sábado, 22 de dezembro de 2012

Cenário Macro e Taxa de Juros - 22/12/2012


 
 
Por Carlos Soares Rodrigues,
 
Apesar da alta no IBC-BR, indicador que antecede o Produto Interno Bruto (PIB), dar sinais de recuperação de que a economia brasileira esteja se recuperando, a curva de juros fechou ainda mais nos vencimentos mais curtos nesta semana.


Incertezas em relação ao cenário externo com o tão falado Fiscal Cliff (Abismo Fiscal) do orçamento norte americano contribuiu para a queda das taxas de juros curtas nesta semana.
 
 

 
Contudo, o Relatório Trimestral de Inflação divulgado na última quinta-feira, dia 20 de dezembro, não agradou o mercado e levou os juros mais longos a registrarem alta.

Também contribuiu para que os vértices longos se abrissem a queda no desemprego brasileiro medido pelo IBGE. Segundo dados divulgados pela Pesquisa Mensal de Emprego, a taxa de desemprego brasileira ficou em 4,9% no mês de novembro de 2012.
Mesmo com o notável desempenho do emprego no Brasil, pelos dados do IBGE,não podemos nos esquecer de que a economia brasileira não vem apresentando a mesma performance. Ao analisarmos os números do Ministério do Trabalho em relação a geração de  empregos formais fica claro que o mercado de trabalho brasileiro não está tão sólido assim e vem apresentando piora desde meados de 2010, conforme gráfico abaixo.
 
 
Para a pesquisa do IBGE, considera-se desempregado o indivíduo que procura por emprego em um período superior a 30 dias. Quando o indivíduo desiste de procurar emprego, o mesmo deixa de fazer parte da população de desempregados.
 
 
Portanto, apesar do resultado divulgado pelo IBGE ter contribuído para a alta nas expectativas de juros no médio/longo prazo, gostaria de destacar neste post que, dadas as demais variáveis, arrisco-me a dizer que o fator emprego não trará grandes surpresas para o aumento na inflação nos próximos meses.
 
 
Baixa propensão a investir decorrente das sucessivas intervenções do governo nas concessões e o elevado comprometimento da renda das famílias frente aos créditos tomados nos últimos anos ainda poderão segurar um pouco mais a atividade econômica do país.
 
 
 



 

 

 

 

 

 

 

 

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Economia e mercado de taxa de juros – 24/09/2012


Por Carlos Soares Rodrigues,

SÃO PAULO - 24 de setembro: China e Europa sobrepõem o indicador de preços e o aumento nas expectativas de inflação e taxa de juros no boletim Focus.

Reunidos no fim de semana, Merkel e Hollande não chegaram a um acordo em relação ao cronograma que dará inicio a uma supervisão conjunta do setor bancário europeu.

Com isso, o cenário para os preços das commodities é de baixa o que pressiona menos a alta nas taxas de juros aqui no Brasil.

Na Europa também tivemos a divulgação do indicador de clima empresarial alemão, IFO, que ficou em 101,4 – abaixo dos 102,5 estimados pelos analistas consultados pela Bloomberg e dos 102,3 registrados em agosto.

Ainda nesta semana teremos dados de confiança no continente.

Na China, de acordo com a Bloomberg – citando a pesquisa da CBB International, os industriais e varejistas chineses estão menos otimistas com as vendas em relação ao último levantamento realizado há 3 meses atrás e estão cortando empregos.

A noite, será divulgado o índice de antecedentes da economia asiática.

Nos EUA tivemos o nível de atividade medido pelo Fed Chicago de agosto, que ficou em -0,87 ante os -0,13 de julho, e o nível de atividade manufatureira Fed Dallas que ficou em -0,9 em setembro ante -1,6 de agosto. Na semana teremos a divulgação do PIB do país.

Aqui no Brasil o destaque da semana ficará para o relatório trimestral de inflação a ser divulgado pelo Banco Central na próxima quinta-feira.

Por outro lado tivemos na manhã de hoje a divulgação do IPC-S da quadrissemana encerrada no dia 22 de setembro que registrou alta de 0,53 por cento e veio acima do 0,49 por cento apurado no levantamento anterior. O item que mais puxou os preços foi o grupo Alimentação.

Portanto, a piora lá fora prevalece no mercado de juros no dia de hoje, tornando a alta nos preços praticamente sem efeito na sessão de hoje.

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Economia e mercado de taxa de juros – 21/09/2012


Por Carlos Soares Rodrigues,

SÃO PAULO - 21 de setembro: O que parecia ser um motivo de preocupações para os próximos dias se tornou um alento para a sessão de hoje: talvez tenhamos o anuncio de um pacote de ajuda à Espanha na próxima semana.

De acordo com o jornal Financial Times as autoridades européias estão articulando um plano de resgate a economia espanhola, que consistirá na compra de bônus da dívida do país e que poderá ser divulgado já na próxima quinta-feira.

Com a agenda econômica fraca no dia de hoje, talvez tenhamos um discreto movimento de alta nas taxas futuras de juros no pregão da BM&F Bovespa. Também poderá refletir no mercado o resultado do IPCA-15 divulgado pelo IBGE ontem pela manhã que apontou para uma pressão inflacionária de Alimentos nos próximos meses.

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Economia e mercado de taxa de juros – 20/09/2012


Por Carlos Soares Rodrigues,

SÃO PAULO - 20 de setembro: Com o exterior pesando os juros futuros apresentam queda na sessão de hoje.

Apesar do anúncio dos resultados de inflação com a alta no IPCA-15 e com o desemprego no Brasil atingindo 5,3%, dados de atividade industrial na China, atividade na Europa, emprego nos EUA e o imbróglio no acordo de resgate espanhol pesam no dia de hoje e estão fazendo com que as expectativas em torno do crescimento econômico mundial esfriem.

O PMI industrial chinês, medido pelo HSBC, ficou em 47,8 no mês de setembro e veio ligeiramente acima dos 47,6 registrados em agosto. O indicador, estando abaixo de 50,0 sinaliza queda na produção industrial e, segundo a agência de notícias Bloomberg, aponta o maior período de contração dos últimos 08 anos, ou seja, desde quando o indicador passou a ser apurado.

O PMI composto da região do Euro, indicador que mede o nível de atividade dos setores manufatureiro, de serviços e construção na Europa, ficou em 45,9 em setembro, abaixo dos 46,3 de agosto, e, a exemplo do PMI industrial chinês, também registra queda no nível de atividade no continente.

Os EUA registraram aumento no número de pedidos de seguro-desemprego que ficou em 382 mil – acima 375 mil estimados pelos analistas consultados pela Bloomberg.

O governo espanhol está tentando, segundo a agência de notícia Broadcast, minimizar as exigências de austeridade fiscal caso obtenha um resgate do fundo soberano europeu. Citando o jornal espanhol El País, a agência de notícias informa que o país tem interesse em utilizar uma parte dos recursos destinados aos bancos espanhóis para sanar seu déficit fiscal. Entretanto, um detalhamento do montante necessário para socorrer as instituições financeiras do país somente será divulgado na próxima semana.

Uma piora no cenário econômico mundial tende a contribuir com o arrefecimento da inflação e torna possível ao Banco Central brasileiro manter a meta Selic no nível atual. Com isso, apesar dos indicadores domésticos apontando alta na taxa de juros, o movimento de baixa do dia de hoje está fortemente vinculado a piora no cenário externo.

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Economia e mercado de taxa de juros – 23/08/2012


Por Carlos Soares Rodrigues,

SÃO PAULO - 23 de agosto: A espera do anuncio de medidas de estímulos a economia chinesa, européia e norte americana, os juros futuros sinalizam para uma ligeira alta no dia de hoje.

A ata do Fed, divulgada ontem, apontou que alguns membros do conselho estão julgando que estímulos adicionais “deveriam ser assegurados muito em breve”.

Juntamente com essa declaração, indicadores divulgados hoje pela manhã reforçaram as especulações em torno do anúncio das medidas de ajuda econômica. Saíram dados de seguro-desemprego apurado até 11 de agosto (3.317 ante estimativa de 3.300), vendas de moradias novas em julho (3,6% ante estimativa 4,3%) e preços de imóveis referentes ao 2º trimestre de 2012 (1,8 por cento ante estimativa 2,6 por cento).

Na China, foi divulgado o PMI HSBC industrial de agosto que ficou em 47,8 – abaixo dos 49,3 de julho, o que reforçou as expectativas em torno de um pacote chinês de ajuda a economia local. Além disso tivemos as declarações do presidente do Banco Central, PBoC, Zhou Xiaochuan, que disse que os ajustes nos juros e nos compulsórios ainda são possíveis.

Na Europa, o indicador PMI da região também sinalizou contração na indústria e nos serviços.

Por aqui, tivemos a divulgação do IPC-S da quadrissemana encerrada no dia 22/08 que registrou alta de 0,34 por cento e veio ligeiramente abaixo dos 0,36 por cento estimados pelo mercado.

A exemplo do IPCA-15, divulgado ontem, o destaque de baixa ficou para o grupo Alimentação que sofreu desaceleração em virtude do comportamento dos preços das hortaliças e legumes. O grupo Transportes, como no resultado de ontem, também esboça uma recuperação com os preços dos veículos novos e usados voltando a subir.


Pelo segundo mês seguido o IBGE não divulgou a taxa nacional de desemprego no país. Ficaram fora da apuração de julho as cidades do Rio de Janeiro (pela segunda vez) e Salvador.

Diante dos sinais de medidas de ajuda econômica e com a nossa economia esboçando recuperação, os juros poderão continuar seu movimento de alta até o final do dia.


quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Economia e mercado de taxa de juros – 22/08/2012


Por Carlos Soares Rodrigues,

SÃO PAULO - 22 de agosto: Com os preços dos alimentos dando sinais de que irão pressionar menos o IPCA, os juros futuros recuam nos prazos mais curtos. Contudo, como o cenário inflacionário futuro continua incerto as taxas se mantém pressionadas nos vértices mais longos no dia de hoje.

Devido ao aumento do item Transportes, o IPCA-15 registrou alta de 0,39 por cento no mês de agosto. Na outra ponta, o grupo Alimentação recuou, segundo o IBGE, devido a queda nos preços do feijão-carioca, batata inglesa e das carnes. Estes produtos, ao contrário dos derivados de soja e milho, não vêm sofrendo com as quebras nos EUA e, por isso, continuam mantendo seus preços comedidos.


Já no exterior, foi divulgado o saldo da balança comercial japonesa que mostrou queda de 12 por cento nas exportações para a China no mês de julho.

Dados do setor imobiliário norte americano também não agradaram no dia de hoje. As revendas de imóveis registraram alta de 2,3 por cento no mês de julho e foi abaixo dos 3,2 por cento estimados pela agência de notícias Bloomberg.

Receios de que a economia mundial ainda demorará para retomar seu crescimento contribui para a queda das taxas curtas no dia de hoje.


terça-feira, 21 de agosto de 2012

Economia e mercado de taxa de juros – 21/08/2012


Por Carlos Soares Rodrigues,

SÃO PAULO - 21 de agosto: Com agenda fraca os juros operam beirando a estabilidade.

As atenções dos investidores estarão voltadas para a visita do premiê de Luxemburgo e líder do grupo dos ministros das finanças europeus, Jean-Claude Juncker, a Grécia no dia de amanhã.

Ainda na Europa, as atenções também se voltam para o encontro de Angela Merkel com François Hollande marcado para ocorrer em Berlim no dia 23.

Durante estes encontros, sempre espera-se que ocorram acordos para solucionar o imbróglio das finanças dos países em dificuldade no continente e, com isso, retomar a confiança dos investidores perante os ativos de maiores riscos.

Retomada na confiança e busca por ativos de maiores riscos levam a uma alta nos preços das commodities e das ações ao redor do mundo. Essa alta nas ações gera, psicologicamente, um efeito riqueza e traz consigo o aumento na propensão a consumir na economia que, acompanhada pelo aumento das matérias-primas - via repasse da elevação dos preços das commodities, faz com que a ameaça inflacionária retorne e pressione as taxas de juros futuras.

Diante das expectativas de que tenhamos a aprovação de novas medidas de ajuda aos países europeus e com as commodities sendo pressionadas também pelos problemas climáticos, vejo que no dia de hoje teremos mais um dia propício de alta nas taxas futuras de juros.

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Economia e mercado de taxa de juros – 20/08/2012


Por Carlos Soares Rodrigues,

SÃO PAULO - 20 de agosto: Apesar das reduções nas projeções do PIB, a piora nas expectativas de inflação no Boletim Focus e a divulgação da segunda prévia do IGP-M puxam para cima as taxas futuras de juros no pregão da BM&F Bovespa.

Para 2012, as projeções de crescimento do PIB passaram de 1,81 por cento para 1,75 por cento e do IPCA, de 5,11 por cento para 5,15 por cento.

A segunda prévia do IGP-M registrou alta de 1,38 por cento no mês de agosto, acima dos 1,11 por cento registrados no mês anterior. Contribuiu para o aumento a elevação do IPA que foi pressionado pela alta dos preços do milho, aves e suínos – fortemente impactados pela quebra nas safras daqui do Brasil e nos EUA.

Por outro lado, segurando o IPC tivemos as quedas dos veículos novos e usados, feijão-carioca, etanol e seguro facultativo para veículo.

Segundo o jornal Folha de São Paulo, em matéria publicada no caderno Classificados Veículos, as dificuldades no acesso ao crédito para os consumidores e a queda nos preços dos veículos novos após a redução do IPI, são os fatores que têm contribuído para a queda nas vendas e nos preços dos veículos usados.


De qualquer forma, a tendência das taxas de juros continua sendo de alta, pois, além da pressão inflacionária, temos também a possibilidade do anúncio de medidas de socorro às economias em dificuldade. Essas medidas poderão puxar os preços das commodities e dar mais gás ao movimento de correção na Selic nos próximos meses.

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Economia e mercado de taxa de juros – 17/08/2012


Por Carlos Soares Rodrigues,

SÃO PAULO - 17 de agosto: Dados de vendas no varejo e de emprego apontaram para a retomada da atividade econômica brasileira e, com isso, trouxeram receios em torno da alta na inflação e necessidade de elevar a meta Selic.

Vendas no varejo e a geração de empregos formais vieram acima das previsões do mercado e, de acordo com a agência de notícias Bloomberg, fizeram com que os juros futuros apresentassem a maior alta desde maio. Esse movimento reflete os receios do mercado em relação a ameaça inflacionária no país.

O IBC-BR, divulgado a pouco, também deu evidencias de que a economia brasileira continua a apresentar sinais de recuperação. De acordo com o gráfico abaixo, a média dos últimos 12 meses demonstra que a recuperação vem ocorrendo desde meados de março deste ano.


No front externo tivemos as declarações de Angela Merkel que sinalizou apoio ao BCE para impor as condicionalidades aos países endividados. Merkel frisou que os interesses da autoridade monetária européia coincidem com os interesses alemães e, assim, dá esperanças de que um possível acordo venha a trazer mais tranqüilidade ao mercado financeiro e de commodities. Alta nas commodities traz pressão sobre os juros, pois com a elevação das cotações a inflação também fica pressionada.

Dados de confiança e indicadores de antecedentes nos EUA também vieram bons na manhã de hoje. O Índice de Confiança ao Consumidor medido pela Universidade de Michigan ficou em 73,6 e veio acima das projeções que eram de 72,2. Já o indicador de antecedentes registrou alta de 0,4 por cento – acima dos 0,2 por cento estimados pelo mercado. Ambos indicam para uma melhora na economia norte-americana e, a exemplo dos efeitos das declarações de Merkel, poderão contribuir para a alta nos juros ao longo do dia de hoje.


quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Economia e mercado de taxa de juros – 16/08/2012


Por Carlos Soares Rodrigues,

SÃO PAULO - 16 de agosto: Segundo a agência de notícias Bloomberg, resultados fracos nos balanços das empresas fizeram com que os juros futuros recuassem na sessão de ontem.

Com as empresas apresentando resultados ruins, temos como reflexo o desaquecimento da economia brasileira e o arrefecimento do consumo brasileiro. Consumo fraco abre espaço para queda de juros, pois com menos demanda os preços tendem a perder o ímpeto altista.

Indicadores de vendas no varejo, geração de empregos do Caged e inflação são os destaques na agenda econômica brasileira. Números de seguro-desemprego, moradias e atividade são os destaques na agenda econômica externa.

Divulgado a pouco pelo IBGE, as vendas do varejo apresentaram alta de 1,5 por cento no mês de junho. O estimado pelo mercado era de uma queda de 0,3 por cento e, com isso, os juros reagem na manhã de hoje na expectativa de que a economia brasileira esteja retomando seu crescimento.


Favorecido pela desaceleração do grupo Alimentos, o IPC-S registrou alta de 0,39 por cento e veio abaixo do esperado pelo mercado, cujas expectativas giravam em torno da alta de 0,43 por cento.


Mais cedo também tivemos a divulgação do IGP-10 de agosto que apresentou alta de 1,59 por cento - em linha com as estimativas de 1,58 por cento.

Nos EUA tivemos a divulgação dos pedidos de seguros-desemprego que registraram alta de 366 mil até 11 de agosto (estimado: 365 mil); dos inícios de moradias que ficaram em 746 mil em julho (estimado: 756); das permissões de construções em julho que registraram 812 mil (estimado: 769 mil) e do Índice da Filadélfia de agosto que apresentou queda de 7 por cento (estimado: -5,00 por cento).

Apesar de alguns indicadores norte-americanos não terem muito animadores, com exceção das permissões de construções, as declarações do primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, que disse ver espaço para adotar medidas de estímulos a segunda maior economia do planeta também contribui para o dia de alta nas taxas de juros no dia de hoje.



terça-feira, 14 de agosto de 2012

Economia e mercado de taxa de juros – 14/08/2012


Por Carlos Soares Rodrigues,

SÃO PAULO - 14 de agosto: A redução nas estimativas de crescimento econômico levou a uma queda nas taxas de juros na sessão de ontem.

Apesar do aumento nas expectativas para o IPCA, o mercado entendeu que com um crescimento menor do PIB os preços não pressionarão tanto os juros nos próximos meses e abre espaço para maiores cortes na Selic.

Receios em torno da recuperação da economia mundial continuam pesando no mercado e, agora, os juros operam em baixa na maioria dos vencimentos.

Vendas no varejo, PPI e estoques nos EUA e PIB europeu são os destaques da agenda econômica para hoje.

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Economia e mercado de taxa de juros – 13/08/2012


Por Carlos Soares Rodrigues,

SÃO PAULO - 13 de agosto: Os juros futuros fecharam em alta na última sexta-feira diante da escalada dos preços das commodities no mercado internacional. Com a elevação nas cotações dos artigos agrícolas traz preocupações em torno da ameaça inflacionária.

Divulgado a pouco, o Boletim Focus apresentou aumento nas projeções para o IPCA que passou de 5,58 por cento para 5,61 por cento no acumulado em 12 meses. Já as projeções para o PIB de 2012 as estimativas passaram de uma alta de 1,85 por cento para alta de 1,81 por cento.

No exterior tivemos a divulgação dos PIBs do Japão e Grécia. A economia asiática apresentou alta de 1,4 por cento no 2º trimestre – ante estimativa de 2,3 por cento. O país europeu registrou no mesmo período queda de 6,2 por cento.

Espera-se que tenhamos o anúncio de medidas de estímulos econômicos por parte das autoridades européias, norte-americanas e chinesas. Caso essas medidas sejam anunciadas a tendência e de que tenhamos um movimento de alta nas taxas de juros.

Por enquanto o mercado reage ao desaquecimento econômico japonês e os juros futuros operam em baixa.

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Economia e mercado de taxa de juros – 09/08/2012


Por Carlos Soares Rodrigues,

SÃO PAULO - 09 de agosto: Conforme antecipado no último post, os contratos de juros futuros subiram na sessão de ontem diante dos resultados de inflação divulgados pelo IBGE e pela FGV.

Por enquanto os juros operam em baixa diante de temores de uma maior desaceleração da economia chinesa.

A produção da economia asiática apresentou alta de 10,3 por cento no mês de junho – ante estimativas de 10,4 por cento. A inflação ao consumidor chinês também registrou recuo e apresentou alta de 1,8 por cento em julho, contra os 2,2 por cento registrados no mês anterior.

A queda na produção, juntamente com o recuo na inflação, representa uma diminuição na demanda agregada da 2ª maior economia do mundo e tem como reflexo o desaquecimento das exportações brasileiras que, por sinal, também afetarão o nosso crescimento.

Com crescimento menor, nossa demanda agregada também se reduz e pressiona menos a inflação aqui no país, dando espaço para maiores cortes na meta Selic.

Seguro-desemprego, balança comercial e estoques do atacado nos EUA são os destaques da agenda econômica para o dia de hoje.

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Economia e mercado de taxa de juros – 08/08/2012


Por Carlos Soares Rodrigues,

SÃO PAULO - 08 de agosto: Mesmo com a queda na produção alemã, os juros futuros estão em alta com a divulgação dos resultados ruins de inflação pela FGV e pelo IBGE.

Pressionado pelos grupos Alimentação e Transporte, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo, IPCA, de julho apresentou alta de 0,43 por cento e, no acumulado dos últimos 12 meses, o indicador registra alta de 5,20 por cento – acima da meta de 4,50 por cento estabelecida pelo governo.


Já o IPC-S voltou a subir no último levantamento devido a alta nos preços das hortaliças. Com isso, o grupo Alimentação poderá continuar impactando os próximos resultados do IPCA.


Já na primeira prévia do IGP-M de agosto, tivemos a única boa notícia que é o pequeno recuo no Índice de Preço ao Consumidor. Os preços de automóveis e gasolina ajudaram na queda do IPC-S. Contudo, soja, milho e derivados continuam pressionando os preços no atacado e, em breve, poderão contaminar os preços ao consumidor.


Estoques de petróleo nos EUA e inflação na China também ditarão os rumos dos negócios no dia de hoje.



terça-feira, 7 de agosto de 2012

Economia e mercado de taxa de juros – 07/08/2012


Por Carlos Soares Rodrigues,

SÃO PAULO - 07 de agosto: Dados de inflação se sobrepuseram a redução nas projeções do crescimento da economia brasileira divulgadas no relatório Focus e fizeram com que os juros futuros tivessem um dia de alta na sessão de ontem.

Pressionado pelos preços agrícolas, os preços no atacado puxaram o IGP-DI de julho. Quebras nas safras aqui no Brasil e nos EUA elevaram os preços do milho e da soja e levaram o indicador de preços a uma alta de 1,52 por cento – resultado acima dos 1,46 por cento estimados pelo mercado.


Para a agenda de hoje teremos indicadores de capacidade utilizada da indústria brasileira e de crédito nos EUA.

Caso estes indicadores venham acima das projeções e caso tenhamos alguma ação por parte do Banco Central Europeu no sentido de socorrer os países em dificuldade, poderemos ter um dia de alta no mercado futuro de taxa de juros no dia de hoje.


segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Economia e mercado de taxa de juros – 06/08/2012


Por Carlos Soares Rodrigues,

SÃO PAULO - 06 de agosto: Dados positivos do mercado de trabalho norte-americano animaram os investidores na sexta e fizeram com que os juros futuros reagissem na última sessão.

A geração de vagas foi bem acima do previsto pelo mercado e contribuiu para a melhora do otimismo dos investidores em relação a uma possível retomada no crescimento econômico.

Contudo, por aqui o otimismo não é o mesmo e, de acordo com o boletim Focus, os analistas de mercado projetam agora um crescimento de 1,85 por cento do PIB brasileiro para 2012 e de 4,00 por cento para 2013.

Já os indicadores de inflação apontam para maiores altas nos juros daqui em diante com as expectativas girando em torno de 5 por cento para 2012 e 5,58 em 12 meses.

Divulgado a pouco, o IGP-DI de julho também veio acima das projeções do mercado e registrou alta de 1,52 por cento – ante expectativa de 1,46 por cento.

Para hoje espera-se um dia de alta nas taxas de juros como resposta a piora no cenário inflacionário. Com os preços pressionando para cima o Banco Central será obrigado e elevar a meta da Selic em breve.

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Economia e mercado de taxa de juros – 03/08/2012


Por Carlos Soares Rodrigues,

SÃO PAULO - 03 de agosto: As declarações do presidente do Banco Central Europeu, Mario Draghi, após o encontro da entidade, frustraram as expectativas do mercado que aguardava o anuncio de um pacote de ajuda aos países em dificuldade no bloco.

Com isso, temendo um cenário recessivo que possa pressionar menos a inflação, os juros futuros apresentaram um dia de queda na sessão de ontem.

Dados de emprego e da atividade industrial norte americana poderão dar continuidade ao movimento de baixa no dia de hoje, caso venham ruins.

Por enquanto as bolsas lá fora respondem positivamente acreditando que o relatório de emprego nos EUA venha positivo.

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Economia e mercado de taxa de juros – 02/08/2012


Por Carlos Soares Rodrigues,

SÃO PAULO - 02 de agosto: Os juros encerraram o dia de ontem em baixa impactados pelos dados da produção industrial brasileira e também pelo resultado de inflação que indicou desaceleração dos preços aqui no país.

Conforme dito no último post, a produção brasileira registrou alta de 0,2 por cento no mês de junho e veio abaixo dos 0,8 por cento projetados pelo mercado. Mas, além deste resultado, contribuiu também para a queda dos juros a divulgação do IPC-S pela Fundação Getúlio Vargas.

A desaceleração do grupo Alimentação, em especial dos preços das carnes bovinas, fez com que o indicador registrasse alta de 0,22 por cento, abaixo dos 0,28 por cento estimados pelos analistas consultados pela agencia de notícias Bloomberg.


Apesar das quebras nas safras de soja e milho, os preços das carnes bovinas continuarão a segurar a inflação nos próximos meses devido ao excesso de gado para abate; pois, com uma oferta maior os produtores terão menos espaço para elevar os preços.

Para hoje está previsto, na agenda brasileira, o leilão do Tesouro e a divulgação do balanço da Gerdau. Já no exterior, teremos pedidos à indústria e seguro desemprego nos EUA, o PMI de serviços na China e a reunião do Banco Central Europeu.

Caso estes indicadores venham bons, teremos uma melhora no otimismo em relação aos rumos da economia mundial e, com isso, um cenário propício para novas altas nas taxas de juros.


quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Economia e mercado de taxa de juros – 01/08/2012


Por Carlos Soares Rodrigues,

SÃO PAULO - 01 de agosto: Os juros fecharam em alta, mas beirando a estabilidade, na sessão de ontem, com a espera dos resultados da produção industrial brasileira, que por sinal foi divulgada a pouco, e diante das expectativas em torno das reuniões do Federal Reserve e do Banco Central Europeu.

O resultado do superávit primário, que veio abaixo das estimativas apuradas pela Bloomberg, não chegaram a trazer maiores oscilações nos juros futuros. O resultado do setor público foi de R$ 2,8 bilhões no mês de junho – ante estimativas de R$ 6,8 bilhões.

Um superávit menor significa que o governo tem realizado maiores gastos e incrementado ainda mais a demanda agregada do país e, com isso, causando uma pressão adicional sobre os preços nos próximos meses.

A produção industrial brasileira registrou alta mensal de 0,2 por cento no mês de junho. O resultado significou a primeira alta após três meses consecutivos e, de acordo com o gráfico abaixo, indica que a industria começa, com exceção de Bens Duráveis, a dar sinais de recuperação, em resposta aos estímulos do governo nos últimos meses.


De qualquer forma a produção industrial veio abaixo do esperado onde as estimativas giravam em torno de uma alta 0,8 por cento. Com isso, as taxas recuam no dia de hoje diante da expectativa de que o Banco Central realize maiores cortes na meta Selic como forma de reativar a atividade industrial no país.

terça-feira, 31 de julho de 2012

Economia e mercado de taxa de juros – 31/07/2012


Por Carlos Soares Rodrigues,

SÃO PAULO - 31 de julho: Segundo a agencia de notícias Bloomberg, as taxas de juros recuaram ontem por conta das expectativas em torno das “medidas de alívio contra a crise no exterior contrabalançando” com “o aumento das previsões do mercado para a inflação em 2012 e pela alta acima do esperado do IGP-M de julho”.

Contudo, tais medidas farão com que os preços das commodities subam e pressionem ainda mais a inflação, já comprometida pelas quebras nas safras nos EUA e no Brasil.

Estão previstos para hoje indicadores de gastos e atividade nos EUA e o PMI da China. Caso venham melhores, os juros futuros reagirão para cima na sessão de hoje.

Por enquanto as taxas, bem como as bolsas de valores, reagem diante das expectativas do anuncio de medidas, por parte dos Bancos Centrais, de estímulos à economia.

segunda-feira, 30 de julho de 2012

Economia e mercado de taxa de juros – 30/07/2012


Por Carlos Soares Rodrigues,

SÃO PAULO - 30 de julho: Os juros subiram em meio a especulações de um novo pacote de ajuda aos países em dificuldade no bloco europeu.

O presidente do Banco Central Europeu, Mario Draghi, se reuniu com o presidente do Bundesbank (Banco Central Alemão), Jens Weidemann, para discutir medidas de ajuda aos países em dificuldades no bloco europeu. Com isso, os juros e as bolsas reagiram e registraram um dia de alta na última sexta-feira.

A pouco foram divulgados o IGP-M do mês de julho e as projeções do boletim Focus referente a última semana.

Problemas climáticos e reajustes nos combustíveis impactaram o IGP-M de julho e, conforme o gráfico abaixo, pode-se notar que as altas no atacado começam a contaminar os preços ao consumidor. Com isso, espera-se um belo movimento de alta no mercado de juros para o dia de hoje.


Já as expectativas do mercado apontam para uma desaceleração do crescimento econômico brasileiro em 2012 e aceleração dos preços para este ano e também para 2013.

Sem indicadores relevantes para o dia de hoje no cenário externo, podemos ter novidades no front europeu com o encontro de Draghi com o secretário de tesouro norte americano, Timothy Geithner. Qualquer medida de ajuda aos países em dificuldade poderá contribuir para uma alta nas taxas no dia de hoje.


sexta-feira, 27 de julho de 2012

Economia e mercado de taxa de juros – 27/07/2012


Por Carlos Soares Rodrigues,

SÃO PAULO - 27 de julho: Os dados de seguro-desemprego e encomendas de bens duráveis dos EUA foram melhores do que o esperado e, juntamente com as declarações do presidente do Banco Central Europeu, Mario Draghi, reforçaram o otimismo do mercado e fizeram com que os juros futuros registrassem um dia de alta na sessão de ontem.

Além disso, segundo dados do Banco Central, o volume de crédito e a taxa de inadimplência no Brasil também registraram melhora e também contribuíram para a alta nas taxas futuras de juros.

O estoque de crédito passou de R$ 2,14 trilhões no mês de maio para R$ 2,17 trilhões em junho. A taxa de inadimplência recuou de 7,9% em maio para 7,8% em junho.

Segundo o jornal francês Le Monde, mesmo com a oposição do governo alemão, o BCE se prepara para realizar a recompra dos títulos da Espanha e Itália. A recompra destes títulos equivale ao financiamento destes países que hoje sofrem com a falta de recursos para fazer frente às suas dividas. A Espanha em especial necessita de maiores investimentos em sua economia para poder retomar o nível de emprego, cuja taxa de desocupação atingiu a preocupante marca de 25,63 por cento no 2º trimestre de 2012.

Para a agenda econômica de hoje estão previstos o PIB e o indicador de confiança do consumidor nos Estados Unidos.

Caso estes indicadores venham abaixo do esperado o mercado poderá reagir e derrubar as taxas de juros futuros no pregão de hoje.

Confiança na indústria e capacidade instalada no Brasil também poderá contribuir para um movimento de baixa no dia de hoje.

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Economia e mercado de taxa de juros – 26/07/2012


Por Carlos Soares Rodrigues,

SÃO PAULO - 26 de julho: Dados ruins do setor imobiliário norte americano e indicador de preços mais comedido em São Paulo levaram o mercado de juros a mais uma sessão de baixa no dia de ontem.

Segundo o Departamento de Comércio dos Estados Unidos, as vendas de moradias registraram queda de 8,4 por cento no mês de junho e foi a mais baixa dos últimos cinco meses.

Essa desaceleração do setor imobiliário, somada ao resultado ruim de expectativa de confiança nos negócios na Alemanha, reforçou as preocupações em torno da retomada do crescimento econômico mundial e abriu espaço para maiores cortes nas taxas de juros aqui no Brasil.

Também contribuiu para o recuo dos juros no dia de ontem, e conforme dito no último post, o resultado do IPC-S da cidade de São Paulo.

Por enquanto as taxas reagem às declarações do presidente do Banco Central Europeu, Mario Draghi, que afirmou que a instituição não medirá esforços para preservar a moeda única.

Qualquer medida de ajuda aos países em dificuldade no bloco possibilitará a retomada do preço das commodities, levando à alta da inflação e, consequentemente, pressionar os juros aqui no país.

Na agenda de hoje teremos, nos EUA, dados de bens duráveis, moradias e seguro-desemprego e resultados corporativos.

P.S.: pedidos de bens duráveis ficaram em 1,6 por cento – ante estimativa de 0,3 por cento de alta e pedidos de seguro-desemprego ficaram em 353 mil – ante estimativa de 380 mil.

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Economia e mercado de taxa de juros – 25/07/2012


Por Carlos Soares Rodrigues,

SÃO PAULO - 25 de julho: Segundo a agencia de notícias Bloomberg, os juros subiram por conta dos sinais de melhora na China e pelas declarações do presidente do Bacen, Alexandre Tombini.

Apesar de ter ficado abaixo de 50, conforme descrito no post de ontem, o PMI chinês agradou o mercado e deu esperanças de que a economia do país asiático esteja retomando seu nível de atividade. Com isso, já favorecidas pelas declarações otimistas do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, as taxas de juros no mercado futuro registraram uma sessão de alta no pregão de ontem.

Tombini reforçou em seu discurso que a economia brasileira apresentará crescimento sustentado e que a inflação será mantida sob controle.

Na Europa foi divulgado o índice de confiança nos negócios da Alemanha que apresentou o menor resultado desde 2010 registrando 103,3 pontos no mês de julho – ante expectativa de 104 pontos.

Desaceleração na economia alemã reforça as preocupações em torno de uma melhora no cenário europeu e, portanto, abre espaço para maiores cortes nas taxas de juros.

Por enquanto os juros recuam diante do resultado comedido do IPC da Fipe que registrou alta de 0,19 por cento até o dia 23 de julho.

Vendas de moradias, estoques de petróleo e balanços corporativos serão os destaques na agenda internacional de hoje.

terça-feira, 24 de julho de 2012

Economia e mercado de taxa de juros – 24/07/2012


Por Carlos Soares Rodrigues,

SÃO PAULO - 24 de julho: Resultados do mercado de trabalho brasileiro e a piora do cenário externo fizeram com que os juros caíssem no dia de ontem.

Dados do Ministério do Trabalho informando que a economia brasileira gerou 120.440 empregos formais no mês de junho não animou muito o mercado. A expectativa era de que os dados do Caged apresentassem a criação de 142.166 vagas.

Com menos emprego a demanda agregada tende a reduzir e pressionar menos os preços e as taxas de juros.

No front externo tivemos a perspectiva de rebaixamento dos ratings da Alemanha, Holanda e Luxemburgo pela Moody’s.

Uma piora nas notas destes países fará com que o mercado exija um maior prêmio para financiá-los. Com isso, os preços das commodities tenderão a cair e também se tornarão um fator a menos de pressão da inflação.

Indicador de atividade industrial chinesa, medido pelo HSBC, apresentou um ligeiro aumento ao passar de 48,2 em junho para 49,5 em julho. Contudo, o PMI abaixo de 50 indica retração na indústria e, a exêmplo dos efeitos causados pela piora no mercado de trabalho aqui no Brasil, a baixa no nível de atividade chinês contribuirá para maiores quedas nas taxas futuras de juros.

Às 11:00 teremos a divulgação de indicadores do setor imobiliário e de atividade manufatureira norte americana que irão contribuir com os rumos dos negócios no dia de hoje.

sexta-feira, 20 de julho de 2012

Economia e mercado de taxa de juros – 20/07/2012


Por Carlos Soares Rodrigues,

SÃO PAULO - 20 de julho: Conforme previsto no último post os juros recuaram na sessão de ontem em decorrência da sinalização de novos cortes da meta da taxa Selic na Ata do último encontro do Copom.

Agora pela manhã podemos ter algum repique de alta por conta da divulgação do IPCA-15 que deve registrar aumento em decorrência principalmente, no grupo Transportes que foi fortemente impactado pelos reajustes dos combustíveis.

Ainda no grupo Transportes, temos alguns indicadores da retomada de atividade do setor automobilístico que poderão reforçar a alta para os próximos resultados como o aumento nas vendas de veículos na primeira quinzena de julho e o anuncio da contratação de 1.500 funcionários na fábrica da Fiat em Betim feito ontem pela empresa.

Na China tivemos o anúncio de que o governo continuará mantendo o controle sobre os preços das moradias, podendo, com isso, contrabalançar uma possível pressão altista nos juros em virtude do IPCA-15.

Já a agenda econômica para hoje será fraca com apenas a divulgação dos resultados da General Eletric.

quinta-feira, 19 de julho de 2012

Economia e mercado de taxa de juros – 19/07/2012


Por Carlos Soares Rodrigues,

SÃO PAULO - 19 de julho: A divulgação do Livro Bege do Federal Reserve na tarde de ontem e as expectativas em torno da Ata do Copom pesaram nos negócios e levaram as taxas de juros futuras a um dia de queda.

Sem sinais de melhora na economia norte americana, de acordo com o cenário traçado pelo Fed, o mercado de juros encontrou espaço para um dia de realizações. A baixa atividade econômica traz menos riscos inflacionários e leva os agentes econômicos acreditarem em maiores cortes na meta da taxa Selic.

Por falar em Selic, a Ata do último encontro do Comitê de Política Monetária (Copom) continua sinalizando cortes na taxa básica nos próximos encontros ao afirmar que a “flexibilização monetária adicional deve ser conduzida com parcimônia”. Isso poderá levar os juros a maiores quedas no dia de hoje.

Contudo, para os próximos dias poderemos ter uma reversão nas taxas por conta da pressão dos preços cujos resultados divulgados a pouco apontam para uma aceleração no atacado que poderá contaminar os preços do varejo.

Impactada pelo reajuste dos combustíveis, a segunda prévia do IGP-M apresentou alta de 1,11 por cento no mês de julho, ante alta de 0,63 por cento em junho.


Divulgação de resultados do Morgan Stanley, Microsoft e Google; dados de emprego, do setor imobiliário e de expectativas da atividade econômica nos EUA, juntamente com especulações de novas medidas de estímulos na China e na economia norte americana, contribuirão para o rumo dos negócios no dia de hoje.

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Economia e mercado de taxa de juros – 18/07/2012


Por Carlos Soares Rodrigues,

SÃO PAULO - 18 de julho: Apesar do presidente do Federal Reserve, Ben Bernanke, não ter anunciado no discurso ao Senado o tão aguardado pacote de estímulos à economia norte americana, as taxas de juros abriram no pregão de ontem. Segundo a agência de notícia Bloomberg, o movimento se deveu pelo resultado do IGP-10 acima do esperado pelo mercado e também pelo Banco Central brasileiro sinalizar menos receios quanto ao cenário externo.

Além disso, segundo dados da Fenabrave, as vendas de veículos na primeira quinzena de julho apresentaram alta de 15,3 por cento em comparação ao mesmo período de 2011. Dados recentes de inflação já indicam que o setor automobilístico começa a apresentar uma ligeira recuperação com a desaceleração da queda do grupo Transportes no IPC-S.

Recuperação da atividade e alta nos preços permitirá que a autoridade monetária brasileira interrompa o ciclo de cortes na meta da taxa Selic nos próximos meses.

Para hoje estão previstos os resultados do setor imobiliário norte americano, a divulgação do livro bege do Federal Reserve e o discurso de Ben Bernanke na Câmara dos Deputados dos EUA.

Qualquer resultado acima do esperado destes indicadores e uma sinalização de ajuda a economia norte americana levarão as taxas de juros a um novo rally de alta na sessão de hoje.

P.S: o pedido de hipotecas nos EUA registrou alta de 16,9% no período até 13 de julho – ante queda de 2,1% no levantamento anterior.

terça-feira, 17 de julho de 2012

Mercado de taxa de juros – 17/07/2012


Por Carlos Soares Rodrigues,

SÃO PAULO - 17 de julho: Juros em baixa na maioria dos contratos após a redução nas estimativas de crescimento divulgadas na pesquisa Focus do Banco Central.

A redução das estimativas de crescimento, que passaram de 2,01 por cento para 1,90 por cento em 2012 e de 4,20 por cento para 4,10 por cento para 2013, abre espaço para maiores cortes na meta da taxa Selic de modo a estimular o nível de produção brasileiro e permitir a retomada da atividade em nossa economia.

Na noite de hoje o governo chinês anunciou que realizará maiores investimentos ao setor ferroviário do país como forma de estimular seu crescimento econômico. Mas o que poderá de fato impulsionar a alta nos juros no dia de hoje será o possível anuncio de medidas de estímulo a economia dos Estados Unidos pelo Federal Reserve.

Dependendo do tamanho do pacote de estímulos o mercado de commodities poderá reagir positivamente e trazer, consigo os juros futuros por aqui; pois alta nas commodities, pressão na inflação mais adiante.

Também na agenda econômica lá fora, teremos a divulgação de indicadores de preços aos consumidores norte-americanos e dados da indústria e do setor imobiliário nos EUA.

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Mercados de taxa de juros – 16/07/2012


Por Carlos Soares Rodrigues,

SÃO PAULO - 16 de julho: Diante de expectativas de cortes nas previsões de crescimento a serem divulgadas no Boletim Focus na manhã de hoje, os juros futuros apresentaram queda na última sexta-feira. Uma possível redução no crescimento econômico abre espaço para o governo reduzir a meta da Selic como forma de estimular o investimento do setor privado no país e permitir a geração de empregos necessária a retomada do nível atividade econômico.

Contudo, o IPC-S divulgado a pouco avançou 0,03 por cento (para 0,22 por cento) em relação ao penúltimo levantamento realizado na quadrissemana do dia 07 de julho. Transportes e Alimentos foram os responsáveis pela aceleração dos preços no último levantamento.


Lá fora indicadores de vendas no varejo e índice Empire do Fed de NY também contribuirão para os rumos dos negócios no dia de hoje. Caso venham positivos os juros poderão reverter o movimento de baixa apresentado na última sexta-feira e apresentar, também influenciado pelo IPC-S, alta no dia de hoje.

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Mercados de taxa de juros – 13/07/2012


Por Carlos Soares Rodrigues,

SÃO PAULO - 13 de julho: Os juros futuros apresentaram na sessão de ontem o movimento de baixa nas taxas curtas e de alta nas taxas longas.

A piora do cenário externo com indicadores decepcionantes nos EUA e, também, a sinalização do Copom de que reduzirá ainda mais a meta da taxa Selic justifica a queda das taxas no curto prazo.

Já a abertura das taxas de longo prazo da curva a termo pode ser explicada pelo IBC-Br que, apesar de ter recuado 0,02 por cento no mês de maio, veio acima das projeções do mercado. Esse “bom” resultado da atividade brasileira reacende as preocupações em torno de uma possível pressão inflacionária no médio/longo prazo e da necessidade do Banco Central voltar a elevar a meta da taxa de juros básica.

Dados fracos na economia chinesa reacendeu as especulações de que o governo do país asiático adote medidas para reativar a atividade econômica. Com isso os juros futuros poderão apresentar um movimento de alta no dia de hoje, uma vez que qualquer medida expansionista levará o país a aumentar sua demanda interna por commodities e pressionar os preços por aqui.

Inflação ao produtor e o índice de confiança de Michigan a serem divulgados nos EUA, além da repercussão do reajuste dos combustíveis anunciado pela Petrobrás, também ditarão os rumos dos negócios ao longo do dia.