Por Carlos Soares Rodrigues,
Apesar da alta no IBC-BR, indicador que antecede o Produto Interno Bruto (PIB), dar sinais de recuperação de que a economia brasileira esteja se recuperando, a curva de juros fechou ainda mais nos vencimentos mais curtos nesta semana.
Incertezas em relação ao cenário externo com o tão falado Fiscal Cliff (Abismo Fiscal) do orçamento norte americano contribuiu para a queda das taxas de juros curtas nesta semana.
Contudo, o Relatório Trimestral de Inflação divulgado na última quinta-feira, dia 20 de dezembro, não agradou o mercado e levou os juros mais longos a registrarem alta.
Também contribuiu para que os vértices longos se abrissem a queda no desemprego brasileiro medido pelo IBGE. Segundo dados divulgados pela Pesquisa Mensal de Emprego, a taxa de desemprego brasileira ficou em 4,9% no mês de novembro de 2012.
Também contribuiu para que os vértices longos se abrissem a queda no desemprego brasileiro medido pelo IBGE. Segundo dados divulgados pela Pesquisa Mensal de Emprego, a taxa de desemprego brasileira ficou em 4,9% no mês de novembro de 2012.
Mesmo com o notável desempenho do emprego no Brasil, pelos dados do IBGE,não podemos nos esquecer de que a economia brasileira não vem apresentando a mesma performance. Ao analisarmos os números do Ministério do Trabalho em relação a geração de empregos formais fica claro que o mercado de trabalho brasileiro não está tão sólido assim e vem apresentando piora desde meados de 2010, conforme gráfico abaixo.
Para a pesquisa do IBGE, considera-se desempregado o indivíduo que procura por emprego em um período superior a 30 dias. Quando o indivíduo desiste de procurar emprego, o mesmo deixa de fazer parte da população de desempregados.
Portanto, apesar do resultado divulgado pelo IBGE ter contribuído para a alta nas expectativas de juros no médio/longo prazo, gostaria de destacar neste post que, dadas as demais variáveis, arrisco-me a dizer que o fator emprego não trará grandes surpresas para o aumento na inflação nos próximos meses.
Baixa propensão a investir decorrente das sucessivas intervenções do governo nas concessões e o elevado comprometimento da renda das famílias frente aos créditos tomados nos últimos anos ainda poderão segurar um pouco mais a atividade econômica do país.