sexta-feira, 31 de agosto de 2018

Morning Call - 31/08/2018

Responsive image

Por Carlos Soares, CNPI

De volta a tendência esperada para os próximos dias, a tensão dos investidores voltou a penalizar o desempenho dos ativos emergentes na sessão desta quinta-feira (30).

Embora o indicador de preços divulgados tenha ficado dentro das expectativas (+2,0% do core PCE) que em tese afastaria maiores preocupações acerca de uma intensificação da alta dos juros nos EUA, as negociações comerciais envolvendo os norte-americanos e seus parceiros permanece causando apreensão entre os investidores.

Também tivemos uma sessão de ataques frente a fragilizada moeda argentina levando o país portenho elevar sua taxa de juros de 45% para 60% ao ano - vale ressaltar que a nossa situação, apesar das incertezas políticas e fiscais, apresenta um quadro bem mais confortável em termos das contas externas.

Passando para o front doméstico, os investidores continuam cautelosos em relação às eleições presidenciais, pois temores de quaisquer revezes jurídicos adicionam significativamente um componente de incertezas frente ao quadro político local o que torna difícil arriscar quaisquer previsões ao já difícil cenário eleitoral.

Nesta sexta-feira (31), fechamento de mês, promete ser mais intensa com a formação da Ptax que deve pressionar o câmbio juntamente com a votação do registro da candidatura do ex-presidente Lula no Tribunal Superior Eleitoral.

Diante disso, para o investidor iniciante recomendo cautela, pois temos uma grande chance de presenciarmos mais uma sessão de forte volatilidade no mercado.

Bom dia e bons negócios!





quinta-feira, 30 de agosto de 2018

Morning Call - 30/08/2018

Responsive image

Por Carlos Soares, CNPI

Tanto o dólar quanto a Bolsa e os juros futuros tiveram uma sessão positiva nesta quarta-feira ajudados pelos principais drivers que têm ditado o rumo dos negócios desde meados de julho: cenário externo e político local.

Começando pela ajuda do exterior!

Lá fora, como havia sinalizado no Morning Call de ontem, tivemos a divulgação do PIB dos EUA que registrou um forte crescimento de 4,2% na segunda prévia do 2T18, ficando acima das expectativas do mercado (4,0%).

No front local, a cena política também contribuiu para a melhora do humor dos investidores com a possibilidade de que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) julgue, em sessão extraordinária, nesta sexta-feira (31), o registro da candidatura do ex-presidente Lula.

Mesmo sendo dado como certa a recusa do registro da candidatura, por conta da Lei da Ficha-Suja, o fato causa mais dúvidas ao já complexo cenário eleitoral devido às incertezas acerca do potencial de transferência de votos do candidato ao seu possível sucessor, Fernando Haddad.

Qualquer cenário que se trace ficaria impreciso dado o tempo de propaganda que restaria ao presidenciável durante seu julgamento.

Deste modo, o impedimento de sua campanha nos meios de comunicação que terão início no próximo sábado (01) tornam o cenário menos complexo e aumentam as apostas em torno do crescimento nas pesquisas de um nome com viés mais reformista nos próximos dias.

Nesta quinta-feira (30), os destaques ficam para a divulgação do IGP-M de agosto (8h00), dados de emprego por aqui (9h00), Núcleo do Índice de Preços - PCE [errata em relação ao Morning Call de ontem] e Pedidos Iniciais por Seguro-Desemprego nos EUA (9h30).

Mas os cenários externo e local ainda estão longe de ser de "céu de brigadeiro" e mais volatilidade pode ser esperada ainda nos próximos dias.

Diante disso, vale a recomendação em ativos mais seguros como os pós fixados.

Já para quem tiver um maior apetite a risco, valem as apostas nas demais modalidades aproveitando as pechinchas que devem seguir surgindo nos próximos dias.

Aproveite esta oportunidade e saiba mais em: Mapa do Tesouro.

Bom dia e bons negócios!





quarta-feira, 29 de agosto de 2018

Morning Call - 29/08/2018

Responsive image

Por Carlos Soares, CNPI

Seguindo de perto a alta do dólar as taxas de juros futuras negociadas na Bolsa de Valores voltaram a subir nesta segunda-feira (28) e pressionaram os rendimentos de boa parte dos investimentos no Tesouro Direto.

Cabe ressaltar que estas taxas servem de parâmetro na definição dos títulos públicos e qualquer alta nos juros futuros faz com que o valores destes papéis recuem no Tesouro Direto, penalizando o investidor que resolve resgatar seus investimentos antecipadamente, ou seja, antes do vencimento acordado no momento da compra.

A alta da moeda norte-americana segue refletindo a cautela dos investidores globais diante do quadro eleitoral brasileiro.

As incertezas sobre quem será o novo postulante a ocupar o Palácio do Planalto e, principalmente, como serão encaminhadas as reformas estruturantes para conter a deterioração das contas públicas leva parte do fluxo de divisas, notadamente especulativo, para refúgios mais seguros como os títulos de nações desenvolvidas.

Nesta terça-feira pesou no humor dos investidores a denúncia contra o candidato Jair Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal que poderá torná-lo réu por racismo e deixar as disputas ainda mais imprevisíveis.

Na prática o evento desta terça-feira dificulta arriscar quaisquer previsões ao já debilitado cenário eleitoral - vale lembrar que ainda está em aberto o julgamento da candidatura do ex-presidente Lula.

Sem parâmetros para suas apostas os investidores, especulativos em especial, optam por migrar para a segurança - conforme dito acima - a espera de uma maior definição no quadro político/eleitoral.

Diante disso, sigo vislumbrando um cenário de forte volatilidade nos preços dos ativos e no câmbio - inclusive levando o Banco Central anunciar um leilão de US$ 2,5 bilhões para sexta-feira (31) numa tentativa de conter a desvalorização cambial.

Na agenda desta quarta-feira o destaque fica para o PIB e o núcleo de inflação (core PCE), ambos dos EUA, às 9h30. Vale ressaltar que o dado de inflação é o predileto do Federal Reserve (o Banco Central norte-americano) e um resultado acima de 2,00% pode desencadear uma reação negativa nos mercados diante de temores de uma aceleração no ritmo de alta nas taxas de juros por lá. Vale a pena ficar de olho e aguardar!

Permaneço recomendando os clientes do Mapa do Tesouro a permanecerem protegidos em pós fixados, mas orientando-os a capturar as oportunidades que estão surgindo neste momento de stress e que embutem um bom potencial de ganhos nos próximos anos. Saiba mais em: Mapa do Tesouro.

Bom dia e bons negócios!





terça-feira, 28 de agosto de 2018

Morning Call - 28/08/2018

Responsive image

Por Carlos Soares, CNPI

Tanto o dólar quanto os juros futuros negociados na Bolsa recuaram com o noticiário internacional.

O anúncio de um acordo comercial entre os EUA e o México visando a substituição do Nafta - o equivalente ao nosso Mercosul, mas que engloba os EUA, México e o Canadá -, mesmo representando um retrocesso ao livre comércio, acabou agradando os investidores globais diante de uma aparente propensão de Donald Trump se voltar a novos acordos bilaterais (que envolvem dois países, no jargão econômico).

Acredito que o alívio registrado nesta segunda-feira (27) ainda segue frágil, pois as investidas do presidente norte-americano sobre o comércio mundial continuam imprevisíveis bastando um simples tuíte para que o humor do mercado piore novamente.

No front local, as incertezas políticas permanecem com os investidores ainda em dúvida sobre o potencial das candidaturas obterem os votos que hoje se direcionariam ao ex-presidente Lula. Embora tenha sido registrada, sua candidatura deverá ser julgada e barrada no próximo mês por conta da Lei da Ficha-Suja pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Mesmo com a melhora dos mercados nesta segunda-feira, ainda não vejo mudanças significativas no cenário de investimentos nos próximos dias.

Lá fora, permanecemos à mercê do humor do presidente norte-americano em relação às suas investidas sobre o comércio mundial cujo potencial de contágio sobre a inflação dos EUA não é nada desprezível: um aumento nos preços dos produtos importados torna o consumo mais caro para as famílias e empresas norte-americanas.

Uma alta na inflação - diga-se de passagem será conhecida nesta quinta-feira (29) - pode desencadear uma mudança nas expectativas de alta na taxa de juros pelo Federal Reserve - o Banco Central dos EUA - o que inevitavelmente resultaria na alta do dólar em relação às moedas emergentes, como o Real.

Com a subida do dólar, podemos ter uma alta nas taxas de juros futuras que são negociadas na Bolsa e servem de parâmetro na definição do preço de alguns investimentos no Tesouro Direto.

Outro fator de pressão para uma alta destas taxas de juros que tenho vislumbrado desde meados do mês de julho (e que vem se confirmando) tem sido a disputa pela presidência da República por aqui.

Sem ter em mente quais serão os rumos das combalidas contas públicas (excedente de gastos que não vem sendo supridos pela arrecadação de impostos), os investidores têm adotado um tom de cautela em relação aos ativos locais, pressionando a cotação de algumas modalidades de títulos públicos.

Diante disso, permaneço orientando os assinantes do Mapa do Tesouro a manterem seus investimentos majoritariamente na modalidade mais segura do Tesouro Direto (Tesouro Selic) e aproveitando o momento de maior stress do mercado para buscar capturar oportunidades nas demais modalidades.

Não perca esta oportunidade e saiba mais em: Mapa do Tesouro.

Bom dia e bons negócios!





segunda-feira, 27 de agosto de 2018

Morning Call - 27/08/2018

Responsive image

Por Carlos Soares, CNPI

Os mercados reagiram positivamente diante do tom considerado mais suave (dovish, no jargão econômico) do presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, durante o encontro anual realizado na cidade de Jackson Hole. Segundo o chairman, a autoridade monetária norte-americana pretende continuar elevando a taxa de juros de maneira gradual até que o nível considerado "neutro" seja atingido. Restam dúvidas, porém, de como a autoridade reagirá caso tenhamos algum repique na inflação nos próximos meses que, por enquanto, segue colaborando para uma postura mais gradual de elevação da taxa de juros.

Por aqui, o cenário deve permanecer volátil com os preços dos ativos locais reagindo às pesquisas e ao noticiário político. Não vejo grandes mudanças no cenário de intenções de votos e, com o julgamento do registro da candidatura do ex-presidente Lula previsto para ocorrer apenas a partir da próxima, o quadro fica ainda mais indefinido.

Na agenda econômica, destaque para o Relatório Focus que será divulgado em instantes e poderá trazer alguma melhora nas expectativas de PIB para este ano. Também teremos no decorrer da semana a divulgação do PIB e dados de inflação (PCE - o preferido pelo Fed) nos EUA, dados de emprego (PNAD), PIB, inflação (IGP-M) e resultados das contas públicas por aqui.

Sigo cauteloso em relação ao cenário externo, pois além das incertezas políticas tenho dúvidas acerca do nível de inflação nos EUA para os próximos meses. Como já ressaltei por diversas vezes neste espaço, as medidas de sobretaxação dos produtos importados somadas à uma situação de pleno emprego tende a pressionar o nível de preços na maior economia do planeta, o que forçaria o Federal Reserve a adotar uma postura mais dura em relação a sua política monetária (leia-se elevação da taxa de juros).

Já no front local, apesar de esperar alguma melhora nos indicadores macroeconômicos, as disputas pelo Palácio do Planalto devem permanecer pressionando a dinâmica de nosso mercado.

Diante disso, mantenho minhas recomendações preponderantemente na modalidade pós fixada, com uma parcela marginal nas demais modalidades (veja em Mapa do Tesouro) aguardando uma maior definição tanto do quadro interno quanto do externo.

Bom dia e bons negócios!





sexta-feira, 24 de agosto de 2018

Morning Call - 24/08/2018

Responsive image

Por Carlos Soares, CNPI

Já pressionado pelo exterior, os investidores também digeriram mal a notícia de que o julgamento do registro da candidatura do ex-presidente Lula pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) se dará apenas após o dia 04 de setembro, ou seja, quando já tiverem iniciadas as campanhas no rádio e na TV.

Um cenário eleitoral conturbado era cogitado desde meados de janeiro com especialistas da área jurídica alertando sobre a possibilidade de inúmeros recursos sendo movidos por parte da defesa do ex-presidente que poderiam tumultuar as disputas pelo Palácio do Planalto. Portanto, apertem os cintos que a volatilidade só está começando.

No ambiente macroeconômico tivemos a divulgação do IPCA-15 de agosto que registrou alta de +0,13% em relação ao mês de julho e levando o acumulado nos últimos 12 meses a uma alta de +4,30%, portanto ligeiramente abaixo do centro da meta oficial de 4,5% para este ano. Vale destacar que o indicador é considerado a prévia do resultado oficial que será conhecido apenas no dia 06 de setembro. O dado divulgado nesta quinta-feira (23), o mais baixo registrado para um mês de agosto desde 2010, reforça a avaliação de que os efeitos da paralisação dos caminhoneiros foram praticamente dissipados.

Lá fora, também confirmando minhas expectativas, tivemos mais uma vez as disputas comerciais envolvendo os EUA e a China azedando os mercados. Ambos os países acordaram em adotar tarifas de 25% sobre os produtos comercializados entre si e que somam US$ 16 bilhões, mas a elevação das tarifas não devem parar por aí o que pode trazer mais volatilidade aos mercados mundiais nos próximos dias.

Estas medidas devem se refletir na inflação norte-americana nos próximos meses o que pode forçar o Federal Reserve a intensificar o ritmo de alta dos juros nos EUA e pressionar ainda mais as moedas emergentes, inclusive o Real. Com a subida do dólar sobem também as taxas de juros futuros por aqui, levando os preços de mercado dos títulos públicos a recuarem no Tesouro Direto o que pode resultar em perdas ao investidor caso opte por resgatar antes da hora.

Diante disso, mantenho minhas recomendações de Tesouro Direto preponderantemente em pós fixados com alguma parcela em prefixada, conforme tenho orientado os assinantes do Mapa do Tesouro no decorrer dos últimos meses - para maiores detalhes acesse.

Bom dia e bons negócios!





quinta-feira, 23 de agosto de 2018

Morning Call - 23/08/2018

Responsive image

Por Carlos Soares, CNPI

Os ativos locais registraram uma sessão de ganhos nesta quarta-feira (23) numa aparente melhora do apetite estrangeiro em relação ao nosso mercado.

Após a forte correção sofrida nos últimos dias, os mercados emergentes (conforme podemos observar na figura abaixo) encontram-se com preços bem atrativos para os investidores globais, o que sugere a possibilidade de termos algum rebound para cima do nosso mercado. Caso se confirme, podemos esperar a queda do dólar e dos juros futuros o que beneficiaria também o rendimento de todas as modalidades no Tesouro Direto - ao menos no curto prazo dadas as incertezas externas e locais que ainda pairam no ar.


De destaque, como pontuado no Morning Call de ontem, tivemos a divulgação da Ata do último encontro do Fomc - o equivalente ao nosso Copom. No documento, a autoridade monetária norte-americana começou a esboçar preocupação em relação aos efeitos das tensões comerciais, aumento dos preços dos produtos importados e forte nível de atividade sobre a inflação do país. Trata-se de um risco já abordado neste blog cujo resultado pode ser a intensificação do ritmo de alta da taxa de juros dos EUA e migração do fluxo de capital dos emergentes (Brasil, inclusive) para os títulos da dívida norte-americana.

Salvo uma definição do cenário político brasileiro, com a escolha de um nome capaz de encaminhar as reformas estruturantes no próximo governo, é bem possível que tenhamos mais volatilidade pela frente.

Na agenda econômica desta quinta-feira destaque para o IPCA-15 de agosto, considerado uma prévia do resultado oficial, que será divulgado pelo IBGE às 9h00. O mercado espera um avanço de apenas +0,11% em relação ao mês de julho, o que pode levar o acumulado em 12 meses a 4,27% - abaixo da meta de 4,5%.

Sigo não vislumbrando quaisquer mudanças relevantes no cenário político local e tampouco no quadro externo. Lá fora permaneço avaliando que a melhora do humor decorrente das tratativas norte-americanas junto aos seus parceiros pode ser facilmente abalada por um tuíte de Donald Trump.

Neste contexto, mesmo enxergando algumas oportunidades em prefixado, mantenho minhas recomendações preponderantemente em pós fixados.

Saiba mais em Mapa do Tesouro.

Bom dia e bons negócios





quarta-feira, 22 de agosto de 2018

Morning Call - 22/08/2018

Responsive image

Por Carlos Soares, CNPI

Às vésperas do encontro anual do Federal Reserve (Fed) com os presidentes dos principais bancos centrais mundiais, na cidade norte-americana de Jackson Hole, as atenções se voltam para a divulgação da ata do último encontro do Fed, às 15h00, e com mais uma rodada comercial envolvendo os EUA e a China.

Tanto o documento de hoje quanto o encontro entre os banqueiros centrais no final desta semana podem seguir sinalizando para a continuidade de um ritmo gradual de retirada dos estímulos monetários, diante das incertezas comerciais e deterioração dos ativos emergentes com a crise na Turquia.

Se o cenário de política monetária e disputas comerciais podem trazer algum alento nesta quarta-feira o mesmo não podemos dizer do quadro eleitoral local.

Conforme antecipado em meu Morning Call do dia 26 de julho, apesar da aliança da candidatura de Geraldo Alckmin com o Centrão, ainda não vislumbrava quaisquer melhoras do tucano nas pesquisas de intenção de votos e que isso poderia gerar alguma realização dos ativos locais, cenário confirmado desde então.

Não vejo, ao menos nos próximos dias, qualquer reversão importante no cenário político/eleitoral, mas devemos observar como será a influência dos aliados junto ao seu eleitorado para angariar votos à candidatura tucana (o nome com viés mais reformista na avaliação do mercado) - a meu ver (minha aposta) com chances de ganhar força na reta final da campanha, ou seja, na segunda metade do mês de setembro.

Lá fora, apesar das tratativas norte-americanas com as autoridades chinesas, sigo reforçando que o humor do mercado global continua sensível a um simples tuíte do presidente Trump.

Deste modo, vale a cautela na escolha dos títulos no Tesouro Direto, pois algumas modalidades, como tenho alertado nos últimos meses, podem apresentar um desempenho desfavorável para o investidor. Vale ressaltar que é em momentos de turbulência como o que estamos enfrentando que surgem as oportunidades no mercado. Diante disso, vale manter-se alocado em pós fixado com alguma exposição nas demais modalidades, conforme tenho sugerido aos assinantes do Mapa do Tesouro.

Não perca esta oportunidade e acesse já o Mapa do Tesouro!

Bom dia e bons negócios





terça-feira, 21 de agosto de 2018

Morning Call - 21/08/2018

Responsive image

Por Carlos Soares, CNPI

Com o mercado tentando encontrar alguma pista do que esperar do novo governo a partir da bateria de pesquisas nos próximos dias, os ativos locais seguiram pressionados na sessão desta segunda-feira (20). Como já venho alertado desde meados de julho, o quadro eleitoral vai permanecer incerto até os pleitos de outubro, pois por mais que apontem para alguma tendência na preferência de votos dos eleitores sabemos que o resultado final nas urnas podem nos reservar algumas surpresas (agradáveis ou não) - conforme experiências anteriores aqui e no exterior (vide a vitória de Trump).

Por ora, o que se observa é que o candidato com viés mais reformista, o tucano Geraldo Alckmin, permanece patinando nas pesquisas e, somado ao conturbado ambiente externo, faz com que os investidores sigam na defensiva sem assumir grandes apostas em relação ao nosso mercado.

No exterior, em meio às preocupações com a Turquia, o mercado fica na expectativa do encontro entre os diplomatas norte-americanos com seus pares chineses até quarta-feira para tratar das negociações comerciais envolvendo os dois países. Mesmo que se espere algum avanço nas negociações, a confiança do mercado pode ser abalada a qualquer momento por um simples tuíte do presidente Donald Trump.

Portanto, tanto no quadro político local quanto no cenário externo, o céu está longe de ser de brigadeiro e as incertezas devem seguir ditando a dinâmica dos ativos locais, pressionando, no curto prazo, os títulos mais sensíveis às taxas de juros futuras (prefixado e IPCA).

Neste ambiente de forte volatilidade o recomendável é manter-se posicionado em ativos mais seguros como os títulos pós fixados (Tesouro Selic 2023). Por outro lado, a correção dos demais ativos podem criar algumas distorções e oportunidades aos investidores, como nas modalidades prefixadas e indexadas ao IPCA, que constam contempladas nas minhas recomendações mensais do Mapa do Tesouro.

Bom dia e bons negócios





segunda-feira, 20 de agosto de 2018

Morning Call - 20/08/2018

Responsive image

Por Carlos Soares, CNPI

Em meio às tensões comerciais e preocupações com a crise na Turquia, os investidores também seguirão atentos ao longo desta semana a divulgação da ata do Fomc na quarta-feira, às 15h00. O documento serve para sinalizar os próximos rumos na condução da política monetária nos EUA que, por ora, permanece sem grandes pressões, especialmente relacionadas a inflação, para intensificar o ritmo de aumento da taxa de juros.

Se por um lado a normalização monetária nos EUA traz algum alívio, por outro lado as investidas de Donald Trump sobre o comércio mundial segue causando estragos principalmente aos mercados emergentes, vide a forte desvalorização da lira turca nas últimas semanas. Além dos efeitos negativos sobre a inflação norte-americana no médio prazo, a imprevisibilidade sobre quem seriam os próximos alvos, ou quais produtos seriam sobretaxados, eleva o tom de prudência por parte dos investidores que passam a buscar refúgios nos títulos de países desenvolvidos - o chamado "vôo para a qualidade".

Na agenda local teremos na quinta-feira a divulgação do IPCA-15 de agosto que pode reforçar o cenário de queda da inflação, confirmando que os efeitos da paralisação dos caminhoneiros foram definitivamente dissipados. Vale ressaltar que o indicador é considerado uma prévia do resultado oficial que será divulgado no dia 06 de setembro.

Se no front econômico os indicadores previstos podem dar algum alento, no cenário político o quadro segue indefinido com as campanhas começando a todo vapor. As pesquisas de intenção de votos e ataques/denúncias envolvendo todas as candidatura - lembrando que isso não é exclusividade nossa em épocas de campanha, vide as inúmeras denúncias na disputa Trump x Hillary nos EUA - serão os principais vetores no desempenho dos juros futuros negociados na Bolsa. Enquanto o candidato de cunho mais reformista pelo mercado, o tucano Geraldo Alckmin, seguir "patinando" nas pesquisas ou quaisquer notícias que possam comprometer seu desempenho na disputa pelo Planalto, os ativos mais sensíveis a taxa de juros devem permanecer pressionados, mas gerando oportunidades de entrada - vide minhas recomendações mensais do Mapa do Tesouro.

Diante disso, com o mercado mais pressionado para os próximos dias vale manter-se alocado preponderantemente na modalidade pós fixadas, mas sem deixar de capturar as oportunidades que podem surgir nas modalidades prefixadas e indexadas ao IPCA.

Bom dia e bons negócios





sexta-feira, 17 de agosto de 2018

Morning Call - 17/08/2018

Responsive image

Por Carlos Soares, CNPI

Os dois vetores principais que venho alertando nos últimos dias seguiram ditando os rumos dos negócios nesta quinta-feira (16) e pressionaram os preços dos ativos locais: cenário eleitoral local e guerra comercial entre os EUA e seus parceiros comerciais.

Começando pelo cenário externo, as moedas emergentes, inclusive o Real, registraram um certo alívio com o noticiário internacional dando conta de que os EUA e a China retomarão as negociações comerciais - tratativas que já temos vistos ao longo dos últimos meses, mas que sempre seguida de algum revés por parte do presidente norte-americano. O mercado recebeu esta sinalização de maneira positiva, mas sigo avaliando como frágil quaisquer avanços nas tratativas comerciais envolvendo os EUA e seus principais parceiros dada a postura errática da administração Trump em relação ao tema.

Passando para o front local, tivemos a divulgação de uma matéria informando que o Ministério Público de São Paulo poderá entrar com duas ações contra o candidato tucano Geraldo Alckmin antes das eleições. Por se tratar da candidatura tida com maiores chances de conduzir as reformas estruturantes no próximo mandato, os agentes reagiram negativamente em especial no mercado de taxa de juros que apresentou alta em praticamente todos os vértices (vencimentos) na parte intermediária e longa da curva.

Nesta sexta-feira (17) a agenda econômica segue fraca e o destaque fica para o segundo debate entre os presidenciáveis que será realizado pela Rede TV às 22h.

Mantenho a visão de que não temos mudanças estruturais no cenário base para os investimentos no Tesouro Direto. As incertezas políticas devem prevalecer na dinâmica dos preços das modalidades mais sensíveis a curva de juros (IPCA e prefixados) e, apesar da sinalização de uma possível tratativa comercial entre os EUA e a China, o quadro externo também segue incerto diante das desventuras diplomáticas da gestão Trump na condução dos acordos comerciais com os demais países, neste caso bastando apenas um tuíte do presidente norte-americano para que o humor do mercado azede novamente.


Bom dia e bons negócios





quinta-feira, 16 de agosto de 2018

Morning Call - 16/08/2018

Responsive image

Por Carlos Soares, CNPI

E lá se foi mais uma sessão de perdas sobre os mercados globais com mais uma rodada de preocupações acerca da situação turca. A exemplo do ocorrido com a China, o governo da Turquia anunciou a sobretaxação de produtos norte-americanos como arroz, bebidas alcoólicas e automóveis em mais um capítulo das desventuras comerciais da gestão Trump. Apesar do quadro incerto o país euro-asiático fechou um acordo com o Qatar do qual prometeu investir cerca de US$ 15 bilhões, na forma de investimentos, o que contribuiu para que lira turca seguisse se recuperando em relação ao dólar nesta quarta-feira.

Se o cenário externo já vinha pressionando, o quadro político local também foi desfavorável nesta quarta-feira (15) com a divulgação da pesquisa com intenções de votos para a presidência da República. Segundo levantamento do Paraná Pesquisas, as intenções de votos sem o ex-presidente Lula apontam para o favoritismo do candidato Jair Bolsonaro (23,9%) seguido pela candidata Marina Silva (13,2%), Ciro Gomes (10,2%) e Geraldo Alckimin (8,5%). Como era esperado, as pesquisas eleitorais devem seguir ditando o humor do mercado, especialmente em relação ao desempenho da candidatura do tucano que, pelo levantamento de hoje, permanece apresentando um desempenho pífio - o que causa apreensão aos investidores no que tange a agenda de reformas no próximo governo.

Vale destacar que ambos os cenários confirmam minhas expectativas apresentadas no decorrer dos últimos dias e o quadro prospectivo (futuro) ainda está longe de configurar alguma melhora. Permaneço vislumbrando um cenário de alta volatilidade pelo menos até meados de outubro quando teremos a definição do cenário político local.

No front externo as investidas de Donald Trump sobre o comércio mundial devem seguir adicionando mais cautela por parte dos investidores, notadamente em relação aos mercados emergentes dos quais estamos inclusos.

Neste contexto, dentre as alternativas disponíveis no Tesouro Direto, a exemplo do que pudemos observar nos últimos dias, mantenho cautela em relação a grandes apostas em prefixados e indexados ao IPCA, pois são títulos que tendem a ser mais penalizados nos momentos de maior stress dos mercados. Para o investidor iniciante ou de curto prazo, vale alocar seus recursos na modalidade Tesouro Selic 2023 que é a que apresenta a menor (praticamente nula) variação de preços.

Bom dia e bons negócios





quarta-feira, 15 de agosto de 2018

Morning Call - 15/08/2018

Responsive image

Por Carlos Soares, CNPI

Sem nenhuma solução concreta em relação a situação da Turquia, a dinâmica dos ativos globais permanecem incertas para os próximos dias. Contudo, os mercados emergentes seguiram devolvendo parte das perdas ocorridas na última semana e, de carona com a melhora do humor externo, tivemos por aqui o recudo do dólar e das taxas de juros futuras em bloco nesta terça-feira (14) contribuindo para a valorização dos títulos disponibilizados pelo Tesouro Direto.

O gráfico de dólar x lira demonstra como a situação da Turquia não está sendo nada fácil nos últimos dias:

dolar

Por aqui, em meio à corrida eleitoral que também deve seguir ditando os rumos dos negócios ao longo dos próximos meses, tivemos a divulgação do bom desempenho do setor de serviços em junho (o principal setor empregador do país) cujo resultado apresentou um avanço de 6,6% em relação ao mês de maio, livre dos efeitos sazonais. O resultado se soma a outros indicadores de atividade e inflação já divulgados nos últimos dias que confirmam a dissipação dos choques ocorridos no mês de maio em função da greve dos caminhoneiros. Mesmo com as incertezas no exterior, avalio que um avanço das reformas estruturais no Congresso Nacional desataria o entrave para que nossa economia retomasse a rota de crescimento sustentável nos próximos anos com geração de emprego e renda no país. Enquanto isso não se desenrola, o mercado fica no aguardo da definição do cenário político e acompanhando o desempenho das contas públicas.

Apesar da melhora registrada no início desta semana, o quadro externo segue incerto e o cenário político local permanece indefinido o que pode trazer volatilidade aos ativos locais no decorrer dos próximos dias. Diante disso, sigo mantendo uma postura mais cautelosa em relação aos títulos mais sensíveis a taxa de juros futuras, quais sejam os títulos prefixados e indexados ao IPCA.


Bom dia e bons negócios





terça-feira, 14 de agosto de 2018

Morning Call - 14/08/2018

Responsive image

Por Carlos Soares, CNPI

Mesmo com a situação da Turquia ainda incerta, a pressão sobre os mercados emergentes esboçou algum estabilização na tarde desta segunda-feira (13) - vide comportamento do dólar em relação ao Real no gráfico abaixo. De novidade tivemos o anúncio de medidas de estímulo monetários por parte do governo turco liberando mais recursos ao sistema financeiro local através da redução do compulsório (montante retido pelo Banco Central de um país sobre todo o dinheiro depositado nos bancos, inclusive adotado aqui no Brasil).

dolar

Resta saber se as medidas serão suficientes para afastar os temores em relação ao colapso da economia turca, não descarto a possibilidade de um socorro de organismos multilaterais como o FMI.

Por aqui a aparente melhora foi sentida no mercado de juros futuros que devolveu parte da alta das taxas ocorridas na sessão anterior ao longo de toda curva/vencimentos - lembrando que os juros futuros refletem, grosso modo, as expectativas em torno do CDI e da Selic para os próximos anos). Embora contribua para uma valorização dos títulos públicos, as negociações no Tesouro Direto foram suspensas devido a forte variação dos preços nesta segunda-feira - o que deve se repetir nos próximos dias.

Por ora, os riscos permanecem relacionados aos desdobramentos das investidas do governo Trump sobre o comércio mundial e, no front local, ao cenário eleitoral incerto que deve seguir trazendo volatilidade ao nosso mercado até o pleito de outubro.

Diante disso, mantenho uma postura mais prudente em relação aos títulos prefixados e indexados ao IPCA, que podem apresentar um desempenho negativo, caso opte por resgatá-los antecipadamente. Vale ressaltar que o quadro atual vem confirmando minhas expectativas contempladas nas recomendações de Tesouro Direto no relatório Mapa do Tesouro do mês de agosto/2018.


Bom dia e bons negócios





segunda-feira, 13 de agosto de 2018

Morning Call - 13/08/2018

Responsive image

Por Carlos Soares, CNPI


A derrocada da moeda turca (imagem abaixo) desencadeou uma forte correção nos mercados mundiais nesta sexta-feira (10). Por aqui os reflexos foram sentidos na queda de 2,86% do Ibovespa, avanço de 1,69% do dólar e forte alta dos juros futuros em todos os vencimentos que acabou pressionando a cotação dos títulos do Tesouro Direto - especialmente prefixados e indexados ao IPCA, como venho alertando nos últimos dias.

Já combalida em meio às tensões políticas que se arrastam por anos, a economia turca deve sofrer um duro golpe por parte da gestão Trump com a imposição de tarifas sobre o aço e alumínio importados pelos EUA de 50% e 20%, respectivamente, o dobro do que vinha sendo praticado até então.

O colapso da economia turca tem sido considerado por alguns analistas no exterior como sendo um possível evento "cisne negro", que são eventos inesperados que trazem fortes reflexos sobre o mercado mundial. A grande preocupação fica por conta da exposição de bancos europeus como o BBVA, UniCredit e BNP Paribas sobre os ativos turcos que podem desencadear um efeito em cascata sobre o setor financeiro mundial. Resta saber se a lição aprendida com a crise de 2008 permitirá que o governo Erdogan (presidente turco) receba algum socorro de organismos internacionais como o FMI - vide a ajuda concedida a Argentina no mês de abril.

As incertezas permanecem e este novo evento é apenas mais um capítulo da errática postura da gestão Trump em relação ao comércio mundial. Nos próximos dias poderemos ter mais uma investida do presidente norte-americano, desta vez sobre os automóveis produzidos no Canadá, que pode aumentar a cautela por parte dos investidores.

dolar

Por aqui o quadro permanece indefinido diante da disputa pelo palácio do Planalto.

Diante disso, confirmando minhas expectativas sigo cauteloso em relação aos títulos prefixados e indexados ao IPCA, pois, como diz a canção, "prudência e dinheiro no bolso, canja de galinha não faz mal a ninguém".


Bom dia e bons negócios





sexta-feira, 10 de agosto de 2018

Morning Call - 10/08/2018

Responsive image

Por Carlos Soares, CNPI

Em mais uma sessão marcada pela volatilidade, os juros futuros subiram diante das incertezas nos âmbitos político e fiscal, além da desvalorização do real (e demais emergentes, especialmente Turquia) em relação ao dólar.

A cautela dos investidores, que deve prevalecer até o pleito de outubro, seguiu ditando os rumos dos negócios por aqui levando os ativos locais a mais uma sessão de fraco desempenho da bolsa e alta nas taxas de juros futuras. Também foi primordial para a piora do mercado de renda fixa, notadamente dos títulos prefixados e indexados ao IPCA, como tenho alertado nos últimos meses, as incertezas relacionadas ao quadro fiscal para os próximos anos que tiveram mais um componente de instabilidade: a possibilidade de aumento de 16,38% dos salários dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Por se tratar do teto de todo o quadro do funcionalismo público, o aumento representa uma pressão potencial, segundo especialistas, de R$ 4 bilhões sobre os gastos do governo. Para compensar o aumento destas despesas, que não devem parar por aí, pois ainda poderemos ter mais reajustes de outras categorias nos próximos dias, o governo deverá promover cortes em outras áreas para cumprir o já pressionado Teto dos Gastos.

No exterior os pedidos iniciais por seguro-desemprego nos EUA totalizaram 213 mil novos pedidos na semana passada e os preços aos produtores norte-americanos (equivalente ao nosso IGP) ficaram praticamente estáveis no mês de julho, o que trouxe um alívio momentâneo em relação ao ritmo de alta na taxa de juros na maior economia do planeta. Contudo, a escalada das tensões comerciais envolvendo a China e os EUA seguem preocupando os investidores o que levou os mercados globais a perderem força e pressionar as moedas emergentes nesta quinta-feira (gráfico abaixo).


Além da avaliação do primeiro debate presidencial de ontem, teremos para a sessão desta sexta-feira a divulgação dos números de inflação ao consumidor nos EUA do mês de julho, às 9h30, que deve apresentar um avanço de 0,2%.

Para os próximos dias reforço minha avaliação feita no Morning Call desta quinta-feira:

"Diante de um cenário político-eleitoral indefinido no front local e ainda vislumbrando um quadro comercial incerto no exterior, permaneço recomendando cautela em relação aos títulos indexados ao IPCA e prefixados, mais sensíveis às variações das taxas de juros futuras. O investidor que necessitar resgatá-los antes do vencimento estipulado pelo Tesouro Direto pode ter prejuízo caso as taxas de juros sigam subindo ("abrindo", no jargão do mercado). Já o investidor pouco habituado com o mercado financeiro, vale as recomendações sugeridas no relatório Mapa do Tesouro - Recomendações de Tesouro Direto."



Bom dia e bons negócios





quinta-feira, 9 de agosto de 2018

Morning Call - 09/08/2018

Responsive image

Por Carlos Soares, CNPI

Confirmando os rumores da véspera, a pesquisa CNT/MDA mostrou um desempenho ligeiramente abaixo do resultado apresentado na pesquisa Ibope com as intenções de votos para presidente abrangendo o estado de São Paulo. Mesmo precoce, o resultado foi suficiente para que as taxas de juros futuras seguissem em alta nesta quarta-feira com os investidores ponderando as incertezas no quadro eleitoral a partir de agora.

No front econômico tivemos a divulgação do IPCA de julho que, mesmo ficando acima das expectativas (+0,33% vs 0,27% est.), também corroborou o cenário de dissipação dos efeitos da greve dos caminhoneiros ocorrida no mês de maio. Vale ressaltar que o quadro de elevada ociosidade da economia, especialmente no que tange ao mercado de trabalho brasileiro, contribui para uma dinâmica mais comedida do nível de preços no país.

Lá fora, o que se observou foi mais uma sessão de alta do dólar em relação aos emergentes (vide imagem abaixo) tendo como pano de fundo ainda as incertezas comerciais envolvendo os EUA e as principais economias do planeta.


Diante da expectativa do primeiro debate eleitoral entre os presidenciáveis na noite desta quinta-feira (09), o quadro político-eleitoral se mantém como sendo o principal trigger (desencadeador) na formação de preços dos ativos locais.

Na agenda econômica teremos como destaque os pedidos iniciais de seguro-desemprego (est. 220 mil) e a inflação ao produtor (IPP), ambos dos EUA e que serão conhecidos às 9h30.

Diante de um cenário político-eleitoral indefinido no front local e ainda vislumbrando um quadro comercial incerto no exterior, permaneço recomendando cautela em relação aos títulos indexados ao IPCA e prefixados, mais sensíveis às variações das taxas de juros futuras. O investidor que necessitar resgatá-los antes do vencimento estipulado pelo Tesouro Direto pode ter prejuízo caso as taxas de juros sigam subindo ("abrindo", no jargão do mercado). Já o investidor pouco habituado com o mercado financeiro, vale as recomendações sugeridas no relatório Mapa do Tesouro - Recomendações de Tesouro Direto.



Bom dia e bons negócios





quarta-feira, 8 de agosto de 2018

Morning Call - 08/08/2018

Responsive image

Por Carlos Soares, CNPI

Os juros futuros operaram em alta seguindo de perto o desempenho dos Treasuries e com o cenário eleitoral começando a ganhar força na sessão desta terça-feira (07).

Segundo o noticiário internacional, houve um movimento de realização (venda) dos títulos norte-americanos com o objetivo de participar do leilão que será promovido pelo Tesouro dos EUA nesta quarta-feira, cujo montante (U$ 26 bilhões) será o maior já leiloado.

Treasuries

Como previsto, as disputas eleitorais começam a entrar no radar dos investidores e temores de que o candidato Geraldo Alckimin, considerado com o perfil mais reformista pelo mercado, teria apresentado um fraco desempenho na pesquisa CNT/MDA ou que seria denunciado numa eventual delação premiada azedou o humor dos investidores locais e pressionou as taxas de juros futuras em praticamente todos os vencimentos. Trata-se da dinâmica que devemos esperar até as eleições de outubro: forte volatilidade dos ativos a cada pesquisa e noticiário envolvendo as candidaturas.

Na agenda econômica desta quarta-feira o destaque fica para o IPCA de julho, às 9:00, que deve confirmar a dissipação dos efeitos da greve dos caminhoneiros. O mercado projeta um avanço de +0,27% em relação ao mês de maio o que deve levar o acumulado em 12 meses para o patamar de 4,4%, portanto praticamente no centro da meta oficial de 4,5% para este ano.

O cenário base para o mercado de títulos públicos segue mantido: quadro eleitoral devendo trazer volatilidade ao longo dos próximos dias, mas com viés positivo em relação ao crescimento da candidatura com perfil reformista. Cenário externo continua apresentando incertezas no tocante às disputas comerciais envolvendo as principais nações e o quadro inflacionário nos EUA, apesar de contido, segundo os últimos levantamentos, deve ganhar força no decorrer dos próximos meses o que deve adicionar um componente de cautela em relação ao ritmo de alta da taxa de juros norte-americana, com reflexos no dólar e no desempenho dos ativos locais.



Bom dia e bons negócios





terça-feira, 7 de agosto de 2018

Morning Call - 07/08/2018

Responsive image

Por Carlos Soares, CNPI

As taxas de juros futuras fecharam sem direção definida nesta segunda-feira (06). Mesmo com a melhora da percepção dos agentes em relação ao quadro eleitoral, as tensões comerciais envolvendo EUA e China deixaram o lampejo de otimismo local em compasso de espera e também teve reflexos nos demais emergentes como observado na figura abaixo.


O cenário eleitoral brasileiro dá mostras de que a candidatura com viés mais reformista comece a ganhar força nas próximas pesquisas o que pode dar fôlego aos ativos locais como Bolsa e renda fixa. Portanto, as pesquisas de intenções de votos devem ganhar peso no humor do mercado nos próximos dias. Por outro lado, assim como em todas as eleições, tanto aqui como no exterior, vide as últimas eleições norte-americanas, poderemos ter um quadro de grandes incertezas em meio aos embates envolvendo as candidaturas. Quaisquer revezes na corrida eleitoral, que aponte o crescimento de alguma candidatura com viés mais heterodoxo, cenário hoje pouco provável, pode desencadear uma forte correção dos ativos locais.

Como política é imprevisível, a cautela segue sendo a melhor estratégia para os próximos dias e meses.

Lá fora, as disputas comerciais envolvendo os EUA e as principais economias permanecem adicionando um componente de incertezas, desta vez com os chineses ameaçando impor tarifas sobre produtos norte-americanos que somam cerca de US$ 60 bilhões de suas importações.

Na agenda econômica desta terça-feira destaque para a ata do Copom (8h00) que manteve a sinalização de continuidade da Selic reforçado pelo quadro inflacionário benigno e elevada capacidade ociosa da economia. Cortes adicionais não são esperados por conta do quadro fiscal ainda desafiador e pelo cenário externo incerto.

Diante disso, mantenho meu call de cautela em relação a prefixado e indexados ao IPCA. Em minhas recomendações aos assinantes do Mapa do Tesouro apresento uma sugestão de como investir no Tesouro Direto mantendo uma parte protegida em pos fixado, mas capturando algum ganho com as oportunidades que surgem em algumas modalidades prefixadas. Saiba mais acessando o link abaixo!


Bom dia e bons negócios





segunda-feira, 6 de agosto de 2018

Morning Call - 06/08/2018

Responsive image

Por Carlos Soares, CNPI

Como previsto, felizmente não na direção como eu esperava, os dados de emprego nos EUA foram determinantes para o desempenho dos ativos globais nesta sexta-feira.

A maior economia do planeta registrou a criação de 157 mil novos postos de trabalho no mês de julho, ficando abaixo das expectativas que projetavam a geração de 193 mil vagas e levando o salário médio pago por hora trabalhada a registrar alta de 2,70% em relação ao ano anterior. Os efeitos dos programas de estímulos adotados pela gestão Trump ainda seguem sem trazer pressões sobre o custo da mão-de-obra norte-americana, o que afasta por enquanto maiores preocupações quanto ao ritmo de alta na taxa de juros no país - também reforçado pelo Federal Reserve na última quarta-feira -, contribuindo para a queda do dólar em relação a praticamente todos os emergentes (imagem abaixo).

Responsive image

Entretanto, ainda avalio que não apenas os programas de estímulos fiscais sigam apresentando riscos para a inflação, mas também as medidas protecionistas adotadas nos meses também devem exercer uma pressão adicional sobre os custos de produção local, em meio a um ambiente de pleno emprego - ou seja, com emprego as famílias tendem a tolerar mais preços maiores dos produtos comercializados o que alimenta a inflação.

Somado a isso teremos nos próximos dias o cenário eleitoral ganhando força por aqui que, juntamente com as disputas comerciais envolvendo as principais economias do planeta, continuam apresentando potenciais riscos para os ativos mais voláteis (com maior variação de preços). Diante disso, vale cautela em relação aos títulos prefixados e indexados ao IPCA negociados no Tesouro Direto.

Bom dia e bons negócios






sexta-feira, 3 de agosto de 2018

Morning Call - 03/08/2018

Responsive image

Por Carlos Soares, CNPI

Em mais um capítulo da errática política comercial de Donald Trump e às vésperas da divulgação dos dados oficiais do mercado de trabalho norte-americano, os juros futuros por aqui subiram praticamente em bloco em todos os vencimentos, seguindo de perto a variação do dólar.

O presidente norte-americano voltou a ameaçar impor tarifas sobre os produtos chineses. Desta vez, o governo Trump anunciou que pretende elevar as tarifas sobre uma lista de produtos do gigante asiático de 10 por cento para 25 por cento. Somados estes produtos respondem atualmente por US$ 200 bilhões das importações dos EUA. Caso se confirme a resposta do governo de Pequim deve ser imediata, lembrando que os chineses são os maiores detentores da dívida pública norte-americana com reservas que superam US$ 1 trilhão.

Hoje pela manhã a agenda econômica traz mais um indicador importante que deve ditar o rumo dos negócios nos próximos dias: os dados oficiais de emprego nos EUA. As expectativas do mercado são de que a maior economia do planeta tenha gerado cerca de 193 mil novos postos de trabalho no mês de julho, mas o detalhe que deve mexer com os ânimos dos investidores será o salário médio por hora trabalhada que, segundo estimativas, pode ter registrado um aumento de 2,7% em relação a julho do ano passado - um resultado acima disto deve reacender as preocupações em relação às pressões inflacionárias no país e trazer de volta a discussão em torno do ritmo de alta na taxa de juros nos EUA.

Mas mesmo assim tivemos um alento no noticiário econômico nesta quinta-feira: a boa notícia veio da produção industrial brasileira que se recuperou do tombo sofrido no mês de maio e registrou um crescimento de 13,1% no mês de junho. No ano, a produção industrial do país acumula alta de 2,3% sendo puxada, principalmente, pelos setores de bens de capital (máquinas e equipamentos, por exemplo) e bens de consumo duráveis (como eletrodomésticos).

As incertezas em relação ao cenário eleitoral local e ao comércio externo permanecem. Devemos observar de perto a evolução do quadro inflacionário norte-americano, pois, na minha avaliação, será o principal gatilho para disparar quaisquer mudanças nas expectativas de taxa de juros nos EUA com potencial de atingir todos os emergentes, como ocorrido desde meados de janeiro.

Diante disso e sem vislumbrar cortes adicionais da taxa Selic, mantenho cautela em relação aos títulos indexados ao IPCA e prefixados negociados no Tesouro Direto.

Bom dia e bons negócios