienação ou intermediação dos valores mobiliários objeto do relatório de análise.


( ) O analista envolvido na elaboração, seu cônjuge ou companheiro, está direta ou indiretamente, qualquer interesse financeiro em relação ao emissor objeto do relatório de análise, exceto pelo disposto no parágrafo único do § 1º do art. 13 da Instrução CVM 598/18


( ) A remuneração do analista de valores mobiliários foi ou será, direta ou indiretamente, influenciada pelas receitas provenientes dos negócios e operações financeiras realizadas pela pessoa a que esteja vinculado.




sexta-feira, 20 de julho de 2018

Morning Call - 20/07/2018

Mapa do Tesouro

Por Carlos Soares, CNPI

Em meio aos temores de uma rodada das investidas de Donald Trump sobre comércio mundial, os ativos globais registraram uma sessão de perdas nesta quinta-feira (19). Em resposta às ameaças do governo norte-americano sobretaxar seu setor automotivo, a União Européia anunciou que poderá impor, em retaliação, barreiras sobre uma lista (não divulgada) de produtos dos EUA.

Por outro, mesmo com o cenário externo pressionando, os juros futuros recuaram forte com a ajuda dos leilões de Tesouro Selic e Tesouro Prefixados realizados pelo Tesouro Nacional, que somaram mais de R$ 20 bilhões, numa tentativa de conter os ânimos do mercados. Mas, conforme mencionado no Morning Call de ontem, "o quadro político deve começar a ganhar força no radar dos investidores e trazer mais volatilidade aos ativos locais". Neste caso a volatilidade veio a favor do mercado com os rumores de que o chamado "Centrão" (grupo de parlamentares que englobam uma lista de 13 partidos, formando maioria no Congresso Nacional) possa fechar apoio a candidatura de Geraldo Alckimin. Caso esta aliança se concretize, o mercado e os agentes econômicos tenderão a reagir positivamente, pois além do fortalecimento de um candidato reformista poderemos vislumbrar, caso vença o pleito de outubro, a possibilidade de um governo com uma maioria no Congresso com grandes chances de aprovar as reformas estruturantes tão necessárias para consolidar o crescimento sustentável do país.

Na agenda econômica destaque para a divulgação do IPCA-15 - considerado uma prévia da inflação oficial - que pelas expectativas do mercado pode ter apresentado um avanço de 0,75% no mês de julho, levando o acumulado em 12 meses a 4,64%, ligeiramente acima da meta oficial de 4,50%. Um resultado abaixo do esperado pode contribuir para o recuo das taxas de juros futuras negociadas na B3 e elevar as cotações, tanto de compra quanto de venda, dos títulos negociados no Tesouro Direto.

Mesmo com a melhora nas expectativas do quadro político/eleitoral, o momento segue de cautela, pois quaisquer revezes no cenário político pode desencadear uma forte correção dos ativos. Diante disso, bem como das incertezas externas, sigo mantendo cautela em relação aos títulos indexados ao IPCA e prefixados negociados no Tesouro Direto no momento.



Bom dia e bons negócios!










quinta-feira, 19 de julho de 2018

Morning Call - 19/07/2018

Mapa do Tesouro

Por Carlos Soares, CNPI

Em uma sessão marcada por um volume reduzido de negócios, os juros futuros encerraram próximos da estabilidade no pregão da B3. Em seu segundo depoimento aos congressistas norte-americanos, o presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, apenas confirmou a avaliação positiva em relação ao crescimento da atividade econômica do país. Por outro lado, no período da tarde, o Livro Bege também divulgado pelo Fed apresentou um quadro de preocupação dos empresários norte-americanos em relação aos impactos das tarifas impostas por Donald Trump sobre os produtos importados. Em regiões como o distrito da Filadélfia, por exemplo, as medidas têm causado a alta nos preços de suprimentos que em algum momento poderá ser repassada aos consumidores e pressionar a inflação na maior economia do planeta.

Outro ponto que tem chamado a atenção dos investidores globais tem sido o achatamento da curva de juros nos EUA. Em termos práticos o que isso significa para nós? A curva de juros demonstra as expectativas do mercado em relação a política monetária norte-americana (leia-se taxa de juros definida pelo Fed) para os próximos anos. Quando o mercado passa a vislumbrar um quadro recessivo (aumento do desemprego, queda na produção), as expectativas de juros para o longo prazo convergem para patamares inferiores aos esperados para daqui dois anos, por exemplo, devido à probabilidade do banco central norte-americano ter que promover estímulos que possam reativar a economia do país. Em um quadro de incertezas quanto ao crescimento da economia norte-americana (e mundial) os ativos emergentes tendem a ser penalizados. Por outro lado, na sessão desta quarta-feira (18) as taxas pagas pelos T-Notes de 10 anos (títulos públicos dos EUA com vencimento para daqui 10 anos) registraram uma pequena alta sendo cotados a 2,875% ao ano, o que na margem traz algum alívio aos emergentes.

Na agenda econômica desta quinta-feira destaque apenas para os pedidos iniciais por seguro-desemprego nos EUA às 9h30. No front local com a proximidade das eleições e a definição das chapas que disputarão a presidência do país, o quadro político deve começar a ganhar força no radar dos investidores e trazer mais volatilidade (oscilação dos preços) nos ativos locais.Diante disso, vale cautela em relação às modalidades indexadas ao IPCA e prefixados negociados no Tesouro Direto.

Bom dia e bons negócios!










quarta-feira, 18 de julho de 2018

Comentário de Resultados do 2T18 - Weg (WEGE3)



Por Carlos Soares, CNPI

Uma das maiores fabricantes de equipamentos eletroeletrônicos do mundo, a catarinense Weg, divulgou seus resultados referentes ao 2º trimestre de 2018 nesta quarta-feira. A combinação de melhora na conjuntura econômica, observada em outros setores, mesmo com a paralisação dos caminhoneiros em maio, juntamente com a participação de novos negócios como os voltados para energia solar, dos recém-adquiridos negócios de turbinas a vapor no Brasil e de transformadores nos EUA, resultaram no maior nível de receitas trimestral em seus quase 60 anos de história.


Já seu lucro líquido somou R$ 336 milhões no 2º trimestre de 2018 e, no acumulado do ano, totalizou R$ 621 milhões, com crescimento de, respectivamente, 23,6% e 17,3% em relação ao ano anterior. Apesar do crescimento, a Weg registrou queda de margens em função basicamente pelos custos relativos a integração das novas unidades adquiridas no decorrer do último ano e que devem registrar melhora no decorrer dos próximos trimestres.


Vale destacar que mais da metade das receitas da companhia são provenientes do mercado externo, sendo cerca de 15% em dólares o que, na minha avaliação, pode considerá-la como sendo uma alternativa na Bolsa em um contexto de alta do dólar.


Os números apresentados pela companhia confirmam minha expectativa traçada no início deste ano e sigo vislumbrando que, com a volta da recuperação da economia, seus resultados apresentem melhora nos negócios voltados para o mercado interno, ainda de que maneira gradual, com destaque para indústrias ligadas ao consumo de eletroeletrônicos.


Para os produtos de ciclo longo, notadamente na reposição de equipamentos com a retomada dos investimentos, conforme observado nos leilões de geração de energia e de petróleo e gás, devem contribuir, juntamente com a evolução da carteira de pedidos com projetos em energia eólica, para os resultados da Cia. ao longo dos próximos anos. Vale pontuar que a companhia sentiu sinais de melhora no nível de investimentos de importantes indústrias como mineração e de papel e celulose, o que também reforça a perspectiva positiva em torno de suas receitas.


No mercado externo, apesar das incertezas com as disputas comerciais envolvendo as principais economias do planeta, os sinais de recuperação seguem consistentes, com perspectivas positivas para a entrada de pedidos de produtos de ciclo longo, principalmente em indústrias ligadas a óleo e gás, produção de papel e celulose, conforme informado pela companhia, além das perspectivas de maiores investimentos em infraestrutura nos EUA, neste caso confirmando minhas expectativas no início deste ano.


Diante disso, apesar das incertezas com o quadro político local e do comércio mundial, a companhia permanece com expectativas de seguir apresentando bons fundamentos nos próximos trimestres.



Em atendimento a Instrução CVM nº 598, de 03 de maio de 2018



DECLARAÇÃO DE ISENÇÃO DE RESPONSABILIDADE

  • As análises apresentadas foram elaboradas por Carlos Soares, analista de valores mobiliários devidamente autorizados pela Apimec Nacional a exercer tal função (“Analista”) de forma autônoma conforme a Instrução CVM nº 598, de 03 de maio de 2018 ;
  • O Analista declara que as recomendações do relatório de análise refletem única e exclusivamente as suas opiniões pessoais e que foram elaboradas de forma independente, refletindo puramente seu ponto de vista. O Analista é um profissional independente e suas opiniões pessoais podem ser divergentes da opinião de outros analistas;
  • O Analista não se responsabiliza por nenhuma das operações que forem ou vierem a ser realizadas pelos Investidores e se eximem de toda e qualquer responsabilidade por qualquer lucro ou prejuízos direto ou indireto que decorram da utilização de qualquer informação relativa às análises divulgadas. Cabe aos Investidores, exclusivamente, a decisão de adquirir ou alienar valores mobiliários ou contratos negociados em mercado de bolsa ou balcão e o eventual lucro ou prejuízo financeiro decorrente de tal decisão;
  • O Analista informará abaixo, nos termos da Instrução CVM 598/18, quaisquer situações que possam afetar a imparcialidade do relatório ou que configure ou possa configurar conflito de interesses:

( ) Qualquer dos analistas envolvidos na elaboração do relatório possui vínculo com pessoa natural que trabalhe para o emissor objeto do relatório de análise, esclarecendo a natureza do vínculo


( x ) Qualquer dos analistas envolvidos na elaboração, seu cônjuge ou companheiro, está direta ou indiretamente, em nome próprio ou de terceiros, titular de valores mobiliários objeto do relatório de análise: CRFB3, DTEX3, RAPT4, Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 2020, Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 2035, Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 2050, Tesouro Prefixado com Juros Semestrais 2025, Tesouro Prefixado com Juros Semestrais 2027 e Tesouro Selic 2023.


( ) Qualquer dos analistas envolvidos na elaboração, seu cônjuge ou companheiro, está direta ou indiretamente envolvido na aquisição, alienação ou intermediação dos valores mobiliários objeto do relatório de análise.


( ) Qualquer dos analistas envolvidos na elaboração, seu cônjuge ou companheiro, está direta ou indiretamente, qualquer interesse financeiro em relação ao emissor objeto do relatório de análise, exceto pelo disposto no parágrafo único do § 1º do art. 13 da Instrução CVM 598/18


( ) A remuneração do analista de valores mobiliários foi ou será, direta ou indiretamente, influenciada pelas receitas provenientes dos negócios e operações financeiras realizadas pela pessoa a que esteja vinculado.




Morning Call - 18/07/2018

Mapa do Tesouro

Por Carlos Soares, CNPI

Além de ter sido o destaque da agenda econômica desta terça-feira (vide o Morning Call de ontem), o depoimento do presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, foi o principal trigger (gatilho) para a melhora do humor dos mercados globais. Perante os senadores norte-americanos, Powell afirmou que a economia do país deverá ter pela frente vários anos de inflação baixa e um mercado de trabalho robusto, atenuando maiores preocupações acerca do ritmo de alta na taxa de juros. Vale ressaltar que uma alta mais intensa nos juros dos EUA teria o potencial de afugentar parte dos investidores de outros mercados, especialmente dos emergentes como nós, para títulos mais seguros como os Treasuries (equivalente ao Tesouro Direto norte-americanos), que neste caso também passariam a render mais.


Pegando carona com a melhora do humor global, os ativos locais registraram uma sessão de ganhos nesta terça-feira e os juros futuros negociados na B3 cederam (fecharam) ao longo de toda curva (em praticamente todos os vencimentos). Com o fechamento das taxas, os preços dos títulos do Tesouro Direto se valorizaram, especialmente nas modalidades prefixadas e os indexadas ao IPCA.


Na agenda econômica desta quarta-feira teremos mais um depoimento de Jerome Powell, desta vez junto aos deputados norte-americanos, também às 11:00, e mais tarde as atenções se voltam para a divulgação do Livro Bege, às 15:00, que apresentará um panorama das condições atuais da economia dos EUA. Ambos serão acompanhados de perto pelos investidores mundiais e podem ditar o ritmo dos negócios por aqui. Um discurso mais ameno do presidente do Fed pela manhã e a sinalização de que a economia norte-americana segue robusta no documento a ser divulgado a tarde podem contribuir para mais uma melhora dos mercados nesta quarta-feira (18).


Bom dia e bons negócios!










terça-feira, 17 de julho de 2018

Morning Call - 17/07/2018

Mapa do Tesouro

Por Carlos Soares, CNPI

O mercado de juros futuros apresentou um comportamento distinto ao longo da curva (leia-se entre os diferentes prazos de vencimento) com as taxas recuando ("fechando", no jargão do mercado) nos vencimentos mais próximos (na "ponta mais curta"), até 2023, e subindo a partir daí (nos "vértices mais longos", usando a terminologia técnica).


O movimento coincide com a divulgação da prévia mais fraca, ainda que esperada, da atividade econômica do nosso país no mês de maio. Segundo divulgado pelo Banco Central, o IBC-Br - considerado uma proxy do Produto Interno Bruto (PIB), registrou queda de -3,34% em relação ao mês de abril, basicamente por conta dos efeitos da paralisação dos caminhoneiros ocorrida em maio. Com um nível de atividade mais fraco os agentes de mercado acabam vislumbrando de taxa de juros baixas por um período mais prolongado para estimular a economia - ao menos é a leitura que se pode ter no curto prazo. Com o recuo das taxas de juros futuras, acabam se beneficiando os títulos públicos prefixados e indexados a inflação com prazo de vencimento mais curtos, preponderantemente até o ano de 2023, por conta da valorização no preço de venda, caso o investidor opte por resgatá-los antecipadamente.


Por outro lado as taxas mais longas acabaram seguindo de perto o cenário externo na última sessão. Os juros (yields) dos títulos norte-americanos registraram alta impulsionados pelos dados de vendas do varejo de junho divulgados na manhã desta segunda-feira (16) que, como bem ressaltado pela agência de notícias Reuters, apresentou o quinto mês consecutivo de crescimento e amenizou temporariamente as preocupações em torno das disputas comerciais entre os EUA e China. Juntamente com a alta dos Treasuries vale destacar que as incertezas relacionadas ao quadro fiscal brasileiro para os próximos anos e o cenário político/eleitoral também contribuem para o tom de cautela nos vencimentos mais longos.


Nesta terça-feira a agenda econômica traz como destaque o depoimento do presidente do Federal Reserve (Fed, o Banco Central dos EUA), Jerome Powell, às 11h00, que poderá sinalizar os próximos passos para o ritmo de alta da taxa de juros norte-americana.


Bom dia e bons negócios!










segunda-feira, 16 de julho de 2018

Morning Call - 16/07/2018

Mapa do Tesouro

Por Carlos Soares, CNPI

A divulgação de dados de atividade e inflação nos últimos dias acabou dissipando, ao menos no curto prazo, os riscos de que o Banco Central dos EUA intensificasse o ritmo de alta na taxa de juros por lá. Na sexta-feira, os juros oferecidos pelos Treasuries de 10 anos (títulos públicos norte-americanos, equivalentes ao nosso Tesouro Direto) encerraram aos 2,829% ao ano e se distanciaram da barreira psicológica dos 3,0% observados em meados de maio e que vinha desencadeando a correção dos ativos emergentes. Dados de emprego, em especial os ganhos médios por hora trabalhada nos EUA divulgados no dia 06, ajudaram a mitigar quaisquer pressões sobre os preços na maior economia do planeta. Por falar em inflação, foi divulgada a inflação ao consumidor norte-americano do mês de junho na última quinta-feira (12) e que apresentou uma ligeira alta de 0,1% em relação ao mês de maio, ficando abaixo das expectativas que apontavam um ligeiro avanço de 0,2%. As expectativas são de que os preços sigam comportados, especialmente por conta da redução do sentimento do consumidor dos EUA, divulgado pela Universidade de Michigan, que atingiu o menor patamar em seis meses diante das preocupações dos consumidores norte-americanos em relação aos efeitos da guerra comercial promovida pelo presidente Donald Trump. Neste caso, consumidor cauteloso pode levar a queda das vendas o que pode fazer com que as empresas tenham menos espaço para elevar os preços e, portanto, levando a um quadro de menor inflação e menos pressão para a elevação da taxa de juros por lá.

Por aqui, mesmo com o quadro fiscal pressionando a dinâmica dos juros futuros, o cenário externo prevaleceu e fez com que estas taxas cedessem um pouco na sessão desta sexta-feira (13), o que contribuiu para a alta dos preços dos títulos indexados a inflação e prefixados ofertados no Tesouro Direto, em relação ao fechamento da semana anterior.

Com a perspectiva de manutenção da taxa Selic neste ano e de que seja elevada no próximo ano, mantenho cautela em relação aos títulos indexados ao IPCA e prefixados negociados no Tesouro Direto. No front externo, os recentes indicadores divulgados trouxeram algum alívio em relação às expectativas de alta da taxa de juros nos EUA, mas as tensões comerciais envolvendo os EUA e os demais países seguem apresentando um fator de risco no curto prazo.

Diante disso, para o investidor estreante ou pouco familiarizado com o mercado de financeiro vale a recomendação de fazer seus investimentos na modalidade pós fixada, que é a que mais se assemelha ao comportamento da caderneta de poupança, mas com ganhos superiores ao longo do tempo. Dentro do Tesouro Direto este investimento seria o Tesouro Selic 2023.

Para o investidor que busca capturar oportunidades, mesmo em um contexto de maior volatilidade recomendamos conhecer o relatório Mapa do Tesouro: Recomendações de Tesouro Direto.

Bom dia e bons negócios!










sexta-feira, 13 de julho de 2018

Morning Call - 13/07/2018

Mapa do Tesouro

Por Carlos Soares, CNPI

Mesmo com a melhora do humor no exterior o mercado de juros futuros negociados na B3, balizadores do mercado de renda fixa, inclusive do Tesouro Direto, registrou uma sessão de alta nesta quinta-feira (12) diante do quadro fiscal mais desafiador que se desenha para o próximo ano. A aprovação da Lei das Diretrizes Orçamentárias (LDO), que serve para determinar o quanto o governo deverá se planejar para gastar no próximo ano (o quanto pretende gastar será encaminhado em meados de agosto para a aprovação do Congresso), apresentou uma projeção de cortes dos gastos públicos aquém do esperado tornando ainda mais incerto o quadro de estabilidade do déficit públicos no decorrer dos próximos anos. Além de levar os investidores a atribuirem um prêmio maior (leia-se juros cobrados) à dívida soberana - títulos públicos ofertados pelo Tesouro Nacional para o financiamento dos gastos do governo, onde se incluem os títulos do Tesouro Direto - a deterioração das contas públicas também apresenta um componente inflacionário ao longo do tempo (como parte da demanda agregada) o que forçaria o Banco Central a elevar a taxa Selic - o que também justifica a alta dos juros futuros registrada na última sessão. Diante disso, os títulos prefixados e indexados a inflação disponibilizados no Tesouro Direto são os que mais sofrem dentro deste cenário, pois o preço obtido na compra ou venda é calculado a partir dos juros praticados no momento da negociação: quando os juros sobem a cotação cai ou vice versa.

Mantenho cautela em relação aos títulos indexados ao IPCA e prefixados negociados no Tesouro Direto, especialmente aqueles que com vencimento mais distante, que devem seguir sofrendo maiores variações nos preços por conta das incertezas domésticas seja pelo quadro fiscal incerto nos próximos anos ou pela corrida eleitoral se aproximando cada vez mais, bem como pelo cenário externo com as tensões comerciais envolvendo os EUA e China.




Bom dia e bons negócios!






quinta-feira, 12 de julho de 2018

Morning Call - 12/07/2018

Mapa do Tesouro

Por Carlos Soares, CNPI

Confirmando meu cenário traçado nos últimos dias, o mercado de juros encerrou a sessão desta quarta-feira (11) em alta em meio aos temores de um recrudescimento da guerra comercial envolvendo os EUA e a China. Os impactos de uma guerra comercial envolvendo as duas potências pode ser desastroso para a retomada da economia mundial. Dentre os possíveis efeitos pode-se destacar a elevação de tarifas às importações de matérias-primas utilizadas na indústria cujos impactos poderão ser sentidos ao longo do tempo no custo de produção que poderão ser repassados nos preços finais destes produtos junto aos consumidores, ou seja, alta na inflação. Uma alta na inflação, notadamente nos EUA, forçaria o Banco Central norte americano (Federal Reserve) a intensificar o (já iniciado) processo de elevação da taxa de juros no país, o que tornaria os títulos de sua dívida soberana - equivalente ao Tesouro Direto deles, também conhecidos por Treasuries - mais atrativos em comparação aos investimentos em outros países. Além disso, a possibilidade de perda de mercado para alguns produtos norte-americanos, diante da retaliação chinesa em resposta às empreitadas de Trump, pode resultar na queda das vendas de setores da industria norte-americana forçando, portanto, a redução na produção local o que levaria ao círculo vicioso de demissões e queda na atividade econômica. Estas preocupações com o cenário externo mais incerto resultaram claramente num movimento global de migração de fluxos de investimentos dos investidores mundiais para ativos mais seguros, como os Treasuries - movimento também conhecido por "voo para a qualidade" ou "flight to quality", na sigla em inglês. Este movimento tem feito, desde o início do ano, com que a demanda por dólares resultasse na alta da divisa norte-americana em relação ao real (diga-se de passagem em relação a outras moedas emergentes também como o rand sul africano, peso mexicano, etc) puxando para cima os juros futuros negociados na Bolsa. Como dito nos últimos posts, estes juros servem de referência para os rendimentos e preços praticados nas negociações dos títulos negociados no Tesouro Direto.

Já na sessão desta quinta-feira (12), além das tensões comerciais envolvendo os EUA e a China, as atenções devem se voltar para a divulgação dos dados de inflação de junho nos EUA que será conhecido às 9h30 cujas expectativas projetam um avanço de 0,2% em relação ao mês de maio.

Diante disso, sigo vislumbrando cautela em relação aos títulos indexados ao IPCA e prefixados negociados no Tesouro Direto, especialmente aqueles que com vencimento mais distante, que devem sofrer maiores variações nos preços por conta das incertezas domésticas (vide Morning Call desta quarta-feira) e do cada vez mais desafiador cenário externo.


Bom dia e bons negócios!







quarta-feira, 11 de julho de 2018

Morning Call - 11/07/2018

Mapa do Tesouro

Por Carlos Soares, CNPI

Mesmo que ainda distante de termos um céu de brigadeiro, o humor dos investidores registraram alguma melhora no início desta semana no mercado de juros futuros (DI futuro) negociados na Bolsa. Acompanhando a queda do dólar, estas taxas registraram forte baixa ao longo de toda curva, leia-se prazos de vencimentos, contribuindo para que os preços dos títulos públicos prefixados e indexados a inflação registrassem uma alta nos preços de venda no Tesouro Direto. Cabe lembrar que o rendimento do Tesouro Direto varia, principalmente nas modalidades prefixadas e indexadas ao IPCA, caso o investidor opte por resgatar seu investimento antes do vencimento. A variação do rendimento destes títulos está intrinsecamente ligada ao movimento das taxas de juros futuras negociadas na Bolsa que servem como parâmetro para os investidores negociarem os rendimentos (yields) no mercado de renda fixa.

Outro ponto ressaltado pela mídia nesta terça-feira (10) foi o fato da revisão das expectativas de crescimento da economia brasileira, apuradas pelo Banco Central, através da pesquisa semanal Focus, e pelo fato de que o cenário político segue inalterado, ou seja, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva permanece fora da disputa eleitoral, confirmando, ao menos por ora, que a decisão de torná-lo inelegível continua valendo.

Contudo, sigo vislumbrando que apesar da elevada ociosidade da economia não descarto alguma reversão das expectativas em relação a projeção de inflação e taxa de juros no país. Fatores como: reajustes na energia elétrica, preços dos combustíveis e até mesmo a alta do dólar podem pressionar (se já não estão!) a inflação no decorrer dos próximos meses forçando ao já previsto aumento da taxa Selic no próximo ano. Diante disso, sigo com cautela em relação aos títulos indexados a inflação e prefixados, especialmente com vencimentos mais longos (distantes).



Bom dia e bons negócios!




Veja também minha entrevista concedida a Money Report nesta terça-feira (10)






segunda-feira, 9 de julho de 2018

Morning Call - 09/07/2018


Mapa do Tesouro

Por Carlos Soares, CNPI

Os juros futuros seguiram devolvendo prêmio na última semana tendo o movimento sustentado pelos números de IPCA e 'payroll' dentro das expectativas na sessão desta sexta-feira. Mesmo registrando a maior alta para um mês de junho desde 1995, o IPCA avançou 1,26% em relação ao mês de maio e ficou ligeiramente abaixo das expectativas que apontavam para uma alta de 1,28%. Ainda surtindo os efeitos da paralisação dos caminhoneiros, a inflação de junho também foi pressionada pelo aumento da conta de luz, o que deve se repetir nos próximos levantamentos juntamente com os recentes reajustes no preço do gás de cozinha. Lá fora, os dados de emprego nos EUA ficaram praticamente em linha com as projeções ao somar 213 mil criações de vagas no mês de junho (est. 200 mil), mas o destaque ficou para o avanço de apenas 0,2% nos ganhos médios por hora trabalhada (est. 0,3%), o que afasta, por enquanto, quaisquer preocupações me relação a inflação no país e traz algum alívio em torno das expectativas em relação ao ritmo de alta na taxa de juros na maior economia do planeta. Por falar de inflação norte-americana, o destaque na agenda econômica ficará para a divulgação do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) do mês de junho na quinta-feira, além do relatório Focus e do IGP-DI nesta segunda-feira (09), neste caso sem negociações por conta do feriado no Estado de São Paulo. Sigo vislumbrando que as incertezas ainda permanecem no radar e espero que tenhamos mais sessões de volatilidade no mercado de taxa de juros. Diante disso, vale cautela em relação aos títulos indexados a inflação e prefixados ofertados no Tesouro Direto.



Bom dia e excelente semana!















sábado, 7 de julho de 2018

Resumo da Semana de 29/06 a 06/07: Rendimento da Poupança e do Tesouro Direto nos Últimos Trinta Dias


Texto alternativo


Por Carlos Soares, CNPI

Com a melhora marginal dos investidores globais, mesmo com as tensões comerciais envolvendo os EUA e a China, os ativos emergentes apresentaram alguma recuperação neste início de julho. Dados de emprego nos EUA e de inflação no Brasil, conforme será comentado no 'Morning Call' desta segunda-feira (09), também contribuíram para trazer alívio aos juros futuros por aqui. Mas neste contexto qual teria sido o rendimento do Tesouro Direto comparado com o rendimento da poupança hoje? Por conta da queda dos juros futuros (contratos de DI futuro) - em especial para os juros esperados a partir de 2023 - negociados na B3 (Bolsa), o rendimento, ou juros oferecidos, pelo Tesouro Direto Prefixado e do Tesouro Direto Indexado ao IPCA também recuaram levando a alta nos preços (cotações) dos mesmos nos últimos 30 dias. Na tabela abaixo apresento uma proxy , considerando os principais indicadores que medem o desempenho da renda fixa, simulando um investimento mensal no Tesouro Direto no período de 06/06 a 06/07/2018. Como podemos notar, os rendimentos, ao menos no período, superaram em muito o rendimento da poupança hoje. Destaco que também será apresentado no 'Morning Call' desta segunda-feira o que espero para o cenário de renda fixa para os próximos dias, cuja agenda econômica reserva a divulgação dos dados de inflação nos EUA com potencial para mexer no desempenho dos mercados globais.

Texto alternativo


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sexta-feira, 6 de julho de 2018

Morning Call - 06/07/2018

Mapa do Tesouro

Por Carlos Soares, CNPI


Às vésperas da divulgação do IPCA as taxas de juros futuras negociadas na Bolsa voltaram a registrar uma sessão de alta - e que tende a se repetir no decorrer dos próximos dias. O cenário político-eleitoral deve ganhar força ao longo das próximas semanas e as incertezas acerca do quadro fiscal para os próximo governo deve trazer mais prêmio ao longo de toda a curva de juros - leia-se pressão sobre os títulos prefixados e indexados a inflação. Vale destacar que o cenário externo também pesou nos rumos dos negócios nesta quinta-feira (05) com a divulgação da ata do último encontro do Federal Reserve (Fed, o Banco Central dos EUA) que apresentou uma preocupação acerca dos impactos das tensões comerciais sobre a atividade econômica, o que adicionou mais incertezas no radar dos investidores. Além do jogo da seleção às 15:00 tivemos a divulgação do IPCA do mês de junho que registrou alta de 1,26%, praticamente em linha com as expectativas que apontavam um avanço de 1,28% em relação a maio, levando o acumulado em 12 meses para 4,39% - bem próximo da meta oficial de 4,5%. Lá fora as atenções se voltarão para os números oficiais do mercado de trabalho nos EUA (9h30) que, segundo estimativas, deve ter apresentado a criação de 200 mil novas vagas no mês de junho. Um detalhe importante nos dados do mercado de trabalho norte-americano será o rendimento médio por hora trabalhada cujas projeções apontam para um acréscimo de 0,3% em relação a maio e um avanço que pode chegar a 2,3% em relação ao mesmo período de 2017. Caso estes indicadores fiquem acima das expectativas, podemos esperar uma forte correção dos mercados com alta das taxas de juros futuras por aqui e queda nas cotações dos títulos públicos prefixados e indexados a inflação ofertados no Tesouro Direto. Por ora, os juros futuros operam em viés de alta, especialmente nos vértices (vencimentos) mais longos (distantes) e, diante disso, o tom de cautela deve ditar os negócios na sessão de hoje.



Bom dia e bons investimentos!


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quinta-feira, 5 de julho de 2018

Morning Call - 05/07/2018

Morning Call

Por Carlos Soares, CNPI


Em meio a um giro mais fraco nos mercados globais por conta do feriado nos EUA os juros futuros registraram uma sessão de baixa principalmente nos vértices (vencimentos) mais longos. Também contribuiu para o fechamento (recuo) das taxas na sessão desta quarta-feira (04) a percepção de que o Banco Central brasileiro esteja adotando uma postura mais 'hawkish' (mais dura, no jargão do mercado) no que tange ao controle da inflação no país. Por falar em inflação, também tivemos o anúncio pela Petrobrás de que o gás de cozinha terá um aumento médio de 4,4% a partir desta quinta-feira (05), ou seja, juntamente com o recente reajuste da conta de luz anunciado pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) que passou a vigorar na data de hoje. Resta saber se a inflação seguirá contida devido a elevada ociosidade da economia ou se os choques pontuais decorrentes da greve dos caminhoneiros, a alta do dólar e os reajustes dos preços administrados pressionarão os preços no país forçando o Banco Central antecipar a alta na taxa Selic. Segundo o último levantamento do relatório Focus, o mercado espera que a taxa básica de juros seja elevada a partir de maio de 2019. Já na sessão de hoje os destaques ficam para a divulgação da ata do último encontro do Federal Reserve (Fed, o Banco Central dos EUA), às 15h00, e agora pela manhã (9h15) os dados de empregos do setor privado na maior economia do planeta, que devem ditar os rumos dos negócios nesta quinta-feira. Diante das incertezas que ainda permanecem no radar espero que tenhamos mais sessões de volatilidade no mercado de taxa de juros cujos impactos devem ser sentidos principalmente nos títulos indexados a inflação e prefixados ofertados no Tesouro Direto.



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