sexta-feira, 28 de setembro de 2018

Morning Call - 28/09/2018

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Por Carlos Soares, CNPI


O nosso mercado apresentou mais uma sessão de ganhos nesta quinta-feira (27) com os negócios sendo impulsionados pelo fluxo estrangeiro aos ativos emergentes. O tom mais ameno dado pelo Federal Reserve na véspera (vide o Morning Call de ontem) e a relativa calmaria em torno das disputas comerciais envolvendo os norte-americanos e os chineses nos últimos dias ajudaram a dar fôlego na tomada de risco dos investidores globais.

Por aqui, o que antes vinha sendo considerado um cenário pessimista, duas candidaturas extremas seguindo para a disputa no segundo turno, passa a ser visto com menos preocupante. Parte do mercado começa a enxergar a possibilidade de não rompimento das medidas de ajuste fiscal adotadas nos últimos anos em caso de vitória de ambos os candidatos à frente nas pesquisas eleitorais. De acordo com o jornal Valor, citando um "profissional de mercado", "o mercado estava posicionado em apostas negativas, mas nos últimos dias os investidores passaram a atribuir probabilidades entre Jair Bolsonaro (PSL) vencendo as eleições presidenciais e executando reformas e Haddad ganhando, mas caminhando para um governo mais de centro". Seja como for, caso tenhamos novidades acerca da agenda de reformas ainda neste ano, ou seja, a votação da Reforma da Previdência, o país terá condições de avançar em outras importantes reformas, menos polêmicas, como a tributária que vem sendo defendida por todas as candidaturas.

Pela manhã também tivemos a divulgação do Relatório Trimestral de Inflação que mostrou um Banco Central menos apreensivo em relação ao quadro inflacionário de curto prazo, mas reafirmando que sem as reformas o quadro poderá ser revertido e forçá-lo a elevar a taxa Selic. Lá fora o PIB dos EUA ficou em linha com a expectativas do mercado ao avançar 4,2% e registrar o melhor desempenho em quatro anos.

Já na agenda de hoje teremos as pesquisas Ipespe/XP pela manhã e Datafolha após o fechamento dos mercados. Já no calendário econômico os destaques ficam para os números de emprego que serão divulgados pelo IBGE, às 9h00, e dados do setor público consolidado de agosto a serem conhecidos ao longo do dia que, segundo estimativas do mercado, podem ter apresentado um déficit de R$ 17,5 bilhões.

Após a sequência de ganhos registrados nos últimos dias, não descarto a possibilidade de termos um dia de ajustes nos mercados nesta sexta-feira. Embora o cenário tenha apresentado uma ligeira melhora, menos disruptivo em termos dos ajustes promovidos nos últimos anos, o quadro permanece de cautela. Dados do setor externo têm mostrado um relativo otimismo em relação à nossa economia com a entrada de importantes fluxos de investimentos de longo prazo - os chamados investimentos diretos -, mas ainda vejo como frágil a melhora dos fluxos de curto prazo que ainda seguem à mercê do quadro internacional. Além do humor do presidente norte-americano junto aos seus parceiros comerciais, vejo com atenção a evolução do quadro inflacionário nas nações desenvolvidas que podem trazer alguma reversão nas expectativas de juros nestes países no decorrer dos próximos meses.

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quinta-feira, 27 de setembro de 2018

Morning Call - 27/09/2018

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Por Carlos Soares, CNPI


Como esperado o cenário externo ditou o rumo dos negócios nesta quarta-feira com os agentes de mercado de olho na decisão do Federal Reserve (Fed) ocorrida a tarde.

Confirmando as expectativas, o banco central norte-americano elevou a taxa de juros em 0,25 p.p. e sinalizou para mais uma alta de mesma intensidade no mês de dezembro.

O mercado passa agora a apostar, em um cenário conservador, em mais três altas ao longo de 2019 e mais uma em 2020 - cenário este que dependerá do comportamento da inflação norte americana no decorrer dos próximos meses e anos. Caso tenhamos sinais de que os preços aos consumidores da maior economia do planeta possam superar e comprometer a meta de 2,0% estabelecida pelo Fed, podemos esperar que os mercados revisem para cima suas projeções, o que voltaria a pressionar os ativos emergentes.

De qualquer forma temos por enquanto um cenário mais benigno de taxa de juros nas economias desenvolvidas e as atenções locais retornam ao quadro eleitoral.

Membros da equipe econômica voltaram a admitir a possibilidade de se votar a Reforma da Previdência após o pleito de outubro, caso o presidente eleito se mostre favorável.

Se isto de fato ocorrer teremos condições de vislumbrar uma importante melhora na confiança dos investidores destravando assim a tão esperada retomada da atividade econômica. Por consequência, podemos esperar também, nesse cenário, um forte desempenho dos ativos locais.

Na agenda desta quinta-feira (27) destaque para a divulgação do Relatório Trimestral de Inflação por aqui e do PIB dos EUA.

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quarta-feira, 26 de setembro de 2018

Morning Call - 26/09/2018

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Por Carlos Soares, CNPI

Com a ascensão da candidatura com viés mais heterodoxo, os mercados devem permanecerem na defensiva por temores de uma descontinuidade dos ajustes promovidos ao longo dos últimos anos e voltar à tona os riscos em torno da volta de políticas não comprometidas com a sustentabilidade das contas públicas.

Apesar da piora no quadro eleitoral que juntamente com o tom mais duro divulgado na ata do Copom chegaram a pressionar os ativos locais pela manhã, ao longo do dia o nosso mercado apresentou algum alívio com parte dos investidores questionando a eficácia das pesquisas divulgadas recentemente, que inclusive vem divergindo de levantamentos privados, segundo relatado ao jornal Valor Econômico.

dólar

Já na sessão desta quarta-feira (25), as atenções se voltarão para a decisão de política monetária nos EUA, às 15h00, em que se espera por um aumento de 0,25 p.p. na taxa de juros norte americana. Mais importante do que a decisão de elevar os juros, dada como certa, será o comunicado que será dado após o encontro que irá sinalizar os próximos passos que o Federal Reserve deverá adotar no processo de normalização monetária do país. Quaisquer sinalizações de que venha intensificar o ritmo de alta da taxa de juros pode levar a um forte ajuste nos mercados globais o que pressionaria ainda mais os ativos brasileiros nos próximos dias.


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terça-feira, 25 de setembro de 2018

Morning Call - 25/09/2018

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Por Carlos Soares, CNPI

Em meio ao fortalecimento da candidatura petista e com o cenário externo pressionado pelo acirramento nas tensões comerciais entre os EUA e China, os ativos locais apresentaram uma sessão de perdas nesta segunda-feira (25).

Após sondagens apontando o crescimento do candidato petista, Fernando Haddad, nas últimas semanas que antecedem as disputas do primeiro, o mercado manteve o tom de cautela a espera da pesquisa Ibope/Estado/TV Globo divulgada após o fechamento.

Pelo levantamento, o candidato Jair Bolsonaro (PSL) se manteve na liderança com os mesmos 28% registrados no levantamento anterior, mas teve sua rejeição elevando de 42% para 46%, o que deve deixar os investidores novamente na defensiva nesta terça-feira (25). Já o candidato petista segue se consolidando no segundo lugar passando de 19% das intenções de votos, para 22% no levantamento divulgado nesta noite.

Lá fora, às vésperas do encontro de política monetária nos EUA, que deve elevar a taxa de juros do país em 0,25 p.p., nesta quarta-feira, tivemos a entrada em vigor da taxação em 10% de produtos chineses consumidos pelos norte-americanos. Somados estes produtos representam cerca de US$ 100 bilhões das exportações norte-americanas e elevaram as preocupações dos mercados acerca de uma intensificação nas disputas envolvendo os dois países.

Sem nenhuma perspectiva de reversão das incertezas eleitorais e externas, as atenções dos investidores locais também se voltarão, no dia de hoje, para a Ata do último encontro do Comitê de Política Monetária (Copom) ocorrido na semana passada e que decidiu pela manutenção da taxa Selic. O documento, divulgado a pouco, deve levar o mercado a rever seu cenário de taxa de juros para os próximos meses, tendo uma parte já atribuindo alguma probabilidade de alta ainda neste ano.

Vejo com ressalvas uma possibilidade de elevação na taxa Selic e, diante disso, vou promover um ajuste fino nas minhas recomendações de Tesouro Direto na virada do mês como forma de capturar as oportunidades que estou vislumbrando que possam surgir ao longo de outubro.

Não perca esta oportunidade e assine já por apenas R$ 7,00 o Mapa do Tesouro: Recomendações de Tesouro Direto - por apenas R$ 7,00/mês.

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segunda-feira, 24 de setembro de 2018

Morning Call - 24/09/2018

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Por Carlos Soares, CNPI


Confirmando minha previsão do último Morning Call, a agenda doméstica desta sexta-feira contribuiu para a dinâmica dos juros futuros e ajudou os títulos negociados no Tesouro Direto a registrar mais uma sessão de ganhos.


Começando pelo IPCA-15, considerado uma prévia da inflação oficial que será divulgada no dia 05/10, que apresentou ligeira alta de +0,09% em setembro, sendo a menor taxa para um mês de setembro desde 2006 (+0,05%) e ficando abaixo das expectativas (+0,17%). No acumulado em 12 meses, o indicador apresenta uma alta de 4,28% que, de acordo com o IBGE, ficou "ligeiramente abaixo dos 4,30% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores", ou seja, do apurado em agosto. O resultado acumulado também recuou em relação a meta oficial de 4,50% o que afasta por enquanto maiores preocupações em torno de uma possível alta na taxa de juros no curto prazo (também dentro do cenário-base com que trabalho em minhas recomendações de Tesouro Direto).

Segundo estudo recente divulgado pela Instituição Fiscal Independente (IFI), devido ao fraco dinamismo da atividade econômica que opera abaixo de sua plena capacidade - basta observamos o elevado nível de desemprego e capacidade ociosa das empresas, a inflação tem permanecido comedida e "mantendo afastado o risco de pressões inflacionárias mais sérias" - vide RAF de set/18.

A consolidação do candidato Jair Bolsonaro (PSL) e o alívio no exterior também contribuíram para o recuo dos juros futuros.

De acordo com a pesquisa XP/Ipespe, o deputado federal subiu mais dois pontos passando para 28% das intenções de voto, enquanto Fernando Haddad (PT) se consolida na segunda posição, com 16% das intenções. Rumores (não confirmados) acerca de uma possível aliança entre o PT e o PSDB, no segundo turno, também circularam no decorrer desta semana. A reflexão que fica é: será que esta possível aliança poderia ser encarada como sendo favorável a Reforma da Previdência autorizando o atual governo levá-la para votação após as eleições? Por ora temos apenas uma certeza: o cenário eleitoral segue extremamente incerto e merece ser monitorado com cautela.

Lá fora o mercado avaliou a possibilidade de que as autoridades norte-americanas e chinesas possam evitar uma escalada da guerra comercial travada entre ambos após o governo dos EUA anunciar a elevação de taxas sobre US$ 200 bilhões de produtos do gigante asiático. Trata-se de outro tema que permaneço vendo com ressalvas, dado o histórico errático do presidente Trump no decorrer deste ano.

Para hoje, além do cenário eleitoral que ditará os negócios até o próximo mês, teremos como destaque a divulgação do Relatório Focus que poderá apresentar um recuo nas expectativas de inflação por conta do IPCA-15 desta sexta-feira. Na semana, chamo a atenção para a Ata do Copom que será conhecida amanhã, antes da abertura, que também ajudará os investidores a balizar suas apostas em torno da curva de juros. Quarta-feira (26) será a vez do Federal Reserve - Fed decidir a taxa de juros nos EUA cujas expectativas apontam para uma alta de 0,25 p.p.. Já na quinta-feira (27), os investidores globais ficarão atentos ao terceiro e último levantamento do PIB norte-americano que deve apresentar um avanço de 4,2% no 2T18.

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Bom dia e bons negócios!

quinta-feira, 20 de setembro de 2018

Morning Call - 21/09/2018

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Por Carlos Soares, CNPI


Em uma sessão de ajustes por conta da reunião do Copom na véspera - conforme esperado e sinalizado no Morning Call de ontem - os juros futuros registraram queda nos vencimentos mais longos e uma correção para cima nos vértices intermediários, entre os vencimentos 2020 e 2021.

Lá fora as bolsas norte-americanas testaram novos recordes em resposta a divulgação de dados de confiança e emprego que seguiram apresentando um robusto nível de atividade na maior economia do planeta.

Nesta sexta-feira (21) teremos uma agenda doméstica mais cheia começando pela prévia do IPCA de setembro (IPCA-15), divulgado às 9h00, que registrou alta de 0,09% e ficou abaixo das estimativas (0,17%), o que pode trazer alívio ao mercado de juros futuros no dia de hoje.

Também entrará no radar do mercado a divulgação das pesquisas com intenções de votos realizadas pelo DataPoder360 e XP/Ipespe - neste caso começo a vislumbrar um leve viés construtivo para a dinâmica dos ativos locais com a possibilidade de que a candidatura do também considerado (agora) reformista Jair Bolsonaro (PSL) comece a ganhar força - inclusive para o segundo turno.

Mesmo com esse viés mais positivo ainda acho precoce realizar grandes ajustes nas recomendações sugeridas no Mapa do Tesouro. Antecipo que podemos ter um ajuste fino a partir da virada deste mês para capturarmos oportunidades nas modalidades mais sensíveis a curva de juros que podem apresentar um desempenho interessante ao longo do próximo ano.

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Morning Call - 20/09/2018

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Por Carlos Soares, CNPI


A espera do término do encontro do Comitê de Política Monetária (Copom) na noite desta quarta-feira (19), os juros futuros encerraram a última sessão em baixa ao longo da curva.

Por unanimidade, o colegiado decidiu manter a taxa Selic em 6,5% ao ano e destacou, em seu comunicado após o encontro, que os riscos de uma alta da inflação decorrente da "deterioração do cenário externo para economias emergentes", contemplados em seu cenário básico, "se elevaram" desde o último encontro.

Também foi destacado que o elevado nível de ociosidade da economia, leia-se alto desemprego e fraco desempenho das empresas no país, pode seguir mantendo os preços comedidos permitindo a manutenção de uma "política monetária estimulativa", ou seja, de manutenção da taxa de juros.

Para que ocorra uma queda adicional da taxa de juros estrutural somada a uma "recuperação sustentável da economia", o Comitê enfatizou a necessidade da "continuidade dos processos de reformas e ajustes necessários na economia brasileira" como forma de preservar a inflação controlada no médio e longo prazo.

Já para esta quinta-feira (20) poderemos ter alguma correção nos juros futuros por conta do Copom e a agenda econômica nos reserva a divulgação dos dados norte-americanos de atividade industrial apurados pelo Fed da Filadelfia e pedidos por seguro-desemprego, às 9h30, além das vendas de casas usadas do mês de agosto, às 11h00.

Em meio ao cenário de incertezas eleitorais no nosso país e com um quadro externo pressionado pelo acirramento das tensões comerciais e pelo processo de alta das taxas de juros nas nações desenvolvidas, especialmente nos EUA, recomendo cautela em relação aos títulos prefixados e indexados ao IPCA.

Para o investidor pouco familiarizado com as oscilações do mercado financeiro, chamo a atenção para o fato de que estas modalidades podem gerar perdas, principalmente em momentos de maior turbulência como o que temos enfrentado nos últimos meses, caso opte resgatar seu dinheiro antes do vencimento que variam de 2021 até 2050.

Como forma de preservação do capital investido, tenho sugerido aos investidores assinantes do Mapa do Tesouro manter um mix distribuído entre as diferentes alternativas disponíveis no Tesouro Direto, mas dando um peso mais importante na modalidade pós fixada enquanto aguardamos uma definição mais clara do cenário a partir do próximo ano, lembrando que o risco do investidor ter prejuízo nesta modalidade é praticamente nula.

Diante disso, faço meu convite para conhecer minhas recomendações de Tesouro Direto em: Mapa do Tesouro: Recomendações de Tesouro Direto - por apenas R$ 7,00/mês.

Bom dia e bons negócios!

quarta-feira, 19 de setembro de 2018

Morning Call - 19/09/2018

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Por Carlos Soares, CNPI


Apesar do cenário externo pressionado e das disputas eleitorais a todo vapor, os ativos locais se descolaram do exterior e registraram uma forte performance nesta terça-feira (18).

Além da melhora do desempenho de Jair Bolsonaro (PSL) nas pesquisas de intenção de votos divulgadas desde a semana passada, também tivemos rumores noticiados pela imprensa acerca de uma possível escolha de Henrique Meirelles (MDB) para assumir o Ministério da Fazenda num eventual governo petista, o que trouxe alívio aos juros futuros por aqui.


No front externo, o acirramento das disputas comerciais entre os EUA e a China levou os asiáticos a anunciarem o aumento das tarifas sobre uma lista de produtos norte-americanos que somam cerca de US$ 60 bilhões. Segundo noticiado pelo jornal Valor Econômico, uma lista de produtos que inclui café, mel e químicos industriais tiveram suas alíquotas elevadas de 5% para 10% para serem comercializados no mercado chinês.

Nesta quarta-feira (19) os investidores devem seguir atentos ao cenário eleitoral e a espera do encontro do Copom que - praticamente dado como certo - deverá manter a taxa Selic inalterada. Contudo, poderemos ter alguma mudança na postura a ser adotada no comunicado que será divulgado após o encontro sinalizando os próximos rumos da política monetária no país.

Preocupações com a piora do cenário externo e maior cautela com os riscos de inflação nos próximos meses, que possam ser sinalizados no comunicado, podem disparar alguma correção sobre os títulos mais sensíveis a taxa de juros.

Diante disso, permaneço recomendando uma alocação mais defensiva aos investidores que assinam o Mapa do Tesouro buscando proteger o capital investido neste momento de maior turbulência.

Saiba o que fazer na hora de investir no Tesouro Direto acessando: Mapa do Tesouro: Recomendações de Tesouro Direto - por apenas R$ 7,00/mês.

Bom dia e bons negócios!





terça-feira, 18 de setembro de 2018

Morning Call - 18/09/2018

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Por Carlos Soares, CNPI


O cenário político deu um tom positivo nesta segunda-feira com a leitura de que Jair Bolsonaro (PSL) se consolida cada vez mais na liderança e com uma provável fragmentação dentre as alas mais radicais da esquerda - lembrando que dentre os favoritos a candidatura é tida como sendo a mais radical pelo mercado.

Com isso, os juros futuros recuaram em toda curva de juros (gráfico abaixo) contribuindo para a alta nas cotações dos títulos públicos disponibilizados no Tesouro Direto.


Ainda vejo como precoce este possível enfraquecimento da esquerda e, portanto, tendo que o cenário ainda extremamente indefinido, todo esse otimismo pode ser facilmente abalado nos próximos dias.

O mercado praticamente deixou seu candidato predileto, Geraldo Alckmin (PSDB), em segundo plano e passou a jogar suas fichas sobre a candidatura de Jair Bolsonaro (PSL). Um ponto a favor do deputado federal tem sido seu apoio à Reforma da Previdência que poderá, caso eleito, ser votada logo após as eleições de outubro - conforme sinalizado pelo governo.

Lá fora em mais um capítulo da guerra comercial dos EUA, o presidente Trump anunciou após o fechamento do mercado a taxação de 10% sobre o montante equivalente a US$ 200 bilhões de produtos chineses consumidos pelos norte-americanos, a partir de 24 de setembro. Ainda acrescentou que no dia primeiro de janeiro as tarifas subirão para 25%.

Diante disso, os mercados devem reagir negativamente nesta terça-feira (18) podendo ditar os rumos dos nos negócios por aqui.

Como destaque da agenda econômica teremos o início do encontro de dois dias do Comitê de Política Monetária (Copom) que poderá sinalizar amanhã os próximos rumos da taxa Selic.

Saiba o que fazer neste cenário de taxa de juros. Conheça o Mapa do Tesouro: Recomendações de Tesouro Direto - por apenas R$ 7,00/mês.

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segunda-feira, 17 de setembro de 2018

Morning Call - 17/09/2018

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Por Carlos Soares, CNPI


Animados pelo desempenho mais fraco das candidaturas heterodoxas em pesquisa divulgada pela manhã pela XP/Ipespe, os investidores voltaram às compras nesta sexta-feira (14) na esperança de que que a pesquisa Datafolha divulgada após o fechamento trouxesse dados mais animadores em relação ao desempenho das candidaturas tidas como mais ortodoxas. Com isso o que se pode observar foi um breve recuo nas taxas de juros futuras com vencimentos mais longos (gráfico abaixo) ajudando a valorizar as cotações de todas as modalidades oferecidas no Tesouro Direto.


No exterior, o presidente norte-americano Donald Trump anunciou que deve prosseguir com a imposição de sobre taxação de produtos chineses que somam cerca de US$ 200 bilhões das importações dos EUA, podendo causar mais ruídos aos ativos globais nos próximos dias.

Já na sessão desta segunda-feira (17) os investidores seguirão atentos ao cenário eleitoral com a divulgação das pesquisas CNT/MDA, Ipsos e do instituto FSB que devem mostrar um fortalecimento das candidaturas de esquerda. Os agentes de mercado já começam a perder as esperanças de que seu candidato predileto, o tucano Geraldo Alckmin, possa esboçar alguma reação na reta final da disputa pelo Palácio do Planalto. Preocupados com o quadro fiscal para os próximos anos, os investidores passam agora a jogar suas fichas sobre a candidatura de Jair Bolsonaro (PSL) cujo programa de governo acena para um maior comprometimento com as contas públicas.

Outro cenário que venho sinalizando a algum tempo e que começa a ganhar força no mercado tem sido a possibilidade de um repique sobre os preços nos próximos meses. Mesmo com os efeitos passageiros da greve dos caminhoneiros, temos algumas pressões ganhando força e que podem impactar a dinâmica de inflação por aqui como a alta do dólar, reajustes dos fretes e combustíveis, aumento dos preços de energia e de commodities provenientes da Argentina (notadamente o trigo), o que reforça o cenário de alta da taxa Selic no próximo ano.


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sexta-feira, 14 de setembro de 2018

Morning Call - 14/09/2018

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Por Carlos Soares, CNPI


"Quaisquer revezes no cenário político pode desencadear uma forte correção dos ativos" - Morning Call do dia 20/07/2018

Confirmando meu cenário traçado em meados de julho, como tem sido desde então, a cena eleitoral seguiu pesando no humor dos investidores nesta quinta-feira (13). Temores sobre um possível fortalecimento da candidatura tida como mais heterodoxa fez com que as taxas de juros futuras subissem na Bolsa levando ao recuo nas cotações dos títulos negociados no Tesouro Direto.

No front econômico, enquanto os dados de inflação nos EUA trouxeram alívio com o CPI (inflação ao consumidor) avançando apenas 0,1% em agosto, por aqui os dados do comércio varejista decepcionou ao apresentar queda de -0,5% no mês de julho.

Na sessão desta sexta-feira (14), ainda digerindo os dados de produção industrial na China, os investidores devem seguir em tom de cautela a espera dos números da pesquisa Datafolha que pode apresentar um avanço da candidatura de Fernando Haddad (PT), conforme sinalizado em alguns levantamentos privados.

A leitura que se faz de curto prazo é de que diante de uma demora no restabelecimento do quadro de saúde do candidato Jair Bolsonaro (PSL), afastando-o, portanto, das campanhas nas ruas, a candidatura petista possa ganhar força com os investidores temendo a transferência de votos do ex-presidente Lula. Vale ressaltar que pelas propostas, o candidato petista apresenta um viés mais heterodoxo que se traduz em políticas pautadas em maiores gastos públicos que podem comprometer ainda mais o quadro fiscal do país.

Diante disso, o cenário segue mantido com as incertezas em torno das disputas pressionando os ativos locais. Neste contexto é recomendável ao investidor se posicionar em ativos mais conservadores reservando apenas uma pequena parcela nas modalidades de maior risco como os títulos indexados a inflação e prefixados, conforme tenho orientado os assinantes do Mapa do Tesouro.

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quinta-feira, 13 de setembro de 2018

Morning Call - 13/09/2018

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Por Carlos Soares, CNPI


Mesmo com o mercado fazendo uma leitura menos pessimista em relação a pesquisa Ibope divulgada na véspera, os investidores seguiram atentos ao noticiário político alertando sobre um possível racha na base aliada do candidato Geraldo Alckmin (PSDB).

Segundo o noticiário, o Partido Progressista (PP) do Rio Grande do Sul, diga-se de passagem o mesmo da vice-candidata Ana Amélia Lemos, pode dar seu apoio a candidatura de Jair Bolsonaro (PSL). Caso se confirme, a decisão do PP deve enfraquecer ainda mais o candidato tucano que teve um de seus principais apoiadores na região sul do país, o ex-governador Beto Richa, detido nesta semana pela Operação Lava Jato.

Trata-se da tônica que deve ditar os rumos dos negócios por aqui: um ambiente eleitoral extremamente incerto trazendo forte volatilidade aos ativos locais.

Apesar do cenário local jogando contra, os juros futuros negociados na Bolsa recuaram nos contratos com vencimentos mais longos, ajudando a valorizar principalmente os títulos indexados a inflação e as modalidades prefixadas.

Lá fora tivemos algum alívio diante do noticiário internacional dando conta de que o presidente norte-americano, Donald Trump, teria proposto novas tratativas com a China.

Dados de inflação aos produtores norte-americanos também ajudou na melhora do humor no exterior ao registrar queda de 0,1% na passagem de julho para agosto (est. +0,2%).

Mas, como tenho vislumbrado em meus comentários matinais ao longo dos últimos meses, este quadro benigno de inflação nos EUA não deve se sustentar devido aos programas de estímulos fiscais anunciado pela gestão Trump no início do ano em um ambiente de pleno emprego. Acrescente a este cenário as medidas de sobretaxar os produtos importados e o quadro inflacionário está pronto para ganhar força nos próximos meses.

O próprio Banco Central dos EUA (Federal Reserve - Fed) divulgou nesta quarta-feira, por meio do Livro Bege, que a elevação das tarifas impostas nos últimos meses já contribuem para o encarecimento de insumos utilizados na indústria que também sente os efeitos, em algumas regiões, da falta de mão-de-obra.

Na agenda econômica de hoje os destaques ficam para os números do varejo por aqui, às 9h00, e dados de inflação nos EUA, às 9h30.

O cenário permanece de cautela na sessão de hoje e sem grande mudanças no cenário eleitoral e externo os ativos locais devem seguir pressionados.

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quarta-feira, 12 de setembro de 2018

Morning Call - 12/09/2018

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Por Carlos Soares, CNPI


Tendo o cenário externo pressionando em meio às tensões comerciais envolvendo os EUA e a China que seguem longe de ter uma trégua, o cenário político local acabou azedando de vez o humor dos investidores.

O mercado mostrou preocupação com a possibilidade de um candidato de cunho heterodoxo poder avançar para o segundo turno com chances reais de vencer o candidato Jair Bolsonaro. O fato que passou a pesar na avaliação dos agentes de mercado foi a alta rejeição do deputado federal em relação aos demais candidatos que pode jogar a favor das demais candidaturas.

No front externo, a notícia de que a China pedirá permissão à Organização Mundial do Comércio (OMC) para impor sanções aos EUA devido ao não cumprimento de regras questionadas pelos asiáticos em 2013, elevou o tom de cautela por parte dos investidores globais. O episódio será mais um capítulo das complicadas disputas comerciais envolvendo os dois países e que podem contaminar os índices de preços na maior economia do planeta e levar o Federal Reserve a adotar uma postura mais dura (hawkish) nos próximos anos.

Com a agenda econômica mais fraca, os ativos globais operam em ligeira alta mas a dinâmica dos principais mercados deve permanecer atrelada aos desdobramentos das disputas comerciais envolvendo os norte-americanos e seus principais parceiros.

Por aqui, sem nenhuma perspectiva de mudanças no quadro eleitoral nos próximos dias, o cenário permanece indefinido e deve seguir pressionando os ativos locais.

Veja as melhores oportunidades no Tesouro Direto em: Mapa do Tesouro: Recomendações de Tesouro Direto - por apenas R$ 7 reais por mês.

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terça-feira, 11 de setembro de 2018

Conheça o Mapa do Tesouro: Recomendações de Tesouro Direto

Mapa do Tesouro

Que tal fazer seu dinheiro render mais do que a poupança investindo em algo considerado o investimento de menor risco do mercado brasileiro? E melhor ainda: com menos de R$ 100 reais você pode começar a investir.


Estou falando do investimento no Tesouro Direto, programa criado em 2002 com o objetivo de democratizar o acesso da população aos títulos públicos e que oferece diferentes tipos de rentabilidade (prefixada, ligada à variação da inflação ou mesmo à variação da taxa Selic), além de diferentes prazos de vencimentos e fluxos de pagamentos de juros – atendendo as necessidades de cada tipo de investidor.


Considerando apenas o Tesouro Selic, o título mais conservador dentre todos disponíveis no Tesouro Direto, e indicado para os investidores pouco familiarizados com as variações do mercado financeiro, podemos ter uma idéia da oportunidade que você pode estar desperdiçando.


Nos últimos 10 anos, um investidor que tenha colocado R$ 1 mil na caderneta de poupança contaria hoje com R$ 1.996,29. Com os mesmos R$ 1 mil investidos no Tesouro Selic o investidor teria hoje cerca de R$ 2.300 líquidos de impostos, ou seja, uma grande diferença considerando que se trata do investimento de menor risco no país.


Isso sem contar o bom desempenho apresentado nos últimos anos das demais modalidades como os títulos indexados a inflação. Entre outubro de 2015 – período marcado pelo abandono da meta de superávit fiscal do governo Dilma – e março de 2018 estes títulos renderam em média mais de 65%, o equivalente a um ganho médio de quase 20% ao ano.


Apesar das dificuldades de se acertar o momento exato de entrar ou de sair num determinado investimento, algumas sinalizações dadas por fatores conjunturais nos dão pistas de como nos posicionarmos.


Exemplo disso está descrito no meu posicionamento dado em entrevista concedida a Dukascopy, em meados de setembro de 2017, quando enxerguei espaço quedas adicionais da taxa Selic e que capturaram um bom rendimento nas modalidades sugeridas naquela ocasião:

 



Perspectivas para o Tesouro Direto



A pergunta que muitos devem estar se fazendo é o que esperar para os próximos meses, principalmente diante do cenário tão incerto como o que nos deparamos hoje?

 
Acredito que teremos algumas oportunidades bem interessantes no Tesouro Direto, especialmente se tivermos o avanço das reformas no próximo (ou neste) governo que devem reduzir significativamente as incertezas em relação ao nosso quadro fiscal.


Estas oportunidades têm sido sugeridas aos investidores que seguem o Mapa do Tesouro: Recomendações de Tesouro Direto.





CARLOS SOARES, CNPI
Economista e Analista de Investimentos








Morning Call - 11/09/2018

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Por Carlos Soares, CNPI



Nitidamente mostrando um tom de cautela por parte dos investidores a espera da pesquisa Datafolha, divulgada após o fechamento, os juros futuros registraram um nítido movimento de "steepening" - inclinação da curva quando os juros mais longos sobem mais do que as taxas mais curtas.

Apenas um parenteses quanto ao movimento verificado na curva de juros nesta segunda-feira (10): normalmente os fatores que levam a alta dos juros mais longos são as incertezas por parte dos investidores em relação ao país ou uma expectativa de crescimento econômico que leve o Banco Central elevar a taxa de juros em algum momento no futuro para manter a inflação sob controle.

Mas na sessão de ontem podemos afirmar que se trata do quadro político-eleitoral que ainda segue incerto, mas com o mercado apostando que o trágico evento de quinta-feira (06) possa fortalecer as candidaturas de direita vistas como mais comprometidas em combater o desequilíbrio das contas públicas.

Reforçando estas apostas tivemos a divulgação da pesquisa FSB/BTG mostrando que o candidato Jair Bolsonaro (PSL) ampliou sua vantagem na liderança passando de 26 por cento na semana passada para 30 por cento no último levantamento.

Por outro lado, tanto a pesquisa Ibope/Estado/TV Globo quanto Datafolha divulgadas na noite de ontem mostraram um quadro praticamente estável, dentro da margem de erro, entre os principais candidatos à Presidência da República, tendo o candidato Bolsonaro permanecendo na liderança.

Além do fraco desempenho do candidato Geraldo Alckmin (PSDB) em todas as pesquisas de intenções de votos, uma nova fase da Operação Lava Jato deflagrada a pouco atingiu integrantes de seu partido e culminou com a prisão do ex-governador do Paraná, Beto Richa. Resta saber o quanto impactará em sua campanha os desdobramentos das investigações sobre seu partido, mas pode reforçar a mudança da preferência do mercado sobre os postulantes ao Palácio do Planalto.

Caso o nome do deputado siga se consolidando na liderança das pesquisas é bem possível que o mercado passe a apoiá-lo de uma vez, especialmente com a possibilidade de que a Reforma da Previdência seja votada ainda neste ano como sinalizado pela equipe econômica e noticiado pelo jornal Valor Econômico nesta segunda-feira.

Mas, as chances de que um nome com perfil mais heterodoxo ganhar força, ou seja, um nome mais propenso a aumentar os gastos e elevar a dívida pública, como tem sido sinalizado nas propostas do candidato Ciro Gomes (PDT), pode trazer um tom mais defensivo por parte dos investidores e levar a mais volatilidade aos ativos locais nos próximos dias.

Lá fora, o noticiário político/comercial segue intenso com as ameaças de Donald Trump impor novas tarifas sobre os produtos chineses. Já na agenda econômica o destaque fica para a divulgação do Estudo mensal sobre Ofertas de Emprego e Rotatividade no Trabalho (JOLTs, na sigla em inglês) que deve mostrar que houve cerca de 6,646 milhões de vagas de empregos nos EUA no mês de julho, reforçando que o mercado de trabalho norte-americano segue robusto.

Sem vislumbrar grandes alterações no cenário externo e local para os próximos dias permaneço recomendando uma parcela mais significativa em títulos pós fixados em minhas recomendações de Tesouro Direto. Saliento que o cenário de maior volatilidade que temos observado nos últimos dias tem criado oportunidades importantes em outras modalidades e que estão sendo aproveitadas pelos clientes do Mapa do Tesouro.

Saiba mais em: Mapa do Tesouro: Recomendações de Tesouro Direto

Bom dia e bons negócios!






segunda-feira, 10 de setembro de 2018

Morning Call - 10/09/2018

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Por Carlos Soares, CNPI


Com a volta do feriado e após o trágico evento ocorrido na quinta-feira envolvendo o presidenciável Jair Bolsonaro (PSL), os ativos locais devem apresentar uma sessão de correções devido o bom desempenho das American Depositary Receipts (ADR) - certificados de empresas brasileiras negociadas no exterior - nesta sexta-feira.

Como antecipado Morning Call desta quinta-feira, afirmei que o candidato Jair Bolsonaro já vinha aos poucos caindo nas graças do mercado. Resta saber como ficarão as intenções de voto do eleitorado em resposta ao lamentável episódio - a torcida fica para um fortalecimento das candidaturas de centro-direita, mas o quadro permanece indefinido e assim permanecer até outubro.

No exterior o tão aguardado payroll de agosto(indicador de emprego nos EUA) foi conhecido nesta sexta-feira e apresentou números acima do esperado com a criação de 201 mil novos postos de trabalho (est. 193 mil) e o ganho médio por hora trabalhada crescendo 0,37% (est. 0,30%) em relação a julho/18 e 2,9% (est. 2,8%) em relação a agosto/17.

Estes números são importantes para balizar as expectativas de inflação e, portanto, de taxa de juros nos EUA. Caso passe a ganhar força nos próximos levantamentos certamente teremos outro gatilho desencadeando mais pressão sobre os ativos emergentes.

Apesar da melhora apresentada nos últimos dias, a dinâmica do nosso mercado segue exigindo cautela.

Com um quadro eleitoral incerto e a espera de novas investidas de Donald Trump sobre o comércio mundial, continuo não enxergando uma tendência consolidada de recuperação dos ativos locais, ao menos até as eleições.

Bom dia e bons negócios!






quinta-feira, 6 de setembro de 2018

Morning Call - 06/09/2018

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Por Carlos Soares, CNPI


Nem mesmo a melhora registrada no exterior - a meu ver uma breve correção das perdas sofridas nos últimos dias - foi o suficiente para conter mais um dia de alta nas taxas de juros futuras.

As incertezas quanto ao cenário eleitoral persistem e, apesar do adiamento na divulgação das pesquisas do Ibope e Datafolha, avalio que o pífio desempenho do candidato de cunho mais reformista, o tucano Geraldo Alckmin, devem continuar gerando cautela em relação aos ativos locais. Vale destacar que o candidato tucano ainda permanece com menos de 10% das intenções de votos enquanto que o candidato Ciro Gomes (PDT) avançou 3 pontos, empatando com Marina Silva (Rede) no último levantamento do Ibope/Estadão/TV Globo divulgado ontem a noite. Jair Bolsonaro (PSL) segue liderando as pesquisas com 22% das intenções de votos e começa aos poucos cair nas graças do mercado.

Mais do que um atraso na divulgação das pesquisas que, como disse, não devem trazer mudanças significativas no quadro sem o ex-presidente Lula, é fator de preocupação a perspectiva de encaminhamento das reformas estruturantes no próximo governo e o contágio dos emergentes torna estas medidas ainda mais urgentes.

Lá fora as tensões envolvendo EUA e China voltam ao radar sustentando a já corriqueira postura errática de Donald Trump em relação aos seus pares comerciais.

Na agenda econômica os destaques ficam para a divulgação do IPCA de agosto (est.+0,27%), às 9:00, e variação dos dados de empregos privados nos EUA também de agosto (est. 188k), às 9:15.

Contudo, os dados econômicos mais aguardados nesta semana serão conhecidos apenas amanhã quando nosso mercado estará fechado por conta do feriado em comemoração ao Dia da Independência: os números oficiais de emprego nos EUA.

Pelas estimativas do mercado, a economia norte-americana pode ter gerado cerca de 191 mil novas vagas e mantido a taxa de desemprego em 3,9% no mês de agosto.

Mas um detalhe dos números a serem divulgados amanhã que merece atenção serão os ganhos médios por hora trabalhada cujas projeções apontam para uma alta de 0,3% em relação a julho. Um resultado acima deste nível pode acionar o gatilho (trigger) para mais correções dos mercados globais com os investidores reavaliando o cenário de elevação na taxa de juros nos EUA.

Diante disso, vale a máxima de que "prudência e dinheiro no bolso não faz mal a ninguém".

Conheça as oportunidades no Tesouro Direto em: Mapa do Tesouro


Bom dia, bons negócios e um excelente feriado!





quarta-feira, 5 de setembro de 2018

Morning Call - 05/09/2018

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Por Carlos Soares, CNPI


Com o retorno dos negócios em Wall Street o dólar registrou alta frente aos seus pares ao redor do mundo com temores em relação aos emergentes, além das preocupações acerca das tensões comerciais envolvendo os EUA e seus parceiros comerciais.

Lá fora o destaque ficou para o encontro do ministro da Fazenda argentino, Nicolás Dujovne, com a presidente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, para apresentar o novo pacote de reformas fiscais do país.

Dentre as medidas anunciadas na véspera pelo presidente Mauricio Macri, destaco o aumento dos impostos sobre as exportações de produtos consumidos por nós - como o trigo.

Juntamente com a alta do dólar, aumentos da conta de energia e dos combustíveis, a elevação dos preços dos insumos importados da argentina devem impactar os custos das matérias-primas utilizadas por nossa indústria, especialmente de alimentos, o que deve se refletir na inflação e confirmar minhas expectativas em relação as apostas em pós fixados (veja mais em Mapa do Tesouro).

Com relação às tensões comerciais norte-americanas, segue indefinido o acordo comercial com os canadenses e o mercado permanece atento à possibilidade de novas investidas contra a China.

Apesar do cenário externo pressionado o dólar ficou praticamente estável fechando cotado a R$ 4,1520 (+0,04%).

Contudo, as incertezas políticas e, principalmente, o futuro das nossas contas públicas, ditaram a dinâmica das taxas de juros nesta terça-feira (04). Os juros futuros negociados na Bolsa - que servem de referência para a definição dos preços dos títulos negociados no Tesouro Direto - voltaram a registrar alta em praticamente todos os vencimentos.

A espera de mais uma pesquisa Ibope que seria divulgada na noite de ontem adicionou um tom a mais de cautela aos investidores no mercado de renda fixa.

Sem vislumbrar uma mudança significativa na dinâmica dos ativos globais para os próximos dias, passo agora a enxergar também um cenário de inflação mais pressionado para os próximos meses pelos motivos expostos acima.

Por falar em inflação, teremos amanhã a divulgação do IPCA do mês de agosto cujas estimativas apontam para uma alta de 0,27% - o detalhe é que estas estimativas estão bem próximas ao que se esperava para o IPC da Fipe divulgado ontem e que acabou registrando alta de +0,41% em relação a julho.

Diante disso, mantenho minhas recomendações preponderantemente alocadas na modalidade pós fixada do Tesouro Direto; mas, como venho alertando nas últimas semanas, tenho observado algumas oportunidades nas demais modalidades em meio a este período de maior stress do mercado.

Saiba quais são estas oportunidades em: Mapa do Tesouro


Bom dia e bons negócios!





terça-feira, 4 de setembro de 2018

Morning Call - 04/09/2018

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Por Carlos Soares, CNPI


Mesmo com um volume morno por conta do feriado em comemoração ao Dia do Trabalho nos EUA, os ativos locais não tiveram trégua nesta segunda-feira (03) diante do cenário externo pressionado.

Preocupações em relação a Argentina e Turquia voltaram ao radar dos investidores e contaminaram praticamente todos os mercados emergentes. Ambos os países seguem apresentando fortes problemas com uma inflação elevada, fragilidade de suas contas externas e, a exemplo do Brasil, um complicado déficit público que necessita com urgência ser solucionado.

Informações desencontradas dadas pelo presidente argentino, Mauricio Macri, acerca de uma possível ajuda do Fundo Monetário Internacional (FMI), no decorrer da última semana, também contribuíram para minar o humor dos investidores globais em relação aos emergentes.

Por arqui, tendo o feriado em comemoração ao Dia da Independência na sexta-feira (07) abreviando os negócios locais, o quadro deve permanecer pressionado por conta do quadro eleitoral e de uma agenda repleta de importantes indicadores de emprego nos EUA a serem conhecidos a partir de quinta-feira.

Nesta terça-feira (04) o destaque fica para os números da produção industrial brasileira que, pelas expectativas do mercado, deve registrar uma queda de -1,0% no mês de julho em relação ao mês anterior, reforçando o cenário de perda no dinamismo da retomada de nossa atividade econômica.

Diante disso, sem vislumbrar uma mudança significativa na dinâmica dos ativos globais para os próximos dias, sigo mantendo minhas recomendações preponderantemente alocadas na modalidade pós fixada do Tesouro Direto, mas aproveitando as oportunidades que têm surgido neste período de maior stress do mercado.

Aproveite também estas oportunidades e obtenha minhas recomendações em Tesouro Direto acessando: Mapa do Tesouro


Bom dia e bons negócios!





segunda-feira, 3 de setembro de 2018

Morning Call - 03/09/2018

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Por Carlos Soares, CNPI


Em meio às tensões em relação às negociações comerciais dos EUA junto aos seus parceiros, ao "banho de sangue" ("bloodbath", como tem sido definido pelo noticiário e especialistas no exterior) que acometeu as moedas emergentes nos últimos dias e, como não poderia deixar de passar desapercebido, o julgamento do registro da candidatura do ex-presidente Lula, o nosso mercado seguiu a ligeira melhora no exterior e registrou algum alívio na última sessão do mês.

De positivo tivemos a sinalização de que a Argentina poderá, se necessário, receber mais um socorro do Fundo Monetário Internacional (FMI). A demora na implementação de um ajuste fiscal no país portenho, com uma crise econômica minando a confiança dos argentinos, coloca em xeque um possível favoritismo de Macri nas próximas eleições que ocorrerão em 2019 - trazendo mais incertezas em relação ao futuro de nossos "hermanos".

Já a esperada decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de rejeitar o registro da candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva também determinou que o Partido dos Trabalhadores (PT) não veiculasse o nome do ex-presidente como candidato no horário eleitoral.

Embora torne menos dúbia a disputa pelo Planalto, o novo quadro não deve ainda trazer grandes mudanças nas próximas pesquisas de intenção de votos que podem seguir apresentando um elevado percentual de indecisos e votos em branco, além de um fraco desempenho da candidatura reformista.

Nesta semana, mais curta em função do feriado local na sexta-feira (07), os destaques da agenda econômica ficam para a divulgação dos dados de produção industrial brasileira de julho, que serão conhecidos amanhã, IPCA de agosto e dados de empregos no setor privado nos EUA, na quinta-feira (06), dados oficiais de emprego nos EUA, na sexta-feira (07).

Os números a serem conhecidos, em pleno feriado por aqui, exercerão um importante papel nas expectativas de taxa de juros nos EUA nos próximos dias. Com nosso mercado fechado no dia, devemos presenciar alguma cautela por parte dos investidores em relação aos ativos locais. Atentos aos ganhos médios por hora trabalhada, cujas expectativas apontam para um aumento anual de 2,7% no mês de agosto, os mercados podem reagir negativamente caso os ganhos apresentem um desempenho acima do esperado e reacendam as expectativas de aumento mais intenso na taxa de juros nos EUA.

Diante disso, e com as disputas comerciais norte-americanas e o quadro eleitoral brasileiro pressionando o humor dos investidores, não vejo uma mudança significativa na dinâmica dos ativos locais.

Sendo assim, o momento segue de cautela e recomendo evitar grandes apostas em títulos mais sensíveis a curva de juros (prefixados e indexados ao IPCA).

Para saber mais sobre minhas recomendações em Tesouro Direto acesse: Mapa do Tesouro

Conheça também minhas recomendações de Long & Short com ações acessando minha loja virtual na Eduzz.

Bom dia e bons negócios!